José Eliseu Pinto Onde raio estaria eu?
Allfabetização
Este postal é - creio - uma fotografia retirada dum dos dois filmes que há dias vi sobre as campanhas de alfabetização, as tais em que eu gostaria de ter participado em Agosto último se ... Esta cena do filme era comovente: uma mulher que até aí não sabia comunicar por escrito, conseguir fazê-lo. A procura das sílabas, o gesto hesitante, o voltar atrás para corrigir ou desenhar melhor a letra !!! Deve ser bestial um tipo descobrir que sabe ler, não achas? (1974)
Escrevivendo e Photoandando
No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e não me apetecia ir para o Mindelo. "Fechado" em Setúbal, resolvi escrever um livro de viagens a partir dos meus postais ilustrados que reavera, escritos sobretudo para casa em Luanda ou para a mãe do Rui e da Susana. Finda esta tarefa, o tempo ainda disponível levou me a ler as cartas que reavera [à família] ou estavam em computador e rascunhos ou "abandonos" de outras para recolher mais material, quer para o livro de viagens, quer para outros, com diferente temática.
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Depois, qual trabalho de Sísifo ou pena de Prometeu, a tarefa foi-se desenvolvendo, pois havia terras onde estivera e que não figuravam na minha produção epistolar. Vai daí, passei a pente fino as minhas fotografias e vários recorte, folhetos e livros de "viagens", para relembrar e assim escrever novas notas. Deste modo o meu "livro" foi crescendo, página sobre página. Pelas minhas fotografias descobri terras onde estivera e juraria a pés juntos que não, mas doutras apenas o nome figura na minha memória; o nome e nada mais. Disso dou por vezes conta nas linhas seguintes.
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Mas não tendo sido os deuses do Olimpo a impor me este trabalho, é chegada a hora de lhe por termo. Doutras viagens darão conta edições refundidas ou novos livros, se para tal houver tempo e paciência.
VNdomingo, 16 de dezembro de 2018
O Capital, de Karl Marx, por Carlos Barradas
Foi bonita a festa , pá!
O auditório cheio, esgotado!
Contou se estórias, falou se como, onde e porque surgiu o livro O Capital em 78 e porquê esta nova reedição!!
Os livros esgotaram no lançamento! Tudo informal! O pessoal riu, fez se perguntas, contou se “Fait divers”, bebeu se, comeu se e todos passamos um bom momento e saíram todos contentes! Eu é que fiquei com o pulso dorido de assinar tanto autógrafo! Na próxima arranjo um carimbo!
Caricatura para a Festa dos Finalistas 1965/66 (Liceu Nacional Salvador Correia)
O desenho de cima é do Pepito e o seguinte do Barradas
Desenhos no Programa da Festa dos Finalistas 1965/66 (Liceu Nacional Salvador Correia)
Desenho num dos meus cadernos de apontamentos
O Estudante nº 84 (1964.11) --Visita à Fábrica da NOCAL, segundo Barradas Teixeira
Charlot (1967)
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Cartoon
quarta-feira, 12 de dezembro de 2018
"Tirei-lhe dez kg de cima"
* Victor Nogueira
auto.retrato em 2018.12.12 - "Tirei-lhe dez kg de cima", comentou-me anteontem, com os habituais sorriso e bom-humor, o chef Chagas, de boina dentro da barbearia, após me ter desbastado a juba, não leonina mas dragonesca, pk "o Porto, carago, é uma naçóm!".
O fundo mudou em cima, à esquerda, a reprodução dum Manet: "Un bar aux Folies-Bergère". Ora, clica na foto para confirmares, ali ao lado dos dois escafandristas da PlayMobil, do meu pequeno Museu do Brinquedo.
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Victor Nogueira Prosa
terça-feira, 4 de dezembro de 2018
Naqueles tempos, as crianças em Luanda usavam calções e suspensórios
* Victor Nogueira
Luanda, 1951 - Naqueles tempos, as crianças em Luanda usavam calções e suspensórios e só no final da adolescência mudavam para calças compridas e cinto, como os adultos. Mas eu estivera em Portugal em 1949/50 e no inverno, no Porto, usava calças, como as da foto, que depois o meu irmão "herdou". Mas foi "sol" que durou apenas o tempo de vida das calças.
A minha mãe impunha-nos dois tipos de vestimenta enquanto crianças: a roupa nova, de sair à rua, que tínhamos de mudar quando chegávamos a casa, "tirania" que terminou na nossa adolescência. Assim, o meu irmão "herdava" a minha roupa (quase) nova, que podia vestir à vontade, pois já era .... usada. Enfim ..
A foto foi tirada perto da Praça de Touros
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Victor Nogueira Prosa
quinta-feira, 15 de novembro de 2018
Memórias em évoraburgomedieval
Victor Barroso Nogueira Ah! Na altura as fotos eram caras para o meu bolso de estudante e tenho poucas da minha estada por évoraburgomedieval e pelo Alentejo nos idos de '68 / '74.
Pelo que até '75 a maioria são de uma ida com o Carlos Nunes da Ponte a Monsaraz, dum voo sobre évora com o Seruca Salgado e sobre a ocupação / desocupação do ISESE.
Doutro modo teria fotos históricas das minhas deambulações pelo Alentejo.
De '75 em diante, dos anos da brasa em Évora, tenho muitíssimo mais fotos.
Foi o inFaceLocked que escolheu esta foto com malta do Arcada que bem conheces.
Mas para lá disso, Zé Pinto, apesar da ausência e distância no espaço e no tempo, fazes parte da minha vida e isso é o que verdadeiramente importa.
Victor Barroso Nogueira Essa foto faz parte duma série relativa a uma deambulação peripatética por Évora em que também participaram a Lídia e o Luís Tobias. Mas surges na minha correspondência com a Celeste, como se vê neste trecho:
«A malta do Arcada III - No Arcada o João [Garcia], a Filomena, o Camilo, o Zé Pinto, o Ribeiro, o "Chinês" e o irmão cantavam em coro desde as cantiguinhas da primária ("Ó Rosa, arredonda a saia", "Tia Anica de Loulé"...) às excursionistas ("Santa Catarina", "Rapsódia Portuguesa" ...) passando por cânticos gregorianos e pelos coros alentejanos e canções da Beira Baixa. Enfim, uma grande audição, no café cheio e entretido com outros assuntos.» (MCG - 1974.02.11) :-)
sábado, 10 de novembro de 2018
* Victor Nogueira
Já noutra publicação do postal lá em cima `à direita, representado um casal numa praia, ele de costas voltadas, com ar de teimoso, ouvindo música nos auriculares (talvez coral alentejana ou do Exército Vermelho, orquestral de Ray Conniff ou a integral duma qualquer ópera), e ela falando, falando, para um ausente, tricotando.
Se o "retrato" do Manuel é fiel, o da Maria Emília não é, pois embora tivesse de estar sempre ocupada, era sorridente e pouco "ralhadora", para não dar corda à cara-metade. Ofereci um exemplar do referido postal a cada um deles. O Manuel, com o seu sentido do humor, divertiu-se com o ""mãos de fada".retrato", ao contrário da Milaças que zangada me disse que ela não era assim.
Nas suas "brigas" o meu pai declamava-lhe o soneto camoniano "Alma minha gentil que te partiste tão cedo desta vida" e ela rcantaolava-lhe -lhe o fado-canção da "Contradição": "Tu dizes sim, eu digo não, tu dizes não, eu digo sim, em constante contradição".
Sendo ambos habilidosos nos consertos domésticos, quando o meu pai lhe perguntava como fizera determinado arranjo, num electrodoméstico, p. ex., ela retorquía-lhe apenas que fora com as suas
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quinta-feira, 8 de novembro de 2018
Em Ayamonte, em dia de chuva
* Victor Nogueira
foto FGP (pormenor) - Em Ayamonte, em dia de chuva, a caminho de Huelva, em 2000.11. A ideia inicial ea ir até Seviha, mas ficámos a meio caminho (pormenor)
)original)
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quarta-feira, 7 de novembro de 2018
PÃO E CIRCO, TOURADAS E FUTEBOL
* Victor Nogueira
O Alegre que se fez cavaleiro da triste figura após O Canto e as Armas e Praça da Canção é no fundo um "aristocrata" que com a idade se vai revelando. Graças a ele, ao Bloco e a Sócrates o Cavaco venceu umas eleições, pois queriam "cheques em branco" dos comunistas perante factos consumados.
O aumento da Taxa do IVA para actividades tauromáquicas é por ele comparada as perseguições nazis ou fascistas como a censura e a queima de livros ou ao ascenso de ditaduras como as do Brasil ou dos países do antigo bloco socialista.
E face à gravidade dos problemas que assolam a Humanidade em Portugal, na Europa, e no Planeta Terra, que diz o Alegre que se fez cavaleiro da triste figura, das carta agora abertas? « "Falar de touradas pode dar muita visibilidade, mas há problemas mais graves de que os deputados e governantes não falam, como por exemplo o desaparecimento dos cavalos marinhos da Ria Formosa ou a proliferação de eucaliptos por todo o país".
Mas a verdade é que o PCP, em vez duma atitude pedagógica, defende as touradas por ser uma tradição em autarquias em que tem influência política e autárquica.
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