- Encontrei-me hoje na net com textos seus, vários, sobre Évora e a história do ISESE. Muito interessante... Quem sabe se um dia não poderemos conversar sobre essas suas memórias. Um abraço e parabéns por registar tantos elementos sobre esse tempo vivido nesta cidade que me acolhe também a mim desde há 25 anos mas sempre com essa mesma estranheza que vi que já nos idos de 70 vc igualmente sentiu.
- Grato pelas referências. Um dos meus colegas chamava-se Casimiro. Serias tu? Não. Releio o texto e as actividades do ISESE foram suspensas no Natal de 1975, há mais de 25 anos, portanto.AbraçoVictor Nogueira
- Não Victor, eu sou um recém-chegado... Vim parar a Évora em Outubro de 1986 e cá fiquei até agora. (...)
- (...) A minha área mais forte de trabalho foi muito tempo a da História da Educação mas hoje as coisas estão mais alargadas. Ah, durante uns 15 anos o "meu" gabnete foi no Palácio da Inquisição. E entretanto, tenho de tempos a tempos estudado a história da Universidade e das instituições que a antecederam, o IESESE e a Escola Superior BJC
- Se quiser posso dar-lhe as referências do que publiquei nos meus blogs. Tencionava escrever um contra-Livro Branco do ISESE, que a Companhia de Jesus publicou na altura para ajustar mal as contas com os estudantes. O Pe Augusto da Silva ou o Pe Vaz Pato seguramente teriam escrito um Livro Branco menos faccioso e "cego". Mas o autor foi o Pe António da Silva.Escrever o meu contributo para a história não só do ISESE mas tb para a da associação dos estudantes e a visão do grupo de estrangeirados na cidade, sedeado no Café Arcada, histórias em paralelo com a dos nossos colegas eborenses.Mas ... vou adiando. Esperava mais contributos nos comentários aos textos que venho publicando aqui no inFaceLock mas eles pouco adiantaram. E não me apetece publicar nas duas páginas de "antigos alunos do ISESE" pk me arrisco a desencadear uma inútil polémica.
- Pois, eu tenho tentado entender esse período. Embora eu tenha nascido em 1963 a verdade é que sempre me senti muito próximo de gente um pouco mais velha. Sempre fiquei à escuta das pessoas adultas a tentar perceber as conversas... E aí está talvez a mais ingénua forma de se manifestar o meu interesse pela história (mas interessa-me "apenas" a história recente...). Ora, Évora, como bem diz nos seus textos da época que cá passou, é uma cidade que sempre nos acolhe mas ao mesmo tempo que é estranha principalmente para quem sente a falta do verde, das árvores ou do mar. E a fauna é tão misteriosa, sempre numa mistura caprichosa de gente de cá e "estrangeiros" que as coisas aqui são sempre mais do que aquilo que são. Nos outros lados talvez seja o mesmo...
- Victor, eu só li assim muito a correr os seus textos, mas encontrei neles tantos elementos interessantes sobre a própria época, as mentalidades, a vida dos jovens de então... Quanto a uma outra história do ISESE eu acho que ela deveria ser feita. Conheço um pouco o Prof. Augusto Silva e também me parece que ele não é tão sectário como o irmão dele /autor do Livro Branco, escrito com muito fel. Mas os seus textos que li hoje têm outra amplitude e permitem-nos perceber um pouco do fenómeno de quem eram e o que pensavam, como viviam, sonhavam, amavam, etc os estudantes daquele tempo naquele país.
- Vi há bocado um anúncio de um encontro de antigos alunos do ISESE. Está a par? Posso passar no scanner e enviar-lhe cópia amanhã. (...)
Allfabetização
Escrevivendo e Photoandando
No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e não me apetecia ir para o Mindelo. "Fechado" em Setúbal, resolvi escrever um livro de viagens a partir dos meus postais ilustrados que reavera, escritos sobretudo para casa em Luanda ou para a mãe do Rui e da Susana. Finda esta tarefa, o tempo ainda disponível levou me a ler as cartas que reavera [à família] ou estavam em computador e rascunhos ou "abandonos" de outras para recolher mais material, quer para o livro de viagens, quer para outros, com diferente temática.
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Depois, qual trabalho de Sísifo ou pena de Prometeu, a tarefa foi-se desenvolvendo, pois havia terras onde estivera e que não figuravam na minha produção epistolar. Vai daí, passei a pente fino as minhas fotografias e vários recorte, folhetos e livros de "viagens", para relembrar e assim escrever novas notas. Deste modo o meu "livro" foi crescendo, página sobre página. Pelas minhas fotografias descobri terras onde estivera e juraria a pés juntos que não, mas doutras apenas o nome figura na minha memória; o nome e nada mais. Disso dou por vezes conta nas linhas seguintes.
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Mas não tendo sido os deuses do Olimpo a impor me este trabalho, é chegada a hora de lhe por termo. Doutras viagens darão conta edições refundidas ou novos livros, se para tal houver tempo e paciência.
VN
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