- Manuela Silva Tem de haver tempo para o romantismo. Tem de haver espaço para o coração. Mas como pode, se a vida clama ao mais duro sacrifício, à mais pesada luta pela sobrevivência, pelos filhos, pela liberdade? Perde-se a qualidade mais nobre do homem, o amor. É o amor que eleva e seduz os mais nobres valores que torna a sociedade mais bela e equilibrada. Como pode, se o dinheiro falta, o emprego falta, a alegria falta.... quanta injustiça camuflada de lindo anúncios, esperanças vãs e supérfluas que alimentam quem não precisa? É o desencanto do coração que deixa de bater, porque bate apenas numa direcção e se esgota... apenas.
- Margarida Piloto Garcia Bem, tive de vir aqui ao teu mural, às notas , para conseguir aceder a este epistolário 007. Eu bem disse que quando o postasses ele seri a tipo agente secreto e por tal razão o dito se esconde. A identificação apareceu-me e aceitei mas agora não a descubro MESMO. Surge-me também no facemobile mas aqui, como já disse, levou sumiço. Li e escutei tudo muito atentamente e fiquei com água na boca. Esse peixinho grelhado de Setúbal é uma delícia. De qualquer modo o apetite para te ler está sempre desperto e este romantismo um pouco triste tocou-me. Beijinhos e resto de um bom sábado.
- Deolinda Figueiredo Mesquita Excelente Victor. Como gostei.... de ler e ouvir... bom fim de semana, bjs.
- Judite Faquinha Adorei do que li, da musica que ouvi. Excelente trabalho VICTOR, musicas que guardo no ouvido, bastante româticas lindas, um bom resto fim de fim de semana. bjs.
Allfabetização
Escrevivendo e Photoandando
No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e não me apetecia ir para o Mindelo. "Fechado" em Setúbal, resolvi escrever um livro de viagens a partir dos meus postais ilustrados que reavera, escritos sobretudo para casa em Luanda ou para a mãe do Rui e da Susana. Finda esta tarefa, o tempo ainda disponível levou me a ler as cartas que reavera [à família] ou estavam em computador e rascunhos ou "abandonos" de outras para recolher mais material, quer para o livro de viagens, quer para outros, com diferente temática.
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Depois, qual trabalho de Sísifo ou pena de Prometeu, a tarefa foi-se desenvolvendo, pois havia terras onde estivera e que não figuravam na minha produção epistolar. Vai daí, passei a pente fino as minhas fotografias e vários recorte, folhetos e livros de "viagens", para relembrar e assim escrever novas notas. Deste modo o meu "livro" foi crescendo, página sobre página. Pelas minhas fotografias descobri terras onde estivera e juraria a pés juntos que não, mas doutras apenas o nome figura na minha memória; o nome e nada mais. Disso dou por vezes conta nas linhas seguintes.
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Mas não tendo sido os deuses do Olimpo a impor me este trabalho, é chegada a hora de lhe por termo. Doutras viagens darão conta edições refundidas ou novos livros, se para tal houver tempo e paciência.
VN
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