+E nesta freguesia que se encontra o início do aqueduto do Convento de Santa Clara, em Vila do Conde. A Igreja paroquial tem a data de 1718 dela se originando o culto de Nossa Senhora da Purificação ou das Candeias, cuja devoção se estendeu até às Terras da Maia. No seu interior merece destaque a imagem da Padroeira, Nossa Senhora das Candeias, escultura em pedra policromada do séc. XVI, cuja confecção é atribuída à Escola de Coimbra.
Perto encontra--se o caminho para a Cividade de Terroso, importante povoado da Idade do Bronze, entre os anos 800 a 900 AC, que deveu a sua importância à proximidade do mar, à exploração mineira A povoação foi destruída durante a ocupação romana, sendo por estes reconstruída. O Centro interpretativo da cividade encontra-se já encerrado mas um aviso esclarece que se pode entrar no recinto resguardado.
A característica mais típica dos castros é a sua fortificação. Neste caso os habitantes da região terão escolhido passar a viver no monte de Teroso, situado à altitude de 152 m, como meio de protecção contra os saques e pilhagens levados a cabo por tribos rivais. A Cividade de Terroso é um dos castros mais fortemente fortificados, dado que a acrópole estava circundada por três cinturas de muralhas, que terão sido construídas em momentos diferentes, devido ao crescimento do próprio povoado. Uma série de painéis ao lomngo dos percursos fornece informação detalhada e contextualizada. A análise fóssil permitiu a reconstituição da flora da altura. Mais informação em http://pt.wikipedia.org/wiki/Cividade_de_Terroso
S. Pedro de Rates
O topónimo e a localidade de Rates (do termo Ratis) parece ser anterior à romanização. Era um ponto de passagem de uma via romana, e aí começa um dos trilhos dos caminho de Santiago em Portugal.
É à volta do mosteiro românico de S. Pedro de Rates que se desenvolveu na Idade Mádia a vida das populações de Rates. O mosteiro foi retaurado pelo Conde D. Henrique, anteriormenta à fundação da nacionalidade tendo sido extinto nos princípios do século XVI, embora o rei D. Manuel I tenha concedido foral à vila. Com as revoluções liberais do século XIX o concelho de Rates foi extinto e a Vila integrada no concelho da Póvoa de Varzim.
Testemunho e memória da grandeza de outrora são a Igreja Românica (século XI-XIII), o Pelourinho, a antiga Câmara (século XVIII), um conjunto de quatro capelas, construídas ao longo dos séculos XVII e XVIII, sendo de salientar, pela sua imponente arquitectura barroca, a do Senhor da Praça, sita no centro cívico da povoação e parte principal dum bem conservado centro histórico que se prolonga por toda a Rua Direita, onde tinham residência a fidalguia e a burguesia locais.
A igreja românica de S. Pedro de Rates, imponente, dos séculos XII e XIII (Ordem de Cluny) de três naves, destaca-se no meio do campo. Em vez da torre sineira possui um campanário que se encontra nas traseiras do templo e nas traseiras em campo aberto encontram-se arcas tumulares, sem qualquer ornamentação. Os póticos e as colunas são trabalhados, antropomórficos, com a rudeza do granito e sem a plasticidade do calcário.
Até 1552, guardava o Corpo de São Pedro de Rates antes de ter sido transferido para a Sé de Braga. São Pedro de Rates seria um bispo ordenado por Santiago Mata-Mouros e decapitado quando celebrava uma missa. Um eremita chamado Félix deu sepultura ao corpo mutilado e decomposto do bispo
Igreja de S. Cristóvão do Rio Mau, no caminho para Beiriz, célebre pela indústria de artesanato e gastronomia, é um modesto templo românico da Ordem Regrante de Santo Agostinho, do século XII, com cruz dos templários, de uma nave, perto do cemitério. Em 1143 o mosteiro foi extinto e seus bens passaram ao Mosteiro de S. Simão da Junqueira, existente nas proximidades, mas com o correr dos tempos as dependências conventuais foram demolidas.A figura central sobre a porta principal, com báculo na mão esquerda, rodeado por três personagens mais pequenos e uma ave, representa talvez Santo Agostinho. É um baixo-relevo com "desenho" algo de infantil, naïf. No tímpano do portal Norte existe a "única cena de luta representada num tímpano" românico português, um grifo e um dragão, numa provável alusão a Cristo contra Satanás
Beiriz
Já de regresso, deparo ao longo da estrada, aqui e ali, com troços do Aqueduto de Vila do Conde, A paragem ao vermelho no semáforo permite fotografar os arcos.
FOTOS EM http://kantophotomatico.blogspot.pt/2014/09/entre-os-rios-ave-e-cavado-terroso-s.html
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