Allfabetização
Escrevivendo e Photoandando
No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e não me apetecia ir para o Mindelo. "Fechado" em Setúbal, resolvi escrever um livro de viagens a partir dos meus postais ilustrados que reavera, escritos sobretudo para casa em Luanda ou para a mãe do Rui e da Susana. Finda esta tarefa, o tempo ainda disponível levou me a ler as cartas que reavera [à família] ou estavam em computador e rascunhos ou "abandonos" de outras para recolher mais material, quer para o livro de viagens, quer para outros, com diferente temática.
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Depois, qual trabalho de Sísifo ou pena de Prometeu, a tarefa foi-se desenvolvendo, pois havia terras onde estivera e que não figuravam na minha produção epistolar. Vai daí, passei a pente fino as minhas fotografias e vários recorte, folhetos e livros de "viagens", para relembrar e assim escrever novas notas. Deste modo o meu "livro" foi crescendo, página sobre página. Pelas minhas fotografias descobri terras onde estivera e juraria a pés juntos que não, mas doutras apenas o nome figura na minha memória; o nome e nada mais. Disso dou por vezes conta nas linhas seguintes.
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Mas não tendo sido os deuses do Olimpo a impor me este trabalho, é chegada a hora de lhe por termo. Doutras viagens darão conta edições refundidas ou novos livros, se para tal houver tempo e paciência.
VN
2 comentários:
Olá Amigo Victor,
Excelente chamada de atenção. Este problema já passa de mão em mãos há tanto tempo que, esperemos que chegue a hora da sua resolução porquanto, é de alguma forma "humilhante" para a cidade de Lisboa, capital do país, a manutenção da degradação que se encontra naquele espaço.
Para mim, afigura-se-me como um abandono histórico-cultural que em nada nos prestigia, muito pelo contrário...
Um abraço
Olá Victor, bom dia!
Creio que o Catedral a quem te referes será o Amigo Dionísio, que conheço pessoalmente e cuja obra muito admiro(a que conheço, evidentemente)
Quanto ao teu post, gosto, muito, como de tudo o que escreves ou escolhes e tenho lido atentamente.
Lamento profundamente, como lamentarão outros mais ainda, que coisas de valia cheguem à decadência...
E como dia o meu Amigo "Júlio Couto"
Homem do Teatro e Grande Contador de Estórias "malhas que o império tece!..."
Bj
Maria Mamede
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