ian van de capelle - calmaria
* Victor Nogueira
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1. - Vou lançando as minhas palavras ao vento em mar de calmaria !!
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2. - Nada tenho para dar, nada espero receber. Como diria Pessoa, "merda, sou lúcido". Ninguém poderá ser feliz comigo e eu, da felicidade conheço apenas breves instantes ! Há muitos anos que não escrevo poesia e se vires a cantilena
[Cantilena com mau gosto] é do passado milénio. Lanço as minhas palavras ao vento e na ressaca vem apenas a aridez e o olhar fixo no horizonte, com um sorriso de pedra colado à pele e o mar coalhado de cinzas e de flores esmaecidas . Nada espero da vida real, menos ainda da vida virtual . Refiro-me às pessoas à medida que envelheço, subscrevendo inteiramente duas frases de Saramago:
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- Somos todos uns pobres diabos,mesmo os génios. A ironia utilizo-a sempre não como um truque, mas como alguém que estivesse dentro de mim e me fosse dizendo "não te iludas" (Saramago)
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- O retrato fiel do que sou deixou-o escrito Gramsci: "Pessimista pela razão, optimista pela vontade.". Está tudo dito. (Saramago)
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Se te não considerasse, não te ligaria ! Bjo, mana desirmanada !
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