* Victor Nogueira
Não me recordo se o meu pai teve ou não uma carrinha Chevrolet, anterior ou posterior à Austin Mini Cooper, uma vez que precisava duma para o transporte de materiais para as obras de construção civil que a partir de certa altura tomava de empreitada. Mas muitas vezes ele conduzia uma Chevrolet da Direcção Provincial de Obras Públicas, pelo que tendo ou não sido proprietário de uma, aqui fica este post nos "carros da família".
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Foto de família - picnic em Luanda - cerca de 1960 - á esquerda em pé o meu pai e ao lado o meu tio José João. Em terra, em 1º plano, o meu irmão e o escriba. Não estando a minha mãe, a fotógrafa deve ter sido ela. Para protecção do sol usavam-se bonés e chapéus de palha, alguns destes eram improvisados, cónicos, feitos a partir de folhas de jornal.
Nestes picnics a comida era cozinhada no local ou transportada em arcas térmicas e as bebidas (cervejas e sumos refrigerantes (Coca Cola, Pepsi Cola, 7 Up, Canada Dry ....) mantidas frescas em caixotes de munições forrados interiormente de alumínio e cheios com gelo picado, que se comprava aos blocos numa célebre sorveteria e cervejaria de Luanda, o "Baleizão".
Era costume usar-se a camisa por fora das calças ou dos calções. Tal prática era proibida no liceu, onde por essa altura o contínuo me tentou impedir a entrada, apesar de lhe dizer que as balalaicas ou camisas casaco (com bolsos de chapa por altura da cintura) não se enfiavam por dentro dos calções. Depois duma acesa argumentação lá o consegui convencer e deixou-me entrar.
Em Angola era costume o uso da balalaica. Usei-a nos anos '60 quando vim para Portugal prosseguir estudos universitários e continuaram a usá-la mesmo depois da independência das ex-colónias muitos que delas provieram, como o meu pai e o meu tio José João. Era uma peça de vestuário fresca e prática
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As fotos seguintes constam do espólio familiar e contêm outras carrinhas dessa época, apenas a título memorialista.
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