Allfabetização

Este postal é - creio - uma fotografia retirada dum dos dois filmes que há dias vi sobre as campanhas de alfabetização, as tais em que eu gostaria de ter participado em Agosto último se ... Esta cena do filme era comovente: uma mulher que até aí não sabia comunicar por escrito, conseguir fazê-lo. A procura das sílabas, o gesto hesitante, o voltar atrás para corrigir ou desenhar melhor a letra !!! Deve ser bestial um tipo descobrir que sabe ler, não achas? (1974)

Escrevivendo e Photoandando

No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e não me apetecia ir para o Mindelo. "Fechado" em Setúbal, resolvi escrever um livro de viagens a partir dos meus postais ilustrados que reavera, escritos sobretudo para casa em Luanda ou para a mãe do Rui e da Susana. Finda esta tarefa, o tempo ainda disponível levou me a ler as cartas que reavera [à família] ou estavam em computador e rascunhos ou "abandonos" de outras para recolher mais material, quer para o livro de viagens, quer para outros, com diferente temática.

.

Depois, qual trabalho de Sísifo ou pena de Prometeu, a tarefa foi-se desenvolvendo, pois havia terras onde estivera e que não figuravam na minha produção epistolar. Vai daí, passei a pente fino as minhas fotografias e vários recorte, folhetos e livros de "viagens", para relembrar e assim escrever novas notas. Deste modo o meu "livro" foi crescendo, página sobre página. Pelas minhas fotografias descobri terras onde estivera e juraria a pés juntos que não, mas doutras apenas o nome figura na minha memória; o nome e nada mais. Disso dou por vezes conta nas linhas seguintes.

.

Mas não tendo sido os deuses do Olimpo a impor me este trabalho, é chegada a hora de lhe por termo. Doutras viagens darão conta edições refundidas ou novos livros, se para tal houver tempo e paciência.

VN

sábado, 29 de janeiro de 2022

(quase) diário da campanha 10

 * Victor Nogueira



Isto é falácia e manipulação. Isto só foi possível unicamente pelo facto de o PS, desde Soares, ter sido pela 1ª vez condicionado pela necessidade de depender da viabilização á esquerda em 2015 (PCP, Bloco e Verdes), quando Costa já se preparava para permitir que o PSD/CDS do PáF/PS Costa/Tó Zé Seguro,/ Francisco Assis/Carlos César/Santos Silva,/Manuel Alegre/ Pepe Sócrates e outros influentes e dirigentes do PS,  que - ontem e hoje - dão ás claras voz aos negócios do chamada "centrão" PS/PSD que, medram na sombra e por detrás da cortina, apadrinhados por Soares/PS, Victor Constâncio/PS, Cavaco/PSD, Sócrates/PS, Barroso/PSD, Guterres/PS, Marcelo/PSD .... PS e PSD divergindo no essencial apenas  sobre qual será o manajeiro ou timoneiro de turno e no assalto ao pote das negociatas do "centrão".

Valeu ao enCosta/PS o facto do PCP ter afirmado que o PS só não seria Governo se não quisesse e assim, durante seis longos anos de “estabilidade”, governou  á direita, nas questões estruturais, com algumas papas e bolos, á esquerda.

Em 2019 tentou livrar-se das "esquerdas" e em 2022 tenta "engalanar-se" embora de 2015 a 2022 sempre tenha contado com o voto do PSD contra as "esquerdas" em questões estruturais relativamente ao mundo do trabalho, "cativando" as medidas aprovadas á esquerda, cativação feita em nome das "contas certas", da sujeição aos tratados da União Europeia e á "palavra dada, palavra desonrada" para com o mundo do Trabalho.

As medidas que em 2015 Centeno/PS propunham em nada se distinguiam das de Gaspar e Marilú/PSD/CDS.

Quem assinou o convite á entrada na UE foi Mário Soares/PS e quem chamou a troica foram PS/PSD/CDS/Cavaco.

As sucessivas revisões constitucionais á Constituição de 1976 foram viabilizadas por iniciativa e pelos votos conjuntos do P/PSD/CDS, incluindo a "privatização" de sectores estratégicos da economia, incluindo a banca BES, BPP, BPN, que faliram fraudulentamente, ou a transformação do SNS de "gratuito" a "tendencialmente gratuito", sem esquecer as sucessivas revisões do Código de Trabalho, sempre a favor do Patronato e contra o mundo do trabalho, incluindo as medidas contra reformados e pensionistas.


Sem comentários: