* Jorge Fael
"... A eleição faz-se por círculos eleitorais. Todos os votos na CDU, distrito a distrito, contam. Mas o que é decisivo no próximo domingo não é saber quem fica à frente de quem. O que é decisivo é eleger deputados.
No dia das eleições o que está em causa, em cada círculo eleitoral, é optar entre reforçar a CDU e eleger deputados do PCP e do PEV ou entregar esses mandatos a deputados de direita ou da política de direita, do PSD ou do PS.
Alguns exemplos:
Em Évora, o PS quer fazer o pleno dos 3 deputados disponíveis. E a direita mobiliza-se para conquistar um. A acontecer uma destas possibilidades, isso significaria não eleger João Oliveira, deputado da CDU.
Em Beja, onde também são eleitos, no total, 3 deputados, a questão que se coloca é se elegemos o João Dias e lhe juntamos mais um deputado da CDU, ou se entregamos esses mandatos a deputados da direita.
No Porto, o que está em causa é optar entre eleger a Diana Ferreira, a Ana Mesquita e o Manuel Loff, ou entregar mais mandatos ao PS ou PSD.
Em Santarém, devemos eleger o António Filipe e o Mário Pereira, e nunca aceitar o risco de um desses mandatos ficar nas mãos da direita.
Em Faro, eleger a Catarina Marques, para voltar a dar voz ao Algarve no parlamento, impedirá também que esse mandato seja entregue a um qualquer deputado de direita.
Em Braga, o que está em causa é eleger o Torcato Ribeiro ou entregar esse mandato a um qualquer deputado de direita.
Em Castelo Branco, elegem-se 4 deputados. O que é que defende melhor o interesse dos trabalhadores? Dar mais força à CDU e ajudar à eleição do Jorge Fael, ou eleger mais um deputado do PS ou do PSD?"
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* Fernando Godinho
É sintomático - e triste - ver por aqui tanta gente "de esquerda" a entrar em parafuso, desesperada com as últimas sondagens. Tal como Costa, estão finalmente (finalmente...) a perceber que o PS não vai ter maioria absoluta e pode mesmo nem ficar em primeiro lugar. Pode até nem haver maioria de esquerda no Parlamento. Assim sendo, apelam ao voto no PS (incrível!) e voltam aos argumentos distorcidos e histéricos de acusação do Bloco e do PC pela não aprovação do Orçamento.
Ora bem, amigos "de-esquerda-que-não-são-do-PS-mas-votam-PS", vocês, embora não o digam, sabem tão bem como eu que o principal responsável pela não aprovação do Orçamento é o PS. O PS de António-Costa-primeiro-ministro, suportado pelas amáveis e entusiasmantes ameaças de Marcelo, que também é responsável por se ter chegado a uma situação como a que vivemos, sem antes ter tentado qualquer alternativa. Porque ele sempre quiz um governo de bloco central. E é o que vamos ter, se estes meus amigos "de esquerda" votarem no PS em vez de reforçarem os outros partidos à esquerda do PS. É pá, não venham depois chorar no dia 31..... deixem-se de merdas!
2022 01 25
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