* Victor Nogueira
Sem andor nem ardor ardente
estão paradas as palavras
não aram nem lavram
mas estiolam
os gestos
tortas as portas
sem janelas singelas
gela-se
as mãos frias e dormentes
as pedras soltas
baralhadas no areal
chove
chuva miudinha
morrinhenta e cinzentona
para lá das nuvens
muito acima delas
brilha o sol
e
o silêncio em
dó ré mi ...
Para lá da vidraça
elegantes e em voo gracioso
planam as gaivotas
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