* Victor Nogueira
3 de outubro de 2010 ·
O silêncio não tem nós, é uma planície imensa, umas vezes seca, outras verdejante, mas por vezes a garganta sente os ditos como nozes duras de ... roer !
3 de outubro de 2010 ·
É noite e vou acabar de arrumar a secção de poesia da minha biblioteca ! Não vale a pena estar aqui à espera de Godot ou de Godota 🙂
3 de outubro de 2010 ·
É noite e o silêncio é apenas quebrado pelo rápido matraquear no teclado. Para lá da janela, a escuridão enquanto em terra a iluminação pública parece um luzeiro de estrelas. Interrompo a arrumação dos livros - agora na secção de poesia depois do teatro - e como Alberto Caeiro assomo a esta janela onde a seara é grande mas os visitantes poucos para acenar ao mundo e às pessoas antes de recolher-me pra dormir. Dormir, uma imperfeição dos/das Deuses/as, por causa dos pesadelos e da perda de tempo tão escasso na nossa vida!
Foto Victor Nogueira - Setúbal, by night
Lurdes Martins - Amigo, bons sonhos, delirantes mas despertos. E como eu gosto dessas tuas estrelas! Abreijo
3 de outubro de 2010 ·
Chove, faz frio e o tempo está muito nublado.
Dia bom para estar à lareira que não tenho, a ver as chamas esvoaçarem, como em Goios (Barcelos), na aldeia do meu avô materno, quando lá íamos no inverno.
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Nops. Só venho aqui nos intervalos. Tenho de arrumar milhares de livros desalinhados nas prateleiras desde que tive de fazer obras na casa depois de ser vigarizado pela seguradora. Acabei a secção do teatro e agora estou na da poesia, a que se seguirá a da banda desenhada. Hoje leio os jornais aqui na internet porque não me apetece arrostar cm a chuva. Quem fica a perder é a minha mãe, que se terá de contentar com o devorar de livros para ocupar os seus 90 aos 🙂 Enviei-te "Crianças Voando" da Paula Rego. Vou almoçar, pois a massa indiana já deve estar cozida e o buraco no estômago está a ficar avantajado 🙂
14 a
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Para lê-los preciso de ter os milhares organizados para saber onde estão e onde encontrá-los 🙂
14 a
3 de outubro de 2011 ·
Nada posso comentar a não ser que trago comigo o peso de todas as pessoas que tenho conhecido, sobretudo daquelas que na realidade e não apenas virtualmente corresponderam e me acompanharam em momentos mais ou menos breves da minha vida, de todas as terras, estradas e calçadas que tenho percorrido, das de quem, para além da escrita, conheço a voz única no meio de todas as outras, ou sentido a mão no ombro, a carícia no rosto ou nos cabelos, o ajeitar do meu kispo, o gesto físico de amizade, carinho, afecto e solidariedade verdadeiras. De quem não me cerrou portas e janelas. Tudo o resto são apenas palavras, poeira, ilusão e solidão ! Cada vez maiores !
3 de outubro de 2011 ·
"Por mais que morram, o número de tolos é infinito, e os inteligentes não querem morrer. Mas a morte não poupaa ninguém." Hans Hellmuth Kirst in "Os Lobos"
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