23 de Julho de 2014 às 21:25
Era um arco real
poderoso o ministro,
governando o Pombal,
José, do rei, registro.
Foi bem grande o sismo;
arrasou a cidade.
ruinando, abismo,
mas depois, claridade.
Ficou em esquadria,
ruas largas, direitas,
no terreiro, alegria,
pelas casas bem feitas.
Do Comércio o rossio,
lá em cima o castelo,
com vista para o rio,
praça com ar singelo.
Eram os tempos novos,
dobrando a fidalguia,
mas castigando os povos,
assim na Trafaria.
Jesus, não escapou;
a forte companhia,
sem poder ficou,
quebrada a cabacinha.
Já morreu o Marquês,
da Corte exilado,
Mas ficou o burguês,
com o chão aplanado.
Dum lado os palácios,
no outro pau a pique,
os ricos em solários,
com o Pina Manique.
2014.07,23 setúbal
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No adro da igreja
se juntam os farsantes
buscando em lindeza
juntar diamantes.
No meio do rio
bem junto à costa
abrem, fecham pio,
dobrando a posta.
Menino, sant'ana,
sacristas, seguro,
mexem na badana,
buscando seu furo.
Do meio do vale
ao cimo da serra
vão juntando, mal
os votos, em terra.
São os maiorais
salvadores da pátria
dizem os jornais
amigos da frátia.
Santos populares,
miguel, paulo, tóino,
pedrocas com ares,
sendo nós ... campónio.
São tó-tós, tó-zés,
sam paio, cavacos;
p'ra nós pontapés,
e mil os farrapos.
2014.07.23 setúbal
reportagem fotográfica
http://kantophotomatico.blogspot.pt/2014/06/lisboa-terreiro-do-paco-e-arco-da-rua.html
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