Allfabetização

Escrevivendo e Photoandando

No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e não me apetecia ir para o Mindelo. "Fechado" em Setúbal, resolvi escrever um livro de viagens a partir dos meus postais ilustrados que reavera, escritos sobretudo para casa em Luanda ou para a mãe do Rui e da Susana. Finda esta tarefa, o tempo ainda disponível levou me a ler as cartas que reavera [à família] ou estavam em computador e rascunhos ou "abandonos" de outras para recolher mais material, quer para o livro de viagens, quer para outros, com diferente temática.

Depois, qual trabalho de Sísifo ou pena de Prometeu, a tarefa foi-se desenvolvendo, pois havia terras onde estivera e que não figuravam na minha produção epistolar. Vai daí, passei a pente fino as minhas fotografias e vários recorte, folhetos e livros de "viagens", para relembrar e assim escrever novas notas. Deste modo o meu "livro" foi crescendo, página sobre página. Pelas minhas fotografias descobri terras onde estivera e juraria a pés juntos que não, mas doutras apenas o nome figura na minha memória; o nome e nada mais. Disso dou por vezes conta nas linhas seguintes.

Mas não tendo sido os deuses do Olimpo a impor me este trabalho, é chegada a hora de lhe por termo. Doutras viagens darão conta edições refundidas ou novos livros, se para tal houver tempo e paciência.

sábado, 1 de outubro de 2016

Gaston Lagaffe, uma criação de Franquin

* Victor Nogueira

Gaston Lagaffe, (1957 - 1992) é uma criação de Franquin (1924 . 1997) - Este e o "boneco" abaixo poderiam ser o meu retrato mindelense, pois apesar de ter vindo carregado de papéis e "dossiers", ainda não repeguei na "história dos estudantes do isese" (ao meu olhar) e algumas são as viagens no fiesta, que não é tão calhambeque como a Dona Elvira do Gaston.

Este personagem "moço de recados" na redacção do Journal Spirou, é um incompreendido, completamente desajustado às funções que é suposto exercer., amigo de sonecas e descanso nas tarefas profissionais

Tímido, sonhador, dono de inesgotável imaginação e dum espírito inventivo, sobretudo para encontrar soluções, com instrumentos que lhe poupem trabalho ou que satisfaçam a sua veia musical, designadamente com o seu "gang des gaffeurs". Todas elas finalizando em autênticos desastres, hilariantes, para desespero dos patrões (Sr. Mesmaeker) e dos restantes colegas na redacção do "journal".

Tem uma apaixonada indefectível e admiradora incondicional, a tímida secretária que é Mademoiselle Jeanne, e um inimigo de estimação, o polícia de trânsito, Joseph Longtarin, eterna vítima de Gaston, em permanente jogo do gato e do rato.