* Victor Nogueira
21 de novembro de 2011 ·
Um pobre filho de pobres que renegou a sua origem. O outro deixava roubar mas morreu pobre. Nem um nem outro são de louvar, embora os clãs soarista, cavaquista e sócretino não passem de xico-espertos mais ou menos "envernizados"
Fotos Victor Nogueira - Cemitério de Agramonte - talhão dos Combatentes da Grande Guerra
21 de novembro de 2012
a guerra em dois autores - Victor Nogueira e Pe. António Vieira
É a guerra o monstro que ceifa a vida
É a guerra o monstro que ceifa a vida
Ruína as casas, viola a criança;
Velhos, novos, não fogem à matança,
No campo a seara é já perdida.
O fogo e a peste, em grande corrida,
Afastam do burgo a bela festança;
O mal, a vida e natureza alcança.
Só dos loucos pode ela ser querida.
Homens, mulheres, crianças, lutam
Por outro mundo novo construir;
Cantam rouxinóis, bem alto voam águias.
Na verde planura os cordeiros vivam;
Na festa, na eira, todos a bailar,
P'la paz lutando, sem demagogias.
setúbal 1989.09.06
É a guerra aquele monstro
(...) Começando pela desconsolação da guerra, e guerra de tantos anos, tão universal, tão interior, tão contínua: oh que temerosa desconsolação! É a guerra aquele monstro que se sustenta das fazendas, do sangue, das vidas, e quanto mais come e consome, tanto menos se farta. É a guerra aquela tempestade terrestre, que leva os campos, as casas, as vilas, os castelos, as cidades, e talvez em um momento sorve os reinos e monarquias inteiras. É a guerra aquela calamidade composta de todas as calamidades, em que não há mal algum que, ou se não padeça, ou se não tema, nem bem que seja próprio e seguro. O pai não tem seguro o filho, o rico não tem segura a fazenda, o pobre não tem seguro o seu suor, o nobre não tem segura a honra, o eclesiástico não tem segura a imunidade, o religioso não tem segura a sua cela; e até Deus nos tempos e nos sacrários não está seguro. Esta era a primeira e mais viva desconsolacão que padecia Portugal no princípio deste mesmo ano.
(...) Que de tempos costuma gastar o Mundo, não digo no ajustamento de qualquer ponto de uma paz, mas só em registar e compor os cerimoniais dela! Tratados preliminares lhe chamam os políticos, mas quantos degraus se hão de subir e descer, quantas guardas se hão de romper e conquistar, antes de chegar às portas da paz, para que se fechem as de Jano? E depois de aceitas, com tanto exame de cláusulas, as plenipotências; depois de assentadas, com tantos ciúmes de autoridade, as juntas; depois de aberto o passo às que chamam conferências, e se haviam de chamar diferenças; que tempos e que eternidades são necessárias para compor os intricados e porfiados combates que ali se levantam de novo? Cada proposta é um pleito, cada dúvida uma dilação, cada conveniência uma discórdia, cada razão uma dificuldade, cada interesse um impossível, cada praça uma conquista, cada capítulo e cada cláusula dele uma batalha, e mil batalhas. Em cada palmo de terra encalha a paz, em cada gota de mar se afoga, em cada átomo de ar se suspende e pára. (...)
Pe António Vieira “Sermão Histórico e Panegírico nos Anos da Rainha D. Maria Francisca de Sabóia”
TEXTO COMPLETO EM
http://www.salverainha.com.br/downloads/Sermao_Historico_e_Panegirico_%20Padre_Antonio_Vieira.pdf
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Judite Faquinha - Porquê??? Que ao longo de Seculos da História Mundial!!! O monstro diabólico da GUERRA é uma constante, sempre em algum lugar!!! Obrigada amigo Vitor... aprender a conhecer sempre. beijocas.
12 a
Manuela Vieira da Silva - Ou não fosse também o grande negócio das armas. Governos que proclamam a paz vendem as armas e fazem a guerra. E depois dos negócios consumados vão para a ONU fazer acordos de paz. As vítimas são sempre as mesmos, os inocentes.
12 a
Isabel Maria - A guerra é a guerra ,seja onde for quem sofre são sempre os mais frágeis...bom fim de semana amigo
12 a
Maria Célia Correia Coelho - A Humanidade progride em mtas áreas, no entanto, as guerras são uma constante ao longo dos séculos!!!Aí o único progresso é o das armas que são cada vez mais eficientes no mal que geram!!
12 a
Belaminda Silva - Grande verdade amigo Victor, infelizmente não conseguimos trava-las. Beijinhos e obrigada pela partilha ❤
21 de novembro de 2018 ·
Em Lisboa, no Jardim da Estrela, com a Susana e o meu irmão Zé Luís, cerca de 1977 (pormenor duma foto em que também figura a Teresa, que não chegou a ser minha cunhada)
21 de novembro de 2022 ·
Foto victor nogueira - Estação ferroviária de Campanhã, no Porto: entre o comércio personalizado e as máquinas de venda automática. (Canon 211_11)
21 de novembro de 2023 ·
Foto victor nogueira - Incêndio em Palmela (file132 - 2022 07 13)
Parece mas não uma explosão nuclear, mas um incêndio visto duma das varandas no alto da torre, no cimo duma encosta.
Se tivesse sido uma explosão nuclear, talvez nem o fotógrafo nem Palmela ainda existissem, para além dum campo de ruínas radioactivas e suas inapeláveis e mortíferas sequelas.
VER Incêndio em Palmela
21 de novembro de 2024
Nos 50 anos do 25 de Abril, dos 3 D's - Democratizar, Descolonizar e Desenvolver, pondo fim ao fascismo e à gueera colonial, rumo a uma sociedade sem classes. O 25 de Abril tinha como objectivo não apenas a Liberdade, mas também a Democracia (económica, política, social e cultural) numa sociedade mais justa, fraterna, igualitária e solildária, aquela que o 25 de Novembro bloqueou!
Imagens: DN 25 Abril 2020 Cartoon © @andre_carrilho, Volpedo - O 4º Estado, Helena Vieira da Silva - A Poesia está na Rua (55 de Abril de 1974)
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Eles são democratas
Amigos de Plutocratas
Com cidadania
De enguia bem esguia !
Escorre-lhes dos dedos,
dos lábios e
da caneta ou do «computador»
Arrogância
Jactância!
Vestem bem e
cheiram melhor
Para esconder
o pior perfume da sarjeta
Muitos vivem da gorjeta
Esquecidos que em pó se transformarão ,
acumulado num saco de ossos em fossos,
na fossa
Por isso não são dos nossos.
São sim democratas
Plutocratas
Aristocratas
Autocratas
Convencidos que são reis!
Mesmo em terra de cegos
o «imperador» vai nú
Numa palavra
sem palavra
Na família das piranhas
São PIRATAS
Setúbal 2006
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