Allfabetização

Este postal é - creio - uma fotografia retirada dum dos dois filmes que há dias vi sobre as campanhas de alfabetização, as tais em que eu gostaria de ter participado em Agosto último se ... Esta cena do filme era comovente: uma mulher que até aí não sabia comunicar por escrito, conseguir fazê-lo. A procura das sílabas, o gesto hesitante, o voltar atrás para corrigir ou desenhar melhor a letra !!! Deve ser bestial um tipo descobrir que sabe ler, não achas? (1974)

Escrevivendo e Photoandando

No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e não me apetecia ir para o Mindelo. "Fechado" em Setúbal, resolvi escrever um livro de viagens a partir dos meus postais ilustrados que reavera, escritos sobretudo para casa em Luanda ou para a mãe do Rui e da Susana. Finda esta tarefa, o tempo ainda disponível levou me a ler as cartas que reavera [à família] ou estavam em computador e rascunhos ou "abandonos" de outras para recolher mais material, quer para o livro de viagens, quer para outros, com diferente temática.

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Depois, qual trabalho de Sísifo ou pena de Prometeu, a tarefa foi-se desenvolvendo, pois havia terras onde estivera e que não figuravam na minha produção epistolar. Vai daí, passei a pente fino as minhas fotografias e vários recorte, folhetos e livros de "viagens", para relembrar e assim escrever novas notas. Deste modo o meu "livro" foi crescendo, página sobre página. Pelas minhas fotografias descobri terras onde estivera e juraria a pés juntos que não, mas doutras apenas o nome figura na minha memória; o nome e nada mais. Disso dou por vezes conta nas linhas seguintes.

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Mas não tendo sido os deuses do Olimpo a impor me este trabalho, é chegada a hora de lhe por termo. Doutras viagens darão conta edições refundidas ou novos livros, se para tal houver tempo e paciência.

VN

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

(quase) diário da campanha 13

 * Victor Nogueira



Com o discurso da anticorrupção e contra o "sistema", do "centrão PS/PSD/CDS) o Chega terá beneficiado do apoio de muitos que o centrão tem marginalizado desde o 25 de novembro de 1975.  

Só uma política diferente daquela que em alterne têm praticado o PS e o PSD poderia estancar o Chega e seus sucedâneos, que já podem prescindir do ventre e das barrigas de aluguer em que medraram, designadamente no PSD e no CDS. 

Não serão as maiorias absolutas do PS que resultarão, pois desde Soares que o PS aferrolhou o socialismo dentro duma gaveta, onde se perdeu.


2022 01 30 Volpedo e a luta continua

sábado, 29 de janeiro de 2022

(quase) diário da campanha 11

 


Victor Barroso Nogueira

Tirando o caso do Chega e do Livre, partidos unipessoais, em torno do "Chefe" ou "Fundador", não me parece que os restantes partidos "parlamentares" sejam unipessoais, antes reflectem a correlação de forças a nível interno de cada um.

Nem Jerónimo nem Catarina são "prima-donas " que decidem apenas pela sua cabeça, antes reflectem o "colectivo" em que se inserem, considerando os respectivos programas e objectivos partidários.

Victor Barroso Nogueira

Só o discurso de Catarina é "focado insistentemente em nossa saúde, defesa e respeito dos direitos adquiridos."? O da CDU, não? Só o do Bloco?

Victor Barroso Nogueira

"Daí a exigência de ser o terceiro partido mais votado, é porque o terceiro partido mais votado é o único que elege, a par de PSD e PS, em muitos círculos eleitoral?

O que conta não é o 3º partido mais votado, mas em cada círculo que partido(s) têm possibilidade de eleger deputados. Em Évora, por exemplo, em 3 deputados, a distribuição previsível é 2 ou 3 PS, 1 ou zero CDU. Falar em garantir o 3º lugar, eventualmente arrebatado ao Chega ou ao IL, é uma falácia, uma mistificação.

As eleições não são num círculo nacional, mas por 22 círculos eleitorais, coincidentes com os extintos distritos

Victor Barroso Nogueira

Braga, Aveiro, Santarém, Faro são círculos eleitorais em que a CDU já elegeu deputados. Porque haveria de desistir desse objectivo em favor do BE? E outros haverá, como em Évora, em que o BE previsivelmente não elegerá qualquer deputado. A teoria da 3ª força, neste caso, que pés tem para andar, a não ser "engordar" o nº de eleitores num cômputo nacional. Poderia fazer-se a mesma leitura para a CDU.

Mas nos círculos em que BE ou CDU não tem previsivelmente possibilidade de eleger deputados, porque haveria algum deles de apelar ao voto no outro?

Victor Barroso Nogueira

E um voto no BE tira algum eventual deputado ao Chega no círculo eleitoral de Évora? Mas um voto do BE na CDU no círculo eleitoral de Évora facilitaria a eleição de João Oliveira e o reforço das "esquerdas" no Parlamento.

Victor Barroso Nogueira

A generalidade da comunicação social manipula a informação, com "sondagens" e "títulos", promovendo o alterne "bi-polar" PS/PSD, promovendo em simultâneo o Chega, o IL, o PAN e o Livre e lançando o campeonato pelo 3º lugar, entre o Chega e o Bloco, eventualmente "repescando" a IL, subalternizando sempre a CDU.

Por outro lado a campanha é praticamente reduzida aos "títulos-chamarizes", os que ficam no olho, não poucas vezes desmentidos na notícia, que uma grande parte dos "mirones" não leem.

E como neste caso é exemplo, desvia as atenções e canaliza as discussões/debates em conformidade com a sua agenda, no caso "promovendo" o Chega e o Bloco, sem esquecer o essencial: canalizar o eleitorado para votar maioritariamente no alterne bi-polar entre PS e PSD, que sempre se entenderam nas questões fundamentais.

Diego Garcia - Mas tens um deputado da CDU a dizer que votar na CDU é combater a extrema-direita.

Victor Barroso Nogueira

Mas individualiza no Chega?

Victor Barroso Nogueira 

Ao "enunciar" Chega" está a dar-lhe "eco", visibilidade, afunilando a questão. Aliás, em termos práticos, “socioeconómicos", naquilo que é estrutural, que distingue o Chega do IL ou do Rio/Cavaco/Passos Coelho/Moedas?

O combate á "extrema-direita" é muito mais abrangente; inclui, mas não só, outros partidos concorrentes a esta legislatura, como o ex-PNR

Por exemplo, o CDS em 1976 votou contra a Constituição e, com o PSD, contra o SNS, e ambos, com o PS, são responsáveis pelo ingresso na chamada União Europeia e pela assinatura de tratados - nem sequer referendados nem sequer referendados - que manietam as políticas sociais em favor do grande capital económico financeiro, seja nacional, seja transnacional.

Mas questões destas não se discutem ou são apresentadas ao eleitorado pela comunicação social nem sequestiona a política externa portuguesa.

A campanha é praticamente reduzida ou afunilada pela Comunicação Social em torno de títulos garrafais e sound bites para parangonas

Diego Garcia - então mas estamos doidos? Há mais algum partido de extrema direita com hipóteses de eleger?

Diego Garcia Acabo de descobrir que o PCP anda a combater o PNR  

Victor Barroso Nogueira 

Diego Garcia Ana Albuquerque Não, não estou doido. É uma questão táctica, não "embarcar" em "normalizar" e dar publicidade ao Chega que, entre todos, pela generalidade da "comunicação social" e seus proprietários e comentadores, foi o escolhido para marcar a agenda. e os debates, temperados com títulos bombásticos e molhos de coelhas acácias e gatos albinos O Chega e a IL, em primeiro lugar, e o PAN para compor o ramalhete.

Vejam lá como se vão engordando as estatísticas algoritmias no inFaceLocked e nas caixas de comentários. LOL

Assisti a alguns tempos de antena e o líder do ex PNR até aparece todo engravatado, bem-falante e bem vestido, neste aspecto não lhe fazendo sombra o Chega das arruaças e sound bites. Prontus, mas escolheram o Ventura para "animar"

Diego Garcia Mas sejamos claros e honestos, quando o Jerónimo de Sousa fala da extrema-direita, as pessoas pensam no Chega ou no PNR? É que a questão é essa.

Há que chamar as coisas pelos nomes.

Victor Barroso Nogueira 

Já respondi imediatamente atrás. A "honestidade" ou falta dela nada tem a ver com a questão. A minha "clareza", essa sim. Mas parece que me não consigo fazer entender LOL

As pessoas pensam no Chega porque a Comunicação Social o traz ao colo. Tudo o resto, na maior parte dos casos, é "publicidade gratuita", pesem embora as boas intenções.

 Cristina Pereira  A questão colocou-se por causa do terceiro lugar, nada mais. Claro que um voto num qualquer outro partido será um voto a menos para o Chega, mas queria que o Bloco não apelasse ao voto em si mesmo?

Victor Barroso Nogueira - 

Cristina Pereira Eu acho que cada partido em princípio deve apelar ao voto em si mesmo. Mas o Bloco naquela frase apela ao voto em si mesmo afirmando que cada deputado seu corresponde a menos um depuatado do Chega:

No comentário a seguir explano porque considero uma falacia ou mistificação afirmar-se que

"“cada deputado do BE que entrar é um do Chega que não entra”.

Filipe Tourais

Cristina Pereira , claro que não. o que eu queria era que o Bloco apelasse ao voto pelo que propõe, que chega e sobra para que não apele ao voto contra o Chega, ainda por cima nos termos em que o faz. Não será o Bloco que derrotará o Chega. Serão os eleitores de todos os partidos. O Bloco será sempre apenas um deles.

Victor Barroso Nogueira

Voltando ao cerne da questão em apreço:

"“cada deputado do BE que entrar é um do Chega que não entra”. "

Isto é uma falácia, uma mistificação.

Uma verdadeira polírica de "esquerda", seja pelo socialismo, seja pelo Estado Social, que nem PS nem PSD alguma vez praticaram, antes submetendo-se aos tratados não referendados da União Europeia, que respeitam,", incluindo a chamada da troika pelo PS/PSD/CDS,, essa política de esquerda é que tiraria votos ao Chega e seus liberais sucedâneos.

Mas no contexto dumas viciadas eleições legislativas, se é importante o nº total de votos a nível nacional, não menos importante é o nº de deputados á esquerda, no Parlamento.

Não é líquido que votar no BE seja tirar deputados ao Chega. Em cada círculo eleitoral poderia eventualmente significar que ficava tudo na mesma ou que seriam tirados deputados a outro partido: ao PS ou á CDU, por exemplo. Ou na realidade, dá-los a um destes ou a outro.

Mas toda a campanha na comunicação social escrita e televisionada é para que, não se discutindo programas, se reduza o proceso eleitoral á escolha dum 1º ministro, "engordando" o Chega e o Bloco, num vicidao "campeonato" pelo 3º lugar e pelo "voto útil"

Mas a luta pelo "Socialismo" ou pelo "Estado Social" não se reduz ao Parlamento, antes joga-se também nas ruas e nos locais de trabalho, incluindo greves e manifestações, embora á pala do covid 19 muitas restrições e limitações têm sido introduzidas. por esta Europa fora.

Victor Barroso Nogueira 

Ana Albuquerque Eu não comento aquela afirmação da Catarina/BE por ser infantil, mas por ser tacticamente errada e mistificatória, i.e. que cada deputado a mais do BE é menos um deputado do Chega. Mas sobre isto já falei anteriormente

Aliás, em princípio e na generalidade não creio que o Chega tire votos nos eleitorados do BE e da CDU, mas tira, isso sim, ás suas incubadoras e antigas barrigas de aluguer que são o PSD e o CDS. Se o CDS se demarca do Chega, é porque lhe rouba eleitorado. No entanto, o PSD de Rio a Rangel não enjeita o apoio do Chega, aliás como sucedeu nos Açores.

Se nas autarquias o Chega já é uma confusão, não tendo Ventura mão nos "seus " deputados, imagine-se o que resultaria duma eventual bancada do dito cujo "unipessoal" no Parlamento.

Se e quando necessário, com ou sem o Chega, Ventura poderá ser descartado por outrem, pelos seus "criadores"

Victor Barroso Nogueira

Francisco Abreu Pessegueiro Dê as voltas que der, aquela foi uma afirmação no mínimo infeliz e tacticamente contraproducente, mesmo usando de muita boa vontade.

Mas os mandantes da Comunicação Social, ao realçá-la, neste caso em detrimento das propostas concretas do Bloco (ou da CDU) face ás das "direitas" (Chega, PSD, CDS e direitas no PS) consegue o seu objectivo.

Presumo que sejamos seres pensante com experiência de participação e acção políticas, designadamente no Bloco ou na CDU, mas pergunto: o que se passará com muitos dos eleitores/tele espectadores, que olham apenas para as "gordas"? É que nós estaremos a debater com a agenda e nos termos que a CS pretende seja o generalizado, na sequência da afirmação da Catarina/BE que a Comunicação Social resolveu realçar em detrimento de tudo o resto.

Tomemos os debates pré-eleitorais: o PCP questionou o facto das TV's organizarem os "campeonatos " bi-polar dos grandes (PS/PSD) e dos "minorcas" de que resultou não debater com o Chega. O Bloco aceitou a "solução" das TV's, "debatendo" com o Chega.

Se por um lado os debates serviram para mostrar o "vazio" programático do Chega, a verdade é que isso lhe deu tempo de antena e audiências, sendo em meu entender, por motivações opostas, eficazes as prestações de Rui Tavares/Livre e Santos/CDS. Mas com estes debates e audiências, Ventura ganhou ou perdeu eleitorado?

Mas, qualquer que seja a resposta, em quantos deputados um eventual 3º lugar se traduzirá a votação círculo a círculo? Lisboa? Porto? Setúbal? Braga? RA Madeira? E nos restantes círculos que "enchem" a votação agregada  nacional?

Aliás, não deixa também de merecer reflexão o facto do Chega defender a redução do nº de deputados no Parlamento, que conduziriam á sua eventual irrelevância parlamentar, tal como ás do Bloco e CDU, a favor da "engorda" do peso do PS e do PSD. objectivo do grande Patronato e do Presidente da República.

(quase) diário da campanha 10

 * Victor Nogueira



Isto é falácia e manipulação. Isto só foi possível unicamente pelo facto de o PS, desde Soares, ter sido pela 1ª vez condicionado pela necessidade de depender da viabilização á esquerda em 2015 (PCP, Bloco e Verdes), quando Costa já se preparava para permitir que o PSD/CDS do PáF/PS Costa/Tó Zé Seguro,/ Francisco Assis/Carlos César/Santos Silva,/Manuel Alegre/ Pepe Sócrates e outros influentes e dirigentes do PS,  que - ontem e hoje - dão ás claras voz aos negócios do chamada "centrão" PS/PSD que, medram na sombra e por detrás da cortina, apadrinhados por Soares/PS, Victor Constâncio/PS, Cavaco/PSD, Sócrates/PS, Barroso/PSD, Guterres/PS, Marcelo/PSD .... PS e PSD divergindo no essencial apenas  sobre qual será o manajeiro ou timoneiro de turno e no assalto ao pote das negociatas do "centrão".

Valeu ao enCosta/PS o facto do PCP ter afirmado que o PS só não seria Governo se não quisesse e assim, durante seis longos anos de “estabilidade”, governou  á direita, nas questões estruturais, com algumas papas e bolos, á esquerda.

Em 2019 tentou livrar-se das "esquerdas" e em 2022 tenta "engalanar-se" embora de 2015 a 2022 sempre tenha contado com o voto do PSD contra as "esquerdas" em questões estruturais relativamente ao mundo do trabalho, "cativando" as medidas aprovadas á esquerda, cativação feita em nome das "contas certas", da sujeição aos tratados da União Europeia e á "palavra dada, palavra desonrada" para com o mundo do Trabalho.

As medidas que em 2015 Centeno/PS propunham em nada se distinguiam das de Gaspar e Marilú/PSD/CDS.

Quem assinou o convite á entrada na UE foi Mário Soares/PS e quem chamou a troica foram PS/PSD/CDS/Cavaco.

As sucessivas revisões constitucionais á Constituição de 1976 foram viabilizadas por iniciativa e pelos votos conjuntos do P/PSD/CDS, incluindo a "privatização" de sectores estratégicos da economia, incluindo a banca BES, BPP, BPN, que faliram fraudulentamente, ou a transformação do SNS de "gratuito" a "tendencialmente gratuito", sem esquecer as sucessivas revisões do Código de Trabalho, sempre a favor do Patronato e contra o mundo do trabalho, incluindo as medidas contra reformados e pensionistas.


sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

$ Textos em outubro 28

 * Victor Nogueira

2019 10 28 foto victor nogueira - muitas vezes tomo as refeições na cozinha, numa mesinha que também é a mesa de apoio para prepará-las. 

Esta é a vista que tenho então defronte de mim, similar á da sala de jantar. 

No plano de obras que venho concretizando desde há anos, e para cuja fase inicial e de arranque contei com a colaboração prestimosa do Sérgio, no plano de obras está pois e neste momento a modificação da cozinha, que inclui  a mudança do lava-louças e criação duma bancada de apoio.

Será esta a vista e não uma parede aulejada (que remonta ao tempo r, que o meu avô Barroso a mandou edificar, a dois passos da estação ferroviária  do  então comboio suburbano da Póvoa de Varzim, hoje em dia estação do metro de superfície do Portxo)  

Claro que a paisagem vai variando, ao sabor das estações climátcas e dos trabalhos agrícolas no campo que se estende até ao horizonte,

2013 10 28 

SOL RIO INVERNAL

pálido solfejo
mau desejo
de chuva miudinha
relampejante
gélido
de frio trovejante
branco
de leitosa neblina
mal arrumadinha
infernal a
cinza trespassante
soalheiro na eira
esquálido de
brumoso invernal
sem lareira
de castanhola
batendo o dente
mal se sente
o sol
eis o dia
que rabia
no areal
Setúbal 2013.10.28

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2013 10 28

diga bom dia
com alegria
boa tarde
sem alarde
boa noite
sem açoite
e
viva a vida
com alegria
humoramor
e fantasia
ah!
mas ...
... para os gastos
não esquecer alguns trocos

Setúbal 2013.10.28

2010 10 28   boletim médico-meteorológico - Cavaco quebrou o tabu do segredo de polichinelo. É (quase) tudo para escavacar, mais nobre, menos alegre, nas urnas? . Como o tempo: cinzento, triste, frio e chuvinhento ! Fiem-se na Virgem e na Senhora de Fátima e óspois ...


$ Textos em outubro 30

 * Victor Nogueira


2022 10 30



2022 10 30 Foto victor nogueira - Em Setúbal, atenção ao jogo (1989)



2022 10 30



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TOCCATA SEM FUGAS

a mente, simples e vera
- boa é a tua companhia -
alegria do beijo solfejo
- lanternacisterna -
a mão na vinha
adivinha
o pão
centeio e rosmaninho
a nau inebriante
com as velas pandas
malandras
rimando

Setúbal 2013.10.30

~~~~~~~~

- noite e dia -
não sonho
com o teu silêncio
me deito e levanto
- sem espanto -

Setúbal 2013.10.30

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ODE

Não entristeças
entretece o dia
com salero
majestoso e radioso
na calmaria
da sinfonia
com alegria

Setúbal, 2013.10.30

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Na pendência
da tua ausência
não sonho
risonho ou bisonho

Setúbal 2013.10.30

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em ti me fio
e com fio
na fiança
com sapiência
me teces
e entreteces

Setúbal 2013.10.30

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

(quase) diário de campanha 09

 * Victor Nogueira





VOTAR E REFORÇAR Á ESQUERDA DO PS, designadamente na CDU, É CONDIÇÃO NECESSÁRIA PARA TIRAR FORÇA Á DIREITA DO E NO PS, 

direita do ps QUE TEM COMO ARAUTOS PERSONALIDADES OU DIRIGENTES SOCIALISTAS COMO SANTOS SILVA, CARLOS CÉSAR, JORGE LACÃO, FRANCISCO ASSIS E OUTROS DO MESMO alto GABARITO, PRONTOS A DEIXAREM O PSD GOVERNAR, mesmo que haja maioria á esquerda.

QUE DEFENDE A ALA DIREITA DO PS, PELA VOZ DE SANTOS SILVA:  “quem ganhar deve formar governo e quem ficar em segundo lugar deve ser oposição”, há outras “soluções intermédias” que “podem resultar num acordo de cavalheiros entre os partidos maiores no sentido de facilitar a vida ao que formar governo”, disse.

SÃO OS "ACORDOS DE  CAVALHEIROS", ASSINADOS POR DEBAIXO DA MESA, entre o ps e as direitas. 

VOTAR E REFORÇAR Á ESQUERDA DO PS, designadamente na CDU, É CONDIÇÃO NECESSÁRIA PARA TIRAR FORÇA Á DIREITA DO E NO PS, 

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Há muitas notícias da campanha eleitoral que no "Público” estão reservadas apenas aos assinantes. 

Mas esta, do patrão dos patrões, em que se inserem os patrões da comunicação social, incluindo os da Sonae / Público / Modelo Continente, esta é de sinal aberto, a todos acessível dizem eles que ... #pensarbemépensarpublico 

Proclamam Costa / Santos Silva / Jorge Lacão, (todinhos do PS) e os patrões que Marcelo seria o árbitro, em nome da "estabilidade" e do "consenso", com o parlamento reduzido a papas e bolos entre eles.

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2017 01 26 

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Em torno de cabines telefónicas

 * Victor Nogueira


Foto victor nogueira- cabine telefónica pública em Vila do Conde

Estas cabines telefónicas eram muito práricas; para além do "migalheiro", que obrigava a ter as moedas certas em função do tempo previsto para a chamada, possuiam uma lista telefónica e, the last but not the least, uma prateleira que permitia colocar a bolsa, o livro de endereços ou anotar o que fosse necessário, num bloco ou numa folha de papel.

Hoje praticamente desapareceram- são uma relíquia - algumas transformadas em "bibliotecas" - tendo sido substituídas por umas desabrigadas, abertas ao vento e á chuva, sem prateleira nem lista telefónica.

Tinham outra utilidade: servirem de abrigo quando inopinadamente começava a chover, como me sucedeu por duas ou três vezes, uma das quais em Portimão, na Foz do Rio Arade.  

Comentários

C Manuel B Teixeira

Um adereço de mobiliário urbano que caracterizava as cidades, pelo menos Lisboa e Londres, já que a companhia “portuguesa” foi a Anglo Portuguese Telephone e as cabines eram iguais às de Londres e caíram em desuso! É o Progresso, dizem!

Manuel Dias

E quando o migalheiro enchia e as moedas não entravam,lá se ficava, sem falar c.a namorada...

C Manuel B Teixeira

Manuel Dias há quem conseguia gamar as moedas com uma faca!! Eram artistas!!

(quase) diário da campanha 08


* Raquel Varela

Quando as pessoas respondem a inquéritos assinam um documento de consentimento informado - sabem o que estão a fazer e qual a finalidade, autorizando ou não. Este é um instrumento fundamental na investigação científica, uma questão ética central que usamos sempre em estudos do trabalho. O Facebook (e a minha questão é também os jornais?) estão a fazer inquéritos às pessoas sobre o seu comportamento eleitoral como se fossem jogos, vê com que Partido irias jantar, em quem irias votar etc: a minha pergunta, que não é retórica, é esta. O Facebook vende, segundo denúncias públicas, estes jogos (vê como serias se..., qual o teu tipo de...), que são inquéritos de facto, sem consentimento, a empresas para o mercado. Os jornais estão a explicar às pessoas e a pedir o seu consentimento para participar no "jogo"? Ou consideram que jogo não é inquérito? Guardam para si os resultados ou partilham-nos com empresas? Era importante sabermos o que se faz com estes dados gerados gratuitamente. Devo dizer que as respostas são, para cientistas sociais críticos, irrelevantes. Entre este tipo de jogo  e a análise do comportamento eleitoral pode estar um hiato como entre ler a Maria e ter conselhos para a sexualidade e fazer psicanálise. Portanto a questão não é o que se aprende ou ensina com tal - nada. A questão é o que se faz com os dados e se se é claro para quem participa que são dados que estão a ser - eventualmente - recolhidos. Se não é irrelevante, se sim é sem consentimento informado.


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* Paulo Ramalho  

Tenho andado por aqui a pensar que jeito dá estas últimas sondagens precisamente na altura das votações antecipadas e do dia 30 dia de eleições...

Por um lado o PS de maioria absoluta desce 6 ou 7 % o PSD moribundo sobe 7 ou 8%, enquanto cá em baixo os "pequenos" vão subindo décimas e descendo no dia a dia...

Mas onde quero chegar é como se consegue manipular a intenção de voto e concentrando a votação nos mesmos 2 de sempre?

Fácil eu respondo como...

Manipulando sondagens e colando os dois maiores partidos um ao outro fazendo com que tanto eleitores de esquerda como de direita direcionem os seus votos nestes dois em ato de desespero para que a esquerda ou a direita consoante os seus gosto e ideais assim o levem a escolher...

O nosso sistema eleitoral está viciado para ganhar sempre 1 dos dois que mencionei e assim sempre será, caso seja preciso ou um deles mostre menos força, haverá smp um empurrão deste género para equilibrar as contas


2022 01 25

(quase) diário da campanha 07

 * Jorge Fael

"...  A eleição faz-se por círculos eleitorais. Todos os votos na CDU, distrito a distrito, contam. Mas o que é decisivo no próximo domingo não é saber quem fica à frente de quem. O que é decisivo é eleger deputados. 

No dia das eleições o que está em causa, em cada círculo eleitoral, é optar entre reforçar a CDU e eleger deputados do PCP e do PEV ou entregar esses mandatos a deputados de direita ou da política de direita, do PSD ou do PS.

Alguns exemplos:

Em Évora, o PS quer fazer o pleno dos 3 deputados disponíveis. E a direita mobiliza-se para conquistar um. A acontecer uma destas possibilidades, isso significaria não eleger João Oliveira, deputado da CDU.

Em Beja, onde também são eleitos, no total, 3 deputados, a questão que se coloca é se elegemos o João Dias e lhe juntamos mais um deputado da CDU, ou se entregamos esses mandatos a deputados da direita.

No Porto, o que está em causa é optar entre eleger a Diana Ferreira, a Ana Mesquita e o Manuel Loff, ou entregar mais mandatos ao PS ou PSD.

Em Santarém, devemos eleger o António Filipe e o Mário Pereira, e nunca aceitar o risco de um desses mandatos ficar nas mãos da direita.

Em Faro, eleger a Catarina Marques, para voltar a dar voz ao Algarve no parlamento, impedirá também que esse mandato seja entregue a um qualquer deputado de direita.

Em Braga, o que está em causa é eleger o Torcato Ribeiro ou entregar esse mandato a um qualquer deputado de direita.

Em Castelo Branco, elegem-se 4 deputados. O que é que defende melhor o interesse dos trabalhadores? Dar mais força à CDU e ajudar à eleição do Jorge Fael, ou eleger mais um deputado do PS ou do PSD?"

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* Fernando Godinho 

É sintomático - e triste - ver por aqui tanta gente "de esquerda" a entrar em parafuso, desesperada com as últimas sondagens. Tal como Costa, estão finalmente (finalmente...) a perceber que o PS não vai ter maioria absoluta e pode mesmo nem ficar em primeiro lugar. Pode até nem haver maioria de esquerda no Parlamento. Assim sendo, apelam ao voto no PS (incrível!) e voltam aos argumentos distorcidos e histéricos de acusação do Bloco e do PC pela não aprovação do Orçamento.

Ora bem, amigos "de-esquerda-que-não-são-do-PS-mas-votam-PS", vocês, embora não o digam, sabem tão bem como eu que o principal responsável pela não aprovação do Orçamento é o PS. O PS de António-Costa-primeiro-ministro, suportado pelas amáveis e entusiasmantes ameaças de Marcelo, que também é responsável por se ter chegado a uma situação como a que vivemos, sem antes ter tentado qualquer alternativa.  Porque ele sempre quiz um governo de bloco central. E é o que vamos ter, se estes meus amigos "de esquerda" votarem no PS em vez de reforçarem os outros partidos à esquerda do PS. É pá, não venham depois chorar no dia 31..... deixem-se de merdas!

2022 01 25

segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

(quase) diário da campanha 06

 * Victor Nogueira


NA RECTA FINAL, AS LINHAS MESTRAS DA PROPAGANDA MANIPULATÓRIA NA GENERALIDADE DA COMUNICAÇÃO SOCIAL: OS "DUELOS" PELO 1º E 3º LUGARES?


«Catarina Martins convidou António Costa para uma reunião no dia 31 de Janeiro»

«BE e Chega: o que separa as campanhas na luta pelo 3º lugar?»

«O convite do Bloco é o que fica no dia em que PS, PSD, PCP e Chega tomaram as ruas»

«BE e Chega: o que separa as campanhas na luta pelo 3º lugar?»

«Costa ganhou o debate mas Rio convenceu mais eleitores»

«Rui Tavares avisa que convergência á esquerda não passa apenas pelo PS e BE»

PS sobre e volta a superar o PSD por 0,6 pontos»






COSTA / PS - PISCA PISCA Á ESQUERDA PARA VIRAR OU BOIAR Á  DIREITA ? SEGURO, SEGURO É VOTAR ... Á ESQUERDA DO PS!
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Legislativas - Costa disponível para dialogar com todos os partidos à exceção de um - JN/Agências 2022 01 24 … Ver mais


No espaço de uma semana António Costa passou de estar a três deputados da maioria absoluta, com a esquerda em maioria no Parlamento, segundo sondagem da Pitagórica, para o homem que vai atrás de Rui Rio com a direita em maioria no hemiciclo, segundo uma tracking poll num universo de 180 eleitores, apresentada por uma televisão - a CNN Portugal, ex TVI24, como se de uma sondagem se tratasse, com a imprensa com agenda, onde a fronteira entre jornalismo e comentariado não existe, prontamente a dar eco do feito, e com mobilização geral dos milhares de perfis nas redes a fazerem alarde da boa nova. Assim se inventa uma dinâmica de vitória e se manipula uma parte do eleitorado, dos indecisos aos abstencionistas.

https://derterrorist.blogs.sapo.pt/como-se-manipulam-umas-eleicoes-4872800







Fontes: Público, Expresso, Observador, Jornal de Notícias, Diário de Notícias, ZAP, CNN

domingo, 23 de janeiro de 2022

(quase) diário de campanha 05

 * Victor Nogueira

DESTAPANDO A CARECA:

Antes do 25 de Abril, entre 1926 e 1974, foi um fartote de justiça: as eleições fraudulentas e viciadas, o trabalho forçado e sem direitos nas colónias e em Portugal, a PIDE/DGS, a Legião, a bufaria, os Tribunais Plenários, as medidas de segurança, o prolongamento indefinido das prisões por decisão da PIDE contra as já de si iníquas sanções dos Tribunais Plenários, a ausência de habeas corpus, o visado pela censura/exame prévio, os campos de concentração como os do Tarrafal, de S. Nicolau, da Machava .... , as prisões políticas como as do Aljube, Peniche, Caxias ... , a declaração ajuramentada de integração na ordem social estabelecida com activo repúdio do comunismo e outras ideias subversivas, os sindicatos com direcções previamente avalizadas pela PIDE, a tortura e assassinatos pelas forças policiais e militarizadas por motivos políticos, o condicionamento/proibição dos direitos de reunião, associação, manifestação, greve e por aí fora ...

A "eficácia da justiça" garantia toda esta repressão!

É este Rio que Costa/Ps avalizam contra as "esquerdas" ? Que "virar de página" pretende o Presidente da República? 

Não, não foi o Chega que elogiou a eficácia da "justiça" no tempo do fascismo. Não foi o Chega, que pretende o Ministério da Justiça num governo do PSD para pôr na prisão os que fizeram o 25 de Abril. 

Foi Rui Rio do PSD, avalizado por Barroso, Cavaco, Passos Coelho, Rangel, Moedas, Montenegro .. É Rui Rio do PSD que elogia a eficácia da "justiça" antes do 25 de Abril. É esta "justiça" que o Chega também reclama para si, como Ministério!

Só o voto na esquerda pode estancar o Rio á direita e frustrar os planos de Marcelo e da ala direita do PS.




O título é falacioso, como se a "direita" e as políticas das direitas alguma vez - desde sempre - tivessem deixado de ser sido o alvo da CDU e do PCP.



A CAMPANHA NO EXPRESSO "PIRATEADO":  ENALTECER O RIO DO PSD, desmobilizar o PS e dividir AS ESQUERDAS! 

DIZ O EXPRESSO "PIRATEADO" QUE É  ... #liberdadeparainformar
2022 01 23

sábado, 22 de janeiro de 2022

(quase) diário da campanha 04

 * Victor <Nogueira




«António Costa acusou a Direita de "propor uma rutura de fundo" com o Estado Social. » AS PAPAS, OS BOLOS E AS CAMISAS DE ONZE VARAS:

Se assim é, se as "direitas" querem destruir o estado social, estado social que as "esquerdas" apoiam, defendem e querem fortalecido, algo na bota não bate com a perdigota.

Com efeito, bramando encosta que PCP, Bloco e Verdes não merecem confiança ao PS/enCosta, como é que este admite negociar a aprovação de orçamentos "mais á esquerda do que a esquerda", com o PSD ao mesmo tempo que Lacão/PS e tutti quanti defendem que o PS deve permitir um Governo do  PSD caso este tenha a maioria relativa, sem esquecer e falar no apoio do Il, CDS E CHEGA?

Ou estamos a falar de homofonias: defesa do "súcialismo" e do estado ... "súcial" avessos ao "socialismo" e ao "estado social", que as "direitas" aglutinadas no PSD/CDS/IL/CHEGA querem destruir? (Victor Nogueira)




2022 01 22