Ao longo dos tempos foi vítima de sucessivos cataclismos naturais, tendo sido sujeita a constantes reconstruções, restauros e adaptações.
A sua construção deve-se a D. Afonso Henriques, logo a seguir à reconquista de Lisboa aos mouros em 1147, época em que a cidade era já um centro muito activo do ponto de vista económico, social e cultural.
Segundo um cronista da época - Osberno (cruzado de origem britânica que acompanhou D. Afonso Henriques na conquista de Lisboa) - no local onde hoje se ergue a Sé, havia uma grande mesquita, o que parece comprovado com as mais recentes escavações arqueológicas levadas a cabo nos claustros. Também se coloca a hipótese da existência de um templo paleo-cristão do tipo visigótico, do qual restou uma lápide esculpida com animais e concheados, que outrora se encontrava integrada na fachada norte da Sé.
Dessa reconstrução reconhece-se na cabeceira hoje existente, a charola ou deambulatório e as capelas radiantes, que apresentam características diferentes do corpo principal da igreja.
Também neste período foi construída a sala do capítulo (sala de reunião de cónegos - clero secular), correspondente ao piso superior da sacristia, edificada durante o reinado de D. João V (séculos XVII e XVIII), onde se encontra hoje o Tesouro da Sé.
As alterações na decoração efectuadas nesta altura com a introdução da talha, azulejo, embutidos de mármore, segundo Júlio de Castilho "...pretendiam dar á Sé o falso aspecto de uma igreja de estilo clássico..." .
A capela-mor como se pode verificar, apresenta um aspecto distinto de todo o edifício. Enquadra-se no estilo barroco e é posterior ao terramoto de 1755, não se sabendo a data exacta e a autoria da sua construção.
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