Allfabetização

Este postal é - creio - uma fotografia retirada dum dos dois filmes que há dias vi sobre as campanhas de alfabetização, as tais em que eu gostaria de ter participado em Agosto último se ... Esta cena do filme era comovente: uma mulher que até aí não sabia comunicar por escrito, conseguir fazê-lo. A procura das sílabas, o gesto hesitante, o voltar atrás para corrigir ou desenhar melhor a letra !!! Deve ser bestial um tipo descobrir que sabe ler, não achas? (1974)

Escrevivendo e Photoandando

No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e não me apetecia ir para o Mindelo. "Fechado" em Setúbal, resolvi escrever um livro de viagens a partir dos meus postais ilustrados que reavera, escritos sobretudo para casa em Luanda ou para a mãe do Rui e da Susana. Finda esta tarefa, o tempo ainda disponível levou me a ler as cartas que reavera [à família] ou estavam em computador e rascunhos ou "abandonos" de outras para recolher mais material, quer para o livro de viagens, quer para outros, com diferente temática.

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Depois, qual trabalho de Sísifo ou pena de Prometeu, a tarefa foi-se desenvolvendo, pois havia terras onde estivera e que não figuravam na minha produção epistolar. Vai daí, passei a pente fino as minhas fotografias e vários recorte, folhetos e livros de "viagens", para relembrar e assim escrever novas notas. Deste modo o meu "livro" foi crescendo, página sobre página. Pelas minhas fotografias descobri terras onde estivera e juraria a pés juntos que não, mas doutras apenas o nome figura na minha memória; o nome e nada mais. Disso dou por vezes conta nas linhas seguintes.

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Mas não tendo sido os deuses do Olimpo a impor me este trabalho, é chegada a hora de lhe por termo. Doutras viagens darão conta edições refundidas ou novos livros, se para tal houver tempo e paciência.

VN

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O dia está frio ...



 * Victor Nogueira

…e já  liguei um dos aquecedores a óleo, embora esteja claridade e céu brilhante Tive novamente um pesadelo: os mais pais haviam chegado a Lisboa, mas depois fui deixá-los ao hotel. Entretanto encontrei a minha ria Lili e pedi-lhe o nº do telemóvel da minha mãe, mas apesar de escrito na minha agenda esfarrapara não o encontrava. Encontrei uma colega de trabalho do Barreiro, que me andou a mostrar Alfama, ao entardecer, em Lisboa! Mas esquecera onde escrevera o telefone  e ela também não conseguiu encontrá-lo, pelo  que me andou a mostrar Alfama, bairro mouro em Lisboa; foi um belo passeio, mas sem máquina fotográfica não pude registar as cena e os cenários,.E eu, que me gabo de conhecer bem Lisboa, encontrava sítios e recantos onde nunca estivera. Resolvi voltar a Setúbal e acordei, só tomando consciência de que não passava dum pesadelo muito depois. Telefonei ao António Luís desmarcando a nossa ida a uma loja de informática para comprar vários artigos, ficando para o fim de semana.

om a última falha de electricidade a impressora digitalizadora deixio de ligar, talvez por avaria definitiva do interruptor, que já andava a falhar há meses.


Adormeci a ler, com as almofadas empilhadas e acordei com o pulso direito a doer. Como atrás escrevi, apesar do sol e da claridade do dia, está frio. Logo são os exames de elcectromiografia! Vamos ver se tenho ainda tempo de tratar de alguns outros assuntos, pois amanhã é feriado nacional. Q 1º de Dezembro comemora a expulsão de Espanha, que governava Portugal desde há 60 anos. (1580 / 1640) Em Évora era pretexto para a maioria dos estudantes apanharem monumentais bebedeiras, mas não eu!

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domingo, 29 de novembro de 2009

Iluminações natalícias eborenses !

Alentejano diz:
O tópico foi alterado para ..De Capote...Barrete..Cascol..Luvas..Junto ao Templo Romano...em Évora a contemplar..a Iluminação de Natal...

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Victor diz:
Cadê a foto? Estas sempre em mangas de camisa, janela aberta ... Já deixam andar carros na Praça do Giraldo? By Jove !
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Margarida Garcia Caia a faca no melão ou o melão na faca, o melão sofre.----Provèrbio chinês (Mad

sábado, 28 de novembro de 2009

Religião e Celibato

Alentejano diz:
O tópico foi alterado para ...A tentar perceber..o que se passa..com o padre Rui..não sei o quê..um!!..está em parte incerta..com uma miúda de 18 anos...
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Victor diz:
Ai cumpadre! O amor não escolhe idades! E antes o amor por uma miúda de 18 anos que a pedofilia do clero abafada e descoberta, nos EUA e na Irlanda. Porque em Portugal, nada disso se passa, vai tudo no andor, de mãos postas no regaço e os olhos em alvo para a ... Virgem Maria e a Santíssima Trindade! Vê-se mesmo que vives no meio de ateus empedernidos. Por penitência, um rosário e três PN mais três AM. AMEM !
Abraço do Kant_O :-)
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D'Amizade

Sam  (hi5) diz:
O tópico foi alterado para O preço da Fidelidade, é a eterna Vigilância!!! é o dever de quem gosta a séria dos amigos.
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Victor diz:
O preço da Fidelidade .... Fidelidade a quê? Vigilância sobre quê ou sobre quem? O dever de ser amigo reside na confiança, na sinceridade, na atenção e na solidariedade! Ou não?
Abraço do Kant_O :-)
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Antonia diz: O tópico foi alterado para Cada um de nós vê nos outros aquilo que carregamos em nosso próprio coração.

... Diz Antónia (hi5)
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Replicando Victor
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LOL. Então pouco peso tenho pois ao meu coração aqui no h5 poucos/as me «ligam» É a vida, «feira de desencontros ou de turnos diferentes!
Bjo e boa disposição
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VM :-)
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Em tempo: este comentário era para o para o anterior mas fica com os meus votos dum bom «sim» de semana e melhor «semanada»

28/Nov 13:37
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Um nevoeiro leitoso cobre a cidade ...


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* Victor Nogueora
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Um nevoeiro leitoso cobre a cidade, tudo envolvendo aparentemente. E digo aparentemente porque ao assomar à varanda da cozinha consigo vislumbrar o largo e as copas das árvores do jardim que estão mais próximas, quase fantasmagóricas. Um frio trespassante enregela-me até aos ossos.Levanto-me e vou até ao meu quaro consultar a minha estação meteorológica caseira, cujo termómetro marca 17º C. Contrariamente ao habitual, tenho as mãos geladas. Pode dizer-se que do alto desta torre, ou estamos acima das estrelas com o luzeiro de estrelas em terra, ou mergulhados nas nuvens. Fora isso, a cidade parece estender-se até ao infinito, como se o mundo estivesse a meus pés! Mas fora isso, não tenho nem a riqueza e poder do magnate William Randolph Hearst nem o génio de Orson Welles.
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 Já aqui dei notícia das iluminações natalícias na Baixa de Setúbal, algumas delas originais, não estáticas. Mas ontem à noite, ao regressar a casa, verifiquei que ali a rotunda e a avenida também estão natalíciamente iluminadas, o que não se vê daqui, dando un certo ar de alegria em tempo de crise generalizada para a maioria! E o supermercados ou mini-preços ainda só não estão abertos 24 horas em 24 horas porque a escravidão aonda não é total, apesar do CDS advogar a abolição da prestação social do rendimento mínimo e os patrões da indústria têxtil a abolição do 14º mês, vulgo subsídio de Natal. Isto para não falar nos jornais que noticiam como milionárias reformas de três mil a dez mil euros ! É preciso lata quando os bancos esmifram os credores e clientes para acumular ano após ano lucros fabulosos, conjuntamente com outras empresas monopolistas ou oligopolistas, que entre si concertam os preços !
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Na minha caixa de correio caiem cartas a oferecerem-me posssibilidades de créditos ou facilidades de pagamento que, nestes tempos, originam uma espiral de dívidas com juros leoninos! Apesar disso a banca faz o choradinho da crise, envolve-se em má gestão e negócios duvidosos, enquanto os Governos injectam milhõs de euros para evitar a sua «falência». E no entanto, nunca houve tantos bancos e agências bancárias, umas a seguir às outras, como desde o tempo do (es)cavaquismo. É como os cafés, que proliferam como cogumeolos. Só aqui, num raio de cem metros,, há pelo menos 16 (dezasseis cafés ou pastelarias. Uma única  mercearis resiste à concorrêncisa da Cooperativa de Consumo, do supermercado Lidl e de duas lojas mini-preço. De vento em popa vai também o mini-mercado dos paquistaneses (que já aprenderam a falar português) e que já vendem de tudo um pouco. No mesmo raio de cem metros existem quatro estabelecimentos de pronto-a-comer e três lojas de artigos chineses..
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Nos jornais impressos o televisivos as notícias doi dia são as fraudes do presumível inocente Vara mai-lo Primeiro Ministro do PS, a confusão nas hostes do PSD para correrem com a Manuela Ferreira Leite, todos de cabeça perdida porque Sócrates já está a prazo mas faz a poítica anti-social que eles não conseguiriam fazer, mas a «clientela» a satisfazer é muita, seja com tachos, seja com panelas. Foices e Maerelis é que não, embora se ral sucedesse a dependência do exterior e os ditames da União Europeia facilmente garrotariam qualquer Governo de Esquerda com veleidades de atacar as grandes Fortunas e o Grande Capital, que deixou praticamente de ser nacional para passar a transnacional. Mas entre um e outro, venha o Diabo que escolha. Note-se que 80% das dívidas ao modelar BCP são apenas de oito clientes, dois deles gtrandes accionistas.do mesmo, como Joe Berardo
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Enquanto isso o Governo prepara-se para alterara o Código Contributivo, asfixiando ainda mais as pequenas e médias empresas, e para taxar ainda mais os recibos verdes, «esquecendo» que estes e os contratos a prazo são um subterfúgio utilizado pela Administração Pública e pelas empresas qualquer que seja a sua dimensão, para escaparem às suas obrigações para com o Fisco e a Segurança Social.
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Para além das notícias sobre assassinatos, roubos e violações, prossegue a saga da vacina contra a chamada gripe suína, agora travestida de H1N1, com a maioria do pesssoal médico e de enfermagem a recusá-la, não obstante as imagens do Primeiro Ministro José Sócrates, da Ministra da Saúde Ana Jorge e o Direcroe Geral da Saúde George qualquer coisa, de manga arregaçada a serem injectados. Não me lembro se no filme também entrou o Presidente da República. Contudo deixaram de ser notícia os partos em âmbulâncias devido ao encerramento de inúmeras maternidades por esse país fora, enquanto as grávidas se recusam a romarem a vacina contra a gripe H1N1 devido ás notícias das mortes de fetos, não esclarecendo os órgãosm de informação se tal é normal ou não.
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Mas isso pouco interessa, bem como a falta de capacidade de resposta dos Centros de Saúde, devido à política deliberadamente destrutiva do Serviço Nacional de Saúde. As vacinas já foram compradas pelos Governos, a indústria farmacêutica já arrecadou os lucros e  os stocks em armazém serão benemeritamente canalizados para tratar da saúde aos povos do chamado terceiro mundo, assim mais facilmente despachados para o mundo dos anjinhos!
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Entretanto o Governo prepara-se para «ajustar» as Leis Penais ao sabor das conveniências do momento ,o do direito à privacidade, direito esse que não existe para a pequena criminalidade, violenta ou não, Mas, do ponto de vista de quem efectivamente ordena, quanto mais violente, melhor para os estados policiais, como são cada vez mais e sem máscara os dos países capitalistas.
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Já são 10h30m, o nevoeiro cerrado persiste, embora a luminosidade seja maior ! Também a temperatura já não é tão baixa. neste momento o termómetro marca 20º C.
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Angel Figurine photo
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Acordei agora cheio de dores de cabeça ...

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* Victor Nogueira
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 2009.11.12
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Acordei agora cheio de dores de cabeça e tive de ir tomar um comprimido, Resolvi escrever no Word, para ele corrigir automaticamente os meus erros de teclar (carregar nas teclas). Agora (06:54 PT) o dia está a começar, mas não se vê o Sol a nascer porque está nevoeiro no horizonte e as luzes da iluminação pública ainda estão acesas (Elas acendem e apagam automaticamente conforme a claridade do dia). Tudo é silêncio, salvo o barulho das teclas e um ou outro carro que passa lá em baixo na avenida, depois do parque verde (jardim).
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Tive de novo um pesadelo e acordei cheio de dores na coluna (espinha) e dores no polegar esquerdo e no calcanhar do pé direito. Do pesadelo lembro-me apenas duma parte boa: que me enviavas muitos poemas de poetas húngaros, nos idiomas que leio e percebo embora não fale ou escreva neles. Lembro-me que te dizia que na minha enorme biblioteca não tenho poetas húngaros a não ser talvez em alguma das antologias. Talvez tenha prosa (romances) na minha enorme biblioteca, mas os livros ainda só estão arrumados por assuntos e não ordenados, desde que os tirei dos caixotes quando as obras em minha casa terminaram.
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Vou deitar-me novamente e quando acordar de novo tenho de tratar de alguns assuntos antes do almoço. À tarde tenho mais assuntos para tratar. Felizmente que já posso conduzir o carro, embora sempre que possa ande muito a pé.
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Antes de deitar-me tenho de tomar o Lyrica 75 mg (Pregabilina) e tomar o pequeno-almoço. O almoço será língua estufada com arroz. A empregada de limpeza, que se chama Celeste, já tem 68 anos e é de confiança, mas está doente e custa-lhe já trabalhar, mas precisa do dinheiro.  Antes desta esteve cá senhora ucraniana, indicada pelo empreiteiro que fez as obras cá em casa e mãe do encarregado de obras, um jovem ucraniano chamado Yuri, ,mas não falava português e quando precisava de lhe dizer ou explicar alguma coisa eu tinha de telefonar-lhe para ele servir de intérprete entre mim e a mãe.
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Quando acordar tenho de fazer a barba. A Susana diz que me fica bem mas eu já não gosto e quanto mais crescer mais me custará fazê-la, pois desde sempre que uso máquina eléctrica (Philips), e raramente uso lâminas de barbear (Gillet)
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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Se me perguntarem ...

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* Victor Nogueira

…. o que fiz ontem, durante o dia, não me lembro e, a esta hora, no alto da madrugada, não estou para lembrar-me. Pensando bem, acho que não saí. Sim, não saí: não fui buscar os jornais, nem comprar pão, nem ao supermercado, nem à Baixa. Continuo pois sem óculos e a ler de enfiada romances de Sven Hassel: depois de «Monte Cassino» estou em »Batalhão de Choque». Mas tenho de deixar para mais tarde «Os Carros do Inferno», «Gestapo» e «Camaradas de Guerra». Ou por saturação ou não, aquele que estou lendo parece-me mais fraco e inverosímil. Com efeito, «alguns» daquele grupo em vez de estarem unidos passam a vida à pancada uns com os outros ao mínimo pretexto, cheios de ódio  mortífero. E aquela viagem pela URSS, envergando uniformes soviéticos em tanques soviéticos sem perceberem patavina de russo …
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Interrompera a leitura de Monte Cassino por um outro livro, histórico, não romanceado. O paradoxal foi  o salvamento dos tesouros do Mosteiro pelos SS como se os nazis fossem «civilizados» enquanto os aliados tentavam tomar de assalto um edifício onde pensavam estar acantonadas as tropas nazis, edifício esse que foi destruído à bomba …. estando vazio. Foi uma batalha mortífera para ambos os lados, mas o impressionante é a atitude dos frades, retirados do mundo, alheios a tudo o que à sua volta se passava, que não  queriam abandonar a sua casa, resistindo à evacuação pelos nazis,  e considerando um fardo as populações civis que se refugiavam no Mosteiro e com as quais não queriam repartir os mantimentos. Dominando estrategicamente a única via terrestre que possibilitava o acesso dos aliados a Roma, era incompreensível que não fosse uma posição ocupada pelos nazis, enquanto os americanos pretendiam um ataque frontal que provocou milhares de mortos, rejeitando um ataque pela retaguarda, como propunha o general francês. Cada metro de subida na cota da montanha ali ao alcance da mão era impossível face ao fogo devastador dos nazis, o que era incompreendido pelos  políticos em Londres e Washington.
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Depois de Hassel regressarei a Hans Helmut Kirst, de que lera antes «Camaradas», um policial que nos prende até à última página para perceber e saber o desfecho. Portanto relerei os 4 volumes do 08/15, que narram a história do cabo Hasch, durante a II Guerra Mundial. Entretanto entremearei com Mia Couto e  José Saramago e lerei algumas peças de teatro de Ibsen, Gil Vicente, Eugene O’Neill e Buchner, para além da leitura de jornais on line,
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Andei às voltas com os meus blogs e leituras na Internet, algumas plasmadas para aqueles. A História da Literatura Húngara foi  um dos objecto das minhas investigações.
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Para o jantar cozinhei camarões, mas deveria ter posto um pouco mais de sal. Tenho é de habituar-me a utilizar o forno eléctrico, para variar as ementas.

Hoje ou mais precisamente, ontem o dia esteve nublado mas creio que não choveu, apesar do céu cinzento.E também ontem de madrugada faltou inesperadamente a luz, quando dedilhava no computador, tendo de andar às apalpadelas até à cozinha em busca duma vela. Embora há uns 30 anos fosse frequente faltar a electricidade nesta zona, agora é muito raro!
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As gaivotas esvoaçavam em frente ao prédio, em voos elegantes e deslizantes, mas só consegui apanhar uma, penso eu, porque entretanto o rolo da máquina fotográfica terminou e, como estava muito frio na varanda, não me apeteceu pôr um novo, voltando para o quente de Vale de Lençóis, isto é, para  a cama, debaixo duma genuína e certificada manta alentejana com 30 anos, que é o que vou fazer de seguida!
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http://www.baixaki.com.br/imagens/wpapers/BXK661_Gaivota800.jpg
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Foto de Luciano Luiz Rezini
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Wapedia - Wiki: Battle of Monte Cassino

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Batalha de Monte Cassino - Wikipédia, a enciclopédia livre

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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Todo o dia choveu miudamente

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* Victor Nogueira
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Todo o dia choveu e não saír. Com a chuva miudinha o asfalto da avenida e os caminhos do parque verde brilhavam como espelhos negros um, vermelho, outro.
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Nas ruas da Baixa há vendedores de castanhas assadas, com os seus carros típicos, com fornos a carvão, vendendo as castanhas aos clientes embrulhadas em cones feitos de papel de jornal, mas há muito que as não compro, por um lado porque são caras, por outro porque muitas estão estragadas. Para além disso há as roulottes de farturas, que são fritos de massa polvilhados de açúcar e por vezes com recheio de morango ou de chocolate.
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(Re)descobri um poeta que há muito não lia, agora sob outra perspectiva, com preocupações sociais e cujo único livro foi publicado postumamente por um amigo. O poeta é Cesário Verde, que para além da acutilância da sua análise social tem alguns poemas repassados de humor, como «Lágrimas»
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Ela chorava muito e muito, aos cantos,
Frenética, com gestos desabridos;
Nos cabelos, em ânsias desprendidos
Brilhavam como pérolas os prantos.
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Ele, o amante, sereno como os santos,
Deitado no sofá, pés aquecidos,
Ao sentir-lhe os soluços consumidos,
Sorria-se cantando alegres cantos.
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E dizia-lhe então, de olhos enxutos:
- "Tu pareces nascida da rajada,
"Tens despeitos raivosos, resolutos:
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"Chora, chora, mulher arrenegada;
"Lagrimeja por esses aquedutos...
-"Quero um banho tomar de água salgada."
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Lisboa, 1874
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Embora a temática seja completamente difente, este poema fez-me lembrar um outro, de Filinto Elísio ou Nicolau Tolentino  (1741 - 1811) - «O colchão dentro do telhado»
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Chaves na mão, melena desgrenhada,
batendo o pé na casa, a Mãe ordena
que o furtado colchão, fofo e de pena,
a filha o ponha ali, ou a criada.
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A filha, moça esbelta e aperaltada
Lhe diz co´a doce voz que o ar serena:
- Sumiu-se-lhe o colchão, é forte pena!
Olhe não fique a casa arruinada...
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- Tu respondes assim? Tu zombas disto?
Tu cuidas que, por teu pai embarcado,
já a mãe não tem mãos? E dizendo isto,
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Arremete-lhe à cara e ao penteado;
Eis senão quando – caso nunca visto! –
Sai-lhe o colchão de dentro do toucado.
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terça-feira, 24 de novembro de 2009

88 retratos ...

... como se fora uma Galeria de Antepassados Veneráveis e Venerandos, de lorgnon ou bastas suiças esbranquiçadas. Alguns estão vivos o que diminui a Galeria dos Avoengos! Vivos são os que me dão sinal de Vida. Quantos passarão para o Jardim da Vera Amizade, onde merecem estar? Quanto à Galeria dos Egrégios Avós, uma leve passagem com o pano do pó mostrará o que são de verdade: madeira cheia de caruncho. É lindo o pó esvoaçante quando visto através dos raios de luz que entram pelas frinchas da telha vã. Mas eu gosto de portas e janelas escancaradas ao vento, ao sol e à chuva, abertas de par em par! E não há sótão onde guardar a inútil Galeria de Antepassados! Quem me responde? .
http://www.cremepa.org.br/institucional/museu_medicina/galerias/objetos_pessoais/images/3.jpg http://www.oac.cdlib.org/affiliates/images/cana/kt2199p9w7/hi-res/P380.jpg
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Estado: não a melhor creme de beleza do que um sorriso !! ah pois é !!

Irene dixit
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Victor diz:
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Pois ... mas o restante, que não é pouco, também ajuda. LOL
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Bjo e sorriso do Kant_O, The horrible man :-)
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http://cesariopowah.zip.net/images/sorriso.JPG
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

E no alto da madrugada

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* Victor Nogueira
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9309.226.1/7.018
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E no alto da madrugada acordou João Bimbelo tendo em seus lábios o nome de Joana Princesa e com eles e com seus dedos procurou o seu corpo jovem, esbelto e apetecido. E traçada a geografia de seus corpos, a madrugada se tornou murmúrio, rio caudaloso, brisa refrescante. E deste modo o ar se fez belo e calmo e o mar verde e sereno enquanto uma criança corria dentro de João Baptista Cansado da Guerra.
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Mas a noite nem sempre tem luzeiros, nem sempre tem estrelas e deste modo regressaram o silêncio e a ausência de Joana Princesa Cujo Nome Não É Desvendado. Pelo que João Bimbelo partiu em sua demanda, do cimo do monte ao fundo do vale, por fragas e rochedos, por entre janelas entreabertas, portas fechadas, soleiras que se não ultrapassavam, ficando o riso de João Bimbelo apenas à flor da pele, sem marca que se visse.
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Quando João encontrava Joana e ouvia a sua voz, havia estrelas, sol e gaivotas loucas no horizonte, num crepitar de mil candeias que enchiam os ares com a leveza e a fragilidade dum murmúrio de ave a navegar. Mas perante o silêncio e ausência Daquela cujo nome não é desvendado, transformava-se João em novelo emaranhado e cinzento como riacho sem norte ou águia sem rumo. E assim por todo o lado surgia uma pesada, envolvente e crescente aridez, invadindo todos os poros e o menor interstício, as palavras e os gestos esfarelando-se em negro de chumbo, um peso no lugar do coração, a respiração cortada e apertada por um punhal longo e profundo.
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Porque perante o silêncio e ausência da Princesa Donairosa Cujo Nome Se Não Desvenda, sentia--se João Baptista como se fora um cego, que tacteia a estrada para chegar a ela, sem saber se na encruzilhada não teria uma vez mais tomado o caminho errado e que os afasta de novo cada vez mais. Pois dentro dele João só tinha a voz e o silêncio dela, para além desse duplo desejo seu de estar com ela e de sabê-la consigo; perante o silêncio de Joana Princesa não sabia João se não era para o vazio da ausência dela que ele se dirigia. Apesar de outros serem seu desejo e vontade. Mas nada pode o vento contra o mar a não ser encrespá-lo em ondas alterosas ou torná-lo chão como um espelho liso. E aos homens nada resta senão orientar ou recolher as velas para que a nau prossiga ou se não afunde.
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Setúbal, 1993.10.03
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domingo, 22 de novembro de 2009

Ao Sabor do Olhar

Olá, amiga! Passei por aqui, vi-te à janela e deixo-te um beijo como ave a flutuar
no sabor do teu olhar :-)
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Margarida diz: Status was changed to No meio de uma grande alegria, ...

... não prometas nada a ninguém.No meio de uma grande fúria, não respondas a carta alguma.
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Victor diz:
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Subscrevo a segunda, com acréscimo de «não repliques», acrescentando que «no meio duma separação ou fim de amor litigiosos» nunca te permitas apaixonar-te imediatamente por alguém porque é quase certo que corres o risco de saíres de novo ferido e magoado :-)»
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O tempo é o Mestre da Sabedoria !
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Bjo e grato pelo poema do Ary. Continuo à tua espera no Ao Sabor do Olhar!
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http://api.ning.com/files/qhHiiymIjg5l4cjmxGDkAxTzyfOVPWn6EpItCtixPs9D8Yya49bRsqU7Jav*yuyOKlMyUWmtshp*BA9jZjqZGBHD2eToZDaF/barro.jpg
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O tópico foi alterado para "Quando eu morrer voltarei para buscar / Os instantes que não vivi junto do mar". (CecíliA)

Meninos Brincando -Portinari,1955
Meninos Brincando -Portinari,1955
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Quando eu morrer e em vida vou vegetando, não voltarei. E no entanto, como fardo sobre mim, carrego um pouco de outrens que conheci ou comigo se cruzaram, bem como os lugares em que estive, deixando pegadas no solo e levando pó nos meus sapatos, (Victor Nogueira) 
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7/Nov 21:22 
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Estado: AQUI ME FALTA UMA LUZ, AQUI ME FALTA UMA ESTRELA...

http://olharpordentro.files.wordpress.com/2009/02/portinari.jpg.
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Não sou luz, não sou estrela, sou Victor, nogueira ou silva, mas estou aqui, ao (es)correr da pena e do olhar, no Kant_O_XimPI, Ao Sabor do Olhar, Kant_O Photomático !
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Monólogo a duas mãos em em dó menor e clave sem sol !!!


"Num deserto sem água ,/numa noite sem lua, /num país sem nome/ ou numa terra nua./Por maior que seja o desepero/ Nenhuma ausência é mais funda que a tua." (Cecília)
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Todos estamos ausentes uns dos outros, especialmente neste mundo asseptico, sem odor, sem calor, mais ou mrenos enhconchsdo,minado ou armadilhadc com algumas máscaras sem veludo ou aspereza ao tacto, insonoro,silencioso, ausente,mesmo quando presente,que é a existência virtual! Bjo ou abraço do Kant_O
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Da Poluição e da União Europeia

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* Texto e foto de Victor Nogueira
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O ar em Setúbal é poluído, mas eu moro no último andar no cimo duma encosta.  O ar é poluído mas não parece pois o céu está quase sempre azul. Quando morava em Évora e vinha a Lisboa, quando me aproximava de Setúbal tiinha de fazer mais esforço para respirar. Agora já não sinto o esforço porque já me habituei à poluição. Também quando comecei a trabalhar no Barreiro mal o comboio se aproximava do Lavradio os olhos e a garganta começam a arder e muitas vezes a Vila e a Câmara estavam cobertos por um nevoeiro quase cerrado, não de humidade, mas de gases expelidos pelas fábricas da Companhia União Fabril.  Estas, tal como a cimenteira da Arrábida (Setúbal), na altura estavam cobertas de poeira.
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Mas aqui o ar está sempre poluído,  embora não se note. Setúbal tinha muitas fábricas, mas ainda tem uma fábrica de cimento, a central hidro-eléctrica, uma fábrica de pasta de papel e um estaleiro naval.
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Agora as fábricas foram obrigadas a colocar filtros mas o estuário continua poluído por causa dos metais pesados e das químicas dos arrozais de Alcácer do Sal. Antigamente os barcos iam até Alcácer do Sal, agora já não. A fábrica de cimento fica no Parque Natural da Arrábida, que ainda tem vegetação única no mundo, mas apesar dos protestos da população um dos Governos do PS renovou a concessão da fábrica de cimento e decidiu que é uma das duas que queima resíduos tóxicos.
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Eles dizem que não há perigo para a saúde da população,  mas como a Câmara na altura era do PS e o Governo do PS (na altura o 1º ministro de agora era Ministro do Ambiente) ...
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Aliás agora há (mais) um grande escândalo envolvendo o actual 1º Ministro do PS e ex-Ministros do PS, do PSD e do CDS por corrupção, mas o PS modificou as leis como o Berlusconni para proteger os ricos e os governantes e deixar a pequena criminalidade à solta para que as pesssoas se sintam inseguras e assim limitarem os direitos das pessoas, isto é, os protestos e manifestações dos trabalhadores e das populações
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Nisto os governantes de Portugal não se distinguirão dos da maioria da União Europeia e do resto do mundo capitalista, incluindo os da chamada Europa de Leste. A Democracia deles é um logro e um embuste!
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O PS prometeu fazer um referendo sobre o Tratado de Lisboa mas depois deu o dito deu o dito por não dito e foi aprovado apenas no Parlamento com os votos do PS e do PSD. Aliás, quando há referendos, a União Europeia «democrática» ou permite que sejam apenas aprovados nos parlamentos nacionais ou «obriga» a repetir os referendos até que o voto maioritário seja ... SIM
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Fotografia - Poluição ao Pôr do Sol
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Está frio mas não neva !

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuSM3dBwce11Y5MYiyzL_sKrhEd_58XbSqQfKv8RHi3x25rVpA8vcOjiHdmnN4skCbn8tx4V4Aj7KjlE_Xse0b-RzyGRL-vtSoUujGZ0f6xVa9YXc-efwjqLpK2KHVy9JBBEWvbbmGFq7n/s1600/Tempo+2.jpg

* Victor Nogueira
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UCP Soldado Luís (Monte da Arouca) -
Celeste à lareira (apagada) e D. Maria preparando a refeição em cima da camilha
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* Texto e fotos de Victor Nogueira
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Bom dia, para quem me lê, embora aqui esteja frio e o céu cinzento de chuva. Fui vestir um casaco. Não gosto do inverno nem da  chuva. Só vi neve uma vez, na Serra da Estrela, mas não gostei. Estava com lama e só nos filmes e nas fotos é que deve ser bonita. Na realidade parecia esferovite suja de castanho. Há  muitos anos no Porto caíram uns  flocos de neve mas logo derretiam ao cair no chão e uma vez em Setúbal também houve neve mas mal o sol nasceu derreteu logo. Mas quando está frio gosto de sentar-me à lareira a ver as chamas voltearem, mas é algo que não sucede há mais de 35 anos, depois da morte do meu avô Barroso, quando íamos à aldeia onde nascera (Goios - Barcelos).  Bem, no Monte da Arouca (UCP Soldado Luís - Alcácer do Sal) também nos aquecíamos à lareira. No Alentejo usavam-se também braseiras em recipientes de bronze debaixo de mesas - camilhas - cobertas por uma toalha grossa que chegava ai chão
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Neva sempre na Serra da Estrela (1990 m de altitude) e muitas vezes em Trás os Monres, no Nordeste de Portugal. e na Covilhã e em Castelo Branco. Mas junto ao liroral e no Alentejo, Lisboa, Setúbal e Algarve é raro ou mesmo nunca neva!
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Em Luanda nunca nevava, mas fazíamos árvore de Natal e presépio. No princípio usávamos algodão em rama para imitar a neve que nunca víramos mas depois apareceram uns aerossóis que o substituíam e até davam para fazer desenhos nas vidraças. Imagine-se o Inverno no pino do calor, em Luanda. Uma vez o meu pais disfarçou~se a preceito vestido de ... Pai Natal, com um enorme saco às costas do qual ia retirando os presentes para dar à miudagem. Era sempre uma festa pois recebíamos e davam-se  muitos presentes.
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Em Portugal também se disfarçou para alegria dos netos, tal como noutro ano a Celeste, para contentamento do Rui e da Susana! Creio que existem aí nos álbuns fotográficos registos desses Natais.
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Passou uma gaivota aqui frente à janela e mais longe voa um bando de pombos. É sinal de que hoje deve chover. Também não gosto de andar à chuva.
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Ah! Eu tenho sempre as mãos quentes e em Portugal diz-se «Mãos quentes, coração frio!» :)
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No google maps imprimi o sítio onde moro e aparecem a minha casa e cercanias, incluindo  o Parque Verde.  Aquele que está na internet (fotografia de satélite) está desactualizado. Já deve ter uns 6 anos, pois ainda está em construção o mercado que já foi terminado e inaugurado, embora ainda não o tenha ido visitar, embora fique do outro lado da rua, a uns 30 metros
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Levanto-me sempre cedo mas depois volto a deitar-me.
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sábado, 21 de novembro de 2009

HUBAVA TSVETIA



* Victor Nogueira

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Com a mala
a tiracolo
Susana
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graciosa
cabelos cor do trigo em flor
resguardada
de caminhar decidido
elegante retraída
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no vestir descuidada
cabelo curto saia travada
casaco preto
de menina bem comportada
de (a)feição reservada
maneirinha miudinha
a voz breve sumida
mas suave
cumprimento a meia haste
conversadora q.b.
sobreocupada
corta a eito no horário
pouco riso muito siso
com ar de enfado
distante ou irritante
quando não interessado
Senhora do seu nariz
escapa
por um triz.
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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Assunto: Sucinto ! LOL


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Para: JoséPereira (hi5)
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Data: 20/Nov 21:37
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E vamos lá revogar esse prazo de validade
Fora do tempo, pk?
Abraço e amizade!
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Victor Manuel :-)
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Foto Victor Nogueira - Crianças no Bairro Azul (Setúbal)
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irene diz: Le statut a été modifié en existem muitas pessoas mas ainda mais caras porque cada um tem varias.....

Victor diz:
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Pois ....! Depende do penteado, da maquilhagem, de usar ou não óculos bem como o tipo deles. Mas despedidas do Kant_O há só uma: doces beijos, para quem os quiser e merecer :-)
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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Acordei agora, dum sono profundo, ...




...  mas não me lembro o que estava a sonhar. Mas como sempre deve ser sempre o mesmo: estar a viver uma situação para a qual não encontro saída! E para não variar muito, com dores de cabeça.  É ainda noite negra mas estrelada em terra, lá fora. Mas não interessa falar de novo sobre o silêncio lá fora e do dedilhar das teclas cá dentro, cheio de luz artificial contrastante. Nem da inábil  música que  do dedilhar mais ou menos  rápido que sai dos meus dedos, agora com mais notas dissonantes, pois ao contrário do que sucedia antes os meus gestos não são precisos e resvalo no teclado,  o que torna ilegível o  que dactilografo! De nada interessa repetir um dos vários cenários que se sucedem, conforme o estado do tempo, do dia e da minha disposição e das minhas dores.  O dia vai nascendo e o céu clareando.
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Nasci com sete meses e ainda sem ter dado a volta, pelo que fui tirado a ferros! Estive uns momentos sem respirar,  o  que me provocou uma descoordenação motora que me impedia de fazer ginástica, me impedia  de aprender a nadar e, por não ter ouvido para a música, ficava durante as aulas de canto coral sentado no banco dos «ferreiros». Era assim naquele tempo, em Luanda, era assim no tempo do fascismo. Tive sempre de lutar, tive sempre de procurar uma saída para superar as minhas deficiências. Dai que seja preciso muito para eu ir-me abaixo. Mas mesmo que vá abaixo, logo me levanto e continuo a lutar! Relativizo tudo, rio-me de mim mas não de outrem e continuo a lutar para manter a cabeça fora de agia e  prosseguir em frente, por este ou por aquele caminho.
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Quando vim para a universidade tinha sempre de pedir a um/a colega na cantina que me levasse a bandeja da comida para o mesa!
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Mas compensava devorando livros, indo ao cinema,  conversando imenso com os mais velhos (1) andando de bicicleta ou conduzindo com 16 anos no Parque Florestal da Ilha de Luanda – de acesso automóvel reservado - o Ford Consul da minha mãe. Aprendi a andar de bicicleta mas não consegui aprender a nadar e a patinar ! Dantes escrevia muito e recebia muitas cartas. Hoje continuo a receber cartas, mas ou são de contas para pagar ou publicidade institucional. Como o correio electrónico são news-letters ou publicidade, a minoria que consegue ultrapassar as sucessivas barreiras e filtros para o spam.
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Sei que gostas que te escreva, pois é um modo de estar contigo, qualquer que seja o meu estado de espírito. E sabes que gosto que me escrevas, me fales de ti, do dia-a-dia. Nada me falaste das tua viagens.

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Vi agora que apareceste on line no skype e não me respondeste. Claro que quando vais ao skype será também para falares com outras pessoas ou tratar dos teus negócios e, como se diz «amigos, amigos,  trabalhos à parte». Ou será: «Trabalho é trabalho, conhaque é conhaque»?
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Vejo que as tuas amizades te deixam rosas e flores e coisas do estilo. Talvez prefiras isso ao que te deixo, doutro género! O que escrevem, é chinês para mim!
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Passou uma gaivota aqui frente à janela e mais longe voa um bando de pombos. É sinal de que hoje deve chover. Também não gosto de andar à chuva. Não gosto do inverno nem da  chuva. Bem, da Chuva, quando era mais novo, gostava. Uma vez de madrugada e a chover torrencialmente e sem guarda-chuva fui a pé da casa da Emília (cruzamento das Avenidas de Roma e dos EUA) aré à Rua do Sol ao Rato, onde morava. Mas isso era no tempo de menino e moço, na casa dos 20 anos.

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Vou continuar a ler "Cassino", de Sven Hassel.
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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Le statut a été modifié en SEMPRE A SORIR PARA A VIDA !! DOIA A QUEM DOER !! AH POIS É !! - Irene

Victor diz:
Com as dores de outrem posso eu bem. LOL
19/Nov 0:25
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Victor diz:
Em tempo - o meu «presente» seguiu por outra via :-)
19/Nov 0:27
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Nada !!! - J.P.

http://tramafotografica.files.wordpress.com/2007/10/nadar_autoglobo1.jpg
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Nada? Eu bem gostaria mas nunca consegui aprender a ... nadar.Uma infelicidade, que não teve Félix Nadar, sempre feliz ... nadando e Photographando ! LOL
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Abraço do

Kant_O Photomatico :-)
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Fotografia de Felix Nadar, navegando em balão
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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Nice Day !

Para quem gostar do dias cinzentos e chuvosos, vendo as línguas de fogo saltitando fugazes e sentindo o quentinho duma lareira ... como na aldeia do meu avê Barroso em Goios (Barcelos), no tempo em que ele era vivo e eu moço :-)
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https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8Llr1wbDrcIVp95rOOXLhpnLg09BQ_oOevY0zEP9Sy_TXsTEbSFh50hLKsHIk5Xb5VBntwwNJuKBXGBTem8_0JDj0JcJx6Q1W0-x2lqCOhnn-CdiSghsROz9YVbKB1tODOmeo5K9WGnLV/s400/lareira.jpg
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Olá ...

... simplesmente sem mentira mas com a mente :-)
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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Esperei por ti ...


...  e não vieste.Encontrei apenas o teu lugar vazio!



O dia está frio e cinzento ...

[Tempo+2.jpg] 

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... e eu continuo com a minha crescente solidão. Tudo o que faço ou escrevo são balões de oxigénio ou de hélio. Tens razão também já tinha pensado que os aspectos pessoais no ao (es)correr da pena e do olhar deveriam ser suprimidos ou impersonalizados. Que interesso eu a outrem? Apesar de aumentarem os «seguidores e leitores  na maioria dos meus nove blogs, os comentários são cada vez mais escassos. Onde ainda persiste uma réstia de vida e de feedback é no hi5. Também tens razão e não sei onde fui buscar os 95º aniversário quando estamos em 2009 e se passaram apenas 92 anos, a idade dum ser humano!
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Tínhamos ficado de escrever a quatro mãos, mas … só eu escrevo, apesar das minhas tristezas, das minhas limitações!  Se eu não escrever aos outros, se eu não os procurar, se lhes não telefonar, ninguém mo faz, salvo de vez em quando os meus filhos!
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Se quiseres, se te apetecer, se tiveres tempo, se …. , passa pelo D’Ali e D’Aqui em http://daliedaqui.blogspot.com/
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«Desapareceu-me» de novo o disco em que tenho os documentos todos. Da outra vez quando levei o computador ao  António Luís ele  lá estava e portanto ou é uma má ligação ou apesar de todas as «barreiras» alguém se introduziu no meu computador e «desligou» o acesso ao referido disco ou a ligação está frouxa.

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COMPLEMENTO –

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sábado, 7 de Junho de 2008

A Poesia e a Feira das Vaidades (trabalhos de Sífiso)




* Porque estou na BLOGOSFERA
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* Seja Bem-Vindo Quem Vier por Bem
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* Veramente Vero
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Castigo de Sífiso
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Escrever não é atividade fácil, embora pareça. Há tempos, um amigo, após visitar uma jornalista, me disse que ela (jornalista) não devia saber escrever, tantos os manuais sobre a arte de escrever espalhados em sua mesa e estante. Quem - profissional de imprensa – precisava de tantos manuais, dizia o amigo, com certeza ainda não sabe escrever.As coisas não são assim, apressei-me a esclarecer. O escritor que achar que sabe tudo, já está deixando de saber de muita coisa. É que quanto mais se escreve, quanto mais se ilustra, quanto mais se tem conhecimento, mais se amplia o nosso desconhecimento.
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O Rei de Corinto, Sísifo, segundo a lenda grega, tendo escapado do inferno, como castigo pela fuga foi condenado a empurrar uma pedra até o alto da montanha. Quando terminava o trabalho, a pedra despencava morro abaixo e Sísifo era obrigado a recomeçar. O “castigo de Sísifo” de quem escreve é estar sempre lendo manuais e livros e revistas em geral, para se atualizar e para se fazer entender por seus leitores. Nunca se atualiza completamente e nem sempre se faz entender pelos leitores. Não se fazer entender pelos leitores é o pior que pode acontecer a quem escreve.
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É castigo de Sísifo, redobrado.Em ótimo livro (“A Arte de Argumentar”, Ateliê Editorial, 136 páginas, R$ 29,00) o autor, Antônio Suárez Abreu, professor da UNESP, traz este texto: 
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“Durante a campanha para a prefeitura de São Paulo, em 1985, Jânio Quadros contou com o apoio do deputado e ex-ministro Delfim Neto. Durante um comício para moradores de um bairro da periferia, Delfim terminou sua fala dizendo:“ – A grande causa do processo inflacionário é o déficit orçamentário!” Logo depois, Jânio chamou Delfim de lado e disse: “ – Delfim, olhe para a cara daquele sujeito ali. O que você acha que ele entendeu do seu discurso? Ele não sabe o que é processo. Não sabe o que é inflacionário. Não sabe o que é déficit. E não tem a menor idéia do que é orçamentário. Da próxima vez, diga assim: - A causa da carestia é a roubalheira do governo”.
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Eu nunca tive muita simpatia pelo presidente Jânio Quadros. Sempre o achei bastante desequilibrado para comandar um país, principalmente o meu país. Em compensação, gostava menos ainda de Delfim Neto. Com o correr dos tempos o pensamento da gente vai se modificando e a opinião sobre os outros também, para melhor ou para pior. No caso dos dois, para melhor.
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Mas aqui, confesso que gostaria de ter nos escritos a síntese definitiva de Jânio Quadros, jogando pela janela o palavrório inútil de Delfim Neto, para explicar o fenômeno que Jânio sintetizou em menos de uma linha: “A causa da carestia é a roubalheira do governo”.
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É assim que eu queria dizer as coisas. Espero que para o próximo ano eu possa ser mais Jânio e menos Delfim, se não fui suficientemente até agora. Mas nada me livra, a mim e à jornalista visitada pelo amigo, do eterno trabalho de Sísifo: ler incessantemente e fazer anotações para completar as 38/40 linhas a que me condenei. E, na semana que vem, recomeçar mais uma vez.

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domingo, 15 de novembro de 2009

Um dia de sol e chuva !

[Tempo+2.jpg] 

* Victor Nogueira
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Está sol. Hoje de madrugada choveu! Já fui tomar as injecções para as dores na vértebra lombar e já não me custa tanto a andar. Não sei se o Sérgio vem cá hoje por causa do skype, Telefonei ao Rui mas não está disponível:  está a arumar a casa dele Muito custa a  arrumar uma casa que pouco mais tem de superfície que o dobro da minna sala de estar ou o triplo da minha cozinha!
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De tarde esteve de novo sol mas não me apeteceu sair. O meu lanche foi refresco de café, pão com queijo, manteiga e presunto e castanhas cozidas. A minha mãe deu um golpe nas castanhas, que  eram pequenas mas não sairam podres, e depois fui cozê-las com sal e erva doce. Para primeira vez em que preparei o «pitéu» não ficou mal.
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Andei às voltas com os meus blogs e depois fui passar pelas brasas. Acabei de acordat há poico e já é noite cerrada, com  o céu negro de breu e as luzes como se estralas fossem em terra, num silêncio quase absoluto.
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A saga da corrupção envolvendo o Primeiro Ministro, sucateiros e varas  prossegue, com o Procurador Geral da República a mandar destruir as gravações. Há fumo com fogo ou o fogo é ateado pela comunicação social, agora saindo a taluda  ... ao PS? Mas ... é o costume: ou muita parra e pouca uva ou só fumaça que os tições queimam sem olhar a partidos, conforme a feição do vento ou do sopro!
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Uma «novidade». O Bloco de Esquerda apresentou na Assembleia da República um voto de congratulação pelo XX aniversário da queda do Muro de Berlim, derrotado pelos votos conjuntos do PCP, CDS e PS ! Esta conjugação de votos é-me estranha, mas já não estranho que se tenham esquecido de apresentar um voto de congratulação pelo 95º aniversário da Revolução de Outubro. Talvez estejam à espera de números mais maneirinhos, se ainda existirem nessa altuta: XXV e C. !

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Isto da Internet é um mundo, uma autêntica biblioteca ou pinoteca ao alcance da mão ou do teclado.  Ainda tenho para digitalizar largas dezenas ou algumas centenas de fotos de graffiti, para além de murais já históricos. É uma arte efémera, que muitos apelidam de vândala, especialmente  para quem nãoi saiba lê-la, o que é o meu caso! Mas, para quem me lê, deixo uma série de hiperligações, de Banksy:
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Banksy - Vida e Obra

Banksy e a Arte de Rua

Resultados de imagens para Banksy

Banksy Graffiti pictures, London. Stencil Graffiti images by Banksy 

Britain: The strengths and limitations of Banksy’s “guerrilla” art

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sábado, 14 de novembro de 2009

nunca desistas dos teu sonhos..... se não tiver aqui tem na pastelaria ao lado !!! ah pois é !!

Victor diz:
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Não só sonhos, mas ... caracóis, bolas de berlim, pastéis de nata, papos de freira, delícias douradas, bolinhos de mel, tortas de azeitão, garotos mais ou menos claros, copinhos de leite e sobretudo coca e cola !
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Bjo :-)
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VM
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Passaste por mim ...

http://www.lunaeamigos.com.br/classificados/imagens/amizade3.jpg

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... e não me (re)conheceste
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Bjo
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VM - The Invisible Man
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--- P.M. wrote:

...SE ENCONTRARES ME AVISA...

BEIJO


PROCURA-SE UM AMIGO PARA GOSTAR
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A demo-cracia em que vivemos !

* Victor Nogueira
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A respública é um emaranhado de podridão e a democracia há muito que já foi! Desta demo-cracia, já nada há esperar! Restam-nos cada vez menos espaços de liberdade e cada vez mais trincheiras, não para recuar ou resistir apenas, mas para avançar, sabendo que não será ainda hoje ou amanhã, mas com a esperança determinada que avançaremos, não só aqui mas no resto do Planeta, cada vez menos azul mas negro de cinza!
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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Crónicas do dia-a-dia, sem sal nem pimenta


[Tempo+2.jpg]

* Victor Nogueira


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A esta hora da madrugada, quando tudo é silêncio e há muito deveria estar em Vale de Lençóis nos braços de Morfeia ou de Joana Pestana, ouço ainda o dedilhar nas teclas e e taque seco na tecla de espaços. Olho pela janela e sobre a terra um denso nevoeiro que não permite ver para além da avenida, lá em baixo. No entanto, lá no alto, brilhante e como que recostada num sofá, a Lua em Quarto minguante, uma Lua mentirosa, pois tem uma forma de C reclinado, tal como estudávamos em Angola, onde era um anacronismo o que os ensinavam, pois os programas eram idênticos aos de Portugal, no Hemisfério Norte. Também nos era impossível orientarmo-nos pela  Estrela Polar, por mais garantias que os compêndios nos encaixassem,  pois o que encontrávamos era o Cruzeiro do Sul.
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Tento lembrar-me do que fiz durante o dia, mas não me lembro nem creio que isso tenha grande interesse para quem me lê ou para a posteridade.
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Depois do jantar deitei-me um pouco para descansar e fui acordado há pouco, que já foi ... há horas, pela voz da minha mãe a despedir-se de mim  porque se ia deitar. Estava mergulhado num pesadelo opressivo, que metia  nazis, uma criança, vigiada por um guarda armado de metralhadora e uma enorme explosão que destruiu o que era um mercado, tudo volatilizando-se numa enorme girândola incendiária que o destruiu bem como a um edifício contíguo. O resto dos prédios não sofreu grandes prejuízos e eu passeava pelas ruínas e pelas ruas a ver os estragos, uma vez mais como se fosse apenas um espectador que ia registando o que via. A explosão inicial dera-se no último andar dum prédio que ficara esventrado como se fora o  cenário dum filme, Acordei gelado, pois deitara-me sobre a colcha e destapado. No momento em que fui acordado estava lendo no que restava de duas paredes do mercado: uma enorme frase, numa escrita desconhecida e da direita para a esquerda, em caracteres negros sobre fundo azul.
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Ao jantar comemos comida que já havia cozinhada no hipermercado; empadão de carne, camarões e leite creme. Apenas tinha arrumado no frigorífico (geleira, como se dizia em Luanda) e no congelador os alimentos que estragara. O resto ficara nos sacos; é possível que entretanto a minha mãe tenha arrumado parte das compras, pois tem de estar sempre a fazer qualquer coisa, quando não está a ler os jornais ou livros da minha imensa biblioteca. Por ter adormecido, ficou por cozinhar o borrego que queria cozer de estufado. Tem de ser mesmo amanhã, ou antes, mais logo, para não se estragar.

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Acordei cheio de dores de cabeça, mas já passaram. Vim ver se havia correio electrónico pessoal, mas não! Apenas mail's de newsleters que subscrevo, alguma das quais alimentam os meus blogs. Paciência! Apenas no hi5 há sinal de vida!! E pronto; vou até à cozinha tomar os remédios e depois voltar a deitar-me. Acho que vou deixar de ir à fisioterapia, pois não creio que os exercícios que o médico fisiatra me receitou de sirvam para i que quer que seja e já não ajudam a recuperar a mão direita. Depois dos electromiogramas e de ouvir novamente o médico ortopedista consultarei outro médico fisiatra noutro centro de fisioterapia.
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Já são 05:15 no alto da madrugada e há muito que deveria estar a dormir, pois à hora de almoço tenho consulta de otorrinolaringologia.
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Passei pela cozinha e a minha mãe já tinha arrumado a maior parte das compras. Acabei de arrumar quase tudo. No hipermercado comprei vários livros, mas neste momento o tempo dedicado à leitura é insuficiente para a resma que se vai amontoando na mesa da sala e no meu quarto de dormir.  Um dos livros é do Ricardo Araújo Pereira: «Novas Crónicas da Boca do Inferno». Embora tenham piada, trata-se dum humor datado, não intemporal, que só é entendido para quem está a par do quotidiano. Não resistirão poos ao correr do tempo, contrariamente às de Eça de Queirós ou de Miguel Esteves Cardoso, cuja ironia aprecio imenso.
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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Estado: qual foi o primeiro? o ovo ou a galinha? lequel a été le premier ? l oeuf ou la poule??

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Nem tu(a) ... nem eu ! LOL
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bjos do Kant_O para Santa Iria :-)
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Desenho - Leonardo Da Vinci
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http://www.davinci.net76.net/
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paulo diz: O tópico foi alterado para desejo a todos\as um optimo sao-martinho


José Malhoa - Os Bêbados ou Festejando o S. Martinho (1907)
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Eh pá! E eu que nem sei assar castanhas e tanto gosto delas. Ainda bem que nos lembraste. Amanhã; comprar castanhas (esperemos que não saiam est'agadas) e depois pesquisar na internet. Ah gand'a net, onde há de tudo como no boticário LOL
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Eu tive um sonho, entre muitos !

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* Victor Nogueira (texto e foto)
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Hoje o dia amanhece, frio e cheio de névoa e registo esta alvorada fotograficamente. Do alto da minha janela não se estende o mundo a seus pés, nem é noite, como se em terra estivesse um campo de estrelas cintilantes. Nem o céu está límpido, azul, brilhante e com flocos de algodão. Contudo o sol de «inverno» rompe a neblina, embora não espere qualquer D. Sebastião, que não tinha amadas e terá morrido armado em sonhos de loucura.
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Está pois um dia de neblina, como se esta torre onde moro estivesse no meio das nuvens, no  alto duma montanha ou a bordo dum avião espreitando pela vigia.
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Eu tive um sonho! Qual a novidade. Ter sonhos enquanto se dorme é normal, é sinal de vida embora  sono seja talvez como estar morto. Portanto, como é normal, eu tive (mais) um sonho, que desta feita não foi pesadelo. Acordo e tudo é névoa para lá da janela.
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Tenho relógios por toda a casa mas desde ontem só dois marcam a hora certa - o do computador e o de pulso. Ainda não me apeteceu acertar os outros todos.
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Mas as palavras são como as cerejas, atrás dumas outras aparecem, especialmente para quem seja malabarista do verbo bordejando a chama. E o verbo pode ser um rio (es)correndo para o mar, violento, escavando profundos desfiladeiros ou remansoso como se estivesse deslizando preguiçosamente em meandros, sem pressas, até à foz, seja esta um delta, um estuário ou um caninho! Se for o delta, era uma mais-valia, o travesti nas aulas de economia marxista na escola da Companhia no tempo da palavra vigiada, censurada, cortada ou aprisionada!
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Mas atalhemos.  O sonho de que me lembro não foi pesadelo mas a todo o enredo assisti como se nada me dissesse respeito. Nele se misturavam o passado e o presente e o presente era um holocausto nuclear. Com as pessoas procurando escapar ao maremoto que tudo varia e levava à sua frente, indiferente ao seu desespero. Das pessoas e não eu, pois eu era um mero espectador, registando indiferente o que à minha volta se passava. Ao maremoto sucedia-se a calmaria e a esta um novo maremoto, entremeado de clarões cintilantes como gigantescos gheiser. E no  meio disto tudo encontrei uma mulher com fiz amor (eufemísticamente falando)
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É paradoxal fazer-se amor com uma mulher em pleno fim do mundo, no meio dum cataclismo após o qual a vida deixaria de existir. Conta-senso ou esperança no renascer da Vida?
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A pergunta fica! A resposta, essa fica ao sabor de quem lê!
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O dia hoje está bonito, cheio de sol, com céu azul

[Tempo+2.jpg] 

* Victor Nogueira
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O dia hoje está  bonito, cheio de sol, com céu azul e brilhante, sem nuvens, mas no horizonte vê-se uma mancha de ar poluído que cerca a cidade e se calhar a cobre! Acordei de um novo  dum novo pesadelo e numa má posição. Há semanas comprei uma cama e mesas de cabeceira novas, pois a mobília anterior já tinha 30 anos e precisava de reforma. A mobília é bonita mas  nem eu nem a Susana reparámos que  a cama é maior que a anterior, pelo que o roupeiro tem de ser feito por medida. Mas o pior é que me enganaram com o colchão, que já está todo deformado e não sei onde pus o talão da compra, para ir reclamar. De modo que o mau dormir é agravado pelo facto de muitas vezes adormecer com duas almofadas que ponho para ler antes de adormecer.
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Ando aborrecido com as dores musculares; vamos ver o que diz logo o ortopedista.
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Estico o pescoço para ver a avenida lá em baixo e poucos são os carros. De vez em quando uma pomba ou um bando delas passa lá ao longe. As pombas são agora uma praga na cidade e os seus dejectos estragam as estátuas e os prédios. Antigamente só pairavam pela  Baixa, mas agora também estão por aqui, tal como as gaivotas, embora estas em menor número e com maior raridade.
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Há muitos anos que as andorinha desapareceram de Setúbal, com o seu esvoaçar e chilrear, na Primavera. Os beirais estão vazios dos ninhos que faziam. Quanto aos pombos, creio que a Câmara coloca um produto na comida para que não possam reproduzir-se, pois, como disse, degradam os monumentos e as casas com os seus dejectos.
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Do outro lado da avenida está uma escola primária, e lá pelas dez horas as crianças virão para o recreio e será uma chilreada, como se fossem pássaros, mas os vidros duplos agora abafam os ruídos.
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Vou deitar-me !
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