Allfabetização
Escrevivendo e Photoandando
No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e não me apetecia ir para o Mindelo. "Fechado" em Setúbal, resolvi escrever um livro de viagens a partir dos meus postais ilustrados que reavera, escritos sobretudo para casa em Luanda ou para a mãe do Rui e da Susana. Finda esta tarefa, o tempo ainda disponível levou me a ler as cartas que reavera [à família] ou estavam em computador e rascunhos ou "abandonos" de outras para recolher mais material, quer para o livro de viagens, quer para outros, com diferente temática.
.
Depois, qual trabalho de Sísifo ou pena de Prometeu, a tarefa foi-se desenvolvendo, pois havia terras onde estivera e que não figuravam na minha produção epistolar. Vai daí, passei a pente fino as minhas fotografias e vários recorte, folhetos e livros de "viagens", para relembrar e assim escrever novas notas. Deste modo o meu "livro" foi crescendo, página sobre página. Pelas minhas fotografias descobri terras onde estivera e juraria a pés juntos que não, mas doutras apenas o nome figura na minha memória; o nome e nada mais. Disso dou por vezes conta nas linhas seguintes.
.
Mas não tendo sido os deuses do Olimpo a impor me este trabalho, é chegada a hora de lhe por termo. Doutras viagens darão conta edições refundidas ou novos livros, se para tal houver tempo e paciência.
VNsegunda-feira, 30 de dezembro de 2019
AS PROIBIÇÕES KAFKIANAS NO INFECELOCKED
QUE REGRAS TEREI VIOLADO, DESCONHEÇO, NEM O fb ESCLARECE. REPARO AGORA QUE NÃO É A ÚNICA "PROIBIÇÃO" NOS ÚLTIMOS TEMPOS, MAS Q UE FOI BANIDO E PORQUÊ É UM MISTÉRIO. MESMO SABENDO E RECLAMANDO, NÃO TENHO MEMÓRIA DE ALGUMA VEZ O FB ME TER DADO RAZÃO, REVOGANDO AS SUAS DRACONIANAS DECISÕES,
Receita de Ano Novo
sábado, 28 de dezembro de 2019
Gaivotas em terra
quinta-feira, 26 de dezembro de 2019
Hoje a Mariana celebra 6 meses de vida
segunda-feira, 23 de dezembro de 2019
Natais
domingo, 22 de dezembro de 2019
all the world's stage
sábado, 21 de dezembro de 2019
"reconciliação nacional" .... com o fascismo, a ditadura, o colonialismo e a guerra colonial?
sexta-feira, 20 de dezembro de 2019
Chove chuva ventosa, em rajadas
quarta-feira, 18 de dezembro de 2019
All the world's a stage
"As you Like It”, - Shakespeare
"As you Like It”, - Shakespeare
"O mundo inteiro é um palco,
E todos os homens e mulheres são meros atores:
Eles têm suas saídas e suas entradas;
E um homem cumpre em seu tempo muitos papéis.
Seus atos se distribuem por sete idades. No início a criança
Choraminga e regurgita nos braços da mãe.
E mais tarde o garoto se queixa com sua mochila,
E seu rosto iluminado pela manhã, arrastando-se como uma lesma
Sem vontade de ir à escola. E então o apaixonado,
Suspirando como um forno, com uma balada aflita,
Feita para os olhos da sua amada. Depois o soldado,
Cheio de juramentos estranhos, com a barba de um leopardo,
Zeloso de sua honra, rápido e súbito na briga,
Buscando a bolha ilusória da reputação
Até mesmo na boca de um canhão. E então vem a justiça,
Com uma grande barriga arredondada pelo consumo de frangos gordos,
Com olhos severos e barba bem cortada,
Cheio de aforismos sábios e argumentos modernos.
E assim ele cumpre seu papel. A sexta idade o introduz
Na pobre situação de velho bobo de chinelos,
Com óculos no nariz e a bolsa do lado,
Suas calças estreitas guardadas, o mundo demasiado largo para elas,
Suas canelas encolhidas, e sua grande voz masculina
Quebrando-se e voltando-se outra vez para os sons agudos,
Os sopros e assobios da infância. A última cena de todas,
Que termina sua estranha e acidentada história,
É a segunda infância e o mero esquecimento,
Sem dentes, sem mais visão, sem gosto, sem coisa alguma.
Tradutor não identificado"
segunda-feira, 16 de dezembro de 2019
anódinos pensamentos
domingo, 15 de dezembro de 2019
mestre "cuca"
Claro que não sou nem tenho engenho, paciência e arte de "chef", como o Carlos Barradas ou o Carlos Chagas
sábado, 14 de dezembro de 2019
Dona Gertrudes
sexta-feira, 13 de dezembro de 2019
I Want You (She's So Heavy)
* Rui Gato
I want you so bad
I want you
I want you so bad
It's driving me mad
It's driving me mad
I want you
I want you so bad, babe
I want you
I want you so bad
It's driving me mad
It's driving me mad
I want you
I want you so bad, babe
I want you
I want you so bad
It's driving me mad
It's driving me mad
I want you
I want you so bad
I want you
I want you so bad
It's driving me mad
It's driving me mad
She's so heavy
Heavy, heavy, heavy
She's so heavy
She's so heavy
Heavy, heavy, heavy
I want you
I want you so bad
I want you
I want you so bad
It's driving me mad
It's driving me mad
I want you
You know I want you so bad, babe
I want you
You know I want you so bad
It's driving me mad
It's driving me mad
Yeah
She's so
terça-feira, 10 de dezembro de 2019
brinc'à bronca 2
* Victor Nogueira
olho o retrato
e no prato
sem pasto o repasto
ao desbarato
o laço
sem abraço
na vastidão
a imensidão
ão, ão
sem inspiração
ão, ão
re béu béu
pardais ao ninho
setúbal 2019.12.10
um tardio s. martinho
* Victor Nogueira
sexta-feira, 6 de dezembro de 2019
"Nazismo e estalinismo: um debate viciado"
* Victor Nogueira
quinta-feira, 5 de dezembro de 2019
Sorria!
* Victor Nogueira
Sorria!
Diga bom dia, com alegria, boa tarde, sem alarde, boa noite, sem açoite!
E Viva a Vida, com Humor, Amor, Alegría e Fantasia.
Sem esquecer alguns trocos para os gastos.
Cabeça na Lua e pés na Terra e a bissectriz entre a Razão e o Coração.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2019
Fotos de perfil
quatro poetas e quatro poemas de antónio reis
* Victor Nogueira
domingo, 1 de dezembro de 2019
snoopy - escrever é um trabalho duro
O discurso lógico trai a manifestação dos sentimentos; "as palavras são (redes) de dois gumes..." e o discurso lógico uma corrente que nos arrasta para onde não queremos. Um olhar, a mão que se levanta para acariciar um rosto, os dedos entrelaçados, o corpo que sentimos junto ao nosso, a simples presença, o saber-se aqui nesta sala ou na outra, não entendes que tudo isto, na sua simplicidade, diz mais e responde e/ou acalma mais interrogações que todas as palavras? É preciso saber ler para além das palavras ou não recusar essa leitura. Lembro me dum poema do Alberto Caeiro, cuja humildade e simplicidade me atraem, humildade e simplicidade perante as pessoas e as coisas que talvez nunca sejam minhas. Levanto me e vou ali á estante buscá lo. Escolho o poema que transcrever. Hesito na escolha. Será este! (2) (MCG - Évora- 1972.07.14)
A "Natureza Morta" (3) não me parece nem pessimista nem optimista; são apenas os olhos com que vejo Évora. (...) Os meus escritos permitem várias leituras, possibilitadas pela ambiguidade decorrente da disposição das palavras e frases, pela colocação da pontuação ou sua ausência. (MCG - Évora 1972.10.20)
(3) Poema escrito em 1972.10.17, em Évora, sobre esta cidade