Allfabetização

Este postal é - creio - uma fotografia retirada dum dos dois filmes que há dias vi sobre as campanhas de alfabetização, as tais em que eu gostaria de ter participado em Agosto último se ... Esta cena do filme era comovente: uma mulher que até aí não sabia comunicar por escrito, conseguir fazê-lo. A procura das sílabas, o gesto hesitante, o voltar atrás para corrigir ou desenhar melhor a letra !!! Deve ser bestial um tipo descobrir que sabe ler, não achas? (1974)

Escrevivendo e Photoandando

No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e não me apetecia ir para o Mindelo. "Fechado" em Setúbal, resolvi escrever um livro de viagens a partir dos meus postais ilustrados que reavera, escritos sobretudo para casa em Luanda ou para a mãe do Rui e da Susana. Finda esta tarefa, o tempo ainda disponível levou me a ler as cartas que reavera [à família] ou estavam em computador e rascunhos ou "abandonos" de outras para recolher mais material, quer para o livro de viagens, quer para outros, com diferente temática.

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Depois, qual trabalho de Sísifo ou pena de Prometeu, a tarefa foi-se desenvolvendo, pois havia terras onde estivera e que não figuravam na minha produção epistolar. Vai daí, passei a pente fino as minhas fotografias e vários recorte, folhetos e livros de "viagens", para relembrar e assim escrever novas notas. Deste modo o meu "livro" foi crescendo, página sobre página. Pelas minhas fotografias descobri terras onde estivera e juraria a pés juntos que não, mas doutras apenas o nome figura na minha memória; o nome e nada mais. Disso dou por vezes conta nas linhas seguintes.

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Mas não tendo sido os deuses do Olimpo a impor me este trabalho, é chegada a hora de lhe por termo. Doutras viagens darão conta edições refundidas ou novos livros, se para tal houver tempo e paciência.

VN

sábado, 6 de outubro de 2007

Deambulando por Lisboa (28) - GUIA DE LISBOA LISBOA ANTIGA E POMBALINA


LISBOA ANTIGA E POMBALINA

* Sandra Mello

Praça do Marquês de Pombal

Dominada por um monumento de grandes proporções
(36m de altura) dedicado ao Marquês de Pombal, construído entre 1917 e 1934. A estátua está voltada a sul olhando sobre a zona pombalina, construção levada a cabo por iniciativa do Marquês, após o Terramoto de 1755. Várias esculturas rodeiam o pedestal - uma figura feminina simbolizando « Lisboa reconstruída » e três grupos evocando as reformas de Pombal no campo da agricultura, da indústria e do ensino.

A Praça, tal como a Avenida da Liberdade e a Praça dos Restauradores, tem um pedrado a preto e branco, característicamente português (basalto e calcário), processo originalmente atribuído a Pinheiro Furtado (Séc. XIX).

    * Avenida da Liberdade

    Parcialmente situada no local anteriormente ocupado pelo « Passeio Público » ( inaugurado em 1764 ) e de que restam duas estátuas-fontes representando o Tejo e o Douro, os dois maiores rios de Portugal. A Avenida da Liberdade propriamente dita foi construída entre 1879 e 1886, por Rosa Araújo, e constituíu o grande acontecimento urbanístico do último quartel do séc. XIX. A Avenida marca o começo de uma expansão da cidade para Norte e tem 1,5 km de comprimento e 90 m de largura. Grande parte dos edifícios que ainda hoje ladeiam a Avenida datam do final do séc. XIX, príncipios do séc. XX.

    Descendo, à direita, encontramos o Palácio Mayer, construção sóbria do arquitecto Nicolau Bigaglia. Segue-se o Parque Mayer, local de diversões nocturnas, com uma entrada Arts Déco do arquitecto Cristino Silva.

    Descendo, do lado esquerdo, encontramos:

    - O edifício do « Diário de Notícias », de Pardal Monteiro. Notável mural de Almada Negreiros.

    - No cruzamento com a Rua Alexandre Herculano, 4 estátuas modernas de escritores do séc. XIX: António Feliciano de Castilho e Oliveira Martins (da autoria de Leopoldo de Almeida), Alexandre Herculano e Almeida Garrett (da autoria de Barata Feyo).

    Continuando, junto à Rua do Salitre:

    - Monumento aos mortos da Grande Guerra de 1914/1918, de Maximiano Alves, inaugurado em 1931.

Ainda na Avenida, um pouco mais abaixo, do lado esquerdo, ergue-se:

- Estátua de Simon Bolívar figura importante da emancipação da América Latina, com 5,5 m de altura, oferecida em 1978 pelos portugueses radicados na Venezuela.

- Cinema Tivoli (Raúl Lino), construção inspirada no estilo Luís XVI, embora apresente uma
cúpula metálica.






  • Praça dos
    Restauradores


    Ao centro, um obelisco
    de 30 m de altura, comemorativo da Restauração da
    Independência de Portugal, depois de 60 anos de domínio
    espanhol (1580- 1640); nos lados norte e sul- duas
    estátuas aladas e alegóricas, de bronze, representam o
    Génio da Vitória (Simões de Almeida) e o Génio da
    Independência (Alberto Nunes).






- Estação dos Correios, do lado
esquerdo da Praça. Aberta até à meia noite e aos domingos.




- Turismo/ Informações,
situado do lado direito, no Palácio Foz, construído em 1755,
para os Marqueses de Castelo Melhor, segundo um plano do
arquitecto italiano Fabri, e muito alterado em finais do século
passado quando passou para as mãos do Marquês da Foz.
Actualmente, no edifício funciona a Secretaria de Estado da
Comunicação Social e aí têm lugar exposições temporárias e
conferências.




Logo a seguir, ainda do mesmo
lado:


- Cinema Eden, da autoria do
arquitecto Cassiano Branco, um dos mais representativos exemplos
de uma arquitectura moderna de influência francesa, muito
típica dos anos 20-30. De notar as várias escadarias
dinamicamente implantadas com disposição assimétrica,
influenciadas pelo futurismo.





O empedrado geométrico, a preto e
branco, é feito sobre um cartão de João Abel Manta, posterior
ao «25 de Abril» de 1974.


Sob a Praça, existe um bom
Parque de estacionamento para mais de 500 viaturas.


Seguindo em direcção ao
Rossio, temos dois bons exemplos do revivalismo que vigorou na
arquitectura do se


Éc. XIX (neo-clássico e
neo-manuelino), ambos da autoria do arquitecto José Luís
Monteiro:




- Hotel Avenida
Palace (neo-clássico).


- Estação do Rossio
(neo-manuelino), estação de caminhos de ferro (Linha de
Sintra).







  • Rossio ou
    Praça de D. Pedro IV


    Praça mais central e
    mais animada da Baixa, mesmo antes do Terramoto de 1755.
    Aqui se realizavam os autos-de-fé. Tem a forma de um
    paralelogramo alongado, enquadrado por edifícios de
    traçado pombalino, onde se situam cafés, esplanadas,
    pastelarias, lojas, bancos, etc.






- Teatro Nacional de D. Maria II
(do lado Norte), concebido por Almeida Garrett e construído pelo
italiano Lodi, entre 1841 e 1846. Na fachada encontra-se uma
estátua de Gil vicente, considerado 1º autor do teatro
português dos sécs. XV-XVI. O Teatro foi recentemente
reconstruído, na sequência de um incêndio que ali deflagrou
(1964) e que destruíu todo o seu interior, incluindo o tecto com
pinturas de Columbano. Ali terá funcionado, antes do Terramoto,
o Palácio da Inquisição.




No ângulo nordeste do Rossio e
já fora do seu alinhamento, encontra-se a:




- Igreja de S. Domingos, que
remonta ao séc. XIII e foi muito modificada ao longo dos
séculos. Em 1959, um incêndio destruíu o seu interior,
salvando-se apenas a sacristia seiscentista. No lado norte do
Largo de S. Domingos, situa-se o




- Palácio da Independência,
assim denominado por ali se terem reunido os conjurados que, a 1
de Dezembro de 1640,restauraram a independência. Construído na
primeira metade do séc. XVII. Num pátio interior, existem três
painéis de azulejos apresentando os acontecimentos de 1640.




- Estátua de D. Pedro IV (1798-
1834) (rei de Portugal e 1º imperador do Brasil), situada no
centro da Praça, a estátua de bronze, inaugurada em 1870,
ergue-se sobre uma coluna monolítica.




- Praça da Figueira (lado este do
Rossio), no centro, ergue-se uma estátua equestre de D. João I,
da autoria de Leopoldo de Almeida.




Pode partir-se daqui para o bairro
típico da Mouraria (em tempos idos, habitado por Mouros que
permaneceram em Lisboa, mesmo depois da Reconquista;
caracterizado pelas suas ruelas e becos tortuosos, pontilhado de
pequenas igrejas e palácios.




- Arco do Bandeira,
pequeno arco de triunfo, situado na face sul do Rossio e que
conduz ao único cinema de Arte- Nova de Lisboa, de frequência
muito popular.







  • Baixa

    É a denominação do
    espaço compreendido entre o Rossio e o Rio Tejo. A
    nomenclatura das suas ruas, de recorte geométrico,
    pombalinas, é uma reminiscência dos tipos de
    actividades aí localizadas antes do Terramoto,
    essencialmente ligadas às diversas artes e ofícios: rua
    dos Douradores, dos Fanqueiros, dos Retrozeiros, e rua do
    Ouro e rua da Prata, ligadas a actividades mercantis.






Seguindo pela rua do Ouro,
encontramos, do lado direito




- Elevador de Santa
Justa (que liga a rua do Ouro ao Largo do Carmo). Estrutura
metálica construída segundo planos de Eiffel. Da plataforma
superior, vista panorâmica sobre o Rossio, Baixa, Castelo de S.
Jorge e Rio Tejo.







  • Praça do
    Comércio


    Até fins do séc.
    XIV, o rio Tejo ocupava toda a área actualmente
    abrangida pela Praça do Comércio. No séc. XVI, no
    reinado de D. Manuel I, fizeram-se obras de aterro e
    construíu-se um Paço Real (origem do antigo nome desta
    praça- « Terreiro do Paço », totalmente destruído
    pelo Terramoto de 1755, perdendo-se, então, uma
    biblioteca considerada das melhores da Europa.







Pombal quis que se chamasse Praça
do Comércio. Com planta geral de Eugénio dos Santos, é talvez
a mais bela praça da capital e constitui um dos melhores
exemplos do estilo pombalino. Nos três corpos uniformes de
edifícios que a constituem, assentes sobre galerias com arcadas,
estão instalados alguns ministérios, diversos serviços
públicos e a Bolsa de Lisboa. Alberto de Lacerda, poeta
contemporâneo, que canta Lisboa em alguns dos seus poemas,
diz-nos:





«... É o Tejo o ar a praça larga




Hirta de luz ébria de pé...»






Em inícios de 1908, foram
assassinados nesta praça o rei D. Carlos I e o príncipe
herdeiro Luís Filipe. Dois anos depois, em 5 de Outubro de 1910,
triunfava a Revolução Republicana.




- Estátua Equestre de D. José,
de autoria de Machado de Castro. A estátua representa o Rei D.
José, montado num belo cavalo e olhando o Tejo. A primeira
estátua em bronze fundida em Portugal, foi inaugurada em 1774.




- Arco de Triunfo (vulgo Arco da
Rua Augusta), enquadrado nas arcadas da face norte da praça e
dando acesso à rua Augusta, foi construído entre 1755 e1875,
segundo um plano inicial de Eugénio dos Santos. Na parte
superior do Arco, vêem-se quatro estátuas do escultor Vítor
Bastos que representam: à esquerda- Nuno Álvares Pereira
(Condestável do reino, durante a luta pela independência
nacional, em finais do séc. XIV) e Viriato (chefe dos Lusitanos
que fizeram frente aos Romanos); à direita- o Marquês de Pombal
e Vasco da Gama (descobridor do caminho marítimo para a Índia).


O arco é coroado por um grupo
alegórico da autoria do francês Calmels, representando a
Glória a coroar o Génio e o Valor, ladeado pelos rios Tejo e
douro.





Na face sudeste do Terreiro do
Paço, situam-se:




- Estação Fluvial do Terreiro do
Paço, linhas do Sul e do Sado.


- Cais de Embarque para
Cacilhas.





Seguindo pela Rua da Alfândega
(cujo lado sul é ocupado pelo edifício pombalino da Alfândega)
e pela Rua da Madalena, chegamos à:




- Igreja da Madalena, contruída
em 1783 e que conserva o portal manuelino do templo primitivo.




- Igreja de Santo António da Sé,
reconstruída por Mateus Vicente, em finais do séc. XVIII, sobre
as ruínas de um templo mandado construir por D. Manuel I, no
local onde nascera, em 1195, Santo António de Lisboa (também
conhecido por Santo António de Pádua, por Ter morrido nessa
cidade, em 1231). O terramoto de 1755, que destruíu a igreja
manuelina, deixou intacto o altar- mor, assim como a imagem do
santo que ainda hoje ali se venera e que sai em procissão solene
a 13 de Junho, durante as Festas dos Santos Populares que se
realizam ao longo do mês de Junho e que atingem um ponto alto na
noite de 12 para 13, em Alfama.




- Catedral de Lisboa (vulgo Sé),
construída em fins do séc. XII, depois da Reconquista de
Lisboa, é um dos monumentos mais antigos da capital. Elevada à
categoria de catedral, em fins do séc. XIV, sofreu várias
reconstruções e restauros, em especial depois dos terramotos de
1344 e 1755 e, já no séc. XX, o arquitecto António do Couto
procurou restituir-lhe a primitiva traça medieval.


No exterior, sobressai uma
fachada de duas torres (o que lhe dá um aspecto fortificado, em
conjunto com os pesados contrafortes), tendo no meio um pórtico
de quatro arquivoltas românicas primitivas.


O interior, em cruz latina,
tem três naves, sendo a central, mais alta (e, tal como o
transepto, percorrida pela bela arcaria do 1º trifório
português), é coberta por uma abóbada de berço, as laterais,
por abóbadas de arestas. Entrando, do lado esquerdo,
encontram-se as pias baptismais do séc. XIII, onde foram
baptizados Santo António e, no séc. XVII, o Padre António
Vieira (escritor e grande defensor dos direitos dos índios
escravizados). Segue-se a capela gótica de Bartolomeu Joanes-
com os túmulos do seu fundador e mulher, pintura do séc. XVI,
presépio barroco de Machado de Castro e um relicário de Santo
António. Na capela- mor, setecentista, estão os túmulos de D.
Afonso IV (pai de D. Pedro I e sua mulher, restaurados por
Machado de Castro. O deambulatório, típico das igrejas de
peregrinação ( aqui eram veneradas as relíquias de S. Vicente,
patrono de Lisboa), gótico, com oito capelas absidiais e belas
arcas sepulcrais medievais. Na 7ª capela, salientam-se os
túmulos de Lopo Fernandes Pacheco (companheiro de armas de D.
Afonso IV) e de sua mulher. Neste último túmulo assinalamos os
dois cães que disputam um osso, recordando assim a solução
original que encontrou para decidir entre dois pretendentes à
sua mão: o dono do cão vencedor, seria seu marido. O claustro,
situado a nascente, de nítida influência gótica cisterciense,
possui uma gaiola com um corvo, simbolizando os corvos que
acompanharam os restos mortais de S. Vicente até Lisboa.


No exterior, na base de um dos
pilares do lado norte- inscrição visigótica.





Subindo a Rua
Augusto Rosa (linha do eléctrico), Rua do Limoeiro e Rua de
Santiago, chega-se ao Largo do Contador- Mor e à Travessa do
Funil, que desemboca na Rua do Chão da Feira, onde se abre uma
das entradas do Castelo.







  • Castelo de
    S. Jorge


    Edificado sobre uma
    das colinas de Lisboa, possui uma notável posição
    estratégica, a primeira construção defensiva da
    cidade. A sua origem exacta é desconhecida, mas antes da
    conquista e alterações introduzidas pelo 1º rei de
    Portugal, o castelo foi habitado pelos Visigodos e pelos
    Muçulmanos, que o dotaram da «Cerca Moura» (de que
    restam pequenas secções e um ou outro torreão), mais
    tarde denominada «Cerca Velha», quando o rei D.
    Fernando, no séc. XIV, contruíu a «Cerca Nova». Os
    trabalhos de restauração mais recentes, empreendidos
    entre 1938 e 1940, restituiram-lhe o aspecto de fortaleza
    medieval.






No castelo, distinguem-se três
zonas:




- «Castelejo» ou «Castelo
Velho», no ponto mais alto da colina, de forma quadrangular, com
muralhas interrompidas por dez altas torres de planta quadrada;




- «Cidadela», área anterior à
1º cinta de muralhas e que inclui, no ângulo NW, o
«Castelejo».




No interior do «Castelo»,
situa-se o:




- Paço de Alcáçova, substutui a
alcáçova e foi moradia dos reis portugueses até D. Manuel I.
Aqui morreu D. João I, e aqui nasceram D.João II e D. João
III. Em 1502, aqui se assiste ao nascimento do teatro português,
com a primeira recitação do Momólogo do Vaqueiro, de Gil
Vicente.




Entrando pela Porta de S. Jorge
(antiga Porta de Alcáçova, reconstruída no séc. XIX, no
reinado de D. Maria II e encimada pelo brasão real), encontra-se
uma pequena estátua de S. Jorge, patrono da infantaria
portuguesa. Seguindo pela rua de Santa Cruz (dentro da
«Cidadela» situa-se a freguesia de Santa Cruz, com as suas
casas e lojas pitorescas) e pela Porta sul, atinge-se a
«Esplanada», no centro da qual se ergue uma réplica da
estátua de D. Afonso I, feita por Soares dos Reis, para
Guimarães (cidade que foi o berço da nacionalidade portuguesa).
Aqui, num painel de azulejos, estão assinalados os pontos
principais que se avistam e que são:




- Rio Tejo.




- Ponte 25 de Abril (anteriormente
conhecida pelo nome de Ponte Salazar) que liga Lisboa à margem
esquerda do rio. É a maior ponte suspensa da europa (com um
comprimento total de 3200 m)com quatro faixas de rodagem. Foi
aberta ao tráfego rodoviário em Agosto de 1966 (portagem).




- Cristo Rei, erigido em 1959
(obra do arquitecto António Lino, do escultor Francisco Franco e
do engenheiro Francisco de Mello e Castro9. O monumento (que
lembra o Cristo do Corcovado, do Brasil) consiste numa estátua
do Cristo- Rei de 28 m de altura, sobre um pedestal de cimento
armado, de 82 m, no interior do qual existe uma pequena capela.
Um ascensor leva a um terraço donde se observa uma magnífica
vista sobre Lisboa, estuário do Tejo, serra de Sintra e Ponte 25
de Abril.




- Cacilhas (há carreiras fluviais
que se saem do cais, a oriente da Praça do comércio), ponto de
partida de camionetas e táxis para toda a zona a sul do Tejo e
praias, Costa da Caparica , Portinho da Arrábida, etc.




- Lisnave, estaleiros de
reparação e de construção naval, considerados dos mais
importantes da Europa.




- Barreiro e Seixal, centros
industriais.




Regressando à descrição do
Castelo de S. Jorge, não podemos esquecer a:




- «Porta de Martim Moniz» (na
parte norte das muralhas), com um busto uma inscrição que evoca
o seu feito- durante a conquita de Lisboa, ali morreu
atravessado, para que a porta se não fechasse e as tropas de D.
Afonso I pudessem penetrar no Castelo.




Saindo pelo Largo do Chão da
Feira, desce-se pela Travessa de Santa Luzia.




Miradouro de Santa
Luzia, boa panorâmica sobre Alfama, sobre o Tejo e cúpula de
Santa Engrácia. Estátua moderna de S. Vicente. Num muro,
encontra-se um painel que indica dois circuitos possíveis de
Alfama.







  • Largo das
    Portas do Sol


    Uma das sete
    portas da cidade muçulmana. Do terraço- panorâmica
    sobre Alfama, sobre o Tejo e cúpula de Santa
    Engrácia. Estátua moderna de S. Vicente. Num muro,
    encontra-se um painel que indica dois circuitos
    possíveis de Alfama.





  • Museu das
    Artes Decorativas
    (Fundação Ricardo Espírito
    Santo)


    Encravado e apoiado na
    muralha da «Cerca Moura». Está instalado no antigo
    Palácio dos anos 50, por Ricardo Espírito Santo, com as
    suas colecções Azurara (do séc. XVIII) e foi oferecido
    ao Estado, nos de talha, mobiliário, tapeçaria,
    ourivesaria, faiança e pintura de diversas épocas,
    reunidas e seleccionadas, com notável senso estético,
    pelo seu fundador. Este museu dá ainda ao visitante uma
    ideia bastante exacta do que deve Ter sido uma
    habitação nobre dos sécs. XVII e XVIII.


    Ao lado, funciona uma
    Escola de Artes Decorativas que é inteiramente dedicada
    à execução de obras de restauro e reprodução de
    mobílias antigas portuguesas, tapeçarias e
    encadernações, atendendo-se ao seguimento meticuloso
    das técnicas da época. Existem, nesta Escola, cerca de
    21 oficinas, abrangendo especialidades como: escultura em
    madeira, marcenaria, serralharia, cinzelagem, pintura de
    móveis, encadernação de livros, etc. Os trabalhos
    saídos destas oficinas são de grande qualidade.
    Paralelamente, a Fundação mantém um curso para
    formação de decoradores.







Segue-se pela Rua de S. Tomé.




Casa do Menino de Deus, uma das
poucas casas quinhentistas de Lisboa.






  • Igreja do Menino de Deus

    Belo exemplar do
    barroco italiano, mandada edificar por D. João V, em
    acção de graças pelo nascimento de um herdeiro. No
    interior, telas do séc. XVIII, de Vieira Lusitano e
    André Gonçalves.




Continua-se pela Calçada da
Graça até ao Largo da Graça.




Igreja e Convento de Nossa Senhora
da Graça, do séc.XIII, tendo sofrido grandes alterações ao
longo dos séculos, em especial depois do terramoto.






  • Miradouro da Graça,
    panorâmica do castelo e da Mouraria. Contornando este
    conjunto arquitectónico, segue-se pelas ruas da Graça e
    da Senhora do Monte, que conduz ao Largo do Monte.




Miradouro de Nossa Senhora do
Monte, um dos mais belos panoramas da cidade antiga.




Ermida do Monte, construída sobre
uma das colinas de Lisboa, data da conquista de Lisboa, data da
conquista de Lisboa e foi consagrada a S. Gens (1º Arcebispo de
Lisboa, que foi martirizado com cerca de 100 companheiros). Foi
reconstruída depois de 1755.




Regressa-se ao Largo da Graça
e desce-se pela rua Voz do Operário.




Igreja de S. Vicente de Fora (do
lado esquerdo)


Edificada no séc. XII, em
cumprimento de uma promessa feita por D. Afonso I a S. Vicente,
durante o cerco de Lisboa, foi entregue aos Monges Agostinhos.
Deve o seu nome ao facto de Ter sido, originalmente, erigida fora
do perímetro das muralhas da urbe, sobre um antigo cemitério
dos Cavaleiros Teutões. Totalmente reconstruída em finais do
séc. XVI, durante a ocupação espanhola, pelo arquitecto
italiano Filipe Terzi, reproduz o modelo da Igreja de Gesú de
Roma.


A fachada é renascentista. O
interior, majestoso e de proporções elegantes, tem uma única
nave. Entre as capelas laterais, forradas a mármore, são de
assinalar as capelas de Santo António (com as lápides tumulares
da mãe de Santo António de Lisboa e de um cruzado Teutónico) e
de Nossa Senhora do Pilar (patrona dos Espanhóis).




Merecem uma observação cuidada
as colecções de painéis de azulejos do séc. XVIII, que se
encontram na Portaria (representando a conquista das cidades de
Lisboa e Santárem) e no Claustro (cerca de 120 000 azulejos com
fábulas de La fontaine, cenas da vida campestre, da caça e da
vida da corte).




- Panteão da Casa de Bragança,
instalado, desde 1855, no antigo Refeitório dos monges. Nele
jazem os monarcas da última dinastia (sécs. XVII a XX), à
excepção de D. Maria I (na Basílica da Estrela) e D. Pedro IV
(oferecido ao Brasil pelo Estado Português), além do príncipe
Carol da Roménia, que morreu em Portugal.




Saindo de S. Vicente, vira-se à
direita, e segue-se por uma pequena rua com uma arcada.




Campo de Santa
Clara, onde, às terças e sábados (até ao fim da tarde), se
realiza a Feira da Ladra (antiguidades, ferro-velho),de origem
muito antiga.







  • Igreja de
    Santa Engrácia


    Fundada no séc. XVI e
    reedificada no século seguinte. A cúpula do remate só
    foi construída neste século, o que deu origem à
    expressão popular «obras de Santa Engrácia» com
    sinónimo de obras inacabadas.


    Tem planta de cruz
    latina com configuração octogonal e tanto as paredes
    como o chão estão revestidos de mármore polícromos.


    Em 1966 foi aqui
    instalado o Panteão Nacional, com túmulos e cenotáfios
    que se encontravam nos Jerónimos de: Vasco da Gama,
    Afonso de Albuquerque (2º vice-rei da Índia), Nuno
    Álvares Pereira, Camões (maior épico português),
    Pedro Álvares Cabral, Infante D. Henrique (filho de D.
    João I, promotor das descobertas), de alguns Presidentes
    da República (sidónio Pais, Teófilo Braga e Carmona) e
    escritores (Garrett, João de Deus e Guerra Junqueiro).






Desce-se pela Calçada do Museu
da artilharia até ao Largo do mesmo nome.




Museu Militar, instalado no antigo
Arsenal do Exército (séc. XVIII), possui uma boa colecção de
armas de várias épocas.




- Estação Ferroviária de Santa
Apolónia, edifício grande, de linhas sóbrias, construção da
Segunda metade do séc. XIX, integra-se nas grandes obras de
fomento de Fontes Pereira de Melo. Relegada para segundo plano,
volta, actualmente, a funcionar como principal estação
ferroviária do País, a partir da qual irradiam as linhas de
longo curso que partem do País (Norte a Leste).




Segue-se pela Rua da Bica do
Sapato, Rua de Santa Apolónia, Calçada da Cruz de Pedra e Rua
da Madre de Deus.






  • Igreja da Madre de Deus

    Pertenceu a um dos
    conventos mais ricos do País, fundado em 1509, para
    guardar os restos mortais de Santa Auta (uma das 11.000
    virgens massacradas, em colónia, pelos Hunos) e
    reconstruído depois do Terramoto de 1755. O interior
    constitui um perfeito exemplar do barroco português, com
    painéis de azulejos (até à altura de uma pessoa e
    ligado com a noção de mundo terreno), mármore e talha
    dourada (ligados com a ideia do Paraíso). Na sacristia-
    azulejos da Fábrica Real do Rato, mandada construir no
    séc. XVIII, pelo Marquês de Pombal. No coro superior,
    uma das salas mais ricas do Convento, são de salientar o
    cadeiral (com um pequeno «truque» para os religiosos se
    apoiarem durante as longas permanências de pé) e
    pinturas de Gregório Lopes (séc. XVI) e de André
    Gonçalves (séc. XVIII).




- Museu de Azulejaria

Sendo Portugal um País de
grande riqueza tradicional de azulejos, foi instalado nas
dependências claustrais do Convento este museu, organizado e
montado pela Fundação Calouste Gulbenkian, sob a orientação
de João Santos Simões. Assim surge, em Lisboa, a primeira
exposição verdadeiramente criteriosa e didáctica de azulejaria
portuguesa. Aí se encontram os primeiros azulejos fabricados em
Portugal (fins do séc. XVI), um painel do séc. XVII (azulejos
azuis e brancos) que é um documento histórico que representa
Lisboa antes do terramoto e que é o maior do mundo. Azulejos
portugueses do séc. XVII (azuis e brancos, do período
compreendido entre 1700 e 1760, e polícromos, de 1760 a 1810),
azulejos sevilhanos tipo «corda seca» e «cuenca» dos sécs.
XVI e XVII, etc.).




Saindo do museu,
segue-se pela Rua Madre de Deus, Calçada da Pedra, Rua de Santa
Apolónia e passa-se pela Estação Ferroviária de Santa
Apolónia e pelo Museu Militar.


Em seguida, sobe-se pela
Rua do Jardim do Tabaco que desemboca no Largo do Chafariz de
Dentro (ponto de partida para um pequeno percurso por Alfama).










  • Alfama






Considerado o bairro mais antigo
de Lisboa, deve o seu nome à palavra árabe «Alhama», que
recorda as fontes termais existentes no Largo das Alcaçarias.
Vestígios que confirmaremos durante o nosso percurso levam-nos
à conclusão que coabitavam, neste espaço labiríntico,
Muçulmanos, Judeus e Cristãos. Dada a situação estratégica
deste bairro, que nasce na encosta do Castelo e se estende até
ao rio Tejo, presume-se que nele habitavam homens de ofícios
destas três comunidades. Assim, se visitarmos Alfama mais em
pormenor, descobriremos nomes de ruas que exprimem múltiplas
actividades económicas: Rua dos Curtumes, Largo do Peneireiro,
Beco das 1000 Patacas, Beco da Adiça (mina de ouro), Rua do
Terreiro do Trigo, Rua do Jardim do Tabaco. De notar, os arcos
românticos, as pequenas igrejas rodeadas de jardins, as casas
senhoriais e populares com varandins de ferro forjado e
revestidas de azulejos.


Nas noites quentes de Junho,
toda a zona se anima.




(...) «E, em noites de Verão,
quando o luar consola



Põe ao peito a guitarra e a lírica viola»



Gomes Leal, in «Claridades do Sul»




São as chamadas festas dos
Santos Populares (12/13 de Junho).




- Largo do Chafariz de Dentro, já
no séc. XIV, ficava dentro das muralhas da cidade. Vira-se à
direita pela Rua dos Remédios.


- Rua dos Remédios, vários
portais manuelinos, entre os quais avulta o da Ermida do
Espírito Santo, mais conhecida por Ermida dos Remédios.


- Pátio das Flores (virando
à esquerda), casas revestidas com azulejos.


- Largo de Santo Estevão (no
cimo das escadas), Igreja reconstruída na 2ª metade do séc.
XVIII, panorâmica de Alfama e do Tejo.



- Beco do Carneiro, tão
estreito, que os telhados de duas casas se tocam.




Na continuação do Beco do
Carneiro segue-se pela Rua de S. Miguel até ao Largo de S.
Miguel.




- Igreja de S. Miguel,
reconstruída no séc. XVIII, com belas talhas.




Desce-se até ao Largo de S.
Rafael.




- Largo de S. Rafael, praceta
rodeada de casas do séc. XVII e vest´gios de uma torre da
muralha visigótica.


- Rua da Judiaria, pertencendo
ao antigo bairro dos judeus. Nela se encontram vestígios da
muralha visigótica e uma casa do séc. XVI com janelas
geminadas, além da Fonte do Poeta.




Em seguida,
passa-se por baixo do Arco do Rosário que vai Ter ao Largo do
Terreiro do Trigo, onde termina este nosso pequeno percurso por
Alfama.


Virando à direita,
segue-se pela Rua do Cais de Santarém e pela Rua de Alfândega.







  • Casa dos
    Bicos ou Casa dos Diamantes



    Cuja construção (ca.
    1523) obrigou a destruir, neste troço, a antiga cerca
    moura. Alcançou ressonância lendária pelos propósitos
    ostentatórios atribuídos ao proprietário (um filho de
    Afonso de Albuquerque, Vice- Rei da Índia), patenteados
    na extravagância da fachada virada ao Tejo,
    integralmente decorada com pedras talhadas em ponta de
    diamante. Os dois andares cimeiros ruíram com o
    terramoto de 1755. Interiores e exteriores foram
    recentemente reconstruídos no âmbito da XVII
    Exposição de Arte, Ciência e Cultura (1983).




  • Igreja da Conceição-
    Velha


    Da bela Igreja
    construída em 1520 sobre as ruínas de uma antiga
    Sinagoga judaica, só restam o portal e as janelas
    manuelinas (semelhantes às dos Jerónimos).
    Reconstruída depois do terramoto de 1755, assinala-se,
    no interior, uma das mais belas imagens de Nossa Senhora
    da Conceição (da autoria de Machado de Castro) e uma
    imagem de Nossa Senhora do Restelo, diante da qual e
    segundo a tradição se teria ajoelhado Vasco da Gama,
    antes da sua partida para a descoberta do caminho
    marítimo para a Índia.




Ladeando a Praça do Comércio
(pelo lado do Arco da Rua Augusta), segue-se pela Rua do Arsenal.







  • Câmara
    Municipal
    (do lado direito)



    Edifício do séc.
    XIX, de cujo varandim foi proclamada a República, em
    1910. O frontão que encima o edifício foi motivo de
    grande escândalo na época, pois as esculturas que nele
    se encontram foram consideradas um atentado ao pudor
    público. João de Deus, poeta do séc. XIX, escreveu
    alguns poemas, glosando a indignação geral suscitada.






(...) «Ó
mamã! Porque razão



Não anda o papá assim



- Porque não será Caim


Mas
também não é Adão!»


João
de Deus, in «Criptinas»




No meio da Praça,
ergue-se um Pelourinho do séc. XIX, construído por uma coluna
monolítica torsa, encimada por uma esfera.


Os Pelourinhos ou Picotas, que
se encontram espalhados por todas as cidades e vilas de Portugal,
surgiram a partir dos finais do séc. XII, geralmente em frente
do edifício da Câmara. Serviam de símbolo da autoridade
municipal e neles eram amarrados e punidos os criminosos.







  • Cais do
    Sodré
    (Praça do Duque da terceira)


    No centro da Praça,
    ergue-se uma estátua (1877) do Duque da Terceira (figura
    importante da Lutas Liberais), da autoria de Simões de
    Almeida. Do lado Sul da Praça encontram-se o cais
    fluvial para Cacilhas (na outra margem do rio Tejo) e a
    estação ferroviária para a Costa do Sol, zona de
    praias, entre as quais:






- Estoril, com o seu Casino com
jogo e atracções nacionais e internacionais.


- Cascais, com um porto
bastante pitoresco.




A Rua do Alecrim desemboca no
Largo de Camões.




- Estátua de
Camões, inaugurada no séc. XIX, constitui uma homenagem ao
maior poeta português (séc. XVI), autor de «Os Lusíadas»,
longo poema que narra a epopeia dos Portugueses, e de uma obra
lírica notável.







  • Chiado

    Zona comercial muito
    importante que tem como eixos principais o Largo do
    Chiado e as Ruas Garrett e do Carmo. Com alguns pontos de
    interesse, justificam o desvio que propomos:






Segue-se pela Rua Garrett.




- Igreja de Nossa Senhora da
Encarnação (do lado direito), reconstruída em fins do século
XVIII, por Manuel Caetano de Sousa.


- Igreja de Nossa Senhora do
Loreto (do lado esquerdo), com planta geral de Filipe Terzi, foi
reconstruída depois do terramoto. É de salientar, sobre o
portal, um grupo escultórico do italiano Horromini (séc. XVII).


- Estátua do Poeta Chiado
(séc. XVI), erigida no séc. XX, no Largo do Chiado.


- Café da Brasileira (em
frente), de grandes tradições literárias e culturais. Nas
paredes encontram-se quadros de pintores actuais: Manuel
Baptista, Hogan, Fernando Azevedo, Vespeira, Rodrigo, Eduardo
Nery, João Vieira, Noronha da Costa, que substituíram outros,
de gerações anteriores.


- Igreja dos Mártires,
reconstruída no séc. XVIII, por Reinaldo Manuel dos Santos,
sobre as ruínas de um templo do séc. XII. No interior, tecto de
Pedro Alexandrino, representando o agradecimento de D. Afonso I
à Virgem pela conquista de Lisboa.




Vira-se à direita e segue-se pela
Rua Serpa Pinto.




-Teatro Nacional de S. Carlos
(do lado direito), de finais do séc. XVIII, é o teatro mais
elegante da capital e nele têm lugar espectáculos de ópera e
bailado por companhias nacionais e estrangeiras.


- Museu Nacional de Arte
Contemporânea
(Rua Serpa Pinto, 6), instalado no antigo
Convento de S. Francisco da Cidade, foi reaberto ao público em
1980, depois de profundas remodelações. Constitui um bom
repositório de escultura e pintura da 2ª metade do séc. XIX e
início do séc. XX, sendo de salientar a sua colecção de
pintura romântica.




Regressa-se à Rua Garrett
descendo até à Calçada do Sacramento que nos conduz ao Largo
do Carmo.




O centro é ocupado por um
chafariz de 1796.




- Elevador de Santa Justa

- Convento do Carmo,
fundado por Nuno Álvares Pereira, no séc. XIV, mostra bem a
destruição causada pelo terramoto. É de estilo gótico e tem
75 m de comprimento e 22 m de largura. Actualmente, funciona como
Museu de Arqueologia, com uma boa colecção de esculturas,
inscrições, sarcófagos, restos de colunas, etc.




Durante os meses de verão,
realizam-se concertos musicais por bandas populares.




- Quartel do Carmo (anexo ao
Convento), daqui saiu, a 25-4-1974, o Presidente do Conselho de
Ministros, Marcelo Caetano, depois de Ter entregue o poder ao
General António de Spínola, na sequência da «Revolução dos
Cravos».




Subindo a Rua da Trindade,




Salienta-se no Largo Rafael
Bordalo Pinheiro, do lado direito, a casa onde viveu o maior
caricaturista português do séc. XIX, revestida de um painel de
azulejos originários da Fábrica da Bica do Sapato.




Vira-se à direita e segue-se
pela Rua Nova da Trindade




(Onde se situam vários
alfarrabistas).


Erguida sobre as ruínas do
antigo Convento da Trindade, funciona, desde 1936, uma cervejaria
de grandes tradições culturais:




- Cervejaria da Trindade, situada
no antigo Convento da Trindade, o interior encontra-se revestido
de azulejos do mesmo autor dos que vimos na Casa de Bordalo
Pinheiro- Mestre Ferreira das Tabuletas.





Chegamos agora ao
Largo Trindade Coelho.




- Misericórdia de Lisboa, as
Misericórdias são instituições de caridade, fundadas há
cerca de cinco séculos pela rainha D. Leonor, e que existem
espalhadas por todo o País. A cidade de Lisboa encontra-se
instalada no antigo Colégio dos Jesuítas que foi transformado,
no séc. XVIII, em casa de recolhimento de crianças abandonadas
e órfãs.




- Igreja de S. roque,
esta Igreja jesuíta, dedicada a S. Roque (santo francês que é
invocado contra a peste e as doenças contagiosas), foi
construída em finais do séc. XVI, com planos de terzi, no local
onde D. Manuel mandara edificar uma pequena ermida. O interior,
de uma só nave (na qual se abrem quatro capelas de cada lado),
apresenta uma notável decoração de mármores, talhas, pinturas
e azulejaria.




- Capela de s. João Baptista,
esta notável capela que se encontra no interior da Igreja, foi
mandada fazer em Itália por D. João V, em 1742 e foi trazida
para Lisboa em três caravelas, tendo aqui sido montada por
artistas italianos que a acompanharam expressamente. Considerada
uma obra- prima da arte italiana, obedece a planos de Salvi e
Vanvitelli e usa materiais preciosos tais como mármore, ágata,
lapis- lazulli, alabastro, jade, verde- antigo, etc. Suspenso da
abobáda encontra-se um magnífico lampadário de prata e bronze
dourado, cinzelado por Miglie.




- Museu de Arte Sacra (em
compartimentos ligados à Igreja),composto por várias peças de
ourivesaria (essenciais para o estudo da ourivesaria barroca),
paramentos, tocheiras, estatuetas e pinturas.




Saindo da
Igreja, segue-se pela Rua da Misericórdia, que ladeia o Bairro
Alto.







  • Bairro
    Alto


    Erigido em finais do
    séc. XVI, foi um bairro residencial da aristocracia,
    onde ainda se encontram algumas casas quinhentistas e
    vestígios de mansões nobres setecentistas e
    oitocentistas. Actualmente, um bairro típico habitado
    por populares, com os seus antiquários, restaurantes e
    tasquinhas típicas, casas de fado e uma vida nocturna
    muito característica.






Continua-se pela Rua da
Misericórdia e pela Rua de S. Pedro de Alcântara.




Solar do Vinho Do Porto (nº 45),
instalado num Palácio oitocentista, construído por Ludovice
para a sua residência, em 1747. Aqui pode saborear-se o
conhecido vinho do Porto, produzido na Região Demarcada do
douro, de diferentes colheitas e variedades.




- Instituto Português de Cinema,
instalado no mesmo edifício, no andar superior.




Jardim e Miradouro de S. Pedro de
Alcântara, boa panorâmica de Lisboa, Castelo e rio Tejo, que
nos recorda os versos de Baudelaire:




...Cette ville est ao
bord de l´eau



On dit qu`elle est batie en marbre.





Seguindo pela Rua D. Pedro V,
ladeada de alguns antiquários, atingimos uma Praça com jardim,
do lado esquerdo:




- Praça e Jardim do Príncipe
Real, com árvores seculares e dois monumentos: ao jornalista e
destacado republicano França Borges e ao arqueólogo Sousa
Viterbo.




Percorre-se a rua da Escola
Politécnica:




- Faculdade de Ciências (do lado
direito).


- Jardim Botânico (do lado
direito), dos finais do séc. XIX.


- Imprensa Nacional (do lado
esquerdo).


- Palácio dos Duques de
Palmela (um pouco mais à frente, do lado direito), dos finais do
séc. XVIII.




A rua desemboca do Largo do
Rato, donde parte a Rua Alexandre Herculano. Percorrendo-a e
virando à esquerda para a Rua Braamcamp, atinge-se a Praça
Marquês de Pombal, ponto de partida e chegada dos nossos
passeios.










A CIDADE NOVA




Início: Praça Marquês de
Pombal.









  • Bairro das Avenidas Novas

    Começado a construir
    no início do séc. XX, no prolongamento natural da
    Avenida da Liberdade, foi-se alargando por campos e
    quintais, sendo o actual Campo Grande um pálido
    vestígio de frondosa mata.




- Avenida Fontes Pereira de Melo
(1819- 87), segundo o nome do Ministro das obras Públicas,
Comércio e Indústria da Regeneração (1851- 68). Celebrizou-se
pelo empenhamento, parcialmente conseguido, numa política de
melhoramentos materiais (fontismo) com especial incidência no
domínio dos transportes: «Sarjou país de caminhos de ferro,
inundou-o com capitais estrangeiros» ( Oliveira Martins).
Contribuiu para a criação de condições que permitissem, entre
nós, o desenvolvimento do capitalismo industrial.




Sobe-se a Avenida e vira-se à
esquerda para a rua Pinheiro Chagas.





Casa- Museu Anastácio
Gonçalves, (do lado esquerdo), inaugurada em 1980 e instalada na
casa que servia de atelier ao pintor José Malhoa (1855- 1933).
Aí se podem admirar telas de pintores dos sécs. XIX e XX,
mobiliário, ourivesaria e cerâmica.




Algumas breves palavras sobre os
principais pintores que aqui se encontram representados:




- José Malhoa, autor de várias
paisagens de um cromatismo quase brutal foi o pintor português
que mais se aproximou do impressionismo.



- Columbano (1857- 1929),
proveniente de uma família de artistas, foi o maior pintor de
retratos do séc. XIX, que pintava na atmosfera fechada do
atelier.


- Marques de Oliveira e Silva
Porto, estes dois pintores foram bolseiros em França e foram os
promotores do naturalismo em Portugal.




Regressando à Avenida Fontes
Pereira de Melo, continua-se até à Praça.




Praça duque de Saldanha

No centro ergue-se uma
estátua (1909) do Marechal- Duque de Saldanha, figura militar
importante da 1ª metade do séc. XIX.




Desce-se a Avenida Casal
Ribeiro e, subindo pela Rua D. Estefânia (à esquerda)




Encontramos, do lado direito, um
pequeno jardim com estátua de Cesário Verde (poeta do séc.
XIX, autor de belas páginas sobre a cidade de Lisboa), da
autoria de Maximiano Alves. Um pouco acima, do lado esquerdo,
encontra-se um Museu, cuja visita reveste particular interesses
para os filatelistas.




Museu dos CTT (Correios,
Telégrafos e Telefones)


Com peças relativas à
história e evolução dos correios e dos telefones.




Virando à esquerda
e seguindo pela Avenida Praia da Vitória, atinge-se, de novo, a
Praça Duque de Saldanha. Continua-se pela Avenida da República
até ao Largo do Campo Pequeno.







  • Praça de
    Touros


    Inaugurada em 1892,
    ocupa uma superfície de 5000 m2, tendo o redondel 80 m
    de diâmetro. Com uma capacidade total de 8500
    espectadores, trata-se de uma construção de tijolos que
    revela uma nítida influência mourisca, assinalável nas
    janelas como nas cúpulas.






- Tourada à Portuguesa

A corrida de touros é
precedida pela entrada daqueles que nela tomam parte, a que se
seguem as «cortesias», isto é, as saudações às autoridades
e ao público em geral.




As touradas são geralmente
constituídas pela «lide a cavalo», a que se segue a «pega»,
em alternância com a «lide apeada».




Na «lide apeada», os «espadas»
ou «diestros» enfrentam o touro «desembolado» (com os chifres
sem qualquer protecção), fazem «passes de muleta» e, por fim,
simulam a estocada final. (Desde o séc. XVIII, não há, em
Portugal, «Touros de morte»).




A «lide a cavalo» atinge uma
maior beleza, em especial, quando o cavaleiro e cavalo (que
recebe um treino especial) constituem um conjunto único em que
há perfeita identificação entre ambos. O cavaleiro «cita» o
touro (que se encontra «embolado», isto é, com os chifres
cobertos), chamando-o e fazendo piruetas com o cavalo. Quando o
touro investe, o cavaleiro aproveita o momento exacto antes de se
afastar para cravar um par de «ferros» ou de «bandarilhas» de
cada vez- três pares de «ferros compridos» e três pares de
«ferros curtos» (que obrigam a uma maior aproximação do
touro). Quando termina a «lide a cavalo», entram os «moços de
forcados», que enfrentam o touro de mãos nuas e executam a
«pega», que pode ser «de caras» (realizada por oito
elementos) ou «de cernelha» (realizada por dois elementos). No
grupo de «forcados» integram-se indivíduos de várias
categorias sociais e mesmo os «meninos- família» dedicam-se
com prazer a esta actividade. Há alguns anos atrás, ficou
célebre um forcado português, Nuno Salvação Barreto, ao
enfrentar sozinho um touro, no filme «Quo Vadis».


No final da «lide», o touro
é «convencido» a abandonar a arena com o auxílio das
«chocas» e dos «campinos» (guardadores de gado bravo de uma
das regiões de portugal- o Ribatejo, que usam um barrete muito
característico).




As melhores actuações são
acompanhadas com música, a pedido do público e por decisão do
«inteligente» (nome dado ao director da corrida).




A partir do Domingo de Páscoa e
durante todo o Verão, têm lugar estes espectáculos de grande
beleza, em especial para os «aficionados» (nome dado aos
amantes das touradas), aos domingos (à tarde) e às quintas-
feiras (à noite).


Os preços dos bilhetes variam
consoante a sua localização:




- lugares de sombra- os melhores;

- lugares de sol/sombra- onde
o espectador é incomodado pelo sol, durante uma parte da
tourada;


- lugares de sol- os mais
baratos.




Merecem especial interesse, pela
sua espectacularidade, as «Touradas à Antiga Portuguesa», que
têm lugar em datas especiais, nas quais todos os intervenientes
se apresentam vestidos ao estilo do séc. XVII. Além disso, no
início do espectáculo, os «cavaleiros» entram no recinto
dentro de belas carruagens.






  • Museu tauromáquico (na
    Praça de Touros do Campo Pequeno, porta 4)


    Documentação sobre a
    história da Tauromaquia (em que avultam trajes, diversos
    tipos de bandarilhas, retratos, etc.) e desta Praça de
    Touros.




    - Palácio das
    Galveias (no ângulo SW do Campo Pequeno)


    Construído no séc.
    XVII, pertenceu aos Marqueses de Távora (perseguidos
    pelo Marquês de Pombal, foram executados na 2ª metade
    do século XVIII) e, mais tarde, aos Condes das Galveias.
    A Biblioteca Municipal Central funciona aí, actualmente.
    O interior é revestido de belos azulejos.




Continua-se pela Avenida da
República até Entre- Campos.




Monumento da Guerra Peninsular

Construído em 1932 pelos
irmãos Oliveira Ferreira, em homenagem os heróis da guerra que
pereceram durante as Invasões Francesas (1807-1813).




Uma variante
possível em relação a este percurso consiste em seguir pela
Avenida Estados unidos da América (à direita) até aos bairros
de Alvalade e Areeiro, que se desenvolveram a partir de 1945.







  • Campo
    Grande


    Extenso parque com
    grande variedade de árvores e onde, num pequeno lago, se
    pode passear de barco.






Continua-se pelo Campo Grande.




Museu Rafael Bordalo Pinheiro
(situado no Campo Grande, no nº 382)


Num edifício mandado
construir, em 1932, por Cruz de Magalhães, onde se podem
apreciar as obras de Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905). Nascido
em Lisboa, são as figuras e tipos da vida lisboeta que mais
interessaram o maior caricaturista e ceramista português, além
das figuras políticas da época. A sua criação mais conhecida
é o «Zé Povinho», «símbolo popular meio rústico e meio
urbano... do país e do povo que lhe deram o ser» (J. ª
França).




Contorna-se o Campo Grande.







  • Museu da
    Cidade


    Instalado num Palácio
    do Campo Grande desde 1979, documenta a história da
    cidade nos seus ambientes, paisagens, monumentos,
    lugares, tipos populares e personagens ilustres através
    de pinturas, esculturas, gravuras e azulejaria. O
    período presentemente exposto abrange três séculos,
    desde a Restauração da independência (1640) até à
    implantação da República (1910). Os diversos materiais
    em exibição estão agrupados por salas organizadas
    segundo uma sequência cronológica. No conjunto, o Museu
    proporciona-lhe múltiplas abordagens da cidade através
    dos tempos. De entre os mais interessantes e valiosos
    exemplares oferecidos à contemplação dos visitantes
    destacamos um óleo de Dick Stoop do séc. XVII
    representando o antigo Terreiro do Paço (actual Praça
    do Comércio); outro óleo de autor desconhecido
    retratando a Lisboa ribeirinha anterior ao terramoto de
    1755; um dos mais célebres retratos do Marquês de
    Pombal e as maquettes do Terreiro do Paço tal como
    este se
    configurou segundo o projecto pombalino; e ainda a
    maquette da estátua equestre de D. José I, erguida ao
    meio da Praça do Comércio, da autoria do próprio
    Machado de Castro. O Museu dispõe ainda dum vasto
    espólio que abarca desde a Lisboa arqueológica à dos
    nossos dias e cuja exposição, necessariamente faseada,
    se encontra em preparação.





  • Cidade
    Universitária






Construída nos anos 50, inclui,
principalmente:




- Faculdade de Direito (do lado
esquerdo).


- Reitoria e Aula Magna (ao
centro), onde têm lugar diversas manifestações culturais.


- Faculdade de Letras (do lado
direito).


- Relevos de Almada Negreiros.

- Estátua da autoria de
Martins Correia, escultor contemporâneo.




Segue-se pelo Campo Grande




Biblioteca Nacional (do lado
direito, para quem desce o Campo grande)



Edificada em fins dos anos 60,
alberga mais de um milhão de volumes e cerca de 11 000
manuscritos (que, em conjunto com os livros raros, constituem a
«Secção de Reservados»).




Passando, de novo, por Entre-
Campos, percorre-se parte da Avenida da República até chegarmos
à Avenida de Berna, onde viramos à direita. Na esquina da
Avenida de Berna com a Avenida Marquês de Tomar, ergue-se uma
igreja.




Igreja de nossa Senhora de Fátima

Inaugurada em 1938, foi
construída segundo um projecto de Pardal Monteiro que chama para
decorar o seu amigo Almada Negreiros (1893-1970).




Segue-se pela Avenida de Berna.






  • Fundação Calouste
    Gulbenkian


    Aberto ao público em
    1969, este espaço foi especialmente concebido para
    albergar a Fundação Gulbenkian. É constituído pelo
    Museu, Serviços Técnicos, um Grande Auditório
    (capacidade: 1300 lugares) e outro mais pequeno, salas de
    conferências e reuniões, salas de exposições
    temporárias e bibliotecas de arte. Nos jardins (uma das
    mais belas zonas verdes de Lisboa) encontra-se uma
    estátua de Gulbenkian.


    Este homem de
    negócios, de origem arménia, ficou conhecido como
    «senhor 5%», pois possuía 5% das acções de quase
    todas as companhias petrolíferas. Amador e verdadeiro
    coleccionador de obras de Arte. Da sua longa permanência
    em Paris, nasceu o seu interesse pela arte francesa 8a
    secção de pintura francesa do séc. XVIII é das mais
    importantes do Museu9 e o entusiasmo por René Lalique,
    cuja arte (integrada no período Arte Nova) motivou e
    impulsionou. («as 169 obras de René Lalique...»
    constituem um conjunto raro no mundo e documentam
    profusamente a expressão do estilo inovador do artista)
    (M. T. gomes Ferreira, in Connaisseur, Ag. 1971).




Pouco antes da sua morte (1955),
em Lisboa, Gulbenkian instituiu a Fundação e doou a Portugal
todas as suas obras, que deveriam ser reunidas para que pudessem
ser apreciadas pelo público.





Ao longo da sua existência, a
fundação tem dinamizado e apoiado diversas manifestações
artísticas. Actualmente possui uma companhia de bailado, uma
orquestra, 166 bibliotecas fixas e 62 bibliotecas itinerantes,
espalhadas por todo o País.


Merecem ainda menção o
Centro cultural Português da fundação Calouste
Gulbenkian de Londres de Paris (51, Avenue d`Iena) e a
Delegação da Fundação Calouste gulbenkian de Londres (98,
Portland Place).


Na decoração das zonas
públicas da fundação, encontram-se obras de artistas
portugueses contemporâneos- Almada Negreiros, Carlos Botelho,
Fernando Lanhas, João Cutileiro, Eduardo Nery, Noronha da Costa,
João Hogan, Júlio Resende, Júlio Pomar, etc. No átrio,
destaca-se a obra «Começar» (1968-69), de Almada Negreiros,
gravada numa parede de calcáreo, de 2,20 m x 12,90 m e que
«constitui uma das suas obras mais importantes, seu testamento
espiritual» (R. M. Gonçalves, in Pintura e escultura portuguesa
1940-80).




- Museu

Abrange valiosas obras da arte
egípcia, islâmica, extremo- oriental e europeia, da Antiguidade
do séc. XX. Destaque para Rembrandt (Palas Athenea), Guardi,
impressionistas.




- Centro de Arte Moderna

Inaugurado em 1983, compõe-se
de um Museu, um Centro de Documentação. Ateliers Experimentais,
uma Sala de Exposições, uma Sala Polivalente, Restaurante- logo
no hall de entrada está montado um serviço de apoio e
informação aos visitantes. A Arte Moderna portuguesa está
representada no piso principal, no superior a Pintura e Escultura
estrangeiras, no interior o desenho, a gravura, livros, etc. O
C.M. dispõe ainda de duas salas de projecção de filmes e
diaporamas dedicados à Arte Portuguesa desde 1911 e à Arte
Moderna em geral.




Saindo pela porta que dá
acesso à Avenida António Augusto de Aguiar vê-se,
sensivelmente em frente, um palácio.




Palácio Palhavã

Erigido em 1960 e restaurado
no séc. XIX, serviu de residência aos «Meninos de Palhavã»,
filhos naturais de D. João V. Actualmente, funciona como sede da
Embaixada de Espanha.




Percorre-se a
Avenida António Augusto de Aguiar e vira-se à direita.







  • Parque
    Eduardo VII


    Vasta zona verde que
    ocupa uma área de 161 000 m2 e que se encontra
    profundamente ligada à visita de dois monarcas ingleses:
    de Eduardo VII (1902) e de Isabel II (1957), que
    inaugurou as duas colunas que dominam o cimo do Parque e
    donde se alcança um belo panorama.







- Pavilhão dos Desportos (lado
esquerdo do Parque)


Este pavilhão foi construído
no Brasil para aí representar portugal numa exposição;
posteriormente foi desmontado e transportado para Lisboa, onde
foi, novamente, montado. Nele têm lugar competições e
exibições gimnodesportivas.




- Estufa Fria (do lado direito do
Parque)


Esta estufa que deve o seu
nome ao facto de não ser aquecida, foi aberta ao público em
1930. Ao longo dos seus 200 m, com uma cobertura de tiras de
madeira em vez de vidro (inspirada num sistema japonês),
dispõe-se uma grande variedade de plantas exóticas, cascatas,
riachos e pequenas pontes.




A Norte do Parque, localizam-se:




- Palácio da Justiça

Inaugurado em 1970.




- Penitenciária

Construída em 1874, por R.
Ferraz, segundo o modelo da prisão inglesa de Birmingham.




O Parque Eduardo VII oferece ainda
aos seus visitantes, para além das suas belezas naturais, duas
importantes feiras que se realizam durante o Verão:




- Feira do Livro

Durante os finais de Maio e
início de Junho, apresenta pequenos pavilhões onde se expõem
obras de autores nacionais e estrangeiros, que são vendidas com
descontos vários.




- Feira de Antiguidades.




Descendo o Parque, atinge-se a
Praça Marquês de Pombal.









Este trabalho, ainda não publicado
totalmente, foi gentilemnte cedido por Sandra Mello e não pode
ser utilizado para quaisquer fins que não a consulta sem o
consentimento prévio da autora.



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