* Victor Nogueira
Ao (es)correr da pena e do olhar
Aprender, Aprender Sempre ! (Lenine)
Allfabetização
Escrevivendo e Photoandando
No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e não me apetecia ir para o Mindelo. "Fechado" em Setúbal, resolvi escrever um livro de viagens a partir dos meus postais ilustrados que reavera, escritos sobretudo para casa em Luanda ou para a mãe do Rui e da Susana. Finda esta tarefa, o tempo ainda disponível levou me a ler as cartas que reavera [à família] ou estavam em computador e rascunhos ou "abandonos" de outras para recolher mais material, quer para o livro de viagens, quer para outros, com diferente temática.
.
Depois, qual trabalho de Sísifo ou pena de Prometeu, a tarefa foi-se desenvolvendo, pois havia terras onde estivera e que não figuravam na minha produção epistolar. Vai daí, passei a pente fino as minhas fotografias e vários recorte, folhetos e livros de "viagens", para relembrar e assim escrever novas notas. Deste modo o meu "livro" foi crescendo, página sobre página. Pelas minhas fotografias descobri terras onde estivera e juraria a pés juntos que não, mas doutras apenas o nome figura na minha memória; o nome e nada mais. Disso dou por vezes conta nas linhas seguintes.
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Mas não tendo sido os deuses do Olimpo a impor me este trabalho, é chegada a hora de lhe por termo. Doutras viagens darão conta edições refundidas ou novos livros, se para tal houver tempo e paciência.
VNquinta-feira, 30 de outubro de 2025
Textos em 30 de Outubro (2013 e 2016)
terça-feira, 28 de outubro de 2025
Cega-rega (2010 e 2013)
* Victor Nogueira
28 de outubro de 2010
boletim médico-meteorológico - Cavaco quebrou o tabu do segredo de polichinelo. É (quase) tudo para escavacar, mais nobre, menos alegre, nas urnas? . Como o tempo: cinzento, triste, frio e chuvinhento ! Fiem-se na Virgem e na Senhora de Fátima e óspois ...
Tercctos mal arrimados, de quatro no quarto
* Victor Nogueira
Quatro no quarto
São três os mosqueteiros
com d‘Artagnan o quarto
São três na divindade,
de quarto na Trindade,
São três os pastorinhos,
com André o quarto.
enquadrados nos degredos
Três térios tem o redondel
e o pagode a rabejar
no quartel a babujar
São três terços
no rosário
va-de retro, o falsário
Em desventura
três são os de Oliveira,
de quatro na sujeira
Em tercetos
falhos na quadra,
Rima que não rema
com azia a poesia!
Liberdade, Igualdade e Fraternidade
são lemas da Humanidade
temperados pelas três Graças;
a Paz entre os Povos e a Natureza
E viva o sal, com Sol, sem azar
nem estigmatizar.
E da oliveira, mil pombas de Picasso!
Mindelo 2025 10 27 /29
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Versão original
faz um desenho que ilustre o texto Quatro no quarto
São três os mosqueteiros
com d‘Artagnan o quarto
São três na divindade,
de quarto na Trindade,
São três os pastorinhos,
Com André o quarto.
São três os de Oliveira,
de quatro na desventura!
Em tercetos
falhos na quadra,
Rima que não rema
com azia a poesia!
E viva o sal, sem azar
E da oliveira, a pomba de Picasso!
Diz o chatGPT
Belo poema — tem um jogo lúdico e irónico com o número quatro e a ideia de incompletude. Antes de gerar o desenho, confirma-me uma coisa: queres que a ilustração siga algum estilo visual específico (por exemplo, iluminura medieval, vitral, xilogravura, modernista à la Picasso, ou outro)?
Posso propor duas opções:
-
Versão modernista (estilo Picasso / cubista) — alusiva à pomba, às figuras fragmentadas e à ironia poética.
-
Versão iluminura poética — um cenário alegórico com quatro figuras (mosqueteiros, pastorinhos, divindades, etc.) em composições simbólicas.
Qual preferes que eu faça primeiro?
ilustrações gerados por ineligênia artificial
A talhe de foi-se - Nenhuma das imagens" geradas pelo chatGPT corresponde inteiramente ao que pretendia como ilustraçao dos "teretos".
segunda-feira, 27 de outubro de 2025
Tratado das "independências" e dos pendentes (2012 a 2025)
* Victor Nogueira
O Expresso on line reservou aos seus assinantes uma peça jornalística sobre os "independentes" e os resultados das eleições autárquicas de 2025. Na peça inclui uma chamada para uma outra de 2024, dedicada a uma das independentes, com este aval e chancela sadinamente vitoriosa em 2025.
É um notável (auto)-retrato de Dores Meira, das "razões" políticas que invoca como fundamento da sua despartidarização e de como um ano depois acabou de sair vitoriosa, por uma unha negra em relação ao PS; num projecto de poder pessoal apoiado ao mais alto nível pelo PSD contra a estrutura concelhia setubalense deste pertido, cuja política a nível nacional (e internacional) não lhe causaram pruridos.
A talhe de foi-se - Afirmou Maria Dores Meira: "Pessoas livres e inteligentes não podem compactuar" com posições do PCP"
Um notável autorretrato que
poderá servir de prefácio a uma mais avantajada obra , do estilo "Um(a)
político/a confessa-se"
«Ex-autarca desfiliou-se do PCP e
volta à luta por Setúbal contra o antigo partido. Dores Meira não poupa nas
críticas às posições comunistas sobre política internacional., por Margarida
Coutinho, Jornalista (Expresso 29 agosto 2024 )
(...) Dos 48 anos na CDU, 15 foram à
frente da Câmara Municipal de Setúbal. Agora, Maria das Dores Meira quer voltar
a liderar o município, mesmo que isso signifique derrotar o próprio partido,
(…) e a equipa que esteve ao seu lado mais de uma década. A desfiliação do PCP
foi comunicada ao mesmo tempo que a sua candidatura independente à autarquia de
Setúbal — a 20 de julho numa publicação nas redes sociais —, mas Dores Meira
garantiu em entrevista ao Expresso que a saída “não foi de repente”. Apesar de
ter atribuído a desfiliação a “razões pessoais”, a ex-autarca não poupa
críticas às posições mais polémicas dos comunistas e ao trabalho feito pelo seu
sucessor (…)
“Apoiar a Venezuela? Uma
ditadura? Se o próprio partido comunista da Venezuela critica Maduro? Alguém
minimamente inteligente diz: ‘Mas para onde é que está a ir o PCP?’”,
atirou a candidata. Também em relação à Ucrânia, Dores Meira criticou a falta
de condenação do seu anterior partido e demarcou-se das posições dos
dirigentes. “Mas a Ucrânia não foi invadida? Dizerem que não houve
invasão? Pessoas minimamente livres e inteligentes não podem compactuar
com isto. De todo.” E acrescentou: “Isto é desinteligência de um
partido que, no mínimo, tinha este respeito pela paz, pela integridade do ser
humano.”
Apesar de ter ganho três maiorias
absolutas com a CDU (2009, 2013 e 2017) em Setúbal, a ex-autarca não receia que
os eleitores a associem a estas posições do partido. “Nunca apoiei as
posições do PCP sobre a Venezuela e a Ucrânia”, repetiu. Mais do que isso,
acredita que os setubalenses e azeitonenses vão voltar a confiar-lhe o leme da
autarquia em vez de reconduzir o atual autarca da CDU a quem aponta culpas pela “estagnação”
do município.
Maria das Dores Meira ganhou a
Câmara de Setúbal com maioria absoluta três anos [mandatos] consecutivos.
Apesar de o candidato da CDU ter
vencido as [anteriores] eleições [2021], não conseguiu manter a maioria
absoluta e viu o PS ganhar terreno (a CDU teve 34,4% dos votos, o PS chegou aos
27,7%). Para a ex-comunista, esta foi uma prova de que a lealdade do eleitorado
era para consigo e não para com a CDU. “Aqueles dois vereadores que se
perderam — a CDU perdeu um vereador para o PS e outro para o PSD —, não eram
votos da CDU, mas sim da Dores Meira”. De volta à corrida, a ex-autarca
mostra-se confiante com a vitória sem querer colocar como objetivo uma nova
maioria absoluta. “Vamos buscar votos não só à CDU, mas também ao PS e PSD.”»
~~~~~~ooo0ooo~~~~~~
«Ex-autarca desfiliou-se do PCP e
volta à luta por Setúbal contra o antigo partido. Dores Meira não poupa nas
críticas às posições comunistas sobre política internacional., por Margarida
Coutinho, Jornalista (Expresso 29 agosto 2024 )
Dos 48 anos na CDU, 15 foram à
frente da Câmara Municipal de Setúbal. Agora, Maria das Dores Meira quer voltar
a liderar o município, mesmo que isso signifique derrotar o próprio partido,
(…) e a equipa que esteve ao seu lado mais de uma década. A desfiliação do PCP
foi comunicada ao mesmo tempo que a sua candidatura independente à autarquia de
Setúbal — a 20 de julho numa publicação nas redes sociais —, mas Dores Meira
garantiu em entrevista ao Expresso que a saída “não foi de repente”. Apesar de
ter atribuído a desfiliação a “razões pessoais”, a ex-autarca não poupa
críticas às posições mais polémicas dos comunistas e ao trabalho feito pelo seu
sucessor (…)
“Apoiar a Venezuela? Uma
ditadura? Se o próprio partido comunista da Venezuela critica Maduro? Alguém
minimamente inteligente diz: ‘Mas para onde é que está a ir o PCP?’”,
atirou a candidata. Também em relação à Ucrânia, Dores Meira criticou a falta
de condenação do seu anterior partido e demarcou-se das posições dos
dirigentes. “Mas a Ucrânia não foi invadida? Dizerem que não houve
invasão? Pessoas minimamente livres e inteligentes não podem compactuar
com isto. De todo.” E acrescentou: “Isto é desinteligência de um
partido que, no mínimo, tinha este respeito pela paz, pela integridade do ser
humano.”
Apesar de ter ganho três maiorias
absolutas com a CDU (2009, 2013 e 2017) em Setúbal, a ex-autarca não receia que
os eleitores a associem a estas posições do partido. “Nunca apoiei as
posições do PCP sobre a Venezuela e a Ucrânia”, repetiu. Mais do que isso,
acredita que os setubalenses e azeitonenses vão voltar a confiar-lhe o leme da
autarquia em vez de reconduzir o atual autarca da CDU a quem aponta culpas pela “estagnação”
do município.
Maria das Dores Meira ganhou a
Câmara de Setúbal com maioria absoluta três anos [mandatos] consecutivos.
Apesar de o candidato da CDU ter
vencido as [anteriores] eleições [2021], não conseguiu manter a maioria
absoluta e viu o PS ganhar terreno (a CDU teve 34,4% dos votos, o PS chegou aos
27,7%). Para a ex-comunista, esta foi uma prova de que a lealdade do eleitorado
era para consigo e não para com a CDU. “Aqueles dois vereadores que se
perderam — a CDU perdeu um vereador para o PS e outro para o PSD —, não eram
votos da CDU, mas sim da Dores Meira”. De volta à corrida, a ex-autarca
mostra-se confiante com a vitória sem querer colocar como objetivo uma nova
maioria absoluta. “Vamos buscar votos não só à CDU, mas também ao PS e PSD.” (,,,)»
[destaques da responsabilidade do Expresso]
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