Em 13-01-2011 20:43, Paulo Lobarinhas escreveu:     
“Goios - a Páscoa numa                   aldeia                   minhota (1974)” 
Boa                 noite,
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Foi com                 enorme satisfação que li, há duas noites atrás, o seu                 relato sobre a Páscoa em                 Goios, aldeia de que sou filho e da qual tanto gosto.
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Em 1974                 ainda não tinha dois anos, contudo o relato deste dia de                 Páscoa faz-me recordar                 os “Domingos de Páscoa” da minha meninice. É verdade que                 os “Homens                 do Compasso” eram sempre os mesmos, Homens honrados da                 freguesia que                 tinham orgulho em visitar, com a cruz,                 os seus conterrâneos.  Pedia-se para São Pedro e São                   Paulo, para o fogo, o                 mordomo da Cruz era normalmente o tocador do sino, os                 meninos da campainha e da                 água benta eram, aos olhos das outras crinaças, uns                 privilegiados…
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De início,                 ao ver a fotografia pensei em duas                     outras Casas. Só                 ao ler o texto                 identifiquei que se tratava da “Casa do Vitorino”.
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Do seu                 Avô, recordo-me de ouvir falar em pequeno. O meu Pai                 fora seu amigo e                 contavam-se lá em casa muitas histórias de idas a                 desfolhadas com os “Irmãos                 Bitorinos”. O meu Pai e um Vizinho (ainda vivo) levavam                 nas suas                 motorizadas os “Irmãos Bitorinos” às desfolhadas para                 gáudio destes.                 São histórias muito interessantes para quem conhecia                 Goios.
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Quanto                 aos seus familiares, partilho da opinião de que os                 simpáticos já lá não moram. O                 seu Tio Zé, julgo que era assim que se chamava o Senhor                 de baixa estatura que                 eu cumprimentava sempre ao ir para a escola, era um                 Homem típico de Goios, à “moda                 antiga”. Quando ainda jovem participei numa comissão de                 restauro de uma                 casa da freguesia. Este senhor, com quem eu nunca falara                 antes, tratou-me de                 uma forma de tão correcta que não mais esqueci. O                 respeito pelos outros e pelos                 familiares dos nossos amigos era um valor de elevado                 para Homens como este.
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Conheci                 igualmente um primo seu que “mexia em                   electricidade”. Era                 um Homem prestável que ajudava os mais novos a construir                 o Presépio.
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Na minha                 primária, houve dois “Vitorinos” que foram meus colegas                 por um ou                 dois anos. Julgo que vivem em Minhotães.
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Quanto à                 restante família, conheci uma rapariga da minha idade                 que frequentava o secundário                 comigo, tinha vindo do Canadá e tenho um vizinho da                 minha Mãe, igualmente da                 minha idade a quem faleceu um irmão há uns anos.
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Gostaria                 de escrever sobre as “Memórias de Goios” pois julgo que                 há muita                 informação importante de uma geração, e das que                 antecederam, que se vai perder,                 contudo ainda não comecei a faze-lo.
Cumprimentos,
Paulo Lobarinhas
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|    Victor Nogueirapara Paulo |  | 
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Viva
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Grato pela sua carta e e memórias. Tenho algumas fotos dessa altura,     que poderei disponibilizar se nisso vir interesse, caso publique o     seu livro.
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Depois da morte do meu avô perdi  contacto com a família Barroso. A     casa que figura na foto era de dois primos meus, o Zé, folgazão, e o     Manuel, nada minhoto. Tenho mais família em Pedra Furada, mas também     perdi  contacto com ela.
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O meu avô era primo de D. António Barroso, que foi missionário em     Angola e Bispo do Porto, estando sepultado em Remelhe. Em tempos li     que em Remelhe deveria viver uma familiar minha, a quem saiu uma     pequena fortuna; estive para escrever-lhe  para tentar re-encontrar     a família mas o recorte da revista e o nome dela  perderam-se-me.
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Um abraço
Victor Nogueira
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