Allfabetização

Este postal é - creio - uma fotografia retirada dum dos dois filmes que há dias vi sobre as campanhas de alfabetização, as tais em que eu gostaria de ter participado em Agosto último se ... Esta cena do filme era comovente: uma mulher que até aí não sabia comunicar por escrito, conseguir fazê-lo. A procura das sílabas, o gesto hesitante, o voltar atrás para corrigir ou desenhar melhor a letra !!! Deve ser bestial um tipo descobrir que sabe ler, não achas? (1974)

Escrevivendo e Photoandando

No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e não me apetecia ir para o Mindelo. "Fechado" em Setúbal, resolvi escrever um livro de viagens a partir dos meus postais ilustrados que reavera, escritos sobretudo para casa em Luanda ou para a mãe do Rui e da Susana. Finda esta tarefa, o tempo ainda disponível levou me a ler as cartas que reavera [à família] ou estavam em computador e rascunhos ou "abandonos" de outras para recolher mais material, quer para o livro de viagens, quer para outros, com diferente temática.

.

Depois, qual trabalho de Sísifo ou pena de Prometeu, a tarefa foi-se desenvolvendo, pois havia terras onde estivera e que não figuravam na minha produção epistolar. Vai daí, passei a pente fino as minhas fotografias e vários recorte, folhetos e livros de "viagens", para relembrar e assim escrever novas notas. Deste modo o meu "livro" foi crescendo, página sobre página. Pelas minhas fotografias descobri terras onde estivera e juraria a pés juntos que não, mas doutras apenas o nome figura na minha memória; o nome e nada mais. Disso dou por vezes conta nas linhas seguintes.

.

Mas não tendo sido os deuses do Olimpo a impor me este trabalho, é chegada a hora de lhe por termo. Doutras viagens darão conta edições refundidas ou novos livros, se para tal houver tempo e paciência.

VN

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Letras empilhadas, ano após ano, em Novembro, 12, (re)colhidas em 2024

 * Victor Nogueira

12 de novembro de 2010  · 

Hip Hip Hurrah ! A Yolanda lembrou-se do seu esquerdista preferido mas imperfeito  🙂 Bjo e grato pela lembrança  e presente com bjos deste Kant_O à beira sado ancorado. Gosto deste teu quadro

12 de novembro de 2010  · 

Não sei como passou-me esta tua dedicatória, mas de qualquer modo já te havia dito que gosto desta tua nova fase na pintura, mais serena, mais alegre, mais tranquila. Bjo do Kant_O 🙂



12 de novembro de 2012  · 

Foto Victor Nogueira - Setúbal Cidade

Neste fim de tarde frio e de regresso a casa, vinha pensando em algo de parecido, isto é, nas pessoas  que me permiti amar supondo que me amavam. Mas não terei passado dum fogacho para quem em mim deixou uma profunda e indelével marca e para quem não fui senão o homem escritor que, satisfeita a curiosidade, logo foi descartado.

E pensando nesta tarde escura e fria, hesitava  literaturizar ou não.  

Ah! Mas sou incurável e continuo a confiar nas pessoas. Nuns dias tudo é leve, noutros tem o peso infundo das decepções. Mas não desisto, enquanto o meu coração ou  na morte encontre a serenidade e o esquecimento,

Judite Faquinha - Lindíssimo camarada e amigo Victor, temos algo em comum os nossos corações, eu também sou assim, mas não há antibiótico que nos cure, porque somos incuráveis, e não mudamos...beijokinhas querido camarada! Feliz noite com sonhos lindos... e uma feliz semana ❤

8 a


12 de novembro de 2013  · 

Clown jaune, por Bernard Buffet  ~~~~ 

1 . - Ah! O circo da minha infância, dos palhaços, sobretudo o "pobre", e das meninas contorcionistas (estive em menino apaixonado por duas delas, louras), dos/as trapezistas, com ou sem rede, e dos cavalos circundando o redondel. Hoje, hoje os circos são pobres, desfalcados, homens e mulheres de lantejoulas debotadas e dos sete-ofícios pk a crise é grande !

Mas naquele tempo eu queria seguir com o circo a percorrer o mundo. Ilusões, porque é dura a vida do circo, tanto mais quanto mais pobre ele for !  (2012.07.17)

2. - Depois, bem, depois a Feira de S. João, como a Santiago, deixaram de ter o encanto de outrora, tal como o circo, maravilha, delícia e alegria sempre renovada da infância. Hoje, do circo, gosto dos palhaços e dos ilusionistas, (embora nem sempre), ao contrário do que sucede nos programas que a TV por vezes transmite. (MMA - 1986.07.28).

~~~~~~~~~~

Margarida Piloto Garcia

Porquê?

11 a

Victor Barroso Nogueira

gosto desta pintura. É uma das que está numa das paredes do meu quarto. Mas não o original. Acho que a reprodução que tenho já vem de évoraburgomedieval e do quarto do estudante exilado. Mas não o original. 🙂

11 a

Editado

Victor Barroso Nogueira

aproveitei um breve intervalo na arrumação dos livros - já faltou amuito mais e com ajuda serie mais depressa LOL - Acabei de publicar mais uma nota da série domingo, Vou lancar e depois continuar a arrumação 😛

11 a

Editado

Victor Barroso Nogueira

Margarida Piloto Garcia - Acrescentei um texto a esta foto; já o deves conhecer doutras leituras

11 a

Margarida Piloto Garcia

Ok. Entendido. Adoro pintura mas devo dizer que esta, sem lhe contestar o valor, não está na lista das minhas preferidas.

11 a

Luisa Neves

A crise é grande e, quase, não temos palhaços. E X C E L E N T E x 2. ABRAÇO GRANDE.

11 a

Maria João De Sousa

Gosto! Também gosto desta tela!

11 a

Fatima Mourão

muito bonito ❤

11 a

Manuela Miranda

Eu costumo ir ao circo quase todos os anos. Mas quanto aos palhaços Victor Quanta gente anda disfarçada na rua de palhaço. Você Amigo fala doutra foto, eu não me lembra. beijinhos Obrigada.

11 a

Victor Barroso Nogueira

Manuela Miranda Há os palhaços do circo, que nos fazem rir, e há outros "palhaços" que nos fazem chorar lágrimas de sangue e são os manageiros do grande capital 🙂

11 a

Editado

Maria Jorgete Teixeira

Ai, o circo da nossa infância...❤

11 a

Graça Maria Teixeira Pinto

Gosto da pintura triste do B B

11 a

Isabel Dias Alçada

Nunca gostei de palhaços sempre me assustaram, mal eu sabia que um dia ía ser DESGOVERNADA por um ...... bjs amigo

11 a

Manuela Vieira da Silva

Sempre me fascinou e ainda fascina o circo, talvez porque nunca fui a nenhum, presencialmente, e na TV vê-se tudo em grande plano. Mas gosto sobretudo dos contorcionistas, ilusionistas, palhaços e trapezistas. São vidas difíceis a dos profissionais do circo, mas como artistas que são, penso que não a trocariam por nenhuma outra.🙂

11 a

Ruivo Alcobaça

Circo da infância versus circo da vida, sonho e realidade, duas faces da mesma moeda, que incessantemente temos de cambiar !

11 a

Margarida Piloto Garcia

Os palhaços nunca me fizeram rir. Não sou e nunca fui fã de circo. O único que gosto é o Cirque du Soleil e aí já estamos noutra dimensão.

E depois. ..a vida é cá um circo!

11 a

Editado

Donzilia Conceiçao

Eu também quando ia ao circo com os meus filhos ao ver os palhaços eu chorava, porque nunca me faziam rir e eu sempre pensava quanta tristeza eles teriam para fazer rir a criançada, muitas vezes me perguntava porque é que ia ao circo, só pelos filhos mesmo.

11 a

Viriato F. Soares

O circo da minha infância com a magia dos palhaços......ah mas quando levava os meu filhos ao circo...que saudades!

11 a

Judite Faquinha

Eu quando nos tempos de criança, ia ao< CIRCO> adorava ver os palhaços, tudo o que era exibido... e mesmo criança pensava como eles podiam sobreviver!!! Porque era o Circo Mariano, mas tinham pobreza! Muito que trabalha-sem não era considerado espectáculos de cultura não tinham qualquer apoio do estado... quando havia trabalhos de risco, como os trapezistas, como com animais, e eram trabalhos dignos de se ver... mas quem não gosta dos palhaços, deveria de ter visto um filme que eu vi!Titulo < O PALHAÇO QUE RI> Se chamava ele Duarte, foi há muito ano, eu tinha 14 anos... ele acabava a sua sena e ia para o seu camarim, jogava a roupa fora e limpava o rosto, num gesto de revolta, e chorava a bom chorar!!! E então vinha o dono do circo e lhe dizia, então Duarte!!! E ele respondia eu chorando por baixo deste disfarce... e não vejo a minha menina entre aquelas crianças, ela só tinha 8 anos e eu perdia para sempre. Escrevo tudo isto só para mostrar que os palhaços são seres humanos com seus dramas, e que também sofrem enquanto trabalham. Amiga Donzilia tens muita razão... estes são dignos e merecem o nosso respeito!!! A gora palhaços, que mereciam mortos são os que nos desgovernam, e que nos roubam a toda a hora. Obrigada camarada Victor desculpa-me de me estender!!! beijokinhas ❤

11 a

Judite Faquinha

Camarada igualmente para ti, boa noite e sonhos felizes!!!

11 a

Yolanda Botelho

Mágico este palhaço....

11 a

Elisa Fardilha

Preferia a foto verdadeira.

9 a

Victor Barroso Nogueira

Elisa Fardilha No circo sempre gostei do palhaço pobre 😛

9 a

Isabel Dias Alçada

Nunca achei piada aos palhaços por causa das bofetadas que o Rico dava ao Pobre chorava sempre tinha medo ... 😢

9 a

Editado

Elisa Fardilha

Nunca gostei de circo. OS palhaços "incomodam-me" por pensar sempre que por detrás dos risos forçados se esconde uma imensa tristeza!

9 a

Tereza Fardilha

Também partilho da tua opinião......nunca gostei de circo!!!

9 a

Viriato F. Soares

Lembro-me bem desses tempos mágicos, do circo na minha infância, obrigado pela partilha!

9 a

Maria Jorgete Teixeira

memories...

9 a

Ver tradução

Victor Barroso Nogueira

Elisa Fardilha Elisa Fardilha Para além doutros tímidos enamoramentos de adolescente por certas vizinhas minhas, estive "apaixonado" em menino por duas louras meninas contorcionistas de circos que actuaram em Luanda LOL Claro que hj encararia o trabalho delas como exploração do trabalho infantil. Como hj veria de outro modo as "habilidades" dos animais.

Mas os meus olhos deslumbrados de menino, como os da criança em o "Cinema Paraíso", de Tornatore, não são os meus de adulto. Mas o que me atraía no maltrapilho palhaço pobre, como maltrapilho e vagabundo era o personagem Charlot de Chaplin, era que apesar das bofetadas que recebia do bem vestido palhaço "rico", era que sobre este (como Charlot sobre a polícia ou o brutamontes) levava sempre a melhor

É um pouco como a história de Adão e Eva, a amaldiçoada. Eva teve sobre Adão um grande mérito; Abriu os olhos a Adão, questionou submissão de ambos a Deus, e fê-lo pensa e usar o seu racioínio. E os homens não lho perdoaram e amaldicionaram-na.

E elas, aceitaram a maldição e a subsequente submissão, passando a educar os seus descendentes uns para que as dominassem, outras para que aceitassem a submissão.

Claro que a realidade é mais complexa e na absurda guerra de sexos nunca se sabe quem domina e quem é dominado. É como aquele azulejo que se vê à vendas nas feiras "Cá em casa manda ele mas quem manda nele sou eu"

9 a

Editado

Elisa Fardilha

Há os que se dominam mutuamente sem que haja vencedor nem vencido...apenas dois infelizes...

9 a

Victor Barroso Nogueira

Elisa Fardilha Não há pior vencido (m/f) do que aquele ou aquela que não questiona a razão de ser da sua submissão e antecipadamene aceita a sua derrota (pensamentos de Victor Nogueira)

9 a

Elisa Fardilha

Ambos se podem sentir vencedores e não darem o braço a torcer...

9 a

Victor Barroso Nogueira

ora, ora, Elisa Fardilha Um dia falaremos. Agora estou gelado no Mindelo Ainda não estive para ligar o aquecedor LOL

9 a

Editado

Elisa Fardilha

Ok...beijinhos.

9 a

12 de novembro de 2013  

o domingo na poesia segundo vários escritores - 13 - o circo 01

o domingo ... e o circo - 01

* Victor Nogueira - Ah! O circo da minha infância  * Jorge de Lima - VALSA DOS CLOWNS  * José Régio - O circo * José Saramago - Circo * Cruz e Sousa - Acrobata da dor * Aldir Mendes / João Bosco ~ O Bêbado e o Equilibrista * Raúl Brandão - A morte do palhaço * Antero de Quental - No circo  * Horacio Ferrer - Soy un circo 

~~~~~~~~~~

Maria João De Sousa

Muito boa, como todas as tuas recolhas, esta colecção! Devo dizer-te que aquele poema do Saramago que fala do "bicho-coiso" me deliciou mais ainda do que os outros... porque sou muitíssimo bicho-coiso, eu própria... agora vou procurar uma tela do Seurat que se encaixaria à perfeição nesta tua publicação. Não sou pessoa que goste particularmente do pontilhismo, mas... admiro a originalidade e a teimosia de Seurat... obrigada!

11 a

Maria João De Sousa

Não sei se dá para abrir... https://www.google.pt/search?q=seurat&source=lnms...

seurat - Pesquisa do Google

GOOGLE.PT

seurat - Pesquisa do Google

seurat - Pesquisa do Google

11 a

Luisa Neves

Olá Victor, boa tarde! Sempre uma selecção de excelência! Obrigada pela partilha ABRAÇO GRANDE. 😉 ❤

11 a

Victor Barroso Nogueira

o circo, de Seurat - partilha de Maria João De Sousa 🙂

Nenhuma descrição de foto disponível.

11 a

Maria João De Sousa

Ahhhhh! Encontraste-o! 🙂

11 a

Maria Lisete Almeida

Grata Victor Nogueira pela partilha! Um baú inesgotável ... Parabéns!

11 a

Fatima Mourão

(Y)

11 a

Isabel Dias Alçada

😉

11 a

Donzilia Conceiçao

De facto Victor eu fico extasiada com tanta beleza, tenho três pessoas que eu amo tudo o que escrevem, és tu, a Maria João De Sousa, Maria Mafalda Nogueira, que mora em Setubal, ela também escreve poesia, prosa e pinta quadros lindos, a Maria João, a melhor sonetista que conheço deste século e do anterior, noutro País seria muito grande, aqui vai morrendo devagar, é por isso que choro ao ver os palhaços. Mas tu fazes até gostar do circo, mas não do circo destas bestas que nos desgovernam e nos estão a tramar a vida e nem pestanejamos. Gritamos!!! Mas somos poucos porque não temos coragem de dizer BASTA E A NOSSA VIDA PÁ. BEIJOS MEU QUERIDO AMIGO. COMO TE ENCONTRO EM SETUBAL?

11 a

Judite Faquinha

Victor, belíssimo trabalho... adorei, foi como se tivesse haver uma peça de teatro, sabes eu nunca fui ao teatro,não sei porquê!Mas penso se fosse esta peça que gostaria... e tudo começa pelo circo e um palhaço.Eu fico encantada como desenvolves toda uma historia... de paixões de amor de sentimentos e, ao mesmo tempo poemas de uma beleza estonteante maravilhosa, obrigada amigo Victor jinhos, e sonhos felizes!!! ❤

11 a

Ana Maria Madail

🙂

11 a

Maria Rodrigues

❤ obrigada Victor,um trabalho lindissimo,uma boa noite e sonhos bons,bjs.da sempre amiga (Y)

11 a


12 de Novembro de 2013

Claude Boyer
La valeur réelle de l'art est fonction de son pouvoir de révélation libératrice. Citations de René Magritte
13 a
Victor Barroso Nogueira
Merci. J'aime beaucoup Magritte
13 a
José Inácio Leão Varela
Belo ... que harmonia de cores...que paz...
12 a
Ver tradução
Maria Lúcia Borrões
<3<3<3
12 a
Luisa Neves
12 a
Maria Márcia Marques
As pessoas podem elevar-se e ser livres em qualquer espaço do universo....
11 a
Manela Pinto
bonito postal
10 a
Ver tradução
Maria Márcia Marques
A liberdade vive-se de muitas formas, mesmo olhando as nuvens do céu, sentindo a leveza e deixando-nos transportar no movimento...
10 a
Odete Maria Botelho
Lindo..e viva a liberdade amigo Victor..nada como ainda estarmos ativos para viver a nossa liberdade...pena não poder ser mais bem vivida...e termos de cortar as asas a mta coisa..por causa desta corja que nos goverma...mas enfim...vamos vendo...Beijinhos...um resto de dia feliz ❤
10 a
Margarida Ourives
Suave e lindo
10 a

 ~


José Malhoa - Verão de S. Martinho


Altar.mor da Igreja de S. Martinho do Porto (Foto victpr nogueira)


12 de novembro de 2014  

em torno de s. martinho ou as palavras são como ginjas, umas a seguir às outras

Quem não conhece o São Martinho, da castanha assada e do bom vinho? Conhecer, conhecer, talvez não, pois há muito que a ter existido se transformou em pó e cinzas.

Quem não se lembra dos homens das castanhas, com os seus “carros” ambulantes, puxados à mão ou atrelados a uma motoreta, com os  fogareiros fumegantes nas esquinas das povoações, vendendo-as em cartuchos cónicos de papel de jornal ?  "São quentes e boas!", entoam os/as vendedores/vendedeiras. Mas hoje em dia o preço das castanhas, muitas estragadas, está pela hora da morte. Enfim ... adelante.

Também há o Verão de S. Martinho, mas a tradição já não é o que era. Aqui nestes dias entre Lisboa e Setúbal o tempo tem estado frio, cinzento, chuvento, por vezes aguaceiroso. Com algumas abertas soalheiras, de sol de inverno, com céu azul coalhado de nuvens brancas. Bom para fotografias, incluindo o pôr-do-sol.

S. Martinho foi também imortalizado num célebre quadro do pintor José Malhoa, com vasta obra exposta num dos museus das Caldas da Rainha. E perto desta ficam Óbidos e o seu afamado e saboroso licor de ginja, que nada tem a ver com as mistelas dos supermercados. Já agora, Óbidos é uma encenação, pois a vila foi completamente arrasada pelo terramoto de 1755, que destruiu completamente inúmeras povoações da Beira Litoral até ao Algarve, muito, mas muito  para além de Lisboa. E perto desta vila, atravessando a serra do Bouro, desembocamos na povoação de S. Martinho do Porto e a sua “concha” lagunar. Aqui, numa das minhas eternas andanças e “peregrinações” de photoandarilho, encontrei a imagem dum cavalo branco num quadro em destaque no altar mor duma igreja. Bem, o cavalo está acompanhado de S. Martinho e do mendigo que seria Cristo, segundo reza a lenda. Como esta cena insólita uma outra, num altar da Igreja da Misericórdia duma vila Alentejana, num painel de azulejos, uma sereia de seios ao léu.

É verdade que outrora em muitas igrejas católicas havia representações escultóricas ou em quadros da Senhora do Ó, representado a Virgem com um seio desnudo amamentanto o Menino, mas esse culto foi proibido e muitas das representações destruídas, devido à "pudibundícia" e misogenia da Igreja Católica, seus sacerdotes e respectivas hierarquias. A tallhe de foice, é contraditório o culto e eudeusamento, idólatra,  católicos da Virgem Maria, que teria concebido por obra e graça do Espírito Santo, e a menorização e diabolização das mulheres, de carne e osso. Incluindo Eva, que em meu entender teve o enorme mérito de quebrar a submissão do homem e libertá-lo dos dogmas e questionarem o Mundo, o Bem e o Mal, incluindo Deus e a "ordem" divina, em si inquestionável. Uma vez mais .... adelante.


~~~~~~~~~~

Octávio Guedes Coelho - Obrigado pela belíssima partilha. Boa noite. Abraço amigo.
10 a

Clara Roque Esteves -Vítor, mais um excelente trabalho. Revela muita pesquisa, muita técnica na área da fotografia. Quanto à escrita...nada a acrescentar à minha opinião tantas vezes emitida. Cada trabalho teu é uma lição. A pedagogia é também uma arte, nobre como a literatura. Muito obrigada por cada pedaço de matéria que nos vais oferecendo, fruto das tuas viagens, andando ou estando sentado à tua mesa de trabalho. Um abraço grande.
10 a

Fatima Mourão - Obrigada pela partilha,beijinhos!!!!
10 a

Arminda Griff Gostei de ler... boas fotos.  
12/11  

Maria Natal Guerreiro É bom ler-te...!!! obrigada...!!!
12/11  

Carlos Rodrigues - Espetáculo de reportagem fotográfica e não só, aliás como de costume Victor, que terminaste com chave de ouro com o vídeo do Homem das castanhas de Carlos do Carmo e Ary dos Santos. Vou levar. Já agora acrescento que não entendi ainda muito bem porque razão os fogareiros de barro foram substituídos pelos de alumínio. Posso estar errado, mas se foi por razões ecológicas não vejo desde quando é que o alumínio é mais saudável do que o barro. Só mais uma nota acerca de São Martinho: Também eu nessa mesma Igreja Paroquial, em Martinho, fiquei meio aparvalhado a olhar para o cavalo branco e Santo no Altar Mor !... Nem o Dom Fuas Roupinho na Nazaré teve tal atrevimento, ficou-se por uma parede secundária. Enfim, eles é que sabem... Obrigado, um abraço.
10 a

Elsa Cardoso Vicente - Espectácular partilha, obrigada
10 a

Filipe Chinita - um grande abraço camarada pelo teu contínuo estado de criação.para o outro.
10 a

Maria João De Sousa - Muito boa partilha, Victor Barroso Nogueira! Obrigada!!!
10 a

José Eliseu Pinto - Na altura em que tiraram a fotografia já o Pires de Lima tinha saído para o parlamento.
10 a

Victor Nogueira - qual foto, José Elizeu Pinto ?
10 a

José Eliseu Pinto - A "foto" que dá pretexto a estes comentários, Victor. Esta, "tirada" pelo Malhoa.
10 a

Victor Nogueira - Ahhhhhhhhhhhhhhh Mas o lima é cervejeiro LOL
10 a

José Inácio Leão Varela - Obrigado Amigo Victor Nogueira....Abraço forte...
10 a

Isabel Maria - S. Martinhos para todos os gostos,comeste muitas castanhas? bjs
10 a

Victor  Nogueira - Não, Isabel Reis comi só duas ou três. Ninguém aqui do inFaceLock me convidou para partilhá-las É tudo pessoal muito reservado LOL
10 a

Milu Vizinho - Victor obrigado pela partilha ❤
10 a

Donzilia Conceiçao - Maravilha como só tu sabes fazer, obrigada beijinhos ❤
10 a




12 de novembro de 2014  · 

 
foto de Família - Luanda - Parque florestal da llha do Cabo 

Este parque florestal de acesso reservado tinha uma agradável praia, embora com alguns fundões, num dos quais ia morrendo afogado. Não sabendo nadar, em miúdo fui ao fundo várias vezes e qd pensava que já lá ficaria senti uma mão a agarrar-me o pulso, puxando-me para terra enquanto me dizia "Tiveste sorte, pois pensava que estavas a brincar." Com efeito, uma das brincadeiras  de alguns miúdos era esbracejarem, fingindo que estavam a afogar-se. E assim fiquei algum tempo estendido no areal da praia, respirando em grandes haustos.

Na foto os meus pais e duas amigas da família. À esquerda a D. Alice Quaresma e à direita a D. Noémia Castelo. A D. Alice era viúva dum capitão do exército. Conseguiu ser aprovada no exame de condução automóvel, após imensas tentativas malogradas, e eu comentava que lha haviam concedido por antiguidade. No dia seguinte convidou a minha mãe para dar uma volta, mas deve ter pregado grandes sustos pois a minha mãe disse-nos que nunca mais sairia com ela ao volante. Já em Portugal, depois do 25 de Abril, a D. Alice comentava-me que não percebia como eu conseguia ler tantos jornais por dia, pois ela lia uma página e ficava cansada, que ler tanto me fazia mal à minha saúde.

A D. Noémia Castelo era das mais idosas no grupo de que a minha mãe fazia parte, conjuntamente com a minha madrinha Cristina Santos.  A D. Noémia era uma pessoa muito alegre, casada com um engenheiro, salvo erro de máquinas, que se formara na Grã-Bretanha – o Jorge Castelo – uma figura notável pois era uma raridade em Luanda, sempre de calções e meias brancas até ao joelho, muito “british.” numa cidade onde os ingleses não exerciam influência cultural, mas sim a França, o Brasil e os EUA. Nessa altura havia um cine-teatro onde também havia sessões de ópera e de variedades, o Restauração, com restaurante-bar-dancing. Pois uma vez o porteiro tentou impedir a entrada do Engº Castelo, por este ir de de calções, traje considerado  inapropriado. Enfim ...

Na roda de amigas havia rotativa e semanalmente um lanche na casa de cada uma, juntando também a criançada. O Engº Castelo era especialista em enormes bolos de gelatina, tremulizantes e multicoloridos. Viviam numa casa, na avenida Brito Godins onde se situava o Liceu Salvador Correia, com um grande quintal com criação e dois esqueletos completos e em tamanho natural no escritório, que eu ia ver às escondidas. 

Na semana do lanche em nossa casa era uma festa, a minha mãe com um arsenal de garrafinhas cada uma com seu corante ou gosto (essência) e nós a raparmos as formas dos bolos e dos biscoitos ou a comermos à sucapa o fiambre, com um sabor delicioso que já não lhe encontro.

Neste grupo algumas eram apenas domésticas, como a Bia, a Beatriz ou  D. Noémia, outras exerciam uma profissão, como a Laura, a Maria Arnalda ou a minha mãe.

A convivência em Luanda era muito mais aberta  e descomplicada, com grandes grupos  em convívio aos fins-de-semana para a praia ou para as esplanadas na Ilha ou no Baleizão [casa onde se vendiamm hgelo e sorvetes, estes vendidos também pelas ruas em carrinhos ambulantes - "baleizão" fico a designação genérica dos ... sorvetes], bebendo cerveja [Cuca, Nocal], Coca-Cola [proibida em Portugal] ou refrigerantes [Canada Dry, Fanta .... ] acompanhados de camarões que eram fornecidos gratuitamente, (equivalentes dos tremoços que outrora acompanhavam as bebidas em Portugal)   ou aos sábados à noite para o cinema ou às "boîtes" (que eram os salões de dança, de "dancing"  e não de engate como sucede em Portugal).´

E para terminar, uma descrição minha dum dia no Parque Florestal da Ilha do Cabo

1. - Parque Florestal da Ilha do Cabo (Luanda)
1963/64

Ouve-se o marulhar das águas. Além, um tractor. No mar [na baía] um barco evoluciona e as gaivotas mergulham pescando. Um barco de guerra entra na baía. É o F331. Uma criança chora. Provavelmente alguém desabafou a sua fúria sobre ela. Mas o ruído predominante é o do marulhar das ondas. A temperatura ideal seria a de agora. Ali os trabalhadores pousam as pás à sombra de um pinheiro. Lá longe, do outro lado, a chaminé da SECIL [fábrica cimenteira] deixou de lançar para a atmosfera o elegante penacho de fumo branco. Mas, será que está trovejando? Eis que uma breve aragem faz com que as folhas das palmeiras entrem nesta sinfonia da natureza. Não, aquilo deve ser um avião e não a trovoada. Mas parece estar sempre no mesmo sítio. Através dos pinheiros, naquela curva, divisa-se ainda o navio de guerra. Nesta sinfonia há instrumentos que não consigo identificar. Que paz, nada de yé-yés; só, completamente entregue à contemplação desta maravilha, sempre diferente, que é a natureza.

Os pescadores acabam de puxar o dongo [canoa, piroga] para a praia. O Zé come pão-de-ló. Hoje resolveu ocupar o meu lugar de comilão mor. Duas gaivotas, elegantes na sua alvura, passeiam à beira-mar. Aquele barco ancorado dança vagarosamente ao sabor das ondas. Gostaria de poder descrever isto tudo, não em prosa, não em verso, mas musicalmente.

Notas finais: lado negativo: moscas, praia suja, água fria. 

in CENAS DO QUOTIDIANO 1 - https://www.facebook.com/notes/victor-barroso-nogueira/cenas-do-quotidiano-1/10152322144564436

~~~~~~~~~~
Fatima Mourão
obrigado pela partilha ,beijinhos !!!!
10 a
Editado
Milu Vizinho
Camarada Victor tu és excepcional, li tudo e gostei. até amanhã camarada Bjs ❤
10 a
Clara Roque Esteves
E mais uma vez regressei ao meu passado africano através da tua crónica. Não conheço o local onde decorreu o teu pseudo-afogamento. Mas as relações de amizade em África , que sempre envolviam passeios mais ou menos longos, picnics e lanches ajantarados marcaram muito a minha maneira de viver ainda hoje. Só quem viveu aquele mundo me entende e tem idêntico comportamento. Gostei da partilha, Vítor. Obrigada. Um abraço grande.
10 a
Silvia Mendonça
Fotos antigas resgatam memórias. Grata por compartilhar.
10 a
Octávio Guedes Coelho
No meu tempo de Luanda (55 em diante) frequentava a "Floresta" como se chamava na altura. Os carros podiam entrar mediante o pagamento duma taxa e atravancavam essa mesma estrada de terra batida. A sombra dos coqueiros, a praia, e o mar a beijar-nos os pés. Por preguiça e esquecimento ainda não mandei a letra da marcha da Maianga (do que me lembro) e de outras, como da Ilha, da Praia do Bispo, São Paulo... Um dia destes vão. Obrigado por todos os belíssimos textos partilhados. Alguns são autênticas preciosidades, de recordações já esbatidas. Abraço amigo e reconhecido.
10 a
Deolinda F. Mesquita
Excelente, gostei imenso. Muito obrigada, Victor.
10 a
Alice Coelho
(Y)
10 a
Isabel Dias Alçada
Feliz dia meu querido amigo , beijos e obrigada por estas belas partilhas ....
10 a
Margarida Piloto Garcia
Gostei imenso deste teu relato Victor. Não tendo eu raízes africanas, sinto algo disto nos pulsos tal como sinto nas veias as planícies ou as ravinas onde não nasci.
10 a
Ed Wisener
Wonderful story Victor, I would like to write a story of my young days, but it would not be as interesting as my memory is not as good as it use to be. Thank you.
10 a
Ver tradução
Maria Jorgete Teixeira
gostei destas memórias( a fazer lembrar as que eu própria tenho de África) contadas de uma forma exímia, mas contida, na certa medida para prender a atenção do leitor.
10 a
Editado
Elsa Cardoso Vicente
Excelente obrigada
10 a
Graça Maria Teixeira Pinto
Como a Margarida, nada sei de África e estas memórias fazem-me de certo modo penetrar num mundo que pelo que vejo, era quase mágico.🙂
10 a
Editado
Victor Barroso Nogueira
Graça Graca Maria Antunes Sim seria mágico para alguns, de trevas para muitos, por isso houve a revolta que levou à guerrra colonial. Sim, mas quem viveu em África dificilmente se habitua à pequenez mesquinha e cinzenta, sem generosidade, em que Portugal voltou a mergulhar após o breve interregno do chamado PREC LOL Bjos
10 a
Editado
Graça Maria Teixeira Pinto
Independentemente do resto, falo, claro dos que tinha privilégios e vidas agradáveis, que deduzo, seria o teu caso...
10 a
Graça Maria Teixeira Pinto
Tinham
10 a
Maria Rodrigues
Obrigado Victor pela partilha, lindo ❤
9 a


12 de novembro de 2016  · 
 
sobre a reutilização de manuais escolares contra a corrente do "use e deite fora"
 
Percebe-se que a Porto Editora e a Leya  defendam a sua galinha dos ovos de ouro que são os manuais escolares. È comovente a sua preocupação pelo eventual encerramento de 1 600 livrarias locais e independentes,  “um sector de actividade fulcral para a economia do conhecimento”. Os dois gigantes preocupados com a "economia do conhecimento" (sic) e com a "sobrevivência" de 1 600 livrarias "independentes" ? Há quem seja ingénuo para neles acreditar ? Acreditar em oligopolistas que fazem do ensino e da educação negócio ? Oligopolistas que guilhotinam livros e literatura em armazém em vez de "oferecê-los" à comunidade ?

Mas as questões que eu levanto são outras. Uma coisa é a partilha de livros, seja pessoal, seja pelo acesso a bibliotecas públicas ou escolares. Ou, vá lá, disponibilizando e-books. Outra é a descartabilidade. Um livro, seja ou não de estudo, é de uso pessoal, faz parte ou poderá fazer parte duma biblioteca pessoal, Um livro é ou poderá ser algo que se estime ou venha a estimar, que se usa ou a que se aceda sempre que necessário. Para reler ou para relembrar. Para consolidar conhecimentos. Para fruir do prazer da leitura e do saber. Ou para partilha voluntária e solidária.

Mas para a PE e a Leya (cujo negócio é  acumular cifrões) ou para o Governo isso é irrelevante. E parece-me que em nome da "igualdade" e da "democracia" o que a medida do Governo introduz é uma nova fonte de discriminação: para uns, os "carenciados", livros com marcas de uso, para outros, os "privilegiados", livros novos que a bolsa  dos papás pode suportar. 

Entre o  "livro único" e o livro "usado"  não haveria outras medidas que o Governo pudesse implementar que facilitassem o acesso dos estudantes do ensino obrigatório ao contentamento e à cultura, conjuntamente com o "amor" aos livros ? Contra a corrente do "use e deite fora" ?
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Porto Editora e Leya bloqueiam acordo sobre reutilização de manuais
BÁRBARA REIS  12/11/2016 - 09:44
A expectativa era que do grupo de trabalho saísse um relatório com recomendações sobre a implementação concreta da reutilização dos manuais em toda a escolaridade obrigatória.





12 de novembro de 2016  · 
 
foto victor nogueira - os diospiros que do quintal dele me ofereceu o vizinho Alcino. Ainda não provei, 

Algumas pessoas amigas dizem-me que adoram e uma recomendou-me que os comesse apenas quando bem maduros, o que é o caso de dois deles. A minha tia Lili diz que não gosta. Depois darei a minha opinião. A foto foi tirada com o velho Nokia.

A tarde continua pluvinhenta, cinzentonha e gélda. De vez em quando uma desgarrada ave atravessa os ares e não ouço os aviões. Falai no mau ... e lá ouço um muito longínquo, o som abafado.

Amanhã, se o domingo estiver soalheiro, irei deambular pelo Porto. Talvez compre castanhas para cozinhar..

"Quentes e boas" era o pregão, dos triciclos às esquinas no Porto, em Setúbal ou em Lisboa, com os fogareiros de brasas, o fumo enovelando-se, a mercadoria entregue em cones de papel de jornal. 

Como eu gosto delas, cozidas ou assadas e quentinhas  Hoje as castanhas assadas vendidas pelas ruas são caríssimas e muitas delas estragadas.

~~~~~~~~~~
Elisa Fardilha
Adoro. Como-os super madurinhos à colher.
8 a
Responder
Carlos Barradas
Ontem comi duas dúzias de castanhas, só para mim! Aviei bem o São Martinho!!!
8 a
Responder
Victor Barroso Nogueira
Aviaste a seco, sem água-pé para não perderes o pé ?
8 a
Responder
Carlos Barradas
Bebi um tinto da Cartuxa Fundação Eugênio de Almeida
8 a
Responder
Victor Barroso Nogueira
Carlos Barradas Ah! Já visitei a Caruxa nos idos de '70 lá em Évora e de vista conheci o Conde de Vilalva, que financiava o ISESE. Mas foste comedido nas libações 🙂
8 a


12 de novembro de 2017  · 
 
Olho pela janela e tudo parece de calmaria: o silêncio, o céu azul, as raras nuvens brancas, o verde brilhante dos campos, mais escuras as árvores, altaneiras  ou não, na linha do horizonte. 

E o sol, ah, tenho de falar do sol, que tudo enche de coralegria e de claridade. 

Mas .. a calmaria é aparente, pois – lá fora no quintal - as roseiras e a árvore da borracha oscilam doidamente em constante vaivém, impulsionadas e agitadas pela brisa. Raros pássaros, não em bandos alvoreados, passam rapidamente para lá da janela.

Não é só a Lua que no Hemisfério Norte é mentirosa, mas também este outonal sol de inverno, que não aquece mas gela e arrefece. Para quem tiver lareira ou braseira, fica o agasalho do borralho e a dança crepitante das chamas. 

Agasalhem-se, pois, mas vou arrostar o frio à beira-mar ou à beiro rio, em Vila do Conde, que não é vila mas, na verdade, e à janela, uma singela cidade. Quem me acompanha ?



 12 de novembro de 2018  · 
 
foto de família - Não me lembro de esta foto do Natal de  1969 foi em Matosinhos ou na Póvoa de Varzim, A malta daquele tempo em Évora diz-me que esta minha gabardina branca - eram sempre  brancas - era inconfundível no burgo medieval, in illo tempore


Isabel Magalhães
Foi na Póvoa Varzim.😊
6 a


Victor Nogueira - Isabel Magalhães Aqui tens o 2 cv, em Maio de 1963, na Póvoa de Varzim.
Nenhuma descrição de foto disponível.
6 a
 
Isabel Magalhães - Esta era a do meu pai?
6 a

Victor  Nogueira - Não te lembras ? Ou tu ou a Teresa estão a espreitar na janela traseira
6 a
 
Isabel Magalhães - Pareço eu de facto, mas não me lembro desta foto.
6 a
 
Victor  Nogueira - Ampliando confirmo que és tu

Qualquer dia faço um museu virtual com os carros que a minha família teve a partir das fotos Se os tivéssemos todos guardados e em bom estado ainda valiam uma fortuna LOL
Ainda existe o Museu do Automóvel aí na Maia ?
6 a

Isabel Magalhães - Também gostaria de ter. O museu da Maia já não existe à muito tempo, mudou, mas ninguém sabe para onde. Porém, os colecionadores por vezes dão uma volta com eles, aqui pela Maia.
6 a

~~~~~~~~~~.

Margarida Piloto Garcia
As palavras não agasalham sem o fogo de um abraço. 🙂
7 a
Responder
Maria João De Sousa
Obrigada pela partilha e pelo convite, Victor Barroso Nogueira, mas eu já estou quase em hipotermia,aqui mesmo, dentro de casa... abraço amigo!!!
7 a
Responder
Mia Pires Griff
Frio por aqui qb,meu querido.Mas gosto.Sabe melhor o "agasalho".Beijiocas ❤
7 a
Responder
Graça Maria Teixeira Pinto
Tb gosto do frio, Victor! Com ou sem lareira...
7 a
Responder
Cecília Barata
7 a
Responder
Carlos Barradas
O pior frio é o da insensibilidade das instituições e da EDP e do Mexia o pior chulo de Portugal que nos obriga a pagar a electricidade mais cara da Europa!!
7 a
Responder
Carlos Barradas
Isso é que nos gela !!!
7 a
Responder
Milu Vizinho
Está muito frio Victor, obrigada peka partilha. ...Um abraço
7 a
Responder
Maria Lisete Almeida
Grata pela partilha Amigo Victor Nogueira. Tão triste ... Quantos idosos e crianças estarão tiritando de frio, por não terem meios de aquecer e agasalharem devidamente ???
7 a
Responder
Geninha Cid
Sabes quanto tenho este mês de luz 185 euros !
7 a
Responder
Carlos Barradas
Depois os velhos e os mais necessitados para pouparem na electricidade acendem as braseiras dentro de casa e morrem por inalação de monóxido de carbono!! Portugal no seu melhor!! Ainda persiste a máxima salazarenta de que Portugal é um país de clima ameno e temperado!!
7 a
Responder
Editado
Ana Albuquerque
(y) 🙂
7 a
Responder
José Manuel Candeias
Vou agora do calor para o frio. Sem entusiasmo nenhum.
7 a
Responder
Manuela Vieira da Silva
Está mesmo frio 🙁
7 a
Responder
Rosa Marques
Com toda a razão para onde vão os milhões da Isabelinha?
7 a
Responder
Alice Capela
Beijinho querida amiga Lu+isa Neves envio-te desejos de Felicidades e Parabéns pelo teu aniversário. Seguem atrasados mas os amigos desculpam sempre qualquer coisinha!...😊 ❤ 😊
7 a



segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Letras empilhadas, ano após ano, em Novembro, 11, (re)colhidas em 2024

ª  Victor Nogueira


11 de novembro de 2011  · 

Reedição - 

Fechado para balanço na corda bamba e no fio da navalha , escrevendo para nenhures e toda a gente e ninguém, o perpétuo equilibrista ou malabar(t)ista do verbo bordejando a chama, em suas escribaduras também conhecido como João Bimbelo e João Baptista Cansado da Guerra, i.e., juntando Deus e o Diabo ou o vinho e o azeite ! 


Cântico Negro, de José Régio

11 de novembro de 2012  

Cartoon - Quino

"Vamos brincar à caridadezinha" - José Barata Moura (gravação original de 1973)

~~~~~~~~~~

Esmeralda Cardoso E Silva - Palavras de Santa tia jonet dos pobrezinhos .

Esta gente não presta .

12 a

Maria Rodrigues - gostoooooooooooooooooooooo,muito bem ditooooooooooooooooooo

12 a

Carlos Quaresma - esta gaja ISABEL XONÉ: devia de ter VERGONHA e demitir-se não está a altura do cargo mas sim ao serviço dos canalhas do PS/PSD/CSD. TODOS há GREVE GERA dia 14

12 a

Maria Célia Correia Coelho - Esta é a chamada "caridadezinha", mtº pequeninaaaa!!!

12 a

Odete Maria Botelho - Essa Jonet deve ter um forte atraso mental..Devia era ser demitida...mas neste pais..tudo é possivel...Um beijinho amigo Victor..Feliz Domingo<3 ❤

12 a

Judite Faquinha - Vistam-lhe um fato militar Alemão coloquem-lhe um bigodinho á hitlér... e vejam como ela fica!!! HÓ, Esqueci do boné!!!

12 a

11 de novembro de 2012  · 



Foto Victor Nogueira - Guimarães - Paço Ducal

O apoio de Nun'Álvares Pereira (filho secundigénito) ao Mestre de Avis (filho bastardo real e candidato ao trono real) foi bastante frutuosa. Com efeito, se o chamado "Santo Condestável" se tornou mais rico que o futuro Rei, casando um seu filho com uma filha bastarda deste, deu origem à mais rica e poderosa casa nobre que havia de governar Portugal a partir de 1640, até à implantação da República em 1910.

Muito ricos tinham ser os Condes de Barcelos e Duques de Bragança que depois se tornaram reis, possuindo palácios, igrejas, propriedades agrícolas e tapadas por todo o território continental

Esta foto é de finais do século XX e hoje as árvores estão mais crescidas e tapando o edifício.

Quando visitei este palácio não sei se em 1963 se em 1968, os guias de então (não poucas vezes já idosos) tinham o discurso engatilhado e memorizado; se lhes fazíamos uma pergunta não sabiam responder e recomeçavam o discurso desde o início, o que era uma enorme seca.

Desta feita, no final de 2014 não visitei o Palácio, pois as entradas eram muito caras para um grupo de 4 pessoas adultas.

~~~~~~~~~~ 

Deolinda F. Mesquita - Obrigada Victor, Guimarães aqui tão perto, já lá fui várias vezes.... e não conheço. Vou desafiar a Manuela Miranda para uma visita a Guimarães nos próximos meses, uma boa noite. beijos

12 a

Victor Nogueira  Deolinda Figueiredo Mesquita Embora pequeno, o Centro Histórico de Guimarães seduziu-me, mais do que o castelo ou o Paço Ducal, embora tenha gostado deste. Só que as "reconstituições" no tempo da outra senhora "criaram" edifícios que nada têm a ver com a traça original. 🙂

12 a

Deolinda F. Mesquita - Vou lá e vou trazer fotos para colocar aqui, não lembro isto Victor Nogueira. 🙂

12 a

Ana Estrela - é verdade Victor Nogueira, têm-se perdido muito património histórico á custa da urbanização; acho k, finalmente hoje se começa a dar valor ao k o tem

12 a

Manuela Vieira da Silva - Pergunta a minha ignorância que tipo de utilização tem este monumento? É tipo museu? Ou há outras actividades? O património deve ser preservado, tal qual a sua traça original, mas acho que se deve dar alguma utilidade, como exposições, eventos culturais ou outros. Seria gratuito em nome da cultura, já que teria sempre preservação.

12 a

Victor  Nogueira - Manuela Silva - Para além de recepções do Estado, funciona um Museu 🙂

12 a

Manuela Vieira da Silva - Pois, é assim. Pelo menos não pagam hotel à custa dos contribuintes.

12 a

Luisa Neves - Lindíssimo! Obrigada pela partilha. Abraço. 🙂
12 a

Isabel Maria - Obrigado por partilhares uma foto dum património que não conheço...muito lindo.
12 a

Terezinha Malheiros Lemos Peixoto - Lindíssimo. Não conhecia. Vou partilhar esta nossa preciosidade
11 a

11 de novembro de 2012  · 

O poeta é um fingidor e não pode dizer senão que traz consigo o peso de todas as pessoas que tem conhecido, sobretudo daquelas que na realidade e não apenas virtualmente corresponderam e o acompanharam em momentos mais ou menos breves da sua vida, de todas as terras, estradas e calçadas que tem percorrido, das pessoas de quem, para além da escrita, conhece a voz única no meio de todas as outras, ou sentiu a mão no ombro, a carícia no rosto ou nos cabelos, o ajeitar do seu kispo, o gesto físico de amizade, carinho, afecto e solidariedade verdadeiras. De quem não lhe cerrou portas e janelas. Tudo o resto são apenas palavras, poeira, ilusão e solidão ! Cada vez maiores ! Mas o poeta ah ! o poeta, esse é sempre um fingidor e o mundo um imenso palco ! 

~~~~~~~~~~



11 de novembro de 2013  · 

Em Braga  PS vota a favor da manutenção da estátua ao cónego Melo 

Como poderia o PS votar pela não homenagem ao cónego Melo se o PS/Mário Soares em 1975 esteve aliado á rede bombista do ELP/MDLP/Spínola e à Igreja Católica/Cónego Melo &  Cia para pôr o Norte a ferro e fogo com assaltos, bombas e mesmo assassinatos quer ao PCP e à UDP quer aos católicos progressistas ? 

O PS tem Honra e paga as dívidas e a sua Honra e as dívidas são para o PS/Seguro respeitar os compromissos de 75 do PS/Mário Soares e a assinatura no memorando com a troika. feita pelo PS/Sócrates. Tudo em linha ? 

A Honra do PS não se estende nem à defesa da constituição de 1976. nem à maioria do seu eleitorado pk este não lhe dá prebendas nem o "abençoa".

Com efeito Mário Soares numa das suas incontinências verbais numa alentada entrevista concedida a Maria João Avilez afirmou que se em 74/77  não defendesse o Socialismo não teria votos, por isso mal eleito o arrumou numa gaveta a sete chaves tão bem aferrolhada que nem ele nem os e seus sucessores o voltaram a encontrar ou destrancar.

~~~~~~~~~~

Maria Célia Correia Coelho - Bonita reflexão, um pouco nostálgica, um pouco dorída...."finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente"

12 a

José Inácio Leão Varela  - Um abraço, caro Victor Nogueira, de um amigo que te acompanhou e que tu acompanhaste num momento das nossas vidas...

12 a


11 de novembro de 2013  · 

foto Victor Nogueira - sombras em Lisboa

Manuela Miranda - Gosto muito destes lampeões dantes cá no Porto usava-se muito. Victor lembrou-me agora de um filme do Vasco Santana mas não sei o nome hhiihihhiihih Tão giro!! Saudades. Obrigada Amigo bjs

11 a

Laura Rijo - Aqui em Mafra também se usam, ou melhor, estão a renovar para o mesmo modelo. Linda foto!!

11 a

Judite Faquinha - Victor, eu gosto muito destes lampiões, e o filme que amiga Manuela fala e não se lembra é o <PÁTIO DAS CANTIGAS> onde também há lampiões iguais mas de pé, que era sem tirar nem por, está completo com a sombra falta apenas o pé para ficar no passeio onde o Vasco Santana se encostava, esta foto está belíssima, boa noite amigo Victor ❤

11 a

Viriato F. Soares - Bela foto, faz-me lembrar os lampiões de Lisboa, há muitos anos. Obrigado!

11 a

Maria João De Sousa  - Lindíssimo, este momento fotográfico, Victor Nogueira! Obrigada! Abraço!
11 a
 
Um poema e uma canção - "Tourada" de Ary dos Santos na interpretação de Fernando Tordo, vencedora e que representou Portugal no Festival da Eurovisão de 1973. para ouvir em


TOURADA
Não importa sol ou sombra
camarotes ou barreiras
toureamos ombro a ombro
as feras.
Ninguém nos leva ao engano
toureamos mano a mano
só nos podem causar dano
espera.
Entram guizos chocas e capotes
e mantilhas pretas
entram espadas chifres e derrotes
e alguns poetas
entram bravos cravos e dichotes
porque tudo o mais
são tretas.
Entram vacas depois dos forcados
que não pegam nada.
Soam brados e olés dos nabos
que não pagam nada
e só ficam os peões de brega
cuja profissão
não pega.
Com bandarilhas de esperança
afugentamos a fera
estamos na praça
da Primavera.
Nós vamos pegar o mundo
pelos cornos da desgraça
e fazermos da tristeza
graça.
Entram velhas doidas e turistas
entram excursões
entram benefícios e cronistas
entram aldrabões
entram marialvas e coristas
entram galifões
de crista.
Entram cavaleiros à garupa
do seu heroísmo
entra aquela música maluca
do passodoblismo
entra a aficionada e a caduca
mais o snobismo
e cismo...
Entram empresários moralistas
entram frustrações
entram antiquários e fadistas
e contradições
e entra muito dólar muita gente
que dá lucro as milhões.
E diz o inteligente
que acabaram as canções.

Filipe Chinita - amei este momento desde o primeiro instante que o vi 9 a

Mia Pires Griff - Ainda em Luanda quando ouvi esta ... beijinhos meu querido ❤ 'bigada 9 a

11 de novembro de 2016  · 

Pois ... na cesta da semana hoje é sexta, para muitos/as véspera dum fim de semana de sestas e de festas 😛


11 de novembro de 2018 
Conteúdo partilhado com: Público
Público
foto a la minuta - Guimarães 1968.09.29 - Duas notas seguidas dum poema de Eugénio de Andrade: 'O lugar da casa'
1. - «A Susana, acabada de acordar, veio até aqui perguntar se eu andava a escrever o meu diário, emitindo a douta opinião de que os diários só se escrevem ... ao fim do dia e não a meio da manhã. Quanto ao Rui apareceu agora dizendo que era um hippie, de tronco nu, vestido com as calças de ganga, um colete da irmã e as jóias artesanais dela ao pescoço e nos braços. É o ai Jesus da Alexandrina, que o trata como o menino da avó, com ternurinhas e cuidados risonhos, coisa a que não está muito habituado.» (MMA - Paço de Arcos, 1993.08.20)
2. - «De modo que me sentei aqui no quarto do meu tio José João para ocupar o tempo a escrever enquanto ele assiste a um desafio de futebol transmitido pela TV; a minha tia Maria Luísa lá ao fundo, na sala, assiste a outro programa com a Alexandrina, a viúva do meu avô Zé Luís. Quanto ao Rui e à Susana foram para a cozinha especar-se frente a um terceiro televisor, para ver um filme com o Robert de Niro e o Robert Duvall. Televisores não faltam e é difícil haver guerras por causa dos programas (ainda há um quarto aparelho, que está desligado)»» (MMA 1993.08.18 - Paço de Arcos)
O LUGAR DA CASA, por Eugénio de Andrade
Uma casa que fosse um areal
deserto; que nem casa fosse;
só um lugar
onde o lume foi aceso, e à sua roda
se sentou a alegria; e aqueceu
as mãos; e partiu porque tinha
um destino; coisa simples
e pouca, mas destino
crescer como árvore, resistir
ao vento, ao rigor da invernia,
e certa manhã sentir os passos
de abril
ou, quem sabe?, a floração
dos ramos, que pareciam
secos, e de novo estremecem
com o repentino canto da cotovia.
Eugénio de Andrade

11 de novembro de 2019  · 

Foto Victor Nogueira - S. Martinho do Porto - no altar-mor, S. Martinho, o seu cavalo e o mendigo, ou um cavalo no altar-mor


11 de Novembro de 2024 . 

2024 11 11 -  Porto - Natal de 1974 (Rua Fernandes Tomás) 

No 6º aniversário do falecimento da Alexandrina, em 2016, e nas brumas do tempo e da memória  

Natal de 1974 (Rua Fernandes Tomás) - o 1º Natal, de toda a família mais próxima reunida pela 1ª vez, após a ida dos meus pais, tios e avós paternos para Angola, nos anos '40 do passado milénio 

--- Avô Zé Luís (+), Alexandrina (+), tio Zé Barroso (+), Carlos, tia Teresa, Victor, tia Isabel, Manuel, (+) tia avó Esperança (+), Celeste (+), Maria Emília (+), avô Barroso (+), tio José João (+) --- 

Foto Maria Luísa (+) Falta o meu irmão Zé Luís (+), na altura ainda a prestar o Serviço Militar Obrigatório, em Angola, na Guerra. Colonial para uns, de Libertação e da Indepêndencia, para outros, como o MPLA, para mim e para o meu irmão.

Isabel Magalhães - Agora só lembro o nascimento.

Foi dia 10 que a minha mãe partiu hoje dia 11 o meu pai fazia anos no BI, dia 13 seria a data do seu nascimento. Bjs

1 h

11 de Novembro de 2024 

Foto JL Castro Ferreira - Em 1963, No Porto, na Rua Fernandes Tomás - Victor, Alexandrina, Teresa e Isabel, a "Chicolateira"