Allfabetização

Este postal é - creio - uma fotografia retirada dum dos dois filmes que há dias vi sobre as campanhas de alfabetização, as tais em que eu gostaria de ter participado em Agosto último se ... Esta cena do filme era comovente: uma mulher que até aí não sabia comunicar por escrito, conseguir fazê-lo. A procura das sílabas, o gesto hesitante, o voltar atrás para corrigir ou desenhar melhor a letra !!! Deve ser bestial um tipo descobrir que sabe ler, não achas? (1974)

Escrevivendo e Photoandando

No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e não me apetecia ir para o Mindelo. "Fechado" em Setúbal, resolvi escrever um livro de viagens a partir dos meus postais ilustrados que reavera, escritos sobretudo para casa em Luanda ou para a mãe do Rui e da Susana. Finda esta tarefa, o tempo ainda disponível levou me a ler as cartas que reavera [à família] ou estavam em computador e rascunhos ou "abandonos" de outras para recolher mais material, quer para o livro de viagens, quer para outros, com diferente temática.

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Depois, qual trabalho de Sísifo ou pena de Prometeu, a tarefa foi-se desenvolvendo, pois havia terras onde estivera e que não figuravam na minha produção epistolar. Vai daí, passei a pente fino as minhas fotografias e vários recorte, folhetos e livros de "viagens", para relembrar e assim escrever novas notas. Deste modo o meu "livro" foi crescendo, página sobre página. Pelas minhas fotografias descobri terras onde estivera e juraria a pés juntos que não, mas doutras apenas o nome figura na minha memória; o nome e nada mais. Disso dou por vezes conta nas linhas seguintes.

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Mas não tendo sido os deuses do Olimpo a impor me este trabalho, é chegada a hora de lhe por termo. Doutras viagens darão conta edições refundidas ou novos livros, se para tal houver tempo e paciência.

VN

sábado, 30 de novembro de 2024

Letras empilhadas, ano após ano, em Novembro, 30, (re)colhidas em 2024

*  Victor Nogueira

30 de novembro de 2011  · 

"Unidos como os dedos da mão" era como se dizia no tempo em que era jovem.


30 de novembro de 2012  · 

Foto Victor Nogueira - Cascais (Praia do Guincho)

Deolinda F. Mesquita - Foto muito bonita.... dificil viver longe do mar. Obrigada Victor.

12 a

30 de novembro de 2013  ·   · 

A um "prazeirento" M. Almeida defensor do "direito a trabalhar" e amigalhaço de fura-greves, sejam ou não nos CTT

M.Almeida ainda pode pagar as contas da  electricidade e o telemóvel e, presumo, do fornecedor de acesso à internet. M.  Almeida, presumo, ainda não é um dos sem-abrigo que vão surgindo debaixo das pontes, nas avenidas e nas esquinas. M. Almeida não conhecerá nem terá na família pessoas desempregadas, sem hipótese de arranjar trabalho ou, qd o arranjam, a troco dum salário exíguo, insuficiente para as necessidades básicas. M. Almeida não tem cortes nos principescos salários  ou pensões entre 400 e 675  €, rectifico, acima destes valores ou tendo, não lhe fazem mossa. M. Almeida será talvez um dos «Pequenos investidores [que] estão a subscrever, em média, 18 milhões de acções [dos CTT] por dia, mais do que a oferta total reservada para esta tranche.»

Seguramente, M. Almeida não é um "desperado". Não conhecerá quem o seja ou se conhece não lhe faz mossa nem lhe  tira o sono dos "justos". Talvez seguro com sócretinos  passes de coelho por lebre não receie que a "taluda" lhe entre  "barraca" adentro. Boa deglutição a M. Almeida e - ao salivar - tenha cuidado com a garganta. As espinhas e os ossos, são para animais, como os cães e os gatos.

M. Almeida é uma "pessoa", "livre",  feliz, atenta, veneradora e obrigada, Confortavelmente conformada. Ele ou ela lá saberão porquê !

http://5dias.wordpress.com/.../manif-contra-a.../...

2013.11.29

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Maria João De Sousa - Infelizmente, há, entre nós, demasiados espécimes desses, Victor Nogueira... o meu abraço!

11 a

Viriato F. Soares - Boa tarde Victor, infelizmente há muitos M. Almeidas por aí, estão bem na vida e só olham para o seu umbigo, mas...quando um dia lhes tocar a eles....a música é outa. Obrigado pela partilha!

11 a

Victor DA Silveira Cabral - Os traidores, ganham a primeira batalha, mas depois ...
11 a 

Manuela Vieira da Silva - Os bens essenciais de serviço público não deviam ser privatizados. E o que acontecerá com a água? A electricidade já está a dar que falar.
11 a

Clara Roque Esteves
Obrigada pela partilha. Também já tive oportunidade de responder a M. Almeida. gente rica é outra coisa... 
10 a


30 de novembro de 2013  · 

poesia de Mario Benedetti 01

Chau número tres - Panegírico de la muerte - Sur - Corazon coraza - Defensa de la alegría - El paraíso - Hagamos un trato - La gente que me gusta - No te riendas, aún estás a tiempo - Si el mundo no girara -
Viceversa

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Graça Maria Teixeira Pinto - Li o Panegírico de la muerrte e estaquei aí p/ saborear..🙂
11 a
 
Maria João De Sousa - Obrigada, Victor Nogueira! Não resisto a confessar que, mais ainda do que com o Panegírico de la Muerte, me deliciei com o Paraíso. Magnífico!
11 a

Manuela Vieira da Silva
É difícil escolher o poema de que mais gosto, gostei de todos ler. Porém, há um que realço: «La gente que me gusta». Eu também. Bom dia, Victor Nogueira.🙂
11 a

Judite Faquinha - VICTOR, adorei, maravilha de poemas... bela pesquisa! Eu guardei o poema >La gente que me gusta de Mário Beneditti, que eu adorei em especial. Obrigada Victor boa noite, bons sonhos bjitos.
11 a

Carlos Rodrigues  - Todos bons. Mário Beneditti Numero Uno ! Gracias, Victor.
11 a

30 de novembro de 2013  · 

Ricardo Jorge Mateus Pina . bom dia.  lembrar v. ferreira. o 'meu' escritor em tempos de maior juventude.

'então mergulharemos nas águas do rio e deitar-nos-emos na areia. e olharemos o céu limpo e sem estrelas. e acharemos perfeitamente natural, porque a iluminação estará em nós. erguer-nos-emos por fim e eu baixar-me-ei ao rio e trarei a água na concha das mãos. e derramá-la-ei imensamente e devagar sobre a tua cabeça. e direi para toda a história futura, na eternidade de nós

-eu te baptizo em nome da terra, dos astros e da perfeição.

e tu dirás está bem.'

vergílio ferreira, em nome da terra.

30 de novembro de 2013 
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é investidor
empreendedor
é capitalista da alpista
é furão e ladrão
é salafrário
"universitário"
é cafageste como a peste
é bolseiro
lampeiro furtando
e embolsando
é durão no escavaco
seguro em passes de coelho por lebre
com sócretinas narrativas
é o patrão
do bom rapaz - o capataz manageiro
mensageiro
e da moça
pata na fossa
bem ligeira a galar
e a bolsarem
é o povo no aperto
que não quer a servidão
pois então
e
no ovo
desperto
a reacção ou a revolução
trabalhando e operando
com a razão,
não a do vilão, o patrão delambidão
o da devassidão .... que o pariu
Paço de Arcos 2013.11.30

30 de novembro de 2013  · 

Foto Victor Nogueira -- Setúbal - auto-retrato na companhia das sombras, de pessoas não virtuais mas reais, multidimensionais, que convivem  e se encontram para lá da "planura" asseptica do monitor

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José Manuel Marques - Qui est lá?

11 a

Victor Nogueira - eu e as sombras LOL

11 a

José Manuel Marques - A outra sombra...

11 a

Victor Nogueira - José Manuel Marques são sombras de pessoas que vivem e convivem e se telefonam e não fogem de se encontrarem para lá do inFaceLock, no mundo da realidade multi-sensorial 😛

11 a

Judite Faquinha - Oh! Victor que foto bem imaginada... o fotografo e as suas sombras, esta de parabéns!Agora o meu nome está identificado na cabeça da silhueta que parece uma mulher. Mas essa silhueta nada tem haver comigo!!!!!!!!

11 a

Victor Nogueira - Judite Faquinha De quem é a segunda sombra, não desvendo. Mas de quem não é, posso desvendar. Não é da Judite Faquinha LOL

11 a

Judite Faquinha - /OK. Victor eu estava a brincar, claro que não sou eu, achei graça o meu nome estar na cabeça da sombra. A outra sombra deve ser de um fotografo, o qual outro fotografo tirou esta bela sombra, beijocas e bom fim de semana!!!

11 a

Victor Nogueira - *Não, Judite Faquinha O fotógrafo das sombras, em auto-retrato, é quem isto escreve. De vez em qd tiro fotos à minha sombra, umas vezes só, outras em companha 🙂

11 a

Victor  Nogueira - Olha, olha, a mana Arminda Griff 😛

11 a

Judite Faquinha - Victor, espera, estou confusa a segunda, é a que tem o meu nome da cabeça ok. também não é para desvendares... apenas brinquei... bem metida amiga Arminda beijokinhas para ambos.

11 a

Victor Nogueira - a Sombra, não de mim, mas de Mario Benedetti

CHAU NÚMERO TRES

Te dejo con tu vida
tu trabajo
tu gente
con tus puestas de sol
y tus amaneceres
sembrando tu confianza
te dejo junto al mundo
derrotando imposibles
seguro sin seguro
te dejo frente al mar
descifrándote a solas
sin mi pregunta a ciegas
sin mi respuesta rota
te dejo sin mis dudas
pobres y malheridas
sin mis inmadureces
sin mi veteranía
pero tampoco creas
a pie juntillas todo
no creas nunca creas
este falso abandono
estaré donde menos
lo esperes
por ejemplo
en ún arbol añoso
de oscuros cabeceos
estaré en un lejano
horizonte sin horas
en la huella del tacto
en tu sombra y mi sombra
estaré repartido
en cuatro o cinco pibes
de esos que vos mirás
y enseguida te siguen
y ojalá pueda estar
de tu sueño en la red
esperando tus ojos
y mirándote.

11 a

Manuela Miranda - onde estou eu Vicror não devo estar sou gordita? gosto da foto, mas Sabe que antigamente tinha medo das sombras? é verdade? bjs Amigo Obrigada.

11 a

Laura Rijo - Sombras, e fantasmas, todos temos um pouco no nosso imaginário. Bom Domingo. Bjo

11 a

Manuela Vieira da Silva - Moldam-se as sombras ao gosto da luz e onde houver luz há sombras escurecendo o chão da nossa alegria. Bjo., Victor Nogueira. 🙂

11 a

Carlos Rodrigues - Bem apanhadas os contornos certinhos bem delineados das sombras sobre paralelepípedos anárquicos desalinhados, mas soalheiros. Obrigado, Victor. Um abraço.

11 a

Maria Márcia Marques - Duas sombras, um homem e uma mulher, lembrando que há vida para além das virtualidades, mas, por vezes ela, também se sobrepõe à realidade, porque os contornos da mulher parecem ser de gravidez....impossibilidades, mas o fotógrafo gosta de metáforas...

11 a

Maria Lisete Almeida - Bela Foto Amigo. Abraço.

10 a

30 de novembro de 2013 
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Público
se te amo
é ao mundo
bem fundo e à superfície
que amo
em ti
em si
a vida está em
ti
connosco
aberto e desperto
fora disto
é deserto
mesmo que o negues
encerrando-nos e ao eu
meu e teu
de seu
só o nós resiste
e tem voz
Paço de Arcos 2013.11.30

30 de novembro de 2017  · 

Se Centeno vai presidir ao Eurogrupo é pk o seu lado da barricada é o mesmo do Grande Capital. Já por essas organizações internacionais, transnacionais e multinacionais estiveram portugueses de alto-gabarito e pára o baile: Nobre Soares falhou a eleição para Presidente do Parlamento Europeu mas Barroso do "país da tanga" presidiu à Comissão Europeia da nossa desgraça e agora faz companhia ao Arnaut na Goldman Saques, onde também esteve António Borges, enquanto Victor Gaspar e Victor Constâncio repousam no Banco Central Europeu. 

E em instâncias mais altas encontramos o Guterres que do "pântano" e dos Refugiados transitou para Secretário-Geral da ONU e Freitas do Amaral que foi Presidente da Assembleia Geral da ONU. Curiosamente todos ou "independentes" ou da área do ps(d)cds.



30 de novembro de 2017  · 

o obituário e alguns depoentes ou "les compagnons de route"?- CLICAR NAS FOTOS

 

Fotos Victor Nogueira - Murça - Pelourinho, Paços do Concelho, Solar dos Guedes  e Igreja de Santa Maria  

«De entre as estruturas que ilustram a antiguidade da povoação, destaca-se o "Pelourinho de Murça", incluído no primeiro (1910) decreto português de classificação de edifícios antigos como "monumentos nacionais".

Símbolo maior da autonomia e do poder municipais, o pelourinho remonta ao século XVI, centúria em que Murça obteve, em 1512, novo foral de D. Manuel I (1469-1521), depois de lhe ter sido concedido o primeiro em 1224, por D. Sancho II (1209-1248), renovado por D. Afonso III (1210-1279) e, mais tarde, por D. Dinis (1261-1325), sendo, por conseguinte, plausível que Murça tivesse sido anteriormente dotada de um pelourinho, do qual não remanescerão quaisquer vestígios.

Não obstante, o pelourinho que hoje observamos no centro da praça principal da Vila, fronteira aos seus mais relevantes edifícios - casos do actual edifício da Câmara Municipal, dos antigos Paços do Concelho e da igreja Matriz -, na qual se erguem belas residências senhoriais, é formado por coluna em cordão (com argola de ferro ao meio) assente directamente sobre soco constituído por sete degraus, com capitel ostentando o brasão de D. Manuel I e as armas dos donatários de Murça, os Guedes, sobrepujado por triplo remate com cinco colunas de pequenas dimensões de igual modo facetadas em cordão.» [AMartins DGPC)


30 de novembro de 2022  · 

Foto victor nogueira - Pôr-do -sol no Mindelo, após um dia de chuva, com os regos do campo nas traseiras alagados pela água.


2022 11 29 Foto victor nogueira - Pôr do Sol no Mindelo, sem aves descansando nos fios de electricidade

Se nas traseiras era esta a "visão", na rua era completamente diferente, como registou a anterior foto de capa

30 de novembro de 2022  · 

Amavelmente pergunta-me o Facebook em que estou a pensar! Á cautela dobro a língua,. Depois duma interdição de 24 horas foi-me aplicada nova interdição, agora com  a duração de 7 dias, sem que me informem qual a publicação e quais as normas da comunidade que terei violado.

Manuel Matias - As normas deles são como as regras do Ocidente. Quando lhes convém, invocam -se e impõem-se.

2 a

30 de novembro de 2023  · 

Foto victor nogueira - Outono cinzento no Mindelo, em 2023 11 30 IMG_3621

Durante todo o dia foi este o horizonte, cinzento, não muito gélido, sem chuva, miudinha ou em bátegas.

No campo ensopado aterrava uma e outra rara gaivota, ausentes os voos planados, em bando numeroso.

Apesar do tempo ameaçar chuva. confiei na Meteorologia e fui até ao largo da igreja matriz, aqui a dois passos, buscar mais um novo album duma nova colecção do Público, intitulada "O assassino",  de  Metz e Luc Jacamon. É um profissional a soldo, solitário e frio, metódico e consciencioso, sem pinga de escrúpulos e remorsos», de que já tinha um ou dois álbuns na secção de BD da minha biblioteca.

Este assassino, um solitário,  é o oposto de Luca Torelli, o "Torpedo", com argumento de Enrique Sánchez Abul,  desenhado por Alex Toth, Jordi Bernet e  Eduardo Risso, cujos álbuns foram distribuídos pelo Público, e que também adquiri. 

Luca Torrelli , também sem escrúpulos e remorsos, é um mulherengo, bem vestido, violento, rude, com tiradas pretensamente eruditas, com um companheiro, Rascal, uma espécie de Sancho Pança, não muito inteligente, saco para toda a pancada, mas prático nas questões do quotidiano. 

De seguida fui até ao minimercado do Cruzeiro, fazer algumas compras, que simpaticamente a dona me ajudou a transportar até à bagageira do Fiesta II.

30 de Novembro de 2024

2024 11 30 Foto victor nogueira - No ocaso da vida, ao entardecer, em Setúbal, para NNE (2024 11 22 17h 57m IMG_5343)

Presença Africana, de Alda Lara


E apesar de tudo,
ainda sou a mesma!
Livre e esguia,
filha eterna de quanta rebeldia
me sagrou.
Mãe-África!
Mãe forte da floresta e do deserto,
ainda sou,
a Irmã-Mulher
de tudo o que em ti vibra
puro e incerto…

A dos coqueiros,
de cabeleiras verdes
e corpos arrojados
sobre o azul...
A do dendém
nascendo dos abraços
das palmeiras...

A do sol bom,
mordendo
o chão das Ingombotas...
A das acácias rubras,
salpicando de sangue as avenidas,
longas e floridas...

Sim!, ainda sou a mesma.
A do amor transbordando
pelos carregadores do cais
suados e confusos,
pelos bairros imundos e dormentes
(Rua 11...Rua 11...)
pelos meninos
de barriga inchada e olhos fundos...

Sem dores nem alegrias,
de tronco nu
e corpo musculoso,
a raça escreve a prumo,
a força destes dias...
E eu revendo ainda,e sempre nela,
aquela
longa história inconsequente…

Minha terra..
Minha, eternamente…

Terra das acácias, dos dongos,
dos cólios baloiçando, mansamente…
Terra!
Ainda sou a mesma!
Ainda sou a que num canto novo
pura e livre,
me levanto,
ao aceno do teu povo!


**Alda Lara (1930 / 1962) - Poetisa Angolana**

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Letras empilhadas, ano após ano, em Novembro, 29, (re)colhidas em 2024

 * Victor Nogueira

29 de novembro de 2010  ·  

Vejo o ruído estrondoso do silêncio e ouço o negrume da noite no alto da madrugada, a caminho do nada que são as vidas real e virtual !!!

29 de novembro de 2011  · 

Escrevivendo e Photoandando por ali e por aqui

O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.  (Roland Barthes)

29 de novembro de 2013  · 

Foto Victor Nogueira - Oeiras - Natália Correia no Jardim dos Poetas

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Armando Pinto - Falta-me vadiar aí...

11 a

Victor  Nogueira - A 2ª fase do Parque ainda está em construção. Armando Pinto mas a 1ª já tem muito para ver e desfrutar 🙂

11 a

Clara Roque Esteves - Que bom andares vadiando... mesmo com frio. Uma boa escolha. Obrigada pela lembrança. Beijos.

11 a

Judite Faquinha

Oh, VICTOR o jardim dos poetas, pe - o menos esta parte é lindo...agora a Natália Correia está uma figura bem torneada, mas tem um se não! O Penteado, Ela usava o cabelo apanhado e não tão curtinho... quanto ao resto está bonita, admirei esta mulher! Era uma mulher de tomates!!! obrigada Victor pela partilha beijokinhas.

11 a

Manela Pinto - nao conheço, obg quando for a Oeiras vou visitar, so tive uma vez em Oeiras e foi para ver dançar a minha nora que nao é, beijo

11 a

Lecas Oliveira - conheço poesia dessa natália correia

11 a

Victor Nogueira - Manela Pinto Oeiras tem muito para ver, como o Palácio e os jardins que foram do Conde de Oeiras e Marquês de Pombal e, tb na vila, o Jardim Público, ambos atravessados por uma ribeira. Em Barcarena, a antiga Fábrica da Pólvora e os respectivos jardins. Em Paço de Arcos, o Palácio que deu nome à vila – onde estou neste momento – e os respectivos jardins. Para não falar na beira tejo. 😛

11 a

Graça Maria Teixeira Pinto - Obrigada, Victor! Já tinha sabia do Jardim dos poetas em Oeiras e um dia tenho de lá ir..

11 a

29 de novembro de 2013 
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Público
Na lazeira
parado, estirado
de bandeira rasteira
esticado e pasmado
malditos interditos
inauditos vereditos
sem que haja sementeira
ou
brincadeira
ao estirador
na esteira
sem andor

Paco de Arcos 2013.11.29
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Maria Jorgete Teixeira - ironia a quanto obrigas... 11 a Margarida Piloto Garcia - Então toca a semear. 🙂 11 a Laura Rijo 🙂 11 a Victor Nogueira - Menina Margarida Piloto Garcia Eu bem semeio, mas o terreno é maninho e só nascem estevas com espinhos ou pardalitas assutadiças LOL 😛 11 a Margarida Piloto Garcia Victor Nogueira se calhar semeias ventos e depois colhes tempestades. LOL 11 a Victor Nogueira - sinhá moça Margarida Piloto Garcia Um dia farei um inquérito. Mas não ao espelho LOL 11 a Margarida Piloto Garcia - Humm...eu cá gosto muito de inquéritos desde que tenha a liberdade de lhes responder ou não. 🙂 11 a Victor Nogueira - 'bora. Margarida Piloto Garcia Na Praça do Campo Pequeno em Lisboa ou na Carlos Relvas em Stb ? Ambas têm redondel para as voltinhas à arena LOL 11 a Margarida Piloto Garcia - Isso de voltas à arena já não gosto e detesto touradas 🙂 11 a Victor Nogueira - aceito alternativas 11 a Margarida Piloto Garcia - Pois....isso das alternativas também me remete para as touradas 🙂 11 a Victor Nogueira - aceito contra-propostas 11 a Margarida Piloto Garcia - Bem assim está melhor embora agora com essa me sinta na A.R entalada entre o governo e os outros partidos. 11 a Victor Nogueira - Já entendi. Para essas bandas o terreno é maninho e eu estiolaria, mirradinho de fome e de sede 😛 11 a Margarida Piloto Garcia - Dizes tu. Eu acho que é um bom terreno muito fértil para quem sabe semear mas dá luta . É preciso coragem e perseverança e também pôr o coração no que se faz. Só assim nascem flores e frutos. 🙂 11 a Victor Nogueira - pois, mas eu não luto por miragens e nunca fui bom em atletismo e portanto, depois da análise da situação. vou em busca de outros portos e marés menos desgastantes 😛 11 a Margarida Piloto Garcia - Fazes tu muito bem. Já percebi que nunca serás um D. Quixote. 11 a Victor Nogueira - Pois - não ando atrás de moinhos de ventos LOL 11 a

29 de novembro de 2013  · 

Postal dos CTT

No comboio da Revolução há sempre "pessoas" a entrarem e a saírem. O comboio da "revolução" tem muitas estações e apeadeiros e para os passageiros, múltiplos e variados destinos. Muitos sairão durante o percurso,ficando em terra ou seguindo por outras linhas.

É preciso ter cautela com entusiasmos mais ou menos fugazes e com as barreiras das forças de "segurança" ou ... amigos amigos, "consciências" sociais à parte ou as contradições de quem se manifesta conforme o dia, o local e a hora ou a "madrugada"

29 de Novembro de 2013 às 12:37

Jose Manangão - Para tudo na vida, o que custa mais ...são os primeiros cinquenta anos!

11 a

Cremilde De La Rosa - Um saber de experiência feito.

11 a

29 de novembro de 2014 
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foto victor nogueira - a crise ou as montras dominantes na baixa comercial de Setúbal (centro histórico)
poesia de bertold brecht

1. - Quem é teu inimigo?
O que tem fome e te rouba
o último pedaço de pão chama-lo-o teu inimigo.
Mas não saltas ao pescoço
de teu ladrão que nunca teve fome.

2. - O Analfabeto Político

O pior analfabeto
é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo da vida,
o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político
é tão burro que se orgulha
e estufa o peito dizendo
que odeia a política.
Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado
e o pior de todos os bandidos:
O político vigarista,
pilantra, corrupto e lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.

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Gabriel Moura Leite - Montras da actualidade, mas colocar esses jornais a tapar mais dia menos dia ainda começa a pagar taxas, impostos e taxas que ajudam o comercio a criar emprego, melhorias para se ter poder de compra, qualquer dia podemos fechar as ruas da baixa, já não restará nada.

10 a

Isabel Dias Alçada - Num País que temos um Presidente que tenta vender-nos não é de admirar que estejamos em decadência total .... Beijos meu querido amigo !

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Judite Faquinha - Triste mas real este lindo poema, tão real que diz a verdade nua e crua da politica diabólica, que todos nós vivemos e que nos é imposta por estes analfabetos desgovernantes... esses que vivem esbanjando em luxurias e do bom e do melhor com o dinheiro que roubam dos contribuintes!!! Enfim feliz noite Victor com sonhos lindos, não sonhes com esta montra nem com outras como esta, beijokinhas camarada. ❤ ❤ ❤

10 a

Victor  Nogueira - oh Judite Faquinha Para disfarçar/esconder a miséria e a fealdade, algumas poucas montras de lojas fechadas exibem fotos gigantescas como esta nas montras, -  À esquerda o forte de santa maria, que foi estalagem explorada pelos pais do poeta Sebastião da Gama e que presentemente alberga o Museu Oceanográfico. (Foto Victor Nogueira - setúbal - centro histórico (a foto representa o Portinho na Serra da Arrábida)

10 a

Judite Faquinha- Victor é deprimente e triste, mas com uma foto do Portinho da serra Arrábida, torna-se mais leve, eu ontem estive em Setúbal, depois de almoçar ainda fui há zona comercial antiga assim que vi uma montra forrada de jornais, ia um jovem comigo agarrei-o num braço e lhe disse volta para traz...eu que conheci tão bem o movimento nos anos 80 era um formigueiro de tanta gente, e ontem vi algumas pessoas mas de passagem, me doeu!!! O que estes analfabetos Políticos tem-em feito, queriam guilhotina, sem dó nem piedade!!! beijokinhas Victor, tudo isto me deixa doente, palavra de COMUNISTA DE ❤

10 a

Nádia Silva  Nem eu diria melhor. Infelizmente não é so pelas ruas da baixa de Setúbal que estas "montras" estão expostas. Um (muito) pouco por todo o país vemos montras que outrora eram de grandes casas! Resultados capitalistas diria eu...

10 a

Judite Faquinha  Amiga Nádia, tens razão resultados Capitalistas desenfreados a destruir...o comércio tradicional está um descalabro, está morrendo tudo, onde devia ser salvaguardado!!! Que haja evolução das grandes Superfícies mas, que se respeita-se a histórias dos povos os seu hábitos e suas culturas, foram décadas e décadas, neste movimento, e de repente tudo morre, enfim que se pode fazer, o poder Económico com estas redes de Superfícies destrói-em tudo, boa noite minha linda!

10 a

29 de novembro de 2016  · 

google - 184 º aniversário do nascmento de Louisa May Alcott - "Louise sonhava ser acriz, mas tornou-se escritora. Inspirou-se nas próprias experiências para escrever suas histórias. Mulherzinhas (1868), seu romance mais famoso, apresenta o retrato de uma família de classe média americana do seu tempo, salientado os seus valores morais: civismo e amor à pátria (que chega ao sacrifício de seus filhos) e dedicação extrema ao lar e ao próximo. Este romance foi transformado em filmes para cinema, TV e séries muitas vezes, desde a primeira versão registada no IMDB em 1917"  (Wikipedia).

29 de novembro de 2021  · 

Fotos victor nogueira  - Oeiras -  Pelourinho, Casa da Câmara e Capela de N. Sra das Mercês, no Palácio do Marquês de Pombal e Conde de Oeiras 

Circunvizinhos eram o Palácio do Marquês e suas quintas de lazer e agrícolas, o pelourinho e a Casa da Câmara.

«Apesar da relativa antiguidade das primeiras referências a Oeiras, em documentos do século XIV, e da origem baixo-medieval do Reguengo que viria a dar origem ao povoado, para além da sua proximidade com a capital, esta recebeu foral apenas no século XVIII. 

A constituição do concelho, em 1760, seguiu-se à concessão do título de Conde de Oeiras a Sebastião José de Carvalho e Melo, ministro do rei D. José I e futuro Marquês de Pombal, e constituiu um forte incremento ao desenvolvimento da região. O pelourinho, certamente erguido na sequência da outorga do foral, datará assim do terceiro quartel do séc. XVIII. Levanta-se num recinto ajardinado, protegido por gradeamento em ferro, entre a imponente residência que o ministro possuía na vila, hoje conhecida como Palácio dos Marqueses de Pombal, e o edifício da Câmara Municipal.

O pelourinho assenta numa plataforma constituída por três degraus octogonais. A base da coluna é composta por um paralelepípedo alto de secção octogonal. O fuste é ainda octogonal, de arestas boleadas, e bojudo na parte inferior, sendo visualmente dividido em quatro troços 

(progressivamente mais estreitos) por três largas molduras de pedra picada. O remate é em forma de pinha octogonal rebaixada, de onde emerge a haste torneada do espigão. Mede cerca de 7,2 m. » (SML DGPC)


29 de novembro de 2022  · 

Foto victor nogueira - Pôr do Sol no Mindelo, sem aves descansando nos fios de electricidade

Tal como as andorinhas desapareceram das cidades, onde anunciavam a chegada da Primavera, tal como em muitos jardins nas povoações já não se ouve o trinado e a chilreada da passarada, também as aves raro pousam e descansam nos fios de electricidade.  

Em Luanda, no meu tempo de aprendiz das primeiras letras e da arte de contar sem ser pelos dedos, andorinhas e pássaros nos fios de electricidade eram tema de redacções ou desenhos que a professora "dava" aos alunos!

Não me lembro do nome da minha professora da 3ª classe, no Colégio Luís de Camões. Mas no Colégio D. Duarte a   da 1ª e 2ª classes chamava-se Judite Mata e Pereira era o apelido do meu professor da 4ª classe, na Escoola Primária nº 15, de Paulo Dias de Novais.

Qualquer destas escolas situava-se nas cercanias da nossa casa, na Rua Frederico Welwitsch (Bairro do Macolusso). Creio que era nesta mesma rua que se localizava o Colégio Luís de Camões.

Em Luanda os  colégios particulares que frequentei eram mistos, mas as escolas oficiais eram femininas ou masculinas, nada de misturas, como estipulavam as "Leis" do Estado Novo, envilecido desde o seu primeiro ai, concebido em 1926, até ao seu último  suspiro, em 1974.

29 de novembro de 2023  · 

Fotograma Victor Nogueira - Mindelo - trabalhos agrícolas com tractor (2023 11 21 MVI 3552) 

Neste mês de Novembro andaram os tractores a cirandar num dos campos das traseiras, mais precisamente, naquele em que os trabalhos agrícolas estavam mais atrasados, talvez devido ao facto do rendeiro dos mesmos ter falecido quando decorriam a ceifa e debulha. Por isso as leiras adjacentes estão já cobertas um manto verde.

Um homem, no máximo três, conforme o número de tractores e alfaias atreladas, fazem o labuta que outrora pertncia a um rancho de trabalhadores.

As gaivotas em terra, buscando alimento, mantêm-se indiferentes à passagem e ríudo das máquinas.

Numa das vezes em que filmava os trabalhos, ao ver o tractor aproximar-se,  pensei para comigo: "Se o homem se engana e carrega no pedal do acelerador e não do travão, derruba-me o muro e entra-me pela cozinha adentro!"

Mas tal nunca sucedeu nas muitas voltas que  deu. Lembrei-me do susto dos espectadores nos primórdios do cinema, fugindo espavoridos, quando na tela um tractor se dirigia para a sala.

A cena que recordo é uma das deste filme dos irmãos Lumiére, "A chegada do comboio à estação" (1895) , que pode ser visto a seguir 


A Chegada dum comboio à Estação de  La Ciotat. em 1895, de Auguste Lumière e Louis Lumière