* Victor Nogueira
A câmpânula (também chamada redoma) é um vaso de metal ou de vidro em forma de sino, que para lá de uso laboratorial também pode ser utilizado para proteger alimentos e objetos delicados do pó, do contato com o ar e de impurezas. Mas para lá disso serve para designar a extremidade larga e aberta acoplada a um altifalante ou a um fonógrafo para amplificar e dirigir o som ou referir-se aos antigos aparelhos acústicos para surdos. Coroando este ramalhete, câmpanula é também a designação duma planta e suas flores, Para prosseguir com chave de ouro, é um termo usado na musicologia, referindo-se, neste caso, ao "pavilhão" que é a extremidade mais larga e aberta de certos instrumentos de sopro, como o clarim, a trompa, o trombone, o clarinete, e outros que tais.
Se o título destes pingos é o que acima registo, o desenvolvimenoto imaginado após acordar esta manhã era outro, mas o(s) pensamento(s) assemelha(m)-se a corrente de água que nos rios, remansoso ou não, com ou sem meandros, flui até ao mar mar-oceano, embora na imaginação as águas possam refluir até à nascente, como os salmões que a esta vão desovar. Na realidade às águas dum rio podem refluir, como por diversas vezes verifiquei na Serra da Arrábia, quando na maré-cheia a força do rio Sado na enhente forçava ao reflixo das águas dum seu afluente, a Ribeira da Ajuda.
Ao darmos nossa mão, sem maldade,
Mantendo a vera luminosidade
Do silêncio ou do verbo assente.
Na tarde calma, serena, luzente,
Ou de noite, dia sem claridade,
É uma dádiva, felicidade,
Esta da vigília ser não dormente.
Amigos têm vária feição:
Dão-nos sua tristeza ou alegria,
Compartilhando bons e maus momentos.
Velho, novo, mulher, homem, bem são;
Na estrada e no dia-a-dia
Nem sempre atentos, prontos, nos tormentos.
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