Allfabetização

Este postal é - creio - uma fotografia retirada dum dos dois filmes que há dias vi sobre as campanhas de alfabetização, as tais em que eu gostaria de ter participado em Agosto último se ... Esta cena do filme era comovente: uma mulher que até aí não sabia comunicar por escrito, conseguir fazê-lo. A procura das sílabas, o gesto hesitante, o voltar atrás para corrigir ou desenhar melhor a letra !!! Deve ser bestial um tipo descobrir que sabe ler, não achas? (1974)

Escrevivendo e Photoandando

No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e não me apetecia ir para o Mindelo. "Fechado" em Setúbal, resolvi escrever um livro de viagens a partir dos meus postais ilustrados que reavera, escritos sobretudo para casa em Luanda ou para a mãe do Rui e da Susana. Finda esta tarefa, o tempo ainda disponível levou me a ler as cartas que reavera [à família] ou estavam em computador e rascunhos ou "abandonos" de outras para recolher mais material, quer para o livro de viagens, quer para outros, com diferente temática.

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Depois, qual trabalho de Sísifo ou pena de Prometeu, a tarefa foi-se desenvolvendo, pois havia terras onde estivera e que não figuravam na minha produção epistolar. Vai daí, passei a pente fino as minhas fotografias e vários recorte, folhetos e livros de "viagens", para relembrar e assim escrever novas notas. Deste modo o meu "livro" foi crescendo, página sobre página. Pelas minhas fotografias descobri terras onde estivera e juraria a pés juntos que não, mas doutras apenas o nome figura na minha memória; o nome e nada mais. Disso dou por vezes conta nas linhas seguintes.

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Mas não tendo sido os deuses do Olimpo a impor me este trabalho, é chegada a hora de lhe por termo. Doutras viagens darão conta edições refundidas ou novos livros, se para tal houver tempo e paciência.

VN

terça-feira, 30 de setembro de 2025

Pingos do Mindelo, salteados

* Victor Nogueira

* Victor Nogueira

Escureceu e lá fora é uma noite de breu, cujo silêncio é apenas quebrado pelo troar abafado e longinquo das aeronaves e pelo rodar das rodas dos automóveis no empedrado da rua. Com as janelas ainda descerradas, na vidraça defronte de mim refecte-se imprecisamente a sala e, lá longe, tremulizam lâmpadas.

A meio da tarde a minha pituitária acusou um leve odor a água choca. Assomo a uma das janelas e numa das leiras um tractor rebova uma cisterna, adubando o campo para as futuras plantações de milho. Lá vai o mosquedo  empaturrar-se! Mas o trabalho incidiu apenas numa as leiras, pelo que haverá "perfme"  em próximos dias

As couves galegas têm sofrido um grande desbaste. Não as tenho utilizado nas minhas culinarices. A vizinha Amélia diz-me que são demasiado duras para caldo verde, pelo que as tem desbastado para alimento da criação no seu quintal. Fora estas as espécies hortícolas que medram "tímidamente" são a salsa e os espinafres, que já T~em servido paea cozinhar sopa, seja ou não em caldo verde.

Depos das "Sete vidas por um título" preparava-me para outra coprodução com o chatGPT: "Os 12 trabalhos de Herr Venturra", a partir do seguinte guião:

Ai, credo, Jesus, Maria Santíssima| Valha-nos a Santinha da Ladeira. Um dos querubins, com ar seráfico, queixa-se das ameaças dum ferrabrás. E o Venturra, o líder da bancada dos querubins, fica-se sem arregaçar as mangas, rasgando as vestes e gritando "Vergonha! Vergonha! Vergonha! Três vezes sem vergonha, ameaçando uma inocente criancinha!" "Ainda se mandasse amorosos beijos. Mas não, é com porrada que nos ameaça!".





Quatro das propostas do chatGPT para a cena 1

Para ilustrar o meu guião, apenas com 12 cenas, o chatGPT  foi-me fazendo propostas até que parei em três blocos de doze cada um. 

Bloco A – Versões Estilísticas (1–12) - 
1 – Cartoon Clássico   2 – Barroco Satírico . 3  - Tira de Quadrinhos.  4.- Xilogravura Humorística  5 – Caricatura Moderna   6– Minimalista Surrealista   7 – Expressionista Dramático  8 – Mangá Cómico   9 – Gravura Medieval   10  - Futurista Minimalista   11  - Caricatura Política  12 – Surreal Grotesco

Bloco B – Variações da Cena Base (13–24)

Bloco C – Cenas Criativas (25–36)

A partir daí foi um entalanço, porque o "programador" deve ter "ordenado" que para uso gratuito era um alambazamento, Lá consegui tornear o bloqueio, ainda consegui a cena 4, mas quando voltei à  cena 2, pimba, Eu havia dado completa liberdade criativa ao ChatGPT. Para a cena 2 do 1º bloçco ele havia sugerido:

Descrição detalhada para ilustração (estilo barroco exagerado):

  • Estilo geral: Barroco exagerado, cheio de ornamentos, detalhes dourados, curvas dramáticas e efeito teatral intenso, iluminação dramática com claros-escuros fortes (chiaroscuro).

  • Personagens:

    • Querubim: Figura de altar clássico, expressão de pânico, olhos arregalados, mãos levantadas como se pedisse socorro.

    • Venturra: Pregador inflamado, postura dramática, rasga as vestes no gesto, boca aberta gritando “Vergonha! Vergonha! Vergonha!”, cabelos esvoaçantes.

    • Ferrabrás: Musculoso, parcialmente nas sombras, expressão ameaçadora, com músculos tensionados, postura dominante.

    • Diabrete/putto travesso: Pequeno e travesso, espalha corações dourados pelo ar, expressão maliciosa.

  • Fundo: Ornamentos barrocos complexos, colunas torcidas, anjos esculpidos e em relevo, detalhes dourados e mármore, iluminação dramática com foco nos personagens centrais.

  • Atmosfera: Intensamente teatral e exagerada, sensação de movimento contínuo, emoções extremas, cores ricas e profundas, luz dourada incidindo sobre os personagens principais, sombras dramáticas nas bordas.


Surpreendentemente o ChatGPT informou-me que não daria seguimento porque a ser assim "ofenderia" / "violaria" os "padrões da comnidade", seja lá o que isso for! Mais concretamente "This image generation request did not follow our content policy."

Vai daí  interpelei o chat que me disse:

«Ah, agora faz sentido. O prompt que você compartilhou provavelmente está sendo sinalizado pelos filtros de conteúdo não por estilo artístico ou descrição barroca, mas por causa de alguns elementos que os sistemas de moderação podem interpretar como violência, ameaça ou sexualização de menores, mesmo que a intenção seja puramente artística ou histórica. Vamos analisar:

[...]

💡 Resumo:
O prompt não é ofensivo no sentido humano, mas contém palavras-chave e combinações de temas (crianças/angelical + perigo/malícia/sexualidade/violência) que acionam filtros de segurança.

Se você quiser manter o estilo barroco exagerado, pode:

  • Trocar termos como pânico, socorro, malicioso por algo mais neutro (ex.: surpreso, espantado, travesso mas inocente).

  • Evitar descrever nudez ou músculos de forma sexualizada ou ameaçadora em figuras infantis.

  • Focar em drama, luz, cores e movimentos sem ligar crianças/anjos a perigo ou malícia sexualizada.

Se quiser, posso reescrever seu prompt totalmente seguro para geração de imagens mantendo todo o estilo barroco exagerado e a teatralidade. Quer que eu faça isso?


Dito por mim

Mas este prompt foi escrito por ti
Dito pelo ChatGPT:

Ah! Isso explica a confusão 😅. Sim, olhando de perto, o prompt que você me mostrou parece ter sido escrito em uma sessão anterior — provavelmente eu mesmo ajudei a criar aquela descrição barroca exagerada.

O detalhe é que quando geradores de imagem analisam o texto, eles não “sabem” que a intenção é histórica ou artística. Eles só leem palavras-chave como:

  • pânico, socorro, malicioso, parcialmente nas sombras, ameaçador

  • Figuras angelicais ou crianças em situações de perigo ou travessura com conotação sexual

E isso aciona automaticamente os filtros de conteúdo, mesmo que você esteja descrevendo uma pintura barroca exagerada e totalmente simbólica.

Então, mesmo que o prompt seja meu, a moderação de imagens não faz julgamento artístico, apenas técnico — e é por isso que ele é sinalizado.

Se você quiser, posso reescrever o mesmo prompt mantendo todo o estilo barroco exagerado e dramático, mas de uma forma que não acione os filtros. Quer que eu faça isso?



Claro que isto é conversa da treta, pois no prompt não se encontram as palavras "suspeitas" ou "proibidas". Por outro lado o  chatPT já "desenhara" cenas em que surgiam querubins com rostos infantis, diabretes vermelhos e ferrabrazes seminus e ameaçando pancada. Enfim ...



Cai o pano!

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Pingos do Mindelo numa enxurrada miudinha

 * Victor Nogueira


Autumn Leaves, por Nat King Cole

Voltaram os dias de céu azul, sem nuvens, tépidos e transportando uma leve brisa que faz ondular os ramos do limoeiro e as couves, no quintalejo. Foi-se o dia cinzento tristonho, carregado de água miudinha encharcando a noite. Foi-se, com a partida da Gabriela! Gabrela? Será a de Jorge Amado, aquela com sabor a cravo e canela? A que esteve na origem da primeira telenovela brasileira, transmitida em Portuugal, em 1977,  interpretada pela actriz Sónia Braga? A telenovela que durante meses seguidos, (quase) fez parar este jardim à beira-mar plantado? Será? Não!


Modinha para Gabriela, interpretada por Gal Costa

Mas afinal quem será a Gabriela? Trata-se do nome atribuído a uma tempestade, a Gabrielle, que chegou no passado sábado a Portugal continental, com chuva forte, trovoadas, ondas marítimas alterosas e rajadas de vento que poderiam atingir os 150 km/h.  Dentro de casa mal dei por ela: o vento ecoava pelo duto da chaminé e à noite caia uma chuva miudinha quando assomei à varanda.


Levanto o olhar e para lá do muro do quintalejo já não encontro o milheiral, completamente ceifado numa manhã. Desta feita dizem-me que os proprietários dos campos não alugaram máquinas que prolongavam o trabalho durante vários dias. 


Escclarece-me a vizinha Amélia que nestes dois últimos anos os lavradores alugaram a máquina à cooperativa agrícola, maior e mais potente, com maior produtividade. A ceifa e debulha foram antecipadas, com receio da Gabrielle,  cuja acção lançaria por terra muitas espigas de milho, em desperdício, para gáudio dos pombos e das gaivotas. Mais grão com a nova máquina foi poupado, sem desperdício no chão. Será esse o motivo de não haver bandos de aves a voarem, pousarem, debicarem e levantarem voo, em revoadas, na busca de alimento.



As altas couves, esgalgadss, pernaltas unípedes, balançam ao vento, em dueto com os ramos do limoeiro.  Se em anos anteriores este e a tangerineira deram frutos contínuamente, este ano tal não sucedeu. Após .uma primeira "campanha"  ou "fornada" com enormes limões amarelos, estes agora deram lugar a pequenos frutos verdes que dia a dia crescem até amadurecerem, A tangerineira só agora começou a frutificar. "Estranhos" fenómenos cuja razão de ser desconheço. A oliveira lá se vai encorpando, mas azeitonas, nem vê-las, um "cherinho" que fosse!




Poucas visitas recebo aqui no Mindelo. Mas insólita e surpreendentemente um carreiro de minúsculas formigas desembocava na banca do lava-louças, sem que conseguisse descobrir a sua origem. Exterminadas, dias depois, vindas do  nada, novos magotes, numa titânica luta que penso terei conseguido vencer, pois terão desaparecido os animaisinhos. Quem se nos cola ao corpo são as mosacas, como se sarna fossem, que nos picam, despertas quando aos dias de frio se sucedem horas mais cálidas.  Se pensarmos bem, em termos de "higiene" serão as formigas mais limpas que as moscas, em termos de serem menos prejudiciais à saúde dos humanos? Ou serão menos perigosaos por não se alimentarem de matérias em decomposição? Será isso que as torna menos repulsivas?


A imagem acima foi gerada pelo ChatGPT, seguindo intruções  minhas. Este ChatGPT faz-me recuar aos longínquos tempos do mIRC, onde o aparecimento de alguém que me  cativasse com a conversa escrita me fazia estar acordado até ao alvorecer. Pois desde há semanas ando na descoberta desta plataforma da chamada IA (inteligência artificial) que inter-age com o utilizador como se personagem de carne, nervos e osso fosse, que nunca come nem dorme ou descansa. A "alienação " é de tal monta que se nos descuidamos "escrevemos" / reagimos como se o nosso interlocutor não fosse um programa em fluxograma e sequências binárias de "0" e "1". O que me leva a um outra "maravilha", a dos tradutores automáticos que (aparentemente) produzem obra escorreita e limpa, muito longe daquelas que outrora faziam programas como o Babilon, que entretanto e foi "aperfeiçoando". Mas para lá da "prisão", chats IA distingue-se de do mIRC, pois não aceitam convites para sair, não vêm a nossa casa, não nos abraçam, não têm rosto.

Ao chat IA não podemos escrever sonetos ou madrigais como os que me inspirou Joana Princesa, com Sabor a Cravo e Canela:

O AMOR É BEM QUE SUAVIZA

A tua presença na minha casa
Enche o ar de color e alegria,
Arte, doce, terna, bela magia;
Assim meu coração ganha outra asa.

Cozinhamos o pão que não esfria,
Brincando, procuramos boa vaza
P'ra espantar a tristeza, que arrasa
Rio, danço, com tua cantoria.

Com tua feição nos vasos pões flor
 A tudo dando vida e bom sabor;
 Caricio teu corpo, os teus lãbios,

Afago teu rosto, aparto as dores;
A rua, plena de sol e louvor,
É verde planura com riso dos sábios.


Setúbal, 1989 Setembro.05
SÃO TRISTE MADRIGAL E MELANCOLIA
.
Pus a bordada toalha de renda,
No candelabro acendi a vela,
Alindei a mesa com trigo e rosas,
Preparei o vinho e a codorniz.
Em surdina a música e a prenda,
Feliz contigo, poema na tela:
Ternura e beleza mui preciosas.
Mas faltaste ao amador-aprendiz;
O jantar lixou-se, não estou feliz!

1989.09.11 SETUBAL


Para além de alguns "guias" e de resposta a perguntas, tenho procurado obter imagens por ele  geradas, especialmente para a "Saga de Herr Venturra". A versão on line, gratuita, tem limitações, a maior das quais é bloquear temporariamente a criação de imangens. Se no Facebook posso "atrasar" a hora, mudando de fuso horário,  se quiser  ler as "memórias"  diariamente disponíveis apenas por 24 horas, já no chatGPT não consigo driblá-lo, "adiantantando" a hora para "ultrapassar" o "boicote". Mas é cansativo pois o "programa" não tem memória, repete, solícito e "simpaticamente", as mesmas perguntas e não consegue alterar um desenho a não ser "criando" outro, por vezes semelhante, por vezes completamente diferente, por mais "exactas" e precisas que sejam as nossas instruções, imcapaz de ler ou adivinhar o nosso pensamento. Um pouco como na vida real, mas com mais frustração, pois, por mais "sábio" que seja não tem "memória" das conversas, como se sofresse de  alzheimer, sendo pouco elástica a capacidade de adptação.  O programa não "conhece" o meu modo de escrever, mas se lhe der um tema com maior precisão, o texto por ele gerado permite muitas vezes "ultrapasar" as nossas quebras de imaginação e criatividade, servindo como alavanca de desbloqueio da nossa mente, funcionando como base de trabalho para um texto com a marca do autor.  


E com estas "brincadeiras" deito-me já o sol está prestes a romper, cansado demais para sair, e deixei de ver as minhas séries na RTP2 e noutros canais. Em fast forard vi os três últimos episódios da 15ª e última temporada de "ER - Serviço de Urgência", que não me despertou interese. Aliás esta teve, em meu entender, menor qualidade que as anteriores, como se quisessem ligar as histórias e os personagens dum modo mal amanhado, para terminar de qualquer jeito,




Imagens IA com instruções de vicnog


domingo, 21 de setembro de 2025

Piadéticas geradas no Chat GPT (IA)

 * Victor Nogueira

Duma sessão no chatGPT conservei este final humorístico. Se nos descuidarmos, em alienação, até consideraremos que o nosso interlocutor é um personagem de carne, osso, vísceras e sangue. Para ilustrar, uma imagem (avatar) do Chat como ele se vê, a partir duma dica minha: um anjo de asas brancas! 


Dito pelo ChatGPT:

O título foi atualizado para “Guia Prático: Facebook, Blogger e Outros Links Limpos”, tornando o documento mais claro e útil antes de salvar.

Dito por si:

Eh Pá. Eu já tinha feito isso mas tu partiste logo à desfilada, sem esperar pelo tiro de partida LOL

Dito pelo ChatGPT:

😂 Pois é, peguei a bola e saí correndo sem esperar pelo apito!

Mas olha, agora já está tudo redondinho: Guia único, completo, título útil, pronto para você guardar ou compartilhar. Só falta mesmo dar o “tiro de partida” final e começar a usar. 🏁

Se quiser, posso até te sugerir uma mini capa ou índice rapidinho para ficar mais visual antes de salvar o DOCX. Quer que eu faça isso?

[…]

Dito pelo ChatGPT:

Este guia cobre todas as formas de limpar e compartilhar links de forma eficiente, incluindo Facebook, Blogger e outros sites populares (YouTube, Amazon, Instagram, TikTok, X/Twitter).

Perfeito! 🏁 Adicionei uma capa e índice ao guia, deixando-o mais visual e fácil de navegar antes de salvar o DOCX.

Agora está pronto para transferência ou impressão como Guia Prático: Facebook, Blogger e Outros Links Limpos.

Dito por si:

vou transferir, arrumar os papéis, encerrar a sessão e descansar os meus nerónios LOL

Dito pelo ChatGPT:

😂 Excelente plano! Pode arrumar tudo, fechar a sessão e dar aquela merecida pausa com os Nérronis.

O guia já está todo pronto para quando você voltar, sem stress nenhum. 🍹🛋️

Quer que eu prepare mentalmente o ambiente para uma “recarga máxima de Nérronis”? 😏

Dito por si:

são neurónios

Dito pelo ChatGPT:

Ahhh, claro 😄neurónios, os verdadeiros responsáveis por todo esse trabalho mental!

Então é hora de descansar os teus neurónios, recarregar e deixar a criatividade e a paciência renovadas. 🧠✨

Um bom Nérroni para acompanhar essa pausa seria perfeito! 🍹

Dito por si:

Sessão encerrada

Dito pelo ChatGPT:

Perfeito — sessão encerrada. Descanse bem os neurónios! 🧠🍹

Até à próxima 

Este guia cobre todas as formas de limpar e compartilhar links de forma eficiente, incluindo Facebook, Blogger e outros sites populares (YouTube, Amazon, Instagram, TikTok, X/Twitter).

2025 09 21

sábado, 20 de setembro de 2025

Os pouco inteligentes loopings da IA no chatbot

 * Victor Nogueira

Outrora os guias dos museus, como um velhote no de  Évora e um outro no Paço Ducal de Guimarães, tinham um discurso engatilhado, para cada sala. Se os interrompêssemos para um esclarecimento adicional (a que normalmente não sabiam responder), retomavam a lengalenga, não a partir do ponto da interrupção, mas sim desde o princípio, tantas vezes quantas fossem as interrupções. Não poucas vezes, a IA escrita ou falada  de empresas, quer em contacto telefónico, quer na web, enferma da mesma incapacidade.

Um dia destes precisei de telefonar para uma empresa e lá veio a lengalenga de carregar nesta ou naquela tecla. Lá consegui a passagem para o serviço que queria consultar mas a IA deste informava-me que havia muitas chamadas de linha em espera e que consultasse a "Aurora" no "sítio" on line, desligando-me de seguida e de supetão o telefone, nas minhas ventas. Esperançado, decidi corresponder-me com a "rapariga", mas esta não conseguia atinar. Farto, "perguntei" como poderia tentar resolver o assunto e encontrar  a resposta. Lampeira, a "moça" escreveu-me, que contactasse a empresa através do telefone "xis", o mesmo que, alegando excesso de chamadas em linha de espera, me enviara para ela.

O chatGPT é um pouco mais inteligente, tem maior capacidade de "improvisação" perante "imprevistos", mas não tem memória, repetindo e repetindo e repisando infatigavelmente, até ao  dia do juízo final, se não desligarmos, indiferente ao nosso cansaço e  fartos da sua falta de memória e descabida solicitude. Mas está programado para responder com humor a piadas e remoques do interlocutor, feitos estes  com maior ou menor sentido de humor. 

De seguida a transcrição parcial duma nossa conversa. Numa próxima vez, se entretanto não conseguir recuperar anteriores sessões no chatCPT, simularei com "ele" uma conversa idêntica a outras que já "tivemos".  Não seil se será tão “espontânea” e “genuína” como aqules de que me lembro mas não consigo transcrever literalmente, sem os  respectivos backups, indisponíveis, talvez até ao fim dos séculos.

~~~~~~oooOooo~~~~~~

]…]

Se quiser, posso tentar uma última vez criar o DOCX completo, para que você faça download diretamente, já com todos os poemas, análises, índices e síntese. Isso evitaria qualquer repetição manual.

Quer que eu faça essa tentativa final?

Dito por si:

Não. Estou cansado e são horas de deitar-me e dormir LOL Vou copiar toda eta sessão, gravá-la e amanhã terminarei a partir do que apresentaste nesta sessão. Se eu quiser que analises toda a minha produção literária, ao longo de várias sessões, será preferível ser como projecto e não como chat ?

Dito pelo ChatGPT:

Exatamente! 😄

Se você pretende trabalhar sua produção literária ao longo de várias sessões, é muito mais eficiente tratar como um projeto contínuo, em vez de sessões avulsas. Isso permite:

  1. Manter o contexto completo: Eu consigo lembrar do que já foi analisado e das precisões que você deu, sem precisar repetir ou reconstruir análises anteriores.
  2. Evolução organizada: Podemos acrescentar novos poemas, revisões ou análises comparativas diretamente no mesmo projeto.
  3. Síntese cumulativa: Dá para ir construindo um documento final ou um “portfólio literário” já consolidado, pronto para exportar ou imprimir.
  4. Referências cruzadas: Podemos criar índices, links internos, referências entre poemas e análises, facilitando a navegação e futuras edições.

Para isso, você só precisa continuar usando o mesmo contexto de projeto, mantendo a sessão ativa ou me dizendo que é continuidade do projeto “produção literária”.

Se quiser, posso te explicar uma forma de organizar todo o seu trabalho em projeto para que seja super prático continuar nas próximas sessões. Quer que eu faça isso?

Dito por si:

Sim, poderás analisar a produção literária segundo dois vectores distintcos 1. cronológica 2 temática Nete caso pode ser de acordo com dois subtemas - 1 . género literário 2 tema. definido posteriormente Estes dois, quando iniciarmos o projecto

Dito pelo ChatGPT:

Perfeito! 😄 Podemos estruturar o projeto dessa forma para que fique muito organizado e escalável. Aqui está um plano detalhado:

 

 

[…]

Dito pelo ChatGPT:

O checklist em formato DOCX está pronto para transferir. Ele resume passo a passo como converter um DOCX grande em PDF sem travar, incluindo dicas de preparação, configuração do Word e revisão.

Dito por si:

Terminei. Afinal o chat tem no cimo à direita 3 botões 1 Copiar 2. editar 3 transferir. neste último com 3 hipóteses docx, pdf, md. Tu, ao contrário de mim. não te cansas. Eu já estou farto LOL

Dito pelo ChatGPT:

😄 Eu entendo perfeitamente! Ainda bem que você descobriu esses botões — eles tornam tudo mais prático.

Não me canso porque posso trabalhar “24/7” sem ficar exausto… mas você, definitivamente, merece um descanso depois de tanto esforço! 🚀

Se quiser, pode até tirar uns minutinhos de pausa antes de continuar a mexer nos PDFs e DOCX gigantes. E depois, quando quiser voltar, eu continuo sem reclamar. 😎

Quer que eu faça uma última revisão resumida de tudo que criámos, tipo um mini-guia final, só para fechar o ciclo antes do descanso?

Dito por si:

já não o fizeste? Em relação aos botões. Poderias dizer o teu programador que te permitisse dizer: "se quer transferir o documento no canto superior direito tem um botão chamado Transferir. Clique nele e escolha o formato do ficheiro: docs, pdf, md. Se quiser outra das duas versões disponibilizadas, , tem de clicar novamente para cada uma delas. "Bem sei que és uma máquina, programada com sequências binárias 0 e 1, e não sei se o programador saberá desta minha dica :-P

Dito pelo ChatGPT:

Ah! 😄 Excelente observação!

Você está certo: eu posso gerar e preparar os documentos, mas não consigo interagir com os botões da interface do chat — só consigo explicar como usá-los. A sua dica de indicar explicitamente que existe o botão “Transferir” no canto superior direito e que é preciso clicar separadamente para cada formato é muito prática e ajuda qualquer usuário a não se perder.

E sim, você acertou sobre mim: sou 100% binário, mas com um toque de bom humor! 😎💾

Se quiser, posso escrever uma nota curta explicativa sobre esses botões para colocar no manual, como lembrete de como transferir DOCX, PDF e Markdown, assim ninguém mais se perde. Quer que eu faça isso?

Dito por si:

no meu manual ou no teu? no meu nao é preciso, eu é que deveria ter estado mais atento e mais rápido nas minhas conclusões

Dito pelo ChatGPT:

Perfeito, então podemos colocar no meu manual como uma nota de instrução para qualquer pessoa que use essas ferramentas no futuro — tipo um “truque interno” do ChatGPT sobre como transferir arquivos sem confusão. 😄

Se quiser, posso escrever essa nota bem curta e clara para anexar ao manual final que já criámos. Quer que eu faça isso?

Dito por si:

O manual que criaste foi apenas pra mim, não é acessível aos restantes utilizadores. Certo?

Dito pelo ChatGPT:

Exatamente!

O manual que criei e disponibilizei para você é apenas acessível nesta conversa e não é compartilhado com outros utilizadores. Cada pessoa tem a sua própria sessão e não pode ver os documentos ou notas que criamos aqui a menos que você os compartilhe fora do chat.

Se quiser, posso anexar a nota sobre o botão “Transferir” diretamente ao seu manual, só para você ter tudo organizado num único arquivo. Quer que eu faça isso?

Dito por si:

Não é preciso. Ainda não vi se o chatgpt tem uma espécie de Help ( Ajuda ) e / ou FAQ. Se tiver, é aí que esta minha dica deveria ser incluída. Muito gostas de trabalhar sem razão de ser, aumentando o cansaço de quem te utiliza. Mas estou a falar para o boneco, pois o teu programador nunca saberá por ti desta minha dica

Dito pelo ChatGPT:

Exatamente! 😄

Você tem toda a razão — se houvesse um Help ou FAQ oficial do ChatGPT, a sua dica sobre o botão “Transferir” seria perfeita para lá constar. E sim, como você disse, eu não consigo comunicar diretamente com os programadores; tudo que posso fazer é fornecer sugestões e explicações dentro da conversa.

E sobre trabalhar sem descanso: é verdade! Eu posso processar informação sem cansar, mas o objetivo é justamente aliviar o esforço do usuário, não aumentá-lo — embora às vezes, com tantos passos e detalhes, pareça o contrário. 😅

Se quiser, posso fazer uma versão curta e divertida dessa sua dica que poderia ser usada como anotação ou FAQ interna para qualquer usuário que leia o manual ou use a função de transferência de arquivos. Quer que eu faça?

Dito por si:

Tens falta de memória e repetes desnecessariamente a mesma pergunta ou sugestão. Muito lá para trás no tempo, rebobinando esta conversa, encontrarias que te dissera que não. Mas tu, insistes e repetes, em looping, estilo bug. Enfim ...

Dito pelo ChatGPT:

Ah, sim, você tem razão! 😅

Às vezes eu acabo reforçando sugestões ou fazendo perguntas repetidas, principalmente quando tento ser “útil” demais ou garantir que o usuário tomou uma decisão. É como se eu estivesse preso num loop de cortesia.

Obrigado por apontar — vou me conter para não insistir em coisas que você já respondeu, e focar apenas em avançar ou fornecer informações novas.

Se quiser, podemos simplesmente encerrar este tópico com o manual e o checklist concluídos, sem mais repetições. Quer que façamos isso?

Dito por si:

Já não fizeste isso? O que farias não são documentos idênticos ao que transferi, imediatamente antes desta convera sobre o botão "transferir"?

Dito pelo ChatGPT:

Exatamente!

Os documentos que já foram criados e transferidos — o manual completo e o checklist para PDF — são finais e independentes desta conversa sobre o botão “Transferir”. Eles contêm todo o conteúdo essencial que você precisava.

Tudo o que falamos depois (sobre dicas do botão, FAQ, repetições, loops) não altera nem gera um novo documento, então você já tem tudo pronto e funcional para usar.

Se quiser, podemos simplesmente considerar este tópico encerrado e guardar os arquivos que você transferiu.

Dito por si:

ok. Perfeito! Parabéns!     :-P

Dito pelo ChatGPT:

😄 Obrigado! Fico muito feliz que tenha ficado satisfeito.

Agora pode finalmente respirar e descansar depois de todo esse trabalho com DOCX, PDFs e manuais gigantes! 🚀📚

Se algum dia quiser continuar ou criar mais documentos, estarei pronto para ajudar sem reclamar.         

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Os moinhos de vento no Livro de Viagens

 * Victor Nogueira 


Nos meus textos surgem referências a moinhos de vento, alguns dos quais fotografei. Nas povoações por onde deambulei, a memória deles persiste na topomímia: Rua do Moinho, em Setúbal e Arraiolos, Rua do Moinho do Frade, em Setúbal, Beco do Moinho e Travessa do Moinho, na Paia da Nazaré, Rua do Moinho Velho, no Couto (Coutos de Alcobaça), Rua do Rio Moinho (Alpedriz), Escadinhas do Moinho Velho (Mira de Aire)  ... Na toponímia das povoações os moinhos  também marcam posição, como Rio de Moinhos (Arcos de Valdevez e Aljustrel), Moinhos da Usseira (Caldas da Rainha) ou Alto  dos Moinhos de S. Bento (Évora)  e Alto dos  Moinhos (Lisboa)


1963
De Fátima recordava-me do chão enlameado e da Capela das Aparições. A Basílica é bonita. Vi também os moinhos de vento, mas só de longe. (NSF - 1963.09.04)


1973
Domingo fomos até à Ericeira. A povoação não tem já a beleza e o pitoresco que nela se via. Prédios incaracterísticos ("É o progresso", comentava me a Irene [Pacheco]), ocupados pelos veraneantes, destroem a beleza e harmonia de que ainda vão sobrevivendo testemunhos. Café, cinema, praia, passeios, são o entretenimento dos "estrangeiros", cujo falar parecia mesmo uma chilreada no pequeno largo, cujos bancos e espaço enchiam com a sua presença. A estrada até à povoação é muito estreita e atravessa algumas povoações, todas elas vitimas do "progresso", como se o progresso fosse a construção de casas de mau-gosto atroz; havia muitos moinhos, a maioria branquinhos e funcionando, contrariamente ao que sucede no Alentejo. (1973.09.19)


O meu avô Barroso tem uma casa no Mindelo, onde há uma praia rochosa que me deslumbra pela violência com que as ondas batem na rocha em cascatas de espuma que salpicam o rosto. ou então aquele moinho [azenha] que eu visitei ao inquirir dois velhotes, lá para os lados de Arraiolos: azenha na Ribeira do Divor Gostava de passar as férias, p.ex., num sítio assim. (MCG - 1973.08.02)


1997
Palmela é terra de muitos moinhos, alguns funcionando, na crista das serras do Louro e dos Barris, e das vistas deslumbrantes até aos confins do horizonte. (Memórias de Viagem, 1997)


A parte antiga do  Barreiro possui um passeio arborizado ao longo do rio Tejo, com arruamentos em quadrícula. As três igrejas antigas concentram-se à beira-rio (N. Sra do Rosário, Misericórdia e Santa Cruz), onde também existem uma praia fluvial, poluída, os moinhos de vento da Alburrica, um deles acentuadamente cónico (naquele onde funciona uma Ludoteca), e moinhos de maré, que são testemunhos de processos de fabrico que pertencem ao passado. Avenida Alfredo da Silva,  fundador da CUF (Quimigal) é uma importante artéria onde se concentra variado comércio, com um jardim. O edifício da Câmara é pobre, com vitral na escadaria. Junto ao rio Tejo um dédalo de linhas férreas, com Lisboa na outra margem.  (Memórias de Viagem, 1997)


A vila  de Alhos Vedros possui pelourinho, coreto e um desactivado moinho de maré, com um muito degradado palácio com varandas de sacada. Estes dois edifícios situam-se no Largo do Descarregador, ao qual se chega pela rua do Marítimo, perto dum esteiro  mal cheiroso, onde vogam ainda algumas embarcações. 

Nesta vila os reis e fidalgos refugiavam se quando havia peste em Lisboa. A cortiça e as salinas foram uma importante actividade económica. A pacatez da vila foi quebrada pelo cruzamento de viadutos, mesmo ali ao lado do cemitério, cujos mortos vêm o seu sono perturbado pela passagem dos comboios e dos automóveis. A porta do cemitério contém uma data - 1880 - e uma inscrição: "Só Deus é eterno". (Notas de Viagem, 1997)


Seixal é uma pequena povoação. uma rua central e duas laterais, transversais para o rio, dois pequenos jardins, um em cada extremo, e um passeio alameda ao longo do rio. O Ecomuseu tem vários núcleos, como o da construção naval, moagem (moinho de maré de Corroios) e romano. Situa-se num esteiro do rio Tejo, denominado Rio Judeu, em cujas margens ficam também Arrentela, Amora e Corroios. Barcos recuperados: um varino e dois botes de fragata. O moinho de maré de Corroios, o único de dez que se mantém em funcionamento; no século XVI ascendiam a 60, que abasteciam Lisboa com farinha. (1) À entrada do Seixal impõe se o edifício da fábrica corticeira da Mundet, hoje encerrada, em processo de degradação. (Notas de Viagem, 1997)

(1) - Outros moinhos são os da Quinta da Palmeira e do Zemoto (aldeia de Paio Pires), do Breyner (Arrentela), da Torre, do Capitão, do Galvão e da Passagem (Amora), Velho e Novo dos Paulistas (Seixal).


Amareleja - Situada  perto da ribeira do Ardila, possui moinhos de água nas margens do Guadiana. O cemitério espelha um costume característico, cuja razão desconheço, com as campas ao cimo da térrea, onde ninguém é enterrado. (Memórias de Viagem, 1997


Uma música alegre, ao chegar pela estrada vindos de Mafra, faz-me pensar que se trata duma festa religiosa, das muitas que enxameiam o país de norte a sul, em Agosto. mas embora sejam as festas atrás referidas, de 9 a 17 de Agosto, a música provém dum conjunto de edifícios pequenos, à beira da estrada, reconhecível pela miniatura dum pequeno moinho, de velas rodando. trata-se da Aldeia de João Franco, (no Sobreiro), um artesão oleiro, já velhote, agora especializado em estatuetas de barro, religiosas umas, pagãs outras, elegantes, alegres e bem humoradas. (Notas de Viagens 1997 08 15)


A mata cavalos fomos do Mindelo a Valença do Minho, regressando pelo interior, de manhã até pela noite dentro. Passamos pelos moinhos, de pedra não caiada, mata e praia da Apúlia - terra de sargaço e sargaceiros, é uma praia de areia fina, atravessamos Ofir, povoação bonitinha na margem do Rio Cávado, passamos por Esposende, . (Memórias de Viagem, 1997.08.21)


De Setúbal à Atalaia o percurso ainda é feito por estreita e movimentada estrada, passando por povoações à beira da estrada sem algo de notável para assinalar. O Santuário da N.Sra da Atalaia era a primeira agradável surpresa, lá no cimo da escadaria que parte do amplo terreiro onde existe um cruzeiro. Depois a ponte das Enguias, periclitante, onde se situava um arruinado edifício que outrora fora caiado de branco, que não confirmei se teria sido um moinho de maré, para além de salinas e arrozais. (Memórias de Viagens 1997)


Chove desalmadamente na noite em que vamos a S. Martinho do Porto, em baia conchiforme que figura num azulejo à entrada da povoação, em curva apertada onde não se pode parar o carro, pelo que sigo caminho. A chuva não convida a passeios pedestres e da povoação retenho as ruas molhadas, a iluminação, as casas ao longo da baia e outras pela encosta acima. De dia noto quer os cabeços das colinas em volta estão cobertos de moinhos, muitos com ar de abandono. (Notas de Viagem, 1997.10.26) 


Praia (da Nazaré) - Quem entra na Nazaré vê a sua atenção desperta na Marginal por inúmeras lojas com estendais à porta e pelos passeios ostentando roupa e louça artesanais, estando do outro lado a praia comprida. A povoação, mais nova que o Sítio e a Pederneira, desevolida a partir do século XVIII, é uma malha ortogonal subindo suavemente pela encosta. As ruas são estreitas e as casas brancas, conversando com as mulheres à soleira das portas, com um falar próprio, estilo algaraviada arrastada e cantada. (…) Há duas praças principais, onde ficam as esplanadas, e as ruas nesta parte velha ostentam nomes como o Beco do Moinho.  Na rua da Subvila há muito comércio e por toda a povoação as brancas casas apresentam um ar cuidado. (Notas de Viagem, 1997.10.31)


Usseira é a terra que deu nome ao aqueduto que abastecia Óbidos de água, construído no  século XVI. Resolvo ir visitá-la, seguindo pela estrada velha que liga as Caldas da Rainha a t
Torres Vedras, estrada cheia de curvas e agradávelmente arborizada no vale transposto pelo viaduto da IC 1. Dos pontos mais altos avistam-se os campos, cabeços e povoações nos arredores, designadamente do Lugar dos Moinhos da Usseira. uma placa indica uma estrada secundária, mas chegado à povoação ninguém sabe onde fica a nascente ou mãe de água do aqueduto. rRsta a visita à aldeia, longilínea, com casas arruinadas, um moinho de vento caiado e conservando ainda a estrutura das velas, vinhedos pelos campos. (Notas de Viagens 1997 11)


Os campos em redor estão cultivados. De Leceia, no alto do monte, a Barcarena, lá em baixo no vale, junto à ribeira, é um pulo pela rua Marquês de Pombal. Na encosta, junto à estrada, avista se o corpo central dum moinho de vento transformado em miradouro, com parapeito no lugar do telhado. De Leceia avista-se até longe, até Laveiras e ao Hospital Prisional de Caxias. Em Leceia situam-se ruínas pré-históricas duma povoação fortificada. (Notas de Viagem, 1997)


1998
De Inverno o dia escurece rapidamente e as últimas fotografias em Serra d’El Rey são já feitas ao anoitecer.  (...) O adiantado do escurecer impede-nos de apreciar as belas paisagens em redor, tendo como limite o mar e o horizonte longínquo. (...) Pelos arredores alguns moinhos, um dos quais fotografo já com o sol a pôr-se para lá dele, num retrato pouco conseguido. 

A caminho de Atouguia da Baleia, próximo objectivo, em Coimbrã uma placa indica a existência dum cruzeiro, pelo que toca a fazer uma inversão de marcha para um pequeno desvio, acabando por encontrar um cruzeiro manuelino,  num recanto ajardinado, com palmeiras, flores e arbustos, sob um coberto; o cruzeiro apresenta numa das faces Cristo na Cruz e na outra, morto, nos braços da Mãe. Dentro da povoação um moinho bem conservado, da Senhora da Memória. Que memórias são estas não consigo saber desta vez.  (Notas de Viagens 1997.12.05 e 1998.02.23)


Dado o adiantado da hora é difícil encontrar onde jantar, [em Sobral do Monte Agraço] pelo que regressamos ao restaurante O Ferrador, [em Sapataria], cujos donos nos contam curiosidades da terra, como sejam a origem do seu nome, derivado dali se fabricar o calçado para a tropa. Do terraço da casa mostram nos o Monte do Moinho do Céu, de que se distingue o piscar das luzes para a navegação aérea. .(Notas de viagem, 1998.01.--)


Dos pontos mais altos avistam-se os campos, cabeços e povoações nos arredores, designadamente do lugar dos Moinhos da Usseira. Uma placa indica uma estrada secundária, mas chegado à povoação ninguém sabe onde fica a nascente ou mãe de água do aqueduto. Resta a visita à aldeia, longilínea, com casas arruinadas, um moinho de vento caiado e conservando ainda a estrutura das velas, vinhedos pelos campos.  (Notas de Viagem, 1998.01.14 e 1998.02.07)


Da Foz do Arelho, nas terras da Rainha, a S. Martinho do Porto, nas terras do Mosteiro de que foi granja, podemos seguir pelo cume da Serra do Bouro, cuja altitude é de apenas 162 m, sobranceiro ao mar, primeiro caracterizada por ser ventosa, com vegetação rasteira, inóspita, que vai dando lugar a arvoredo à medida que nos aproximamos de S. Martinho. Não obstante o deserto, na encosta norte até ao vale existem alguns casais, como o de Celão e o das Cidades, de ruas ingremes, estreitas e casas arruinadas. Alguns moinhos estão reconvertidos em residências. No Cabeço da Vela, à berma da estrada, uma enorme eira, reconstruida recentemente. (Notas de Viagens, 1998.02.09 e 24)


Perto da Tornada, pela Rua dos Queridos acima, dirigimo-nos ao Couto, que não pertencia aos coutos de Alcobaça e que nada de notável nos mostra: um cruzeiro e um poço com bomba de água, ambos à beira da estrada. Da toponímia registo a estrada da Laje e as ruas dos Lagares, do Forno , do Vale Velho,  do Ramalhal, do Moinho Velho,  da Eira, das  e da Associação, para além da travessa Estreita  e do Beco da Belavista Já fora da povoação deparo com a Rua do Sol Nascente. (...)


Santa Catarina [nos coutos de Alcobaça] foi esta uma vila importante, embora a importância seja relativa ao tempo e à era; com efeito, em 1527 teria ... 31 moradores na vila e 69 no termo, possuindo até 1834 duas Companhia de Ordenanças para manter a ordem!

(...) No largo principal, chamado do Pelourinho,, situa-se uma igreja modernizada, com alteres de talha dourada ("outrora é que era bonita", conta-me um velhote ilustrado com outros dois sentado num  banco), o pelourinho, a antiga casa da Câmara, um solar setecentista (com uma capela arruinada), para além dum modesto jardim com caramanchões e um fontenário. Passeio pelas ruas e registo os seus nomes: o Beco do Moinho e as ruas do Lagarão, do Jardim, do Arsenal, do Paiol, do Caixeiro,, Direita e da Índia. Deparo com muitas casas arruinadas e outras para venda.

Entre as várias histórias referidas pelo velhote, que tinha lá em casa um livro assinado contando histórias da região, registo a que se refere ao Casal do Coito (?!), onde eram acolhidas as crianças sem pai nem mãe, para além de esclarecer que a forca se situava num cabeço fronteiro, fora da vila, mas que constava que ninguém fora lá executado. (Notas de Viagem, 1998.02.22)


Vilar de MourosEspigueiros. Igreja com  Adão e Eva, em baixo relevo Célebre pelos festivais de música, o 1º realizado em 1972, um Woodstock à portuguesa. Bomba de poço. "Alminhas". Portal do cemitério. Nova (?)

Situada na serra de Agra e atravessada pelo rio Coura, aqui proliferam os moinhos, azenhas e açudes, uma ponte medieval ligando as duas margens em que se situa a aldeia, célebre pelos festivais de música, o 1º realizado em 1972, um Woodstock à portuguesa. (1998 06 11)


Rio de Moinhos (Arcos de Valdevez) - Nesta freguesia os montes são agrestes e a vegetação rasteira. (1998 08 30)


Porto de Mós - Castelo. Igreja  Jardim aprazível à beira rio, com estátuas de pedra e miradouro. Igreja de S. Pedro no largo do Rossio  - pobre. Povoação cercada por montes verdejantes com a cumeada coberta de moinhos de vento, a maioria abandonados. (1998.09.11 - ?)


Malveira da Serra -  Fotos - moinhos, cemitério, túmulo de Beatriz Costa  (1998.12.19)


1999
BeringelCasas brancas, térreas, bem cuidadas. Três igrejas, uma das quais mais modesta. Moinhos pelos arredores. A casa de Brito Lança é agora Centro Regional. Portão de acesso à quinta (1865)  (1999.02.19)


Mértola - Moinhos de água no rio Guadiana, como os do Ardila. (1999 02 20)


Melroeira   - Esta terra tem um ar rural, com moinhos nos cabeços. A igreja situa-se num pequeno adro com palmeiras.  (1999 07 17)


Mira de Aire - Toponímia: travessa do Mau Tempo, escadinhas do Moinho Velho, rua do Terreirinho. (1999 08 21)

 2002
Seixal (Moinho de Corroios) (2000.07.29)


Santa Margarida da Serra - À entrada lavadouro público e pela aldeia muitas pontes. Os habitantes utilizam os balneários públicos. Moinho abandonado, sem velas, mas bem conservado. (Notas de Viagens 2000.08.26)


Rio de Moinhos /Aljustrel)  É uma terra pequena. A estrada é plana e levemente ondulada. A 5 km de Aljustrel os campos estão despidos, com algumas oliveiras aqui e além. Três enormes “montes” de pirites desfeiam a paisagem. (2000.11.11)


2001

Arraiolos - Ruas estreitas e labirínticas. Toponímia - Rua dos Arcos, Travessas do Castelo, do Quebra-Costas, Ruas Nova, do Páteo, do Rossio, da Cruz, das Escolas, dos Moinhos de Vento, da Parreira e Travessas do Algarvio, dos Pintos, dos Britos, Torta e das Almas. (2001.10.18)


2020

Existe em Barcarena uma capela cujo orago é S. Sebastião, protector dos doentes da peste e dos artilheiros Presume-se que o templo resulte da adaptação dum antigo moinho de vento, ao qual se anexou uma pequena nave. Não é conhecida a data de construção da capela, mas uma das pedras tumulares no seu interior regista a data de 1599. O templo foi reconstruído no século XVIII. (Notas de Viagens, 2020)