Allfabetização

Este postal é - creio - uma fotografia retirada dum dos dois filmes que há dias vi sobre as campanhas de alfabetização, as tais em que eu gostaria de ter participado em Agosto último se ... Esta cena do filme era comovente: uma mulher que até aí não sabia comunicar por escrito, conseguir fazê-lo. A procura das sílabas, o gesto hesitante, o voltar atrás para corrigir ou desenhar melhor a letra !!! Deve ser bestial um tipo descobrir que sabe ler, não achas? (1974)

Escrevivendo e Photoandando

No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e não me apetecia ir para o Mindelo. "Fechado" em Setúbal, resolvi escrever um livro de viagens a partir dos meus postais ilustrados que reavera, escritos sobretudo para casa em Luanda ou para a mãe do Rui e da Susana. Finda esta tarefa, o tempo ainda disponível levou me a ler as cartas que reavera [à família] ou estavam em computador e rascunhos ou "abandonos" de outras para recolher mais material, quer para o livro de viagens, quer para outros, com diferente temática.

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Depois, qual trabalho de Sísifo ou pena de Prometeu, a tarefa foi-se desenvolvendo, pois havia terras onde estivera e que não figuravam na minha produção epistolar. Vai daí, passei a pente fino as minhas fotografias e vários recorte, folhetos e livros de "viagens", para relembrar e assim escrever novas notas. Deste modo o meu "livro" foi crescendo, página sobre página. Pelas minhas fotografias descobri terras onde estivera e juraria a pés juntos que não, mas doutras apenas o nome figura na minha memória; o nome e nada mais. Disso dou por vezes conta nas linhas seguintes.

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Mas não tendo sido os deuses do Olimpo a impor me este trabalho, é chegada a hora de lhe por termo. Doutras viagens darão conta edições refundidas ou novos livros, se para tal houver tempo e paciência.

VN

quarta-feira, 11 de junho de 2025

Letras empilhadas, ano após ano, em Junho, 11, (re)colhidas em 2025

 * Victor Nogueira


 11 de junho de 2011

·Lassos

como roupa

no chão....... em rodilha

…............... Rugas

(imperceptíveis)

….................nos olhos

um leve sorriso:

olá amiga!

.

um erguer pela gola

um desalento

um sorriso brando

.

na serenidadde do entardecer

uma enorme interrogação

a luz do candeeiro

o pó dos caminhos

.

nos lábios

um leve sorriso

(imperceptíveis)

…......................ao canto dos olhos

rugas................na alma

um enorme cansaço

1972.Março.04 - Évora

.Cântico negro, de José Régio

.

Não sei para onde vou

Não sei por onde vou,

É um átomo a mais que se animou...

É uma onda que se alevantou,

A minha vida é um vendaval que se soltou,

Ninguém me diga: "vem por aqui"!

Ninguém me peça definições! 

Continua em http://www.releituras.com/jregio_menu.asp

~~~~~~~~~~~

Manuela Miranda

Lassos como um belo rorriso. . . E às vezes tbem n sei para onde vou. Indecisào. Indecisáo na vida tbem nos faz as rugas dos lassos. É preciso encontrar as pessoas certas e o caminho certo. Gostei mto bjs obrigada amigo Bfsemana

14 a

Carmen Rosário Montesino

Fazes bem em guardar com tanto cuidado os manuscritos! São, cada vez mais, uma raridade! Lindo, o teu poema... Um abraço, com carinho ❤

14 a

Alice Coelho

num caminho com varias ramificções...cada um tem a liberdade de escolher o que melhor trilho lhe parece....o que não quer dizer que seja o melhor!!!!

14 a

Lurdes Martins

Ai, amigo, temos que estar juntos... eu sei, estou em falta...mas isto tem estado dificil... Abreijo-te. 🙂

14 a

Clara Roque Esteves

Eu gosto muito, mas muito, do Cãntico Negro. Mas adorei o teu( ???) poema. Curto, dizendo tudo. Boa peça literária.

14 a

Cecília Barata

Lindos os dois poemas. O do José Régio já conhecia, do teu gosto mto, mto , mesmo!!!Um grande beijinho, meu amigo.

14 a

Edite Pinheiro

Gostei do Cântico negro de José Régio. Obrigado Victor por partilhar! Abraço

14  a  

Maria Lúcia Borrões

Olá amigo!

13 a

Ana Albuquerque

Um sorriso escancarado!...

12 a

Belmira Patrício

olá amigo! 🙂

12 a

Maria Márcia Marques

Um sorriso brando e sincero a iluminar um dia frio de inverno.....

11 a

Victor Barroso Nogueira adicionou 98 fotos novas ao álbum: Cartazes Políticos - PCP e não só !

11 de junho de 2011  · 

   Clara Roque Esteves

Persistente, Vítor. Admiro a tua coragem e perseverança. Bjos.

14 a

Eduardo Martins

Eu ainda me lembro de muitos destes cartazes ...

14 a

Clara Roque Esteves

A minha 1ª secção do PS era em Moscavide...ainda não havia na Portela. Depois..mudei de secção, depois...saí formalmente do partido...Mas, persistente como tu...continuo a BOTAR NELES...

14 a

António Calixto

Para um futuro arquivo...muito já se perdeu...se tens hipotese não pescas a persistência

14 a

Clara Roque Esteves

Vitor, o Eduardo tem aqui umas fotos que tirou ao Alvaro Cunhal em 1989, feitas num comício do PC. Queres q as enviemos durante a semana? Vais gostar, são emblemáticas.

14 a

António Calixto

Na minha opinião deves, aqui, arquivar todos...para que não se perda a evolução da expressão grafica. Esta pequena amostra já da para perceber...a mudança de expressão. Quando for a Évora ver se nos encontramos...se ainda nos reconher-mos

14 a

Victor Barroso Nogueira

Tenho uma enorme colecção de autocolantes, alguns que mostram as mudanças, sobretudo do PS Esteticamente, para mim os melhores são os do PCP e do MRPP. O PS tem muito bons, mas os piores, esteticamente falando, são os do PPD e do CDS (mas que raio, a direita não consegue designers ou artistas de qualidade?) [É como o Sá Carneiro, no Portugal de lés a lés que percorri só encontrei um sofrível memorial] e do MDM. E tenho um razoável port-folio de murais e grafittis, que só publicitarei em livro, se arranjar uma Pilar, o que se me afigura cada vez mais difícil 🙂 E na minha pequena colecção de medalhas a única oficial do PCP em que surge a efígie de Álvaro Cunha é a do 1º Congresso na legalidade (MUITOS COMUNAS DUVIDAM QUE TAL TENHA SUCEDIDO).Nunca mais a figura do Álvaro Cunhal saiu em medalhas e não conheço um úrico autocolante ou cartaz em que não surja se não o nome dele.

14 a

Victor Barroso Nogueira

Clara, tb tenho muitos do PS e da UDP e pergunto: mas que volta de 180 º desde o PREC até hoje ? E as vinhetas mais antigas que possuo são da campanha eleitoral de Humberto Delgado (1958) e da Queima das Fitas da AAC em 1969

14 a           

11 de junho de 2012  · 

Foto Victor Nogueira - Oeiras (antiga fábrica da pólvora de Barcarena)

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   Margarida Piloto Garcia

Gosto deste enquadramento.A casa ao fundo quase me parece saída de tela de pintor.Cores fabulosas quase de aguarela .

13 a

Maria Jorgete Teixeira

O arco faz de moldura...bela perspectiva!

13 a

Belaminda Silva

Lindo,,, obrigada camarada por partilhares. Beijinhos♥♥♥

13 a

Isabel Maria

Boa noite! desta eu gosto das sombras...bjs

13 a

Victor Barroso Nogueira

E eu da vida que o colorido transmite, apesar da ausência de seres vivos, Isabel Reis Bjos meus :-)*

13 a

Isabel Maria

Ok! é bom partilhares fotos e ao mesmo tempo podermos comentar o gostos... isso é positivo

13 a

Clara Roque Esteves

E eu pensando: " que bela casa tem o Vítor"...bela imagem, Vitor. Reconheço o local.

12 a

11 de junho de 2012  · 

Foto Victor Nogueira - Vilar de Mouros (leito do Rio Coura no Verão)

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 De Castro Barros Orlanda

parque das merendas?!...

13 a

Victor Barroso Nogueira

Não, Orlanda De Castro Barros Escrevi agora que é o leito do Rio Coura, no Verão !

13 a

Margarida Piloto Garcia

Passei por lá uma única vez há 33 ano e adorei

13 a

Nandinha Monteiro

Muito bonito ,nao conheço .Obrigada Victor...beijinhos

13 a

Carmen Rosário Montesino

Muito aprazivel!!! Gracias 🙂

13 a

Alice Coelho

Fixes!!! beijos

13 a

Isabel Maria

O que é que Vilar de Mouros tem? o Festival e este lindo rio ...um abraço

13 a

Maria Jorgete Teixeira

Vilar de Mouros tem muitas coisas bonitas!!!

13 a

Yolanda Botelho

para mim dos lugares mis bonitos de Portuga,bj amigol

13 a

Ana Roque

Lindo! Há anos que não passo por lá... bjs

13 a

Belaminda Silva

Muito lindo fica muito pertinho de onde eu habito! Obrigada amigo Victor pelo teu sempre carinho. Tem uma linda noite com bons sonhos. Beijinhos♥♥♥

13 a

Victor Barroso Nogueira

Fica perto do Porto e é um passeio agradável a ida e o regresso, Nandinha Monteiro :-)*

13 a

Nandinha Monteiro

Portugal no seu melhor!!

13 a

José Inácio Leão Varela

Também como tua amiga Ana Roque, que não vou para esses lados...até já nem me lembro bem do local nem para que lado fica.. Obrigado caro Victor Nogueira...abraço e boa noite..

13 a

Victor Barroso Nogueira

Varela José Inácio É uma aldeia no Concelho de Caminha, que fica na ponta NW de Portugal, a caminho de Vila Nova de Cerveira e perto do Rio Minho 🙂

13 a

Thatalyscal Scaldelai

Lindo lugar!!! 😊

13 a                                                          

11 de junho de 2014  ·   · 

foto victor nogueira - alcácer do sal - casas típicas do rio sado para jusante

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Judite Faquinha
Obrigada camarada Victor, gostei, tipimicamente ALENTEJANO, Alcácer do sal. bjocas ❤
11 a
Elsa Cardoso Vicente
Excelente fotografia
11 a
Nascimento Maria
Não conheço esta casa como sendo tipicamente Alentejana de maneira nenhuma!!! Quem o diz não conhece o Alentejo Peço desculpa não concordo
11 a
Fatima Mourão
adorei ❤
11 a
Victor Barroso Nogueira
Nascimento Maria Estas casas eram casas típicas do Rio Sado que nasce no Alentejo e desagua na península de setúbal. Existem nos arredores do Alcácer do Sal e no estuário do Rio Sado, neste preservadas pela Reserva Natural do Estuário do Sado. Aliás outrora o Sado eranavegável até Alcácer como o Guadiana o era até Mértola.
Sendo menos conhedcidas, não são menos alentejanas que as de pedra e cal nas aldeias e montes do alentejo. Embora de pau a pique e telhados de colmo em zonas arenosas, que outrora estiveram cobertas pelas águas do mar, elas estão caiadas de branco, como se vê na foto.
11 a
Nascimento Maria
Eu nao conheço tudo de Alcacer mas passo muita vez por lá pouco ou nada tenho visto estas casas não digo que não algumas mas tipico do alentejo ? vão visitar as aldeias ppara conhecerem melhor para não errarem tanto
11 a
Victor Barroso Nogueira
Eu conheço todo o Alentejo, desde a margem esquerda do rio guadiana ao oceano e desde o rio Tejo à serra algarvia. Aliás, percorri e conheço Portugal de lés a lés, com excepção dos Açores. O que eu disse é que são casas típicas do rio sado e como tal típicas duma zona do alentejo.

Portanto garanto que eu não errei e que a Maria do Nascimento não conhece tudo LOL
11 a
Luisa Neves
(Y)
11 a
Custodio Dos Santos L
Menina nascimento Maria o Alentejo não é só Beja
11 a
Nascimento Maria
Pois não!! ser Custódio no Alentejo á muitas aldeias e se o sr tiver acesso á minha pagina vê as casas tipicas do alentejo não tem nada aver com as casas dos pescadores do rio Sado
11 a
Antonio Lopes Marques
Manda-me o teo Email
11 a
Clara Roque Esteves
Não conhecia. Agradeço também esta dica. Beijinhos.
11 a
Isa Alçada
Lindas fotos , beijos
11 a
Maria Lisete Almeida
Grata Amigo Victor Nogueira. Penso que estas casa predominavam na zona zona de Montalvo, onde havia uma herdade enorme e hoje existe um codomínio privado ... Bem haja. Abraço.
11 a
Jose Sa
Uma zona de fixação de africanos para a faina do arroz. Além das palhotas, ainda há muita gente com traços mestiços.
11 a
Victor Barroso Nogueira
Jose Sa Na zona de Alcácer do Sal mas tb por todo o alentejo houve "colónias" africanas e os seus traços são visíveis nos descnedentes "brancos", no cabelo em carapinha, nos lábios, nos malares ...

Seraim estas casas como a da foto reminiscências das cubatas e das sanzalas? Em Setúbal, no casal das figueiras, havia casas similares
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2250070976652&set=a.2003128203237.2105367.1394553665&type=3&theater
11 a
José Eliseu Pinto
Verdade, Jose Sa. Até paludismo havia, à conta dos mosquitos dos arrozais. Por cá, tomou o nome de sezões.

Entretanto, a nossa amiga Maria do Nascimento não se conforma com a diversidade do casario tradicional alentejano que, naturalmente, resulta da própria diversidade do Alentejo, da sua paisagem, da sua cultura, da inevitabilidade geográfica que determina o interior, o litoral, o alto, o baixo, a agricultura, a pesca. Nada de invulgar, afinal, para uma região que ocupa um terço do território nacional.
11 a
Arminda Griff
Lembra as sanzalas /Angola!
11 a                 


 
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No tempo em que eu era mais jovem
a minha memória não era uma manta de retalhos
cada vez mais esfiapados
em farelos
Tudo e todos apareciam nos seus lugares
com nitidez
Hoje sou menos jovem
e a história e o passado estão cada vez mais esmaecidos.
No tempo em que eu era mais jovem
o meu rosto era risonho
e o teu olhar cintilante;
caminhávamos lado a lado
As ruas da cidade eram largas e desassombradas
e tu a serei-a dos meus encantos.
Santa Maria dos travesseiros e das travessuras,
tanto que gostámos um do outro
tanto que de ti gostei
e escrevo no passado porque o futuro nunca se realizou.
Se hoje me sentasse perante mim
não reconheceria o jovem que fui nos vinte anos que tive
hoje com as olheiras das noites mal dormidas
e o rosto baço;
apenas os olhos continuam a sorrir com o brilho das pupilas
apenas iguais as finas rugas ao canto dos olhos.
A cidade não cresceu
manteve-se igual a si mesma
pequena, mesquinha, de vistas curtas
sem a vastidão das plagas africanas onde o horizonte estava para além do infinito e tudo era nítido e contrastante
sem meias águas
De abril e das manhã límpidas a grandeza do sonho
da claridade logo ali,
generosa e cintilante ao virar da esquina, ao alcance da mão e no sorriso duma criança, nada mais resta
foram-se as águas e ficaram as mágoas
sem anáguas
No tempo em que éramos jovens
as ilusões não eram mil paredões amortecidos com a dureza duma rocha!
Ainda haverá esse dia que seja alvorada e não cerrada noite?
Quem está por detrás das palavras, das máscaras?
Quem está sem assombro para lá do proscénio?
Quem mora em nós?
Porque azedou a suavidade do nosso riso cristalino e porque nos afogamos na mansidão das águas revoltas?
No tempo em que éramos jovens o futuro não era uma vereda nem a memória uma rede de interstícios
A vida era feita de portas e janelas abertas ao sol, ao vento, à chuva, à brisa ….
Hoje que já não somos jovens
que esperamos um do outro ?
De que cor são ás águas ?
Águas-mil, águas-fel, águas-mel, águas ardentes?
Que esperamos das ondas que morrem na areia da praia?
“Hoje é o primeiro dia do resto das nossas vidas”
Cada dia que surge é sempre o 1º dia do resto das nossas vidas!
E cada vez menos são os primeiros dias após cada dia que passa para lá desta noite.
Haverá dia em que a noite se torne ainda alvorada alvoreada,
para além do (es)correr da fina areia que no cerca e soterra ?
De quantos rios e risos se faz o mar
e sobre que ondas as gaivotas se fazem ouvir para além do canto da cotovia?
No tempo em que éramos jovens …
,,, era límpido e generoso o futuro !
E hoje ?
Paço de Arcos 2014.06.11
Foto Victor Nogueira

~~~~~~~~~~~~~~

   Maria João De Sousa

Bom poema, Victor Nogueira! Obrigada!!!

11 a

Luisa Neves

Excelente poema. Abraço. 😉 🙂

11 a

Ana Wiesenberger

Gostei muito. Um abraço.

11 a

Maria Jorgete Teixeira

Fez-me lembrar, vagamente, o poema "Aniversário" de Álvaro de Campos. Volto a dizer: gosto deste teu lirismo nostálgico.

11 a

Elsa Cardoso Vicente

Magnífico poema, adorei, obrigada Victor Nogueira

11 a

Milu Vizinho

Camarada Victor obrigado pela partilha, gostei imenso do poema, é muito bonito...Bj (Y)

11 a

Clara Roque Esteves

Vítor Victor Nogueira, este é o teu registo que mais aprecio. Uma grande sensibilidade, uma ternura nostálgica, um tecer de sentimentos e sentidos muito bem elaborado, sentido e consentido. Gostei muito. Muito obrigada pela partilha e, mais uma vez, as minhas desculpas se não te leio regularmente porque nem todos os dias entro no FB. Um grande abraço.

11 a

Maria Célia Correia Coelho

Emocionante Víctor, gostei muito!

11 a

Cecília Barata

Gostei mto, Victor.🙂

11 a

Graça Maria Teixeira Pinto

Brilhante! Destes, gosto! Uma nostalgia, uma ternura,o poeta deixa-se ir por entre as emoções, sem se deter em barreiras. Bj

11 a

Editado

Maria Lúcia Borrões

(Y)

11 a

Maria Lisete Almeida

Gostei muito do seu poema. Parabéns, Grata pela partilha!

11 a

Margarida Piloto Garcia

Lirismo cativante neste belo poema. Há um certo desencanto e pessimismo mas ao mesmo tempo aquele "agora sou menos jovem" traz em si uma brisa de esperança. Adorei estas tuas palavras.

11 a

Jose Gravanita

quando nos soltamos num lirismo que abrange o nosso passado, é impossível libertar-nos do desencanto que a nossa vida revela em cada momento...saírmos do novelo é tão difícil!...

11 a

Manela Pinto

amei compadri Vitro, falta o livro, beijo

11 a

Sheila Gois

Texto reflexivo e encantador. Tudo já está dito, mas gostaria de acrescentar minhas impressões. Quando somos jovens, a esperança parece gritar alto e se mover em nosso peito, e vamos agindo, até sem pensar, porque o grito dela nos ensurdece. O futuro parece mais próximo, e conseguimos determiná-lo com mais clareza. ainda sou relativamente jovem, mas já sinto os sintomas a que você se refere. Quando éramos jovens, fazíamos tudo depressa, e aproveitávamos a vida para errar, já que tínhamos muito tempo para consertar. Agora, que não somos tão jovens, olhamos para trás e visualizamos erros que não foram corrigidos, e acertos sem vvalor ou validade. O desespero da nostalgia bate à porta, mas, como você mesmo disse, Victor, há uma solução; pensar que estamos sempre no nosso primeiro dia de vida. O que passou, passou. E o que ainda passará, não sabemos.

10 a

Filipe Chinita

obrigado.meu querido camarada e poeta

6 a


11 de Junho de 2016  

OLHARES SOBRE LUANDA E PORTUGAL      

textos, de Francisca Van Dunem e de victor nogueira

~~~~~~~~~~

José Manuel Candeias

Victor, tivemos, em tempos diferentes, cruzamentos semelhantes nos caminhos que percorremos. Cada um com as suas incidências e percepções. É o viver.

9 a

Responder

Maria Rodrigues

Obrigada Victor pela partilha, adorei, mas realmente quem veio de fora era tudo muito descontraido, tudo á vontde, era uma vida diferente de cá, que tenhas um bom fim de semana, bjs. da tua sempre amiga, ❤ ❤ ❤ .

9 a

Responder

Maria Lisete Almeida

Bem haja Amigo Victor. Gostei muito. Abraço.

9 a

Responder

Deolinda F. Mesquita

Victor, muito obrigada, excelente, adorei, tenho amigas que vieram fazer a faculdade cá 🙂

9 a

Responder

Filipa Calado

Muito obrigada Victor e a foto é lindissima 🙂

9 a

Responder

Milu Vizinho

Boa noite camarada Victor, excelente, adorei. Obrigada pela partilha, tu és excepcional.Beijo ❤

8 a

Responder

Geninha Cid

Mtos Parabéns João ! Bjs

8 a

Responder

Joao Morais Martins

Obrigado e beijo grande

8 a

Responder

Dalia Birrento

Não era tudo tão lindo como se possa levar a crer nessa Angola! Mas, fica-nos sempre a memória do que não queremos esquecer e preferimos recordar!

8 a

Responder

Victor Barroso Nogueira

Bem sei que não era tudo tão lindo para a esmagadora maioria dos angolanos. E não esqueço o mau nem mitifico o que de bom houvesse, Dalia Birrento

8 a

                       VER Em torno duma entrevista a Francisca Van Dunem

11 de junho de 2017 
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Vasco dos Santos Gonçalves (3/5/1922 – 11/6/2005) - Um Homem na Revolução e 2 poemas - Armando Silva Carvalho e Eugénio de Andrade
NOME DE VASCO - Armando Silva Carvalho
A tua voz excessiva tornava-os mais pequenos.
Eles exigiam-te palavras untuosas,
as secas flores da jactância,
seu sono e alimento.
A verdade saía da tua boca iluminada
e eles tinham os ouvidos postos na mentira
no bocejo intrigante, na fala camuflada.
A tua voz recuada na origem não se perdia
nos afazeres verbais da litigância
não sabia a ganância.
Era o vento dos pobres sobre os metais do luxo.
Não te punhas a embalar o povo
como à criança que tarda a adormecer.
Atiravas-lhe à cara as palavras abruptas
um rosto incorruptível por marés de ferrugem
e gestos de morrer.
A tua fronte vasta tornava-os mais pequenos.
Nela despertava o susto das mães familiares,
o trigo parco dos homens nas tabernas
que te olhavam ingénuos vendo a seara crescer.
Ao colo dos pais os meninos sorriam
e os velhos viam coisas saltar dos teus cabelos.
Mas eras tu que soltavas a vida
amarrada a um poste como um burro de carga
a vida desavinda que os enraivecia
e que lhes dava um coice na pança saciada.
Aqui perde-se o tempo a trabalhar as lendas.
Mas o teu rosto não pode adormecer
sobre a toalha tépida que tece a tua ausência
onde derramo o choro e os outros vão beber.
Porque o teu pulso não suportava a febre
e erguia-se no ar como um pássaro agudo
que respirasse os ventos antes de partir.
Sobre o ladrar dos cães a tua voz alteia
como a papoula que o tempo não desfolha
a coluna de fogo que cai sobre a alcateia.
És o lagar imenso onde as uvas fermentam
sob os pés descalços e vivos da memória.
És a boca que a História utilizou por boca
o corredor onde o orvalho cresce entre a juventude
e os homens se passeiam com trigo na cintura.
Neste lugar de Inverno lembramo-nos de ti
como quem desperta.
Ninguém aqui precisa de recuar no tempo
nem das sereias que engolem o nevoeiro.
Ninguém aqui suporta que tu voltes
como um Desejado
com o seu cortejo de rotas feiticeiras
que gritem pelo teu nome junto aos becos do mar
com as suas luas gordas de saudade e preguiça.
Teu nome está de pé como um mastro
de cal rubra.
Estás aqui, entre nós, no meio do teu País.
Connosco vais contigo porque o povo assim o quis.
~~~~~~~~~~~~~~~~
a Vasco Gonçalves”, por Eugénio de Andrade

Nesses dias era sílaba a sílaba que chegavas.
Quem conheça o sul e a sua transparência
também sabe que no verão pelas veredas
da cal a crispação da sombra caminha devagar.
De tanta palavra que disseste algumas
se perdiam, outras duram ainda, são lume
breve arado ceia de pobre roupa remendada.
Habitavas a terra, o comum da terra, e a paixão
era morada e instrumento de alegria.
Esse eras tu: inclinação da água. Na margem
vento areias lábios, tudo ardia."

11 de junho de 2018  · 

foto victor  nogueira - setúbal - golfinhos em terra, na Praça de Bocage. Estão as ruas da Baixa decoradas com espécies marinhos, entre os quais gofinhos


11 de junho de 2020  · 

foto victor nogueira - Labruge  (Vila do Conde) – Facho do Castro de Sampaio (Alto do Facho)

Já não há vestígios nem memória dos pescadores e produtores de sal que aqui terão habitado até aos tempos da ocupação romana, mas persistem os dos tempos neolíticos e da Idade do Ferro. Junto á Praia dos Castros (entre as de Moreiró e de Labruge) situam-se os “penedos amoladoiros” contendo pequenas depressões alongadas, escavadas na rocha granítica, que teriam servido no neolítico para polirem ou afiarem instrumentos de trabalho. Nesta zona teria passado uma estrada romana.

No Alto do Facho, nas cercanias do marco geodésico existe um afloramento rochoso com gravuras rupestres, remontando às Idades do Bronze ou do Ferro, entre urzes, cactos (figueiras da índia ?) e margaridas selvagens. Do castro marítimo, que seria protegido a poente pela penedia e a leste por uma muralha, conservam-se os vestígios de duas habitações

A ermida centenária e que já existia no século XVII, eventual sucedânea de cultos pré-históricos, tem como orago um mártir cristão, morto às mãos dos sarracenos, de seu nome Pelayo, em 820 E.c. A capela tem vitrais recentemente colocados e a fachada principal está coberta com o que chamo azulejos de casa de banho. As festas religiosas, essas celebram-se anualmente no 1º domingo de Julho. (2015.09.07 “a caminho de Labruge e do castro de S. Paio”) 


11 de junho de 2020  · 

foto victor nogueira - Leça da Palmeira  - farol da Boa Nova  

Entre 1916 e 1926, existiu nas imediações, o Farolim da Boa Nova, torre quadrangular branca com cerca de 12 metros, nas cercanias do actual farol, junto à Capela da Boa Nova, edificado em 1926. O farol situa-se a uma altitude de 57 metros acima do nível do mar, com 46 metros de altura


11 de junho de 2021  · 

Foto victor nogueira - Grafito com as expressões "I don't give a fuck", "Thug life" na Avenida Francisco Fernandes, no Bairro da Belavista, em Setúbal (foto em 2017 08 09 Canon 146_08)

Thug life é uma expressão em inglês que significa “vida bandida”, na tradução literal para a língua portuguesa.
Porém, de acordo com o criador desta expressão, o rapper norte-americano Tupac Shakur, o thug life é um estilo de vida das pessoas que enfrentam muitas adversidades ao longo da vida, mas que nunca desistem de lutar pelos seus objetivos e sonhos.
A partir deste ideal, Tupac criou um movimento social que ficou conhecido por Thug Life, que tinha como principal objetivo fazer com que houvesse um “código de conduta e respeito” entre os criminosos e as comunidades.
No entanto, esta expressão, que foi criada na década de 1990, popularizou-se principalmente entre os gangsters e mafiosos americanos, deturpando o sentido que defendia Tupac Shakur. (https://www.significados.com.br/thug-life/)
A palavra Thug Life em tradução livre significa Vida Bandida, entretanto a sigla em inglês ganhou um significado mais profundo no movimento, as palavras "Thug" e "Life" eram formadas por letras iniciais de palavras que formavam frases de protesto.

A letra T é a inicial da palavra "The", o H é a inicial de "Hate", o U cuja pronúncia em inglês é exatamente idêntica a palavra "You", o G de "Give" , o L de "Lil'" que é o diminutivo de "Little", o I de "Infants", o F de "Fuck" e o E de "Everyone".

Formando assim a frase: "The Hate U Give Lil’ Infants Fucks Everyone" tradução ao português:"O ódio que você passa para as crianças fode todo mundo"

11 de junho de 2024  · 

Foto victor nogueira - Setúbal - Parque Urbano de Albarquel - restos dum mural (2024 04 18  IMG_4457) 

"We are created to create" - Este mural foi executado em 2017, por Latibule Jany (?), no âmbito do projecto municipal "Setúbal mais bonita"

O edifício em ruínas foi uma antiga fábrica de conservas de peixe. Fotos deste  mural encontram-se em «Murais e grafitos em Setúbal 86 - Parque de Albarquel e Quinta da Saboaria» e «Murais em Setúbal 71 - Parque Urbano de Albarquel»  

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