Allfabetização

Este postal é - creio - uma fotografia retirada dum dos dois filmes que há dias vi sobre as campanhas de alfabetização, as tais em que eu gostaria de ter participado em Agosto último se ... Esta cena do filme era comovente: uma mulher que até aí não sabia comunicar por escrito, conseguir fazê-lo. A procura das sílabas, o gesto hesitante, o voltar atrás para corrigir ou desenhar melhor a letra !!! Deve ser bestial um tipo descobrir que sabe ler, não achas? (1974)

Escrevivendo e Photoandando

No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e não me apetecia ir para o Mindelo. "Fechado" em Setúbal, resolvi escrever um livro de viagens a partir dos meus postais ilustrados que reavera, escritos sobretudo para casa em Luanda ou para a mãe do Rui e da Susana. Finda esta tarefa, o tempo ainda disponível levou me a ler as cartas que reavera [à família] ou estavam em computador e rascunhos ou "abandonos" de outras para recolher mais material, quer para o livro de viagens, quer para outros, com diferente temática.

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Depois, qual trabalho de Sísifo ou pena de Prometeu, a tarefa foi-se desenvolvendo, pois havia terras onde estivera e que não figuravam na minha produção epistolar. Vai daí, passei a pente fino as minhas fotografias e vários recorte, folhetos e livros de "viagens", para relembrar e assim escrever novas notas. Deste modo o meu "livro" foi crescendo, página sobre página. Pelas minhas fotografias descobri terras onde estivera e juraria a pés juntos que não, mas doutras apenas o nome figura na minha memória; o nome e nada mais. Disso dou por vezes conta nas linhas seguintes.

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Mas não tendo sido os deuses do Olimpo a impor me este trabalho, é chegada a hora de lhe por termo. Doutras viagens darão conta edições refundidas ou novos livros, se para tal houver tempo e paciência.

VN

sexta-feira, 8 de março de 2013

Victor Nogueira - Mulheres e Lutas

P Victor Nogueira
Internet
Mulheres e lutas
 
Fruto da Revolução Francesa, a primeira Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão data de 1789. Mas logo em 1791 surgiu a Declaração das Mulheres e da Cidadã de Olympe de Gouges, que acabou guilhotinada.
 
«A mulher nasce e vive igual ao homem em direitos» lê-se nesta declaração que está disponível em www.dhnet.org.br/direitos/anthist/mulheres.htm . Esta luta prosseguiu através dos movimentos feministas e das greves operárias.
 
Em 1910, por proposta de Clara Zetkin, é criado o Dia Internacional da Mulher (www.socialismo.org.br/portal/historia/149-artigo/1407-dia-internacional-da-mulher-em-busca-da-memoria-perdida ). Todavia, depois da efémera Comuna de Paris (1871), a igualdade plena entre homens e mulheres só foi reconhecida pela Revolução Socialista de Outubro, na Rússia (1917).
 
Em Portugal, é a Revolução de 1974 que consagra a plena igualdade de direitos, fixada na Constituição de 25 de Abril de 1976.
 
Datas e factos marcantes na história das lutas das mulheres em Portugal encontram-se em mulheresnomundodotrabalho.webs.com/datasefactossignificativo.htm tal como tal como em neh.no.sapo.pt/documentos/os_movimentos_femininos_em_portugal.htm .
 
 
É de realçar o grande contributo das mulheres na resistência ao fascismo, nas greves operárias, enfrentando a repressão e sacrificando a própria vida como foi o caso de Mariana Torres, a primeira operária tombada em Portugal, durante a greve das conserveiras de Setúbal (1911).
 
A temática feminista é desenvolvida em www.mulheres-ps20.ipp.pt/, havendo igualmente informação importante nos sites do Movimento Democrático de Mulheres (MDM); União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR); Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), da Associação Portuguesa de Estudos sobre as Mulheres (APEM), bem como em www.violencia.online.pt/.  
 
A nível internacional são de referir o Fundo da ONU para as Mulheres (Unifem - www.unifem.org.br/), o Lobby Europeu de Mulheres, a Red Estatal de Organizaciones Feministas contra a Violencia de Género (www.redfeminista.org/ ) e as Mujeres en Red (www.mujeresenred.net/).
 
Quanto à situação actual da mulher no nosso País, recomendam-se dois recentes estudos do economista Eugénio Rosa, disponíveis em eugeniorosa.com/.
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publicado no Jornal do Stal nº 98 2011 Março (rubrica internet)

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