26 de outubro de 2011 ·
Por aqui comecou o outono, com frio, vento e chuva. Com um tempo tao desagradavel apetece estar defronte duma lareira vendo a danca serpenteante das chamas.
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Maria Jorgete Teixeira É o tempo em que apetece hibernar, talvez quando acordassemos tudo fosse diferente!
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Victor Barroso Nogueira -Qd era jovem gostava de andar à chuva e pelo passeio do sol. Agora que estou velhote, já não devo andar à chuva, mas continuo a gostar de andar pelo lado do sol, mesmo no pino do verão :-)*
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Victor Nogueira
Faz-me falta a lareira como a que havia em casa dos meus primos maternos, em Goios, Barcelos, ou o Monte da Arouca (UCP Soldado Luís - Alcácer do Sal) onde a Celeste dava aulas
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Maria Jorgete Teixeira - Eu tenho lareira em casa e só acendo no natal ou quando tenho visitas. O calor não é o mesmo da aldeia dos meus pais, em trás os montes!
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Maria Amélia Martins - com umas pantufas, a manta pelos Joelhos e um gatinho a dormir aos pés, o cheiro a pêlo chamuscado, os frutos secos com vinho do porto, a televisão ligada sem o som que não interessa... o vento raivoso lá fora...hoje não, tenho o tempo pela frente e eu já estou a ver o quadro do meu inverno, já somos dois "mais ou menos" Victor...boa noite para ti.
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26 de outubro de 2013 · ·
"um sorriso e duas lágrimas e nas lágrimas uma paleta infinda de emoções e sentimentos"
Aqui só vejo caracteres, não a tua mímica ou inflexões de voz; então para suprir a pobreza desta comunicação por esta via, usam-se emoticons. Entre a nudez e a sombra, entre a luz e o fogo, eis o poema na paleta e nas asas do anil. Um caleidoscópio - o fogo e a cor das palavras, azuis ou em labareda, o mar, a montanha encantada, o verde esmeralda, o castelo, a nau, o berbere, os flocos de núvens, o ígneo magma ...
Se o pensamento e a mensagem são a marca, a imagem é, na sua riqueza, tudo. Feliz é quem for a concretização do que se não define, o amor: caleidoscópio no murmúrio de mil candeias em sopro rendilhado com o silêncio das palavras: tão breve e tão exigente que todo o tempo do mundo é escasso para vivê-lo na plenitude do sol e do mar oceano (sg uma epístola de lúcifer à lúcferinha)
Quando quem escreve encanta e seduz, o que se lê não é talvez o que o escriba codificou em caracteres, despojadamente ou em filigrana, mas aquilo que o leitor-espectador lê, melhor ou pior, aquilo em que se projecta ou revê, por vezes narcisísticamente, tantas vezes num turbilhão de emoções e sensações que na realidade e na alvorada alvoreada se desfazem em sombras ou negro de fumo.
És tu que vestes e despes as minhas palavras, qualquer que seja a roupagem e o tecido com que as escreva; és tu que as amacias ou encrespas, as consideras ponte ou barreira. És tu que as enegreces ou coloras com os teus olhos, que são diferentes do meus e os teus lábios soletram de modo diverso dos dedos com que cinzelo na tela.
Não é um labirinto nem uma ilusão mas sim um vitral multifacetado, a tua pintura, um vidro como se cristal fora, contendo em si todo o universo: a memória dos cheiros, das cores, dos extremos, dos gritantes e radicais contrastes, do infinito, de tudo aquilo que não existe, nunca existiu, nesta terra nas praias da europa, onde a terra acaba e o universo e o futuro, para lá dela, começam !
Eu sou para ti um fruto do que imaginas ou sonhas e por isso não correspondo ao que de mim esperas, por isso acabamos (quase) sempre num deserto.
Mas, na tessitura das ondas, na concha da areia, no brilho da ventania, cabelos esvoaçantes com as cores do mar, com um beijo, dois, mil ... te envolvo em girândola de mil-sóis rendilhados.
Setúbal 2013.10.26
Foto Victor Nogueira - a praia do Guincho e o Cabo da Roca, entre Cascais e Sintra
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Graça Maria Teixeira Pinto - Sim, todo o tempo do mundo é escasso para vivê-lo.Mas não sendo eterno, caberá na eternidade do nosso sentir? E belo esse beijo envolto na tessitura das ondas..
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Maria João De Sousa - Excelente, Victor Nogueira! O leitor visto pelos seus olhos... porque todos nós "criamos" uma imagem do leitor... obrigada!
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Maria Márcia Marques - Como fazer um contraditório destas palavras multicolores, cinzeladas de fino metal, em ondas feitas sorrisos, quando se espreguiçam nas areias e com o vento esvoaçam e caem no regaço de quem as acolhe.....
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Manuela Miranda - tão lindo este texto e este mar, ainda hoje fui até á Foz é mesmo bonito este presente no todo Amigo Obrigada beijinhos Boa noite ❤
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Maria Jorgete Teixeira - gosto do mar, calmo ou encapelado, a rebentar na areia...
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26 de outubro de 2013 ·
Foto Victor Nogueira ou JJCF - Fortaleza de Massangano (Angola) meados dos anos 60 do século XX
Foi neste forte que os portugueses no séc XVII e após 1640 resistiram à ocupação de Luanda pelos Holandeses durante vários anos. Até que os Holandeses foram expulsos em 1648, com a intervenção duma esquadra capitaneada por Salvador Correia de Sá, armada pelos senhores dos engenhos do Brasil, então colónia Portuguesa, pois necessitavam de controlar o tráfico de escravos em seu proveito. Na altura os portugueses do Brasil pensaram agregar os reinos de Angola e de Benguela ao Brasil, mas a ideia não foi avante devido a oposição da burguesia angolana e dos negreiros.
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