* Victor Nogueira
2 de outubro de 2015 ·
1. - Este apelo à concentração de votos no PS para a vitória da "esquerda" é falacioso e resvala facilmente para o totalitarismo e para o pensamento único. O que é estranho num partido que se reclama da democracia, da liberdade, da tolerância e do socialismo.
Os assim menosprezados eleitores nos assim menosprezados "partidos pequenos", acintosamente qualificados de partidos de protesto, teriam de confiar o seu voto ao PS, abdicando da sua própria organizaçao, das suas propostas e perspectivas. E revela também e de facto uma enorme incapacidade do PS em dialogar com a oposição de esquerda.
Porque admitindo que o PS é de esquerda, então o necessário seria que todos os partidos que se consideram de esquerda tivessem a maioria na Assembleia da República e não apenas o PS. Ora o que se verifica é que é mais fácil ao PS compaginar o seu programa com os da direita, que diz combater em períodos eleitorais, embora depois se tenha mesmo coligado com o PSD e com o CDS e com estes acordado sucessivas revisões constitucionais e assinado Tratados da União à revelia de consulta popular que conduziram ao presente Estado Súcial.
2. - Extinguindo-se as coligações eleitorais com a publicação dos resultados, é evident e que o maior grupo parlamentar será o do PS, pois o PáF fará Plóff e dará origem a dois pequenos grupos parlamentares, o do PPD/PSD e o do CDS/PP, cuja constituição definitiva é determinada pelos resultados eleitorais, isto é, neste momento não se sabe quantos lugares serão atribuídos ao psd e quantos ao cds.
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