* Victor Nogueira
Eu já era assim
Tinha sagas futuristas agarradas nos olhos
e cobria os recantos escondidos e aconchegados de poalhas de sonhos.
Em cada noite
fazia clones sem parar
uma máquina inconfundível de realidades estropiadas.
Quando as manhãs rasgavam o conforto
procurava na vida as personagens só imaginadas.
Eu sempre fui assim
ingénua e despudoradamente sôfrega
uma louca em banda desenhada.
As minhas mãos têm recordações táteis
guardadas para desfiar num rosário de noites brancas
em que a mente desenha borrões de tinta viva pingando gritos pelo quarto.
Tento não ser assim
mas escrevi um destino torto em fase terminal.
© Margarida Piloto Garcia
Victor Nogueira
Gosto imenso do que escreves e me deslumbra. Gosto muito do que escreves que tb eu poderia ter escrito, com o mesmo sentido, mas com outras palavras. Gosto tanto do que escreves e como escreves ...
Como malabarista do verbo bordejando a chama, malabarista que sou, pergunto-me onde acaba a realidade e começa a ficção ? Onde estão as fontes que não corram para o deserto, deserto de miragens e não pleno delas ? 🙂
12 a
15 de fevereiro de 2017 ·
Podia trazer livros de casa do meu Pai, mas tinha de deixar a respectiva "requisição". Esta é de 1985.06.09 e com outros idênticos estava na papelada / espólo dele.
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Livros emprestados ao Victor pelo pai dele - "Quem manda sou eu!" / "Filho sofre!"
Albert Camus - A Peste
Hemingway - Um gato à chuva
idem - Ter ou não ter
idem - Na outra margem entre as árvores
idem - As verdes colinas de África
idem - Por quem os sinos dobram
Thomas Mann - As cabeças trocadas
Raymond Chandler - A dama do lago
" " - A janela alta
Georges Simenon - O primeiro inquérito de Maigret
Os melhores contos de FC [Ficção Científica]
15 de fevereiro de 2020 ·
foto de família - 'Espelho meu, diz-me ....' A minha tia-avó Esperança Luís, em menina e moça.
Parar é morrer. O mundo é composto de fazenda e mudança.
ERROS MEUS, MÁ FORTUNA, AMOR ARDENTE
.
Lembro a tua lábia, seio moreno,
Tua feição que muito me agradou;
A pele, doce ardor despertou
Que na barca me fez vogar, sereno,
.
Porém não está o meu coração pleno
De alegria, que por vós soou:
Nem grã Camões ou milionário sou
Para contigo navegar, no Reno.
.
Erros meus, má fortuna, amor ardente,
Não fazem da jornada bom soneto
Nem do navegante melhor "gineto"
Pois em ti está meu pensar, descontente'
.
Assim na Luísa Todi jazente,
Vogando entre o lume e o espeto,
Bem vivo, com meu bom ou mau "aspêto"
Buscando tua razão e paz, somente.
.
setúbal 1989.09.10
15 de fevereiro de 2021 ·
foto victor nogueira - Póvoa de Varzim - batente ou aldraba. Este tipo de batente é menos frequente que os anteriormente aqui publicados
15 de fevereiro de 2022 ·
Foto victor nogueira - no areal da praia de Albarquel, á beira-mar, como dizem os setubalenses quando estão á beira-rio (Sado) (2016.05 - Canon 102_05 IMG_0934)
15 de fevereiro de 2023 · Foto victor nogueira - Vila do Conde - Avenida do Atlântico Monumento ao Desporto e Aqueduto de Santa Clara (2021 09 03 IMG_6425) Na imagem o conjunto escultórico alusivo ao Desporto, da autoria de Carlos Barreira. Inaugurado em dezembro de 1999, exibe um «pêndulo», que simboliza o tempo das provas e dos jogos e os «louros» em homenagem aos vencedores.
Por detrás um troço do Aqueduto de Santa Clara, o segundo mais extenso de Portugal. Concebido em 1626 para abastecer de águ… Ver mais
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