Ao (es)correr da pena e do olhar: Letras empilhadas, ano após ano, em Junho, 25, (re)colhidas em 2025

Allfabetização

Escrevivendo e Photoandando

No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e não me apetecia ir para o Mindelo. "Fechado" em Setúbal, resolvi escrever um livro de viagens a partir dos meus postais ilustrados que reavera, escritos sobretudo para casa em Luanda ou para a mãe do Rui e da Susana. Finda esta tarefa, o tempo ainda disponível levou me a ler as cartas que reavera [à família] ou estavam em computador e rascunhos ou "abandonos" de outras para recolher mais material, quer para o livro de viagens, quer para outros, com diferente temática.

Depois, qual trabalho de Sísifo ou pena de Prometeu, a tarefa foi-se desenvolvendo, pois havia terras onde estivera e que não figuravam na minha produção epistolar. Vai daí, passei a pente fino as minhas fotografias e vários recorte, folhetos e livros de "viagens", para relembrar e assim escrever novas notas. Deste modo o meu "livro" foi crescendo, página sobre página. Pelas minhas fotografias descobri terras onde estivera e juraria a pés juntos que não, mas doutras apenas o nome figura na minha memória; o nome e nada mais. Disso dou por vezes conta nas linhas seguintes.

Mas não tendo sido os deuses do Olimpo a impor me este trabalho, é chegada a hora de lhe por termo. Doutras viagens darão conta edições refundidas ou novos livros, se para tal houver tempo e paciência.

quarta-feira, 25 de junho de 2025

Letras empilhadas, ano após ano, em Junho, 25, (re)colhidas em 2025

* Victor Nogueira

álbum: João Abel Manta - Obra Vária.

25 de junho de 2011

Ricardo Jorge Mateus Pina

abel manta. o desenho do '1' do jornal de letras?

13 a

Victor Barroso Nogueira

Sim, Ricardo, ele ilustrou salvo erro os 10 primeiros números. Não sei se os conservei - hoje as casas têm falta dum sótão ou duma cave - mas sei que conservei a Mosca, do Diário de Lisboa e do José Cardoso Pires, que ele também ilustrava, mas não encontrei na net mais reproduções dos 1ºs nºs do JL. Também me desapareceu da minha biblioteca um dos seus álbuns. Mas descobri um texto, mal amado e "amaldiçoado" do Eça, de que ele ilustrou uma edição: o 1 de Maio, que só foi publicado após a obra dele passar para o domínio público. Os herdeiros do Eça eram salazaristas e "retiveram" alguns textos e adulteraram as obras póstumas, em nome da "moral e dos bons costumes". Uma edição crítica das obras de Eça a partir dos manuscritos é tarefa difícil devido à sua caligrafia, de que são exemplo as variadas versões de "A Tragédia da Rua das Flores"

13 a

25 de junho de 2012 ·

Foto Victor Nogueira - Arraiolos (castelo)

Não pude estabilizar a máquina e a foto ficou "fantasmagórica" mas a imprecisão afinal resultou numa "positividade"

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Maria Célia Correia Coelho

Tá gira!

13 a

Carlos Rodrigues

Se eu não tivesse já encontrado o meu Palacete diria que esse fantamagórico cenário era ideal para os meus Retalhos. Obrigado, Victor.

13 a

Ana Sofia Pereira

fantasmagórico 🙂

13 a

Maria Lisete Almeida

Gostei! Grata pela partilha Amigo Victor Nogueira!

13 a

Deolinda F. Mesquita

Muito interessante!!!! Obrigada, Victor.

13 a

Belaminda Silva

Amigo Victor, ficou " fantasmagórica" mas espetacularmente bela.

Beijinhos♥♥

13 a

Isabel Maria

Torre de Piza !!! não torre de Arraiolos ...estou a imaginar os fantasmas que por lá andam

13 a

25 de junho de 2012

Conteúdo partilhado com: Personalizar

De cautelas e medos te vestes

De cinzento deixas que te vistam

mesmo que o contrário digas

És, mulher, metade da humanidade

mas apenas metade e não toda a humanidade

Sem ele e sem ti ela não existiria.

Mas nos teus filhos e no teu companheiro matas a vida

e aceitas ser simultâneamente

não fonte de liberdade

mas presa de medos e cadeias e obrigações ancestrais

de que o pretenso e hipócrita amor aos filhos é máscara e disfarce

que lanças ao teu companheiro a quem negas a paternidade e que

muitos

comodamente aceitam para desespero/FELICIDADE tua

a generosa

a sacrificada

a pura

a desinteressada

No fundo de ti

acreditas na mentira que constróis

que teces

em que te enredas

e aos que dizes amar

Como se o amor e a liberdade

residissem na mentira

na sujeição

no medo

no ciúme

na posse

E admiraste da violência doméstica

e não falas

da que exerces

sobre o teu companheiro

teus filhos

teus netos

teus irmãos

que perpetuas mesmo que o negues

e receias que to desvendem!

Victor Nogueira

Setúbal 2012.06.25

25 de junho de 2014 ·

Foto Victor Nogueira - abluções felinas seguidas de 5 textos

gato sem sapato (Victor Nogueira) # Ode ao Gato (José Jorge Letria) # O gato (Vinícius de Morais) # Perde o gato (Carlos Drummond de Andrade) # Ode ao gato (Pablo Neruda)

gato sem sapato
lavado
altivo felino
incativo
sentado em curvilínea
lisand' o pelo
com a língua
rósea e áspera
posando no degrau
sem míngua
de altiva liberdade

paço de arcos 2014.06.25

Victor Nogueira

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Ivone Maria Pessoa Teles

Partilhei. Beijinhos amiga.

11 a

Maria João De Sousa

Olha que também a roubei ao Victor Nogueira 🙂 Eu era lá capaz de resistir a uma publicação destas... 🙂

11 a

25 de junho de 2014 ·

Foto Victor Nogueira - Lisboa (zona de S. Paulo)

25 de junho de 2020 ·

Hoje, 25 de Junho, a Mariana passa dos mensários aos aniversários, que irá somando uns aos outros, de 12 em 12 meses, sempre mais um, que esperemos sejam felizes, solidários, sorridentes, com bom humor, alegria, sabedoria sapiente e fantasia sem azia.