* Victor Nogueira
O dia esteve límpido, ameno, com núvens, cenário bom para fotografar o pôr-do-sol á beira-mar. Mas antes resolvi ir a um dos vários armazéns chineses, um pouco mais para o interior, em Argival, na EN 206, para fazer algumas compras. Ultrapasso sem dar por isso o China Star, onde costumo ir em anos anteriores, onde normalmente sou atendido com simpatia, e acabo por estacionar no parqueamento da Casa China, paredes meias com o Pingo Doce.
Este é um armazém caótico, sem identificação das zonas conforme os produtos, os empregados não percebem o português e não primam pela simpatia. Na minha experiência, nestas lojas chinesas não há meio termo: ou são supersimpáticos e sorridentes, dominando o básico do português, ou são caras fechadas que atendem com certa brusquidão. Á entrada pergunto várias vezes junto ao balcão da caixa se não têm carrinho de compras, mas ou não me respondem ou não sabem do que estou a falar. Vale-me uma atenciosa cliente que me esclarece que apenas existem cestas (com rodinhas), saindo da fila para me indicar onde estão. Á saída, já sem filas, a empregada não chinesa que está na caxa é supersimpática e atenciosa. O que comprei não terá sido muito em conta, mas paciência.
Demorei no armazém mais tempo do que programara. Com o dia quase a finar-se, limitei-me a fotografar o pôr-do-sol em Argival, freguesia onde nasce o Aqueduto que abastecia o Convento de Santa Clara, em Vila do Conde, na margem direita do Rio Ave.. Criado e vivendo quase sempre á beira-mar (Luanda, Lisboa, Porto, Paço de Arcos, Vila do Conde) é estranha esta percepção de que bem longe do mar possa haver esplendorosos poentes. Como o que a foto registou.
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