* Victor Nogueira
22 de março de 2014 · ·
Verifico que persistem inúmeros interditos, que separam as pessoas. quase tantos como os que havia em évoraburgomedieval,
Mesmo que queiramos conhecer-nos, (quase) ninguém aceita os meus convites, mesmo para um encontro ou passeio, e muito menos vem a minha casa, apesar de ser uma casa aberta, como aberta era a casa dos meus pais em Luanda ou aberto era o meu quarto na casa de hóspedes da D, Vitória, apesar da sua oposição ao corropio de rapazes e algumas raparigas a nele entrarem e permanecerem E muitos poucos são, tal como em évoraburgomedieval ou no alentejo, os que me franqueiam a porta da sua casa.
Quem está do lado de lá do monitor não me recordo; poderia apenas estar eu a ler um artigo, um blog ou a imprensa on line. Ou alguém cuja virtualidade, por motivos vários, nunca se "encarnou", do verbo se transformando em carne.
Isto nas redes sociais, ainda mais que nas salas de chat, como o mIRC ou o MSN, é um mundo de "faz-de-conta". De jogos virtuais, sem a proximidade do jogo de cartas à mesa da taberna na aldeia alentejana ou da mesa debaixo do caramanchão no quintal em luanda.
Mas hoje estou mais velho e desencantado. Hoje seria uma surpresa para quem eu era aos 20/30 anos ou mesmo antes dos 60 !
Com efeito, sobre Portugal poderia continuar a escrever, referindo-me à Inquisição, à Igreja Católica, Apostólica e Romana, a Pina Manique e à PIDE, mandatários dos senhores da terra - " verifica-se-à quão castradora foi a sua acção - e esterilizante - quão veementemente destruiu nas pessoas a espontaneidade, a solidariedade, a camaradagem. Não propriamente destruir, porque nesta maldita sociedade portuguesa feudalizada, cinco séculos de história contribuíram para nivelar as pessoas no temor, na mediocridade e na inautenticidade. A coragem, a hombridade, a lealdade, o entusiasmo inovador, eis o que falta ao castrado povo português! " (NSM - 1971.01.14)
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Graça Palolo
Pois é, somos um povo que gosta de se vergar, de aceitar tudo o que lhe é proposto, de viver porque esse é o seu destino. Viver até morrer, bem ou mal, vamos vivendo, porque sempre tivemos quem nos safasse e pensasse por nós. Foi isso que nos ensinaram, desde que nascemos, e infelizmente ficámos por aí . Somos assim porque somos aquilo que querem que nós sejamos. Eu não sou sou assim, e por isso vou estar sempre sózinha.
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Isabel Dias Alçada
Amigo, quando vier ao Porto tem a minha porta aberta, pode ter a certeza palavra de Mulher do Norte.... Feliz fim de semana bjs
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Cremilde De La Rosa
O Medo...
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Manela Pinto
pois meu querido mas aguenta lá porque a nossa família sempre se soube manter de pé mesmo quando em desalento desesperava de não conseguir os objectivos e ca estamos....... alguns dos nossos já partiram e deixaram-nos a nos esse legado que mais vale resistir que abandonar e mesmo que isso seja a realidade como casmurros k somos vamos la contrariar e tal como o ditado ......tanto da a té k fura.......habitua-te a estes tempos ......... as pessoas são estranhas mas não vivem umas sem as outras, essa é uma realidade...... beijinho
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Margarida Piloto Garcia
hummmm...........sujeito a considerações que não coloco aqui 🙂 Beijinhos
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Victor Barroso Nogueira
para a minha manarminda aka Arminda Griff, mas não só http://www.youtube.com/watch?v=Dy8Wrw-SOSM
Dalida - Paroles, Paroles (with lyrics)
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Fatima Mourão
obrigado pela partilha,beijos ❤
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Rogério V Pereira
A minha "casa" é uma porta aberta... e se por acaso a encontrarem encerrada, franqueio as portas à chegada... sem receio de que comam tudo, que comam tudo e não deixem nada...
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Maria Jorgete Teixeira
Tempos modernos...já nada será o que era...
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Ricardo Jorge Mateus Pina
fascismo.
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Joana Espanca Bacelar
Victor Nogueira, quando vieres a Évora, vem a minha casa, sabes bem onde fica, os portões do quintal estão fechados à chave por causa dos cães mas a porta da casa estará sempre aberta para ti, no entanto, compreendo os teus desabafos.
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Victor Barroso Nogueira
era o tempo, entre outras, da Sylvie e da Françoise 😛
Sylvie Vartan: La Plus Belle Pour Aller Danser (1964)
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Victor Barroso Nogueira
e da casa do sol nascente (tão ridculos que eles eram na vestimenta e na pose) LOL
The Animals - House Of The Rising Sun -1964
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Clara Roque Esteves
Meu amigo, já te convidei N vezes para ires lá a casa na Figueira, já te convidei para 1 café em Setúbal, etc. Eu sei como eram cultivadas as relações humanas em África, vivi lá e conheço-a bem toda ela, essa África nossa. Já estou de novo em Lisboa, vamos a Setúbal um dia desta semana, depois te ligo. bjos
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Carlos Rodrigues
Vitor, deixo-te aqui, talvez a despropósito, se não leste a Clarabóia, que José Saramago escreveu em 1953 e dedicou ao seu avô, um livro sobre um prédio de 6 andares e inter relações humanas e geracionais e de comunicação, onde na maior parte das vezes as opiniões são contrárias, mas todos aprendem uns com os outros Velhos com Novos e vice-versa; Diz o velho - ( Silvestre ): " Vivemos entre os homens, ajudemos os homens " - Diz o jovem ( Abel ) - E o que faz o senhor para isso ? - Responde o velho ( Silvestre ) - Conserto-lhes os sapatos, já que nada mais posso fazer agora. " Um abraço, Vitor, obrigado.
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Victor Barroso Nogueira
Não, Carlos Rodrigues, esse foi dos poucos se não o único dele que não li. Mas registo e grato pela presença 🙂
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Belaminda Silva
Meu amigo e camarada, nunca te convidei para vires há minha casa. Também não tenho o numero do teu telefone. Mas a minha porta está aberta para ti meu amigo! Vem que eu fico muito feliz em te receber! Beijinho e um grande abraço desta tua amiga Belaminda.
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Carlos Rodrigues
Eu também só li este ano, Vitor, mas saíu em 2011. Saramago " achava que o livro não estava mal construído " e de alguma ingenuidade, realmente lê-se bem. Um abraço.
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22 de março de 2014 ·
publicado na página dos antigos alunos do Instituto Superior Económico e Social de Évora ou ISESE
Este é um grupo muito comedido, que passa pelas publicações muito ao de leve, sem deixar marca que perdure, apenas o adejar das asas duma ave que depressa se perde no horizonte.
Foto Victor Nogueira - Beringel . aves ao pôr-do-sol
22 de março de 2020 ·
foto Victor Nogueira - Sagres Verão de 1986
A 1ª vez que estive no Algarve foi no Verão de 1986, em Lagos, com o Manuel Salazar e família. Fomos até Faro uma vez, numa estrada nacional super-engarrafada, e visitámos então muitas das praias até Sagres.
Fiquei desiludido com a frialdade das praias e aborrecido com a confusão lá existente e o caótico trânsito automóvel.
Voltei depois, anos mais tarde, na Primavera e no Outono, percorrendo então o barrocal e a serra, um Algarve que muitos dos veraneantes desconhecerão.
1986
O rádio aqui em Lagos transmite música rock. Esta Praia [da Luz] fica a 2 km do Parque de Campismo e tem muitas vivendas bonitas, a maioria das quais só estão habitadas no Verão.
A água é fria como a da Figueirinha [em Setúbal] e não tem ondas nem sabe a sal como a de Vila Nova de Milfontes.
O Parque de Campismo é muito grande e é divertido ir-se lavar a loiça ou a roupa nas instalações colectivas, embora as pessoas não falem umas com as outras.
O Parque tem um supermercado, cabeleireiro, restaurante, "boite", piscina, parque infantil (com um carro de bombeiros) e, imaginem, uma geladaria com sorvetes de 3 qualidades!!! (SRN - 1986.08.21)
Daqui do Parque de Campismo de Valverde, em Lagos, mando-te um aceno de amizade (..)
Tal como esperava o Algarve não tem nada de especial. Já fomos de Faro a Vila do Bispo – e as praias são frias. (MCG - 1986.09.21)
1997
De Lagos para Ocidente o trânsito é menor, com pequenas praias ao longo da costa, até ao Cabo de S. Vicente, após Vila do Bispo. Sagres é um promontório escalvado, ventoso, desértico, com muralhas e o que me parece ser um enorme relógio de sol no solo, com pequenos areais abrigados em pequenas enseadas.
Vila do Bispo tem um ar simpático, destacando-se a igreja, de uma alvura cintilante, com pequenas casas em redor, perto do promontório de Sagres.
Para Norte, atravessando a sinuosa Serra do Espinhaço de Cão, encontramos Aljezur, em árabe significando Aldeia das Pontes, já referida, pequena vila "conservada" na sombra íngreme do seu castelo, povoação ainda com dimensão humana, no meio duma mata que na altura não passava de troncos esquálidos e carbonizados em consequência de sucessivos incêndios. O marulhar das ondas é um ruído constante e monótono audível no Parque de Campismo, a cerca de dois quilómetros.
Na praia do Monte Clérigo, extenso areal balizado a sul pela mole rochosa, casas de veraneio, despretensiosas, onde sobressai uma mais "rica". Para Norte, um pequeno e calmo riacho desagua na arenosa e solitária praia da Amoreira, a qual se alcança atravessando a vau apenas na maré baixa.
Ainda mais para Norte, a caminho de Vila Nova de Mil Fontes, o alcantilado Cabo Sardão, os esgotos desaguando no areal, a praia alcançada por estreito carreiro iniciado cá em cima junto ao característico incaracterístico barraco de comes e bebes. (Memórias de Viagem, 1997.08.21)
22 de março de 2020 ·
foto victor nogueira - cão em cima de um muro na antiga vila de Coz, nos Coutos (do Mosteiro) de Alcobaça., em 1999.02.22.
Que busca ele naqueles sítio e posição: vigiar? guardar? espairecer? saltar para a rua? continuar prisioneiro na casa do dono? saberá ele sobreviver ou discernir sem um dono de si?
22 de março de 2021 ·
100 Mil Anos de Lutas Mil - Jorge Amado e John Steinbeck
22 de março de 2022 ·
Foto Victor Nogueira - Coreto nas Minas de S. Domingos (Mértola) (rolo 386 - 1999.02.20)
«Jardim e Bairro dos Ingleses - A partir de 1868, começou a ser construído sobre o Serro da Herdade da Careta o “bairro inglês”, formado pelo palácio do engenheiro diretor da mina e pelas casas dos quadros técnicos e administrativos. No centro desta área encontrava-se o jardim que dispunha de campo de ténis e coreto.
O espaço urbano da Mina de S. Domingos traduzia, uma acentuada separação social das comunidades existentes. De um lado, os mineiros e as suas famílias, alojados em “quartos” exíguos sem quaisquer condições de conforto; do outro os “ingleses” e as suas espaçosas cottages já com eletricidade, sanitários e água canalizada.»
22 de Março de 2024 -
Foto victor nogueira - Setúbal - Automóveis saídos da fábrica da Ford Palmela aguardando embarque no porto fluvial de Setúbal (1997 ROLO 203 a -- 0028) Vista a partir da auto-estrada, com as Serras do Louro e da Arrábida, ao fundo.
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