Ao (es)correr da pena e do olhar: Letras empilhadas, ano após ano, em Março, 09, (re)colhidas em 2025

Allfabetização

Escrevivendo e Photoandando

No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e não me apetecia ir para o Mindelo. "Fechado" em Setúbal, resolvi escrever um livro de viagens a partir dos meus postais ilustrados que reavera, escritos sobretudo para casa em Luanda ou para a mãe do Rui e da Susana. Finda esta tarefa, o tempo ainda disponível levou me a ler as cartas que reavera [à família] ou estavam em computador e rascunhos ou "abandonos" de outras para recolher mais material, quer para o livro de viagens, quer para outros, com diferente temática.

Depois, qual trabalho de Sísifo ou pena de Prometeu, a tarefa foi-se desenvolvendo, pois havia terras onde estivera e que não figuravam na minha produção epistolar. Vai daí, passei a pente fino as minhas fotografias e vários recorte, folhetos e livros de "viagens", para relembrar e assim escrever novas notas. Deste modo o meu "livro" foi crescendo, página sobre página. Pelas minhas fotografias descobri terras onde estivera e juraria a pés juntos que não, mas doutras apenas o nome figura na minha memória; o nome e nada mais. Disso dou por vezes conta nas linhas seguintes.

Mas não tendo sido os deuses do Olimpo a impor me este trabalho, é chegada a hora de lhe por termo. Doutras viagens darão conta edições refundidas ou novos livros, se para tal houver tempo e paciência.

domingo, 9 de março de 2025

Letras empilhadas, ano após ano, em Março, 09, (re)colhidas em 2025

* Victor Nogueira

9 de março de 2013 ·

O 25 de Abril foi uma época única, irrepetível, para quem viveu e lutou contra o fascismo e contra a guerra colonial. Fazendo parte da história dos trabalhadores e do povo português, será outra a próxima etapa na estrada que permita reabrir as portas que Outubro (1917) e Abril em Maio (1974) abriram.

O Movimento é, não pode deixar de ser, dos Trabalhadores e do Povo, nunca hoje em dia das forças armadas (portuguesas) que derrotaram o 25 de Abril em 25 de Novembro de 1975, por mais que hoje chorem lágrimas de crocodilo ou lancem bravatas para os ares !

9 de março de 2013 ·

Foto Victor Nogueira - Mértola

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Maria Jorgete Teixeira

Gosto de portas, abertas, se possível. Esta deve estar no ferrolho, apenas...a foto é excelente onde contrasta o branco e a sombra dos degraus...❤

12 a

Judite Faquinha

Linda entrada de uma casa do Alentejo, e bem branquinha. Victor obrigada pelos poemas que são lindos, e ainda cantados por quem!!! eu gosto da porta aberta, mas esta de entrada está fechada!!! bjs.

12 a

Clara Roque Esteves

Tenho um fraquinho por imagens de portas e de janelas, particularmente quando são bem feitas. É o caso desta. Gostei muito e agradeço a partilha que fizeste comigo. Bjos.

12 a

Victor Barroso Nogueira

Clara Roque Esteves O meu port folio fotográfico é muito eclético - são para aí umas sete mil fotos, a esmagadora maioria não digitalizadas. Preciso de organizá-las, catalogá-las e digitalizá-las. Tenho um inacabado Livro de Viagens, que tal como os meus escritos se calhar nunca serão editados em livros LOL

12 a

Carlos Rodrigues

Alvor em Mértola, excelente captação da luz. Tens de editar.

12 a

Margarida Piloto Garcia

Gosto de portas e gosto de janelas. Algumas portas têm enorme beleza, outras têm a minha história e outras ainda contam a dos outros. Pena que o tempo obrigue muitas vezes à sua substituição .

12 a

Donzilia Conceiçao

As portas de todo o Alentejo são diferentes de outras quais queres regiões, eu também gosto de portas e janelas tenho guardadas em postais as de Maluda, por gostar tanto delas e tenho também as portas e janelas do bairro de Alfama onde as há lindas, mas esta é diferente e linda, obrigada Victor, por partilhares comigo. Um beijinho.

9 de março de 2014 ·

foto victor nogueira - 1983 - vista geral de santo amador, na margem esquerda do rio guadiana

no meio da imensidão da planície, verde na primavera, castanha de secura no verão do calor opressivo e depois das águas do gélido e trespassante inverno, a brancura da aldeia, telhada de vermelho sob o céu azul ou de cinza.