Allfabetização

Este postal é - creio - uma fotografia retirada dum dos dois filmes que há dias vi sobre as campanhas de alfabetização, as tais em que eu gostaria de ter participado em Agosto último se ... Esta cena do filme era comovente: uma mulher que até aí não sabia comunicar por escrito, conseguir fazê-lo. A procura das sílabas, o gesto hesitante, o voltar atrás para corrigir ou desenhar melhor a letra !!! Deve ser bestial um tipo descobrir que sabe ler, não achas? (1974)

Escrevivendo e Photoandando

No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e não me apetecia ir para o Mindelo. "Fechado" em Setúbal, resolvi escrever um livro de viagens a partir dos meus postais ilustrados que reavera, escritos sobretudo para casa em Luanda ou para a mãe do Rui e da Susana. Finda esta tarefa, o tempo ainda disponível levou me a ler as cartas que reavera [à família] ou estavam em computador e rascunhos ou "abandonos" de outras para recolher mais material, quer para o livro de viagens, quer para outros, com diferente temática.

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Depois, qual trabalho de Sísifo ou pena de Prometeu, a tarefa foi-se desenvolvendo, pois havia terras onde estivera e que não figuravam na minha produção epistolar. Vai daí, passei a pente fino as minhas fotografias e vários recorte, folhetos e livros de "viagens", para relembrar e assim escrever novas notas. Deste modo o meu "livro" foi crescendo, página sobre página. Pelas minhas fotografias descobri terras onde estivera e juraria a pés juntos que não, mas doutras apenas o nome figura na minha memória; o nome e nada mais. Disso dou por vezes conta nas linhas seguintes.

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Mas não tendo sido os deuses do Olimpo a impor me este trabalho, é chegada a hora de lhe por termo. Doutras viagens darão conta edições refundidas ou novos livros, se para tal houver tempo e paciência.

VN

quinta-feira, 1 de maio de 2025

1º de maio 2020, em Lisboa

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1 de maio de 2020  · 

1º de maio 2020, em Lisboa  

Nuno Vinha -  CGTP rejeita "bazuca" de apoios vinda da Europa e quer que Portugal abandone o euro

Já na fase de arrumação das celebrações do 1 de Maio, em Lisboa, a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, concretizou – em declarações à Rádio Observador – a que empresas se referia quando disse, no seu discurso, que há entidades que estão a receber apoios do Estado que não precisam de apoio nenhum. E que até deviam estar a contribuir para apoiar a economia.

“Os trabalhadores é que estão a pagar esta fatura e ainda são violadas os seus direito. (…) Eu posso nomear, elas são públicas. Então requereram lay-off empresas como o Grupo Pestana [Hotelaria], a Bosch, a FNAC, a Renault, a Visteon, várias empresas de têxteis de grande porte e que não estão em situação difícil. Tudo empresas com milhões e milhões de euros de lucros que entraram em lay-off, em que a Segurança Social, que é dos trabalhadores, a oagar 70% dos dois terços do salário dos trabalhadores”, disse Isabel Camarinha.

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15:43

Beatriz Ferreira

Ouve-se o Hino Nacional na Alameda

Na Alameda, em Lisboa, ouve-se agora o Hino Nacional. As várias centenas de sindicalistas que estão no relvado erguem as bandeiras da CGTP ou dos respetivos sindicatos. Vários populares juntaram-se à ação e cantam também.

Às 15:44 os sindicalistas reunidos para celebrar o Dia do Trabalhador perto da Fonte Luminosa, em Lisboa, desmobilizaram – tal como tinha pedido Libério Domingues, da organização. Minutos depois, já as filas estavam desertas outra vez.

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15:32

Beatriz Ferreira

Pandemia "mostra bem a quem servem os vínculos precários dos trabalhadores a desempenhar  funções permanentes"

Isabel Camarinha denuncia ainda que a atual pandemia “mostra bem a quem servem os vínculos precários dos trabalhadores a desempenhar funções permanentes”. “Estes são os primeiros a ser despedidos, quer tenham contrato a termo, trabalhem para empresas prestadoras de serviços, laborem com um falso recibos verde ou estejam no período experimental, ficando em situações de maior fragilidade e com uma reduzida proteção social.”

Os trabalhadores com vínculos precários “são brutalmente penalizados” nos salários, “que são, em média 30% inferiores aos dos trabalhadores com vínculo permanente a desempenhar a mesma função”.

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15:32

Nuno Vinha

CGTP critica e rejeita "bazuca" de apoios vinda da Europa. E quer que Portugal abandone o euro

Isabel Camarinha considera que os apoios vindos de Bruxelas, que no total para os 27 podem chegar a 1,5 biliões de euros, para ajudar na recuperação económica, apelidada de “bazuca” pelo primeiro-ministro, vem com um talão de preço. E por isso não a quer. Nem quer Portugal no euro, uma reivindicação recorrente da Intersindical. “Estamos de novo reféns de uma ‘bazuca’ vinda de Bruxelas, mas nós sabemos que dali, as ‘bazucas’ são sempre rápidas para atacar direitos, deixar o país mais dependente e nunca se assumiram como elemento de libertação, de progresso ou de crescimento. Para crescer de forma coesa, quer social, quer territorialmente, o país precisa de recuperar os instrumentos da política monetária e o governo tem de a obrigação de empreender esforços nesse sentido”.

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15:28

Rita Dinis

Jerónimo rejeita "mau exemplo" por ter 73 anos. "A idade não é critério absoluto"

Questionado sobre as medidas de segurança, Jerónimo de Sousa diz que a distância de segurança está assegurada na manifestação que se realiza esta tarde na Alameda, em Lisboa. "Era preciso afirmar maio, eu sou do tempo em que fazer maio era difícil, não havia vírus, mas havia prisão, repressão", diz, afirmando que naquele tempo era mais difícil. E questionado sobre o mau exemplo que pode estar a dar por estar na rua, naquele evento de celebração d 1º de maio, com 73 anos de idade, Jerónimo de Sousa nega essa interpretação. "A idade não é um critério absoluto, há idosos infetados, institucionalizados, e no meu caso concreto nada disso acontece. E continuo a dizer que coragem era sair à rua há 47 anos com a certeza de que se ia para o primeiro de Maio com o risco de se ser preso, marcado com tinta azul, com todas as consequências que daí decorriam. Mas nunca desistimos do 1º de maio, mesmo nas condições mais difíceis", diz.

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15:26

Beatriz Ferreira

CGTP pede retribuição por inteiro a quem está em layoff

Defende Isabel Camarinha que “está em marcha uma ampla campanha ideológica, que pretende incutir que os direitos dos trabalhadores são inimigos da recuperação económica do país”.

A CGTP exige “a proibição dos despedimentos e a reversão dos que já aconteceram nos últimos meses” — uma reivindicação que, diz, teria “impedido a perda de emprego para mais de 350 mil trabalhadores”. “Exigimos que se garanta a retribuição por inteiro, acabando com o corte de um terço dos salários” para quem está em layoff.

https://observador.pt/.../gnr-ja-comecou-operacoes-de.../

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