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1 de maio de 2020 ·
1º de maio 2020, em Lisboa
Nuno Vinha - CGTP rejeita "bazuca" de apoios vinda da Europa e quer que Portugal abandone o euro
Já na fase de arrumação das celebrações do 1 de Maio, em Lisboa, a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, concretizou – em declarações à Rádio Observador – a que empresas se referia quando disse, no seu discurso, que há entidades que estão a receber apoios do Estado que não precisam de apoio nenhum. E que até deviam estar a contribuir para apoiar a economia.
“Os trabalhadores é que estão a pagar esta fatura e ainda são violadas os seus direito. (…) Eu posso nomear, elas são públicas. Então requereram lay-off empresas como o Grupo Pestana [Hotelaria], a Bosch, a FNAC, a Renault, a Visteon, várias empresas de têxteis de grande porte e que não estão em situação difícil. Tudo empresas com milhões e milhões de euros de lucros que entraram em lay-off, em que a Segurança Social, que é dos trabalhadores, a oagar 70% dos dois terços do salário dos trabalhadores”, disse Isabel Camarinha.
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Beatriz Ferreira
Ouve-se o Hino Nacional na Alameda
Na Alameda, em Lisboa, ouve-se agora o Hino Nacional. As várias centenas de sindicalistas que estão no relvado erguem as bandeiras da CGTP ou dos respetivos sindicatos. Vários populares juntaram-se à ação e cantam também.
Às 15:44 os sindicalistas reunidos para celebrar o Dia do Trabalhador perto da Fonte Luminosa, em Lisboa, desmobilizaram – tal como tinha pedido Libério Domingues, da organização. Minutos depois, já as filas estavam desertas outra vez.
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Beatriz Ferreira
Pandemia "mostra bem a quem servem os vínculos precários dos trabalhadores a desempenhar funções permanentes"
Isabel Camarinha denuncia ainda que a atual pandemia “mostra bem a quem servem os vínculos precários dos trabalhadores a desempenhar funções permanentes”. “Estes são os primeiros a ser despedidos, quer tenham contrato a termo, trabalhem para empresas prestadoras de serviços, laborem com um falso recibos verde ou estejam no período experimental, ficando em situações de maior fragilidade e com uma reduzida proteção social.”
Os trabalhadores com vínculos precários “são brutalmente penalizados” nos salários, “que são, em média 30% inferiores aos dos trabalhadores com vínculo permanente a desempenhar a mesma função”.
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Nuno Vinha
CGTP critica e rejeita "bazuca" de apoios vinda da Europa. E quer que Portugal abandone o euro
Isabel Camarinha considera que os apoios vindos de Bruxelas, que no total para os 27 podem chegar a 1,5 biliões de euros, para ajudar na recuperação económica, apelidada de “bazuca” pelo primeiro-ministro, vem com um talão de preço. E por isso não a quer. Nem quer Portugal no euro, uma reivindicação recorrente da Intersindical. “Estamos de novo reféns de uma ‘bazuca’ vinda de Bruxelas, mas nós sabemos que dali, as ‘bazucas’ são sempre rápidas para atacar direitos, deixar o país mais dependente e nunca se assumiram como elemento de libertação, de progresso ou de crescimento. Para crescer de forma coesa, quer social, quer territorialmente, o país precisa de recuperar os instrumentos da política monetária e o governo tem de a obrigação de empreender esforços nesse sentido”.
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15:28
Rita Dinis
Jerónimo rejeita "mau exemplo" por ter 73 anos. "A idade não é critério absoluto"
Questionado sobre as medidas de segurança, Jerónimo de Sousa diz que a distância de segurança está assegurada na manifestação que se realiza esta tarde na Alameda, em Lisboa. "Era preciso afirmar maio, eu sou do tempo em que fazer maio era difícil, não havia vírus, mas havia prisão, repressão", diz, afirmando que naquele tempo era mais difícil. E questionado sobre o mau exemplo que pode estar a dar por estar na rua, naquele evento de celebração d 1º de maio, com 73 anos de idade, Jerónimo de Sousa nega essa interpretação. "A idade não é um critério absoluto, há idosos infetados, institucionalizados, e no meu caso concreto nada disso acontece. E continuo a dizer que coragem era sair à rua há 47 anos com a certeza de que se ia para o primeiro de Maio com o risco de se ser preso, marcado com tinta azul, com todas as consequências que daí decorriam. Mas nunca desistimos do 1º de maio, mesmo nas condições mais difíceis", diz.
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15:26
Beatriz Ferreira
CGTP pede retribuição por inteiro a quem está em layoff
Defende Isabel Camarinha que “está em marcha uma ampla campanha ideológica, que pretende incutir que os direitos dos trabalhadores são inimigos da recuperação económica do país”.
A CGTP exige “a proibição dos despedimentos e a reversão dos que já aconteceram nos últimos meses” — uma reivindicação que, diz, teria “impedido a perda de emprego para mais de 350 mil trabalhadores”. “Exigimos que se garanta a retribuição por inteiro, acabando com o corte de um terço dos salários” para quem está em layoff.
https://observador.pt/.../gnr-ja-comecou-operacoes-de.../
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