* Victor Nogueira
2022 06 30 - Em 2015 nem o PáF de Marcelo/Cavaco/Pedro & Paulo do PSD / CDS nem o PS de Costa tinham possibilidades de governar. Se o Secretário Geral do PS fosse da tralha de Cisco Assis/Sócrates/Seguro, este teria viabilizado o Governo dos Pafiosos, servindo de muleta. A posição do PCP, secundada pelo Bloco e Verdes, permitiu a viabilização do Governo minoritário do PS. Ainda se poderia pensar que o PS adoptaria uma política social-democrata, mas o arranjo a médio prazo revelou-se um logro, com o PS, a partir de 2019, a tentar secundarizar os "parceiros" de esquerda, alcançando o pleno nas eleições antecipadas de 2021, que lhe deram maioria absoluta, para governar abertamente e - sem empecilhos á esquerda - em conluio com o PSD nas matérias estruturantes.
Pedro Nunes dos Santos, apresentado com alternativa de esquerda dentro do PS, seria apenas uma alternância na substituirão da fraude costista, teria de demarcar-se dum Governo do PS em putrefacção, com um PSD/Marcelo á deriva e sem liderança credível e mobilizadora, esperando esta que o poder lhe caia nos braços, com apoio do Chega e da IL.
No teatro de sombras, PNS e AC jogam dentro do princípio de Salinas, em "O Leopardo": é preciso que alguma coisa mude para que o essencial se mantenha", sendo o essencial a completa submissão á cartilha neoliberal, protofascista, e ao suicida belicismo da USA/NATO com os dirigentes daiUé de cócoras, balindo como cordeiros e pastoreando os inocentes até ao matadouro.
2016 06 30 Patrice Lumumba
Lembro-me perfeitamente da enorme campanha em Luanda contra a independência do Congo Belga e depreciativa de Lumumba,(1925 - 1961) apresentado como um selvagem analfabeto tal como Luandino Vieira era com a sua "Luuanda" o que nem português sabia escrever. E lembro-me da revoada de "brancos" belgas em fuga e trânsito para a Europa, de que ficaram os entrançados artesanais com fio eléctrico - os scoubidou - de que tenho alguns. E lembro-me da campanha a favor da secessão do Katanga e dos elogios ao "amigo" Tschombé. E assim se fazia ou era contada a quente e depreciativamente a história da descolonização africana, Afinal, tirando os "amigos", todos os outros negros eram apresentados como irresponsáveis, "seres primitivos", crianças grandes e analfabetos e como traidores a soldo de Moscovo os "brancos" que defendessem a independência das colónias do chamado "fardo civilizacional do Homem branco" de que falava Rudyard Kipling.
"Um dia a História terá uma palavra a dizer, mas não será a História que Bruxelas, Paris, Washington ou as Nações Unidas quiserem transmitir, mas sim aquela que nós contaremos nos países emancipados do colonialismo e das suas marionetas ... uma História de glória e dignidade." (Patrice Lumumba Outubro de 1960)
Sem comentários:
Enviar um comentário