Allfabetização

Este postal é - creio - uma fotografia retirada dum dos dois filmes que há dias vi sobre as campanhas de alfabetização, as tais em que eu gostaria de ter participado em Agosto último se ... Esta cena do filme era comovente: uma mulher que até aí não sabia comunicar por escrito, conseguir fazê-lo. A procura das sílabas, o gesto hesitante, o voltar atrás para corrigir ou desenhar melhor a letra !!! Deve ser bestial um tipo descobrir que sabe ler, não achas? (1974)

Escrevivendo e Photoandando

No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e não me apetecia ir para o Mindelo. "Fechado" em Setúbal, resolvi escrever um livro de viagens a partir dos meus postais ilustrados que reavera, escritos sobretudo para casa em Luanda ou para a mãe do Rui e da Susana. Finda esta tarefa, o tempo ainda disponível levou me a ler as cartas que reavera [à família] ou estavam em computador e rascunhos ou "abandonos" de outras para recolher mais material, quer para o livro de viagens, quer para outros, com diferente temática.

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Depois, qual trabalho de Sísifo ou pena de Prometeu, a tarefa foi-se desenvolvendo, pois havia terras onde estivera e que não figuravam na minha produção epistolar. Vai daí, passei a pente fino as minhas fotografias e vários recorte, folhetos e livros de "viagens", para relembrar e assim escrever novas notas. Deste modo o meu "livro" foi crescendo, página sobre página. Pelas minhas fotografias descobri terras onde estivera e juraria a pés juntos que não, mas doutras apenas o nome figura na minha memória; o nome e nada mais. Disso dou por vezes conta nas linhas seguintes.

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Mas não tendo sido os deuses do Olimpo a impor me este trabalho, é chegada a hora de lhe por termo. Doutras viagens darão conta edições refundidas ou novos livros, se para tal houver tempo e paciência.

VN

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

(quase) diário da campanha 27 - o(s) dia(s) seguinte(s)

 * Victor Nogueira 



1.  - Foi errado o "nacional-porreirismo" dos partidos na tal reunião, assim como o silêncio do Presidente da República, apresentado como jurista e emérito constitucionalista. Mas as posteriores posições do PSD, como esta, parecem  pura chicana, pois havia concordado na tal reunião informal que todos os votos deveriam ser contados, sem que tenha sido noticiado.

2. -  Depois da tal reunião o PSD, como fizera com o PEC IV, deu uma cambalhota. Em 2019 o PSD foi derrotado nas legislativas, Rui Rio não quis mas foi forçado a tomar posse como ... deputado, ele que concorrera a .... 1º Ministro. 

O político apresentado como homem democrata e político honrado, revelou-se um exímio especialista em tiros nos pés, errático e gelatinoso, mas que a partir de certa altura a comunicação social pretendeu apresentar como um grande estadista que poderia derrotar o PS, quando de facto PS e PSD sempre se entenderam nas matérias estruturantes. 

Porque haveria o eleitorado de preferir uma cópia contrafeita, errática, ao original, mais eficiente na defesa e concretização dos interesses comuns a quem na verdade os sustentam e os representam no PS(d)?


Santos Silva, o homem das "direitas", que não simpatiza com as "esquerdas", como  Presidente da Assembleia da República? Francisco Assis, o anticomunista primário,  como Presidente da "Concertação Social"? Manuel Alegre, no Conselho de Estado, o das "touradas", que se transformou em "Cavaleiro", não da "Esperança", mas da "triste figura"? 

Que mais nos irá oferecer o PS na bandeja de António Costa, após a saída de Ferro Rodrigues da Assembleia da República e de Francisco Louçã (do Bloco) e Domingos Abrantes (do PCP), nas anteriores legislaturas eleitos pelas listas do PS minoritário,  em Governo(s) viabilizado(s) pelas "esquerdas"?  


2022 02 17

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