* Victor Nogueira
Creio que no antigamente no ensino técnico-profissional e destinado as raparigas havia uma disciplina dedicada a economia doméstica. Felizmente os tempos mudaram, as mulheres deixaram de ser as submissas fadas do lar e vigora o estatuto da igualdade e da partilha das tarefas domésticas Pelo menos segundo a Lei e a Constituição da República Como a web é uma espécie de armazém onde "arrumo" material diverso para guarda e fácil consulta resolvi neste blog iniciar uma nova série, subordinada a "etiqueta" Eonomia doméstica
Elucidou-me o AI Overview:
, o ensino técnico-profissional incluía
cursos especificamente destinados a raparigas, e a economia
doméstica era um dos cursos existentes, embora a sua implementação
inicial não tenha tido grande adesão.
No contexto do ensino técnico (que se dividia em industrial
e comercial, e mais tarde em escolas técnicas femininas), foram criados cursos
especiais para mulheres.
- O
curso de economia doméstica foi um exemplo de curso
especificamente concebido para raparigas, embora as fontes refiram que
inicialmente se revelou um "fracasso" em termos de popularidade
ou implementação efetiva.
- No
entanto, outros cursos voltados para o público feminino, como os de lavores
femininos e cursos em oficinas de escolas de desenho industrial,
tiveram grande adesão e sucesso na época.
Estes cursos refletiam a mentalidade da época, que
preconizava uma educação diferenciada por género, preparando as raparigas para
papéis domésticos e atividades consideradas "femininas" na sociedade.
Para mais informações sobre a história do ensino técnico em
Portugal, pode consultar recursos em repositórios académicos como o da Universidade
do Porto.
A nova questão, esclareceu-me o AI Overview;
Sim, além da economia doméstica, existiam outros cursos no
ensino técnico-profissional em Portugal que eram
especialmente direcionados para raparigas, refletindo
as conceções sociais e os papéis de género da época. Estes cursos preparavam as
mulheres para profissões consideradas "apropriadas" para o sexo
feminino.
Alguns exemplos incluem:
- Cursos
de Lavores Femininos: Estes cursos eram muito populares e
focavam-se em atividades como costura, bordado, rendas e outras artes
manuais.
- Cursos
de Comércio/Comerciais: Embora não fossem exclusivamente
femininos, muitas raparigas frequentavam cursos comerciais que as
preparavam para funções de escritório,
como dactilografia, estenografia e contabilidade básica.
- Cursos
de Enfermagem e Auxiliar de Saúde: Historicamente, estas
profissões têm sido maioritariamente femininas, e a formação técnica
profissional desempenhou um papel na preparação para estas áreas.
- Cursos
em oficinas de escolas de desenho industrial: As raparigas também
frequentavam cursos ligados ao desenho e artes aplicadas, muitas vezes com
foco em áreas como a cerâmica, têxteis e decoração.
As áreas que mencionou, como eletricista, construção civil
ou auxiliar de laboratório (na vertente industrial ou científica), eram, na sua
maioria, frequentadas por rapazes, pois eram vistas como profissões
"masculinas" ou relacionadas com o ensino industrial, que
historicamente teve uma separação de géneros muito marcada.
O objetivo destes cursos era, em grande parte, qualificar a
mulher para o trabalho dentro e fora de casa, mas sempre em consonância com as
expetativas sociais da época, que associavam a mulher a tarefas de cuidado,
domésticas ou de secretariado. A legislação da época chegou mesmo a criar o
"ensino técnico exclusivamente dedicado a mulheres" em 1886.
Prontus, Allea jacta est

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