Allfabetização

Este postal é - creio - uma fotografia retirada dum dos dois filmes que há dias vi sobre as campanhas de alfabetização, as tais em que eu gostaria de ter participado em Agosto último se ... Esta cena do filme era comovente: uma mulher que até aí não sabia comunicar por escrito, conseguir fazê-lo. A procura das sílabas, o gesto hesitante, o voltar atrás para corrigir ou desenhar melhor a letra !!! Deve ser bestial um tipo descobrir que sabe ler, não achas? (1974)

Escrevivendo e Photoandando

No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e não me apetecia ir para o Mindelo. "Fechado" em Setúbal, resolvi escrever um livro de viagens a partir dos meus postais ilustrados que reavera, escritos sobretudo para casa em Luanda ou para a mãe do Rui e da Susana. Finda esta tarefa, o tempo ainda disponível levou me a ler as cartas que reavera [à família] ou estavam em computador e rascunhos ou "abandonos" de outras para recolher mais material, quer para o livro de viagens, quer para outros, com diferente temática.

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Depois, qual trabalho de Sísifo ou pena de Prometeu, a tarefa foi-se desenvolvendo, pois havia terras onde estivera e que não figuravam na minha produção epistolar. Vai daí, passei a pente fino as minhas fotografias e vários recorte, folhetos e livros de "viagens", para relembrar e assim escrever novas notas. Deste modo o meu "livro" foi crescendo, página sobre página. Pelas minhas fotografias descobri terras onde estivera e juraria a pés juntos que não, mas doutras apenas o nome figura na minha memória; o nome e nada mais. Disso dou por vezes conta nas linhas seguintes.

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Mas não tendo sido os deuses do Olimpo a impor me este trabalho, é chegada a hora de lhe por termo. Doutras viagens darão conta edições refundidas ou novos livros, se para tal houver tempo e paciência.

VN

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Letras empilhadas, ano após ano, em Dezembro, 03, (re)colhidas em 2024

* Victor Nogueira

3 de dezembro de 2010  · 

Já é noite escura de breu, após um dia cinzento e triste, sem réstia de sol. O ar gélido e paralisante continua.



3 de dezembro de 2013

 poesia de Mario Benedetti 02

* Te acordás hermano * Todavía * Te quiero * Quien sábe * Espero 

Maria João De Sousa  - Obrigada por mais esta "remessa" de Mario Benedetti, Victor Nogueira! O meu abraço!

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Luisa Neves - Boa noite Victor! Gosto, também, "Da Gente que eu Gosto". Abraço.

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Célia Champlon - ADORO!!! Obrigado por me incluíres nas tuas partilhas mesmo não dando a atenção devida... Bjs Amigo Victor🙂

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Clara Roque Esteves - Fica-nos na boca o doce sabor de uma doce e amiga oferta. Hoje em dia temos poucas hipóteses de receber algo de bonito. Um beijinho agradecido, Vítor.

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3 de Dezembro de 2013

João Sillveira Ramos  A certidão de nascimento do PCP data de 6 de Março de 1921. A legalização depois do derrube do fascismo é que foi a 26 de Dezembro. Depois de dezenas de anos de luta legitima contra o fascismo, foram criadas as condições para que os militares de Abril o derrubassem definitivamente. Contra vontade de Spínola e dos seus apaniguados, o PCP apareceu à luz do dia e tornou-se num partido de governo e foram conseguidas todas as conquistas da Revolução! O PCP foi o 1º partido legal em Portugal depois do derrube do fascismo com a entrega de mais de 15 000 assinaturas (e não 6mil e tal como diz a legenda). Para derrubarmos este governo de desastre nacional e termos gente séria no Governo, que governe para o Povo e não para o grande capital, participemos em todas as lutas de massas organizadas, a começar pelas passagens nas pontes! Unidos venceremos. Com a luta vamos conseguir!

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Victor  Nogueira - João Silveira Ramos com avanços e recuos, forçado à clandestinidade, o PCP, apesar de ilegalizado, não se rendeu nem se auto-dissolveu como o Partido Socialista, com o qual nada tem a ver com o que em 1973, previdentemente, na república federal Alemã e com os dinheiros da social-democracia europeia Mário soares fundou em 1973. Ao contrário da chamada ala liberal da assembleia nacional fascista, de Sá Carneiro e Pinto Balsemão, que com o 25 de abril foi apanhada de calças na mão e à pressa fundou o ppd depois travestido de psd

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João Sillveira Ramos - Victor Nogueira muito mais havia, devia e podia ser dito mas este não é o meio apropriado.

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3 de dezembro de 2014  ·   · 

foto victor nogueira - centro comercial oeiras parque - a "ilusão" da espreitadela ou foto da foto na/da montra!



3 de dezembro de 2016  · 

A propósito dum artigo do "historiador" Rui Tavares sobre Alepo e a intervenção da Rússia contra o Daesh, afirmando que é errado apoiar o Imperialismo Russo, pois deste modo se tornará a UE mais dependente dos EUA.  E Rui Tavares termina o seu arrazoado deste modo: "Posso apenas lançar um alerta a todos aqueles que de forma bem-intencionada acreditam que aceitar o imperialismo russo é uma forma de limitar o imperialismo norte-americano. Considerem a possibilidade de estar enganados: historicamente, os imperialismos conviveram bem entre si desde que consigam dividir o mundo em esferas de influências. É isso que Putin quer e que Donald Trump lhe está disposto a dar. Isso não só tornará certas regiões do Leste europeu mais sujeitas ao poderio russo como não deixará de nos tornar a nós mais vulneráveis ao poderio dos EUA. Ficaremos menos, e não mais, independentes, e só escaparemos a este destino se formos capazes de reforçar e democratizar a construção da União Europeia.

Quanto àqueles que torcem deliberadamente para que Putin leve a cabo o seu plano, direi apenas que a sua co-responsabilidade moral pelo esmagamento de Alepo não será esquecida."

E EU COMENTO: Os imperialismos convivem bem uns com os outros ? E eu a pensar que a Conferência de Berlim, em 1885,fora uma tentativa de várias potências capitalistas partilharem "pacificamente"África, pois a América já Monroe decidira que essa era para os "americanos" dos EUA.Como aliás anteriormente fora partilhada a Ásia em detrimento da China. .O que não  impediu o deflagrar das duas grandes guerras mundiais e muitas outras larvares desde então.

3 de dezembro de 2016  · 

SOBRE O CONGRESSO DO PCP O que para esta gente [da comlunicação social]  é importante não são as análises e as propostas do PCP, questionando-as, eventualmente. O que é importante é a picardia, a cizânia, a truncagem, os "grandes" e bombásticos títulos ou a fulanização como "De quem se fala para substituir Jerónimo de Sousa", "Vergonha ou falta de sinceridade?", "Novo líder?", "Em busca de um secretário-geral do PCP: um problema adiado-", "Não me posso pronunciar porque não estava cá” "O PCP resiste ou está condenado a definhar?". A Central de intoxicação e desinformação é a mesma 

3 de dezembro de 2017  · 

Foto victor nogueira  - João e Francisco sem esquecer os ursos de peluche

3 de dezembro de 2019  · 

foto fátima pereira - encenação na área de serviço da autoestrada do oeste (2001.02)


3 de dezembro de 2020  · 

foto victor nogueira - Porto - Fonte dos Leões, na Praça de Gomes Teixeira,

Este chafariz foi  Foi mandada erguer pela Companhia das Águas do Porto em 1882, entrando em funcionamento quatro anos mais tarde, fornecendo então água a esta zona da cidade.

À esquerda o edifício da Reitoria da Universidade do Porto, onde em 1966 funcionava a Faculdade de Economia, que frequentei durante uns 15 dias antes de pedir a transferência para Económicas (ISCEF), em Lisboa.

A popularmente conhcida Praça ds Leões ,Em meados do século XIX, o local era era pelo vulgo conhecida como Praça do Pão ou Largo da Feira da Farinha, por se fazer ali um mercado deste tipo. No entanto, por deliberação camarária de 1835, o largo passou a designar-se oficialmente por Praça dos Voluntários da Rainha, homenageando este batalhão do exército liberal durante o Cerco do Porto.

A fonte monumental, tem 8 metros de diâmetro e 6 metros de altura. É composta por um tanque octogonal, de bordos arredondados e paredes exteriores de perfil ondulado. A fonte central é de bronze pintado com quatro leões alados e sentados nas extremidades. Está encimada por duas taças redondas sobrepostas e escalonadas. A inferior tem um friso vegetalista e cornetas de onde jorra água e, no remate, apresenta uma espécie de pinha. Para além da sua função decorativa, a fonte funcionava como elemento de passagem para ventilação e oxigenação das águas e para aliviar a pressão das condutas. Manuel de Sousa in «"Fonte dos Leões"». Guias do Porto Histórias do Porto - Livraria Lellohttp://portoby.livrarialello.pt/fonte-dos-leoes/)


3 de dezembro de 2022  · 

Foto victor nogueira - Porto fluvial de Leixões ou a floresta de guindastes, como se fora uma guarda de honra com espadas  desembainhadas, á passagem, não dos noivos, mas dos navios! (IMG_0543 - 2022 11 01)

 

3 de Dezembro de 2024

São muiltíssimos mais, mas o inFaceLocked quer convencer-nos que é ele que marca o início de cada calendário da amizade, como se ela se reduzisse a uma virtualidade e a emoticons, que nele se (re)cria e neles se esgotam!

3 de Dezembro de 2024

Anda pois a generalidade da comunicação social muito entretida com os números circenses do Chega de Ventura, com empata sondagens de vão de escada, ora agora subo eu, ora agora desces tu, entremeadas com putativos candidatos a Belém, todos bem lançados, desde a "direita-radical" até ao "centro-esquerda" personificada em Cisco Assis e Santos Silva, de acordo com os mentideros. Nos intervalos vai lançando achas para as fogueiras ateadas pelo Joe Biden, benevolentíssimo pai "estremoço" (como não há em Portugal) e extremamente belicoso.

Mas,quem sabe pela comunicação súcial que neste mês de Dezembro se realizará o XXI Congresso do PCP, momento culminante dum processo em que foram debatidos a todos os níveis as Teses pelos seus militantes, com milhentas propostas de alteração? Teses abertamente disponíveis na Internet? Teses que reflectem o passado, lançando as bases e o olhar para o futuro, a níveis nacional e internacional. Teses que serão debatidas e votadas no Congresso, definindo a linha política para o Partido e seus militantes? Um trabalho de formiguinha, sem prima-donas.


José Afonso, - A formiga no carreiro, no álbum Venham mais cinco (1873)

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Letras empilhadas, ano após ano, em Dezembro, 02, (re)colhidas em 2024

 * Victor Nogueira

2 de dezembro de 2012  · 

Foto Victor Nogueira - Setúbal - Ruínas na Vila Maria, antigo bairro operário (como se fora um  cenário em estúdio ou no palco)

Sento-me defronte de mim e entre nós o reflexo ou a imagem, baça, esbatida, uma sombra, contorno sem substância, um sabor ígnaro, áspero, rugoso, estranho de mim e o gelo cerca-me, especialmente nos pés. Agarro o pensamento e junto as palavras, um rio pastoso, as mãos frias. Dedilho o teclado, baque seco descontínuo da barra de espaços, um zumbido nos ouvidos. E o rasto de mim é uma carreirinha de signos, formigas no carreiro. Sempre em frente ! (2012.12.02)

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Mia Pires Griff - ...linda imagem!

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Margarida Piloto Garcia - Às vezes a paisagem tem semelhanças com o cenário dentro de nós..

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Isabel Maria - Bom dia Victor!hoje está um belo dia de sol sempre dá para aquecer...o bairro está como nós operárias em ruínas.

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Carlos Rodrigues - Avante, formigas no carreiro, rumo ao Sol, que o cenário é frio.

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Lia Branco - Obrigada pelo belo texto e pela foto! Beijinhos

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Deolinda F. Mesquita - Foto e texto extremamente bonitos e sentidos no momento actual. Obrigada Victor. Bjs

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Belaminda Silva - Linda imagem acompanhada de um belo texto. Beijinhos e um ótimo Domingo 🙂

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Maria Jorgete Teixeira  Gostei muito do texto, Victor, pese embora o seu tom disfórico!Beijinhos!

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2 de dezembro de 2013  ·  

Dentro do sistema capitalista há algum país "normal"? O que é um país "normal" dentro do sistema  capitalista? O "farol" da "Liberdade" e dos "Direitos Humanos" é um "Estado Social" com "Segurança Social" ? Fora da Europa e antes da chamada "crise", quantos países poderiam ser considerados como "Estados Sociais" e qual o peso da sua população abrangida relativamente à população mundial ? O "normal" são   a desumanidade e a "anormalidade (des)humana"



2 de dezembro de 2019  · 

foto victor nogueira - Mindelo, 1976

Alexandrina Silva - bonita, deve ter uns bons anos pelo aspecto do carro, o chão, as casas. os homens tem sempre a mesma figura❤️❤️. 

Victor  Nogueira - Se te referes à foto do Mindelo, sim, é de 1976. Mas ... não percebi essa dos homens terem sempre a mesma figura. Não me parece, p. ex., que eu tenha tido sempre a mesma figura, como podes verificar :.-P no álbum a seguir

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Alexandrina Silva - Queria apenas diizer que a base, a estrtura, não mudou, como as casas e os caminhos.talvez mudassem, mas a mudança é interior , não se vê, sente-se.

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Alexandrina Silva  - claro que o corpo se modifica em jovens somos bonitos mais ou menos, mas o curso natural da vida transforma-nos, somos apenas mais velhos, mas somos NÓS MESMOS.a única diferença é que estás com uns anitos a mais, mas isso, tem que ser, e o tem que ser tem muita força.

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Alexandrina Silva  - gosto de muitas,, mas tem duas que acho especiais, marquei-as e agora n sei onde estão

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Alexandrina Silva - lembras a marca do carro, ou não era teu?

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Victor Nogueira - Era da minha minha mãe, um Fiat Uno

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2 de dezembro de 2020  · 

foto victor nogueira - Maiorga (Coutos de Alcobaça)  chafariz do Estado Novo  (rolo 229)

Um minúsculo largo é o centro desta antiga vila, onde se encontram o pelourinho (que lhe dá o nome), a antiga igreja da Misericórdia ou do Espírito Santo, com o seu portal manuelino, hoje desactivada e que foi entretanto escola de música, mesmo ao lado da sede do clube da terra (Sociedade Filarmónica de Maiorga) e do edifício da nova igreja, de S. Lourenço, com o seu adro arborizado, templo despretensioso, com um relógio de sol na fachada principal e um altar barroco. 

Neste mesmo largo um fontanário com azulejo de Santo António tem a inscrição de que se trata duma Obra da Ditadura (1933), como aliás consta dum outro mais pobre existente noutro largo, isto sem falar num cruzeiro dedicado Ao Portugal Eterno e num memorial aos combatentes do Ultramar (1993), este no Largo dos Combatentes. 

Não obstante estes testemunhos, a rua principal denomina se do 25 de Abril e nela existe uma casa em cuja fachada figura um painel de azulejos representado o aviso Afonso de Albuquerque, talvez o que foi afundado na chamada Índia Portuguesa quando da invasão pela União Indiana.  (NOTAS DE VIAGEM, 1998.02.21/22)

2 de dezembro de 2021  · 

Fotos victor nogueira e Américo Ribeiro  - Paços do Concelho, Pelourinho, igreja de S. Julião e estatua de Bocage

O actual edifício dos Paços do Concelho de Setúbal é projecto do arquitecto Raul Lino. O edifício primitivo, do século XVI, reformulado no século XVIII, com traça similar à da Casa do Corpo da Guarda, foi destruído por um incêndio quando da Implantação da República. 

Com efeito os Paços do Concelho em muitas terras  albergavam também os serviços de cobrança de impostos e a cadeia comarcã, para além de aquartelaram a Guarda Municipal. De 4 para 5 de Outubro, cercada e encurralada pela população, a Guarda Municipal  abriu fogo sobre os manifestantes, que vitoriavam a República e a Queda da Monarquia,  não conseguindo impedir a invasão do edifício e o incêndio subsequente, que destruiu os Arquivos Municipais, reduzindo a cinzas grande parte da História documental do Município.

Foi no Congresso Republicano de Setúbal, realizado nos dias 23, 24 e 25 de Abril de 1909, no antigo Teatro Rainha D. Amélia – hoje o Fórum Luísa Todi  – que se decidiu a via revolucionária para a conquista do poder, quando até aí era por muitos defendida uma perspectiva mais pacífica e evolucionista, da conquista deputado a deputado, câmara a câmara, como caminho para a implantação da República.

Programada para ser proclamada a República em 4 de Outubro de 1910, ela veio a acontecer nesse dia nos Municípios de Loures, Moita e Setúbal. A resistência das forças militares fiéis á Monarquia quase fez malográ-la em Lisboa, na sequência do assassinato de Miguel Bombarda por um alienado no hospício e pelo suicídio doutro dos líderes, o Almirante Cândido dos Reis, convencido do fracasso da revolta. Contudo,  a resistência dos revoltosos na Rotunda, chefiados pelo comandante Machado dos Santos, em Lisboa, acabou por conduzir á vitória e á implantação da República, proclamada da varanda dos Paços do Concelho de Liboa em 5 de Outubro.

Anteriormente e na sequência do Ultimato Inglês a propósito do Mapa Cor-de-Rosa e partilha de África pelas potências coloniais, ocorrera no Porto a Revolta de 31 de Janeiro , em 1891, o primeiro movimento revolucionário que teve por objectivo a implantação do regime republicano em Portugal. A revolta fracassou e os implicados foram alvo de violenta repressão pelas forças da Monarquia. 

O pelourinho de Setúbal esteve inicialmente colocado na Praça da Ribeira Velha, sendo depois deslocado para o actual Largo do Marquês de Pombal, no Bairro do Tróino.

O pelourinho de Setúbal é uma estrutura em cantaria de mármore, composta por soco quadrangular de dois degraus, onde se ergue um pedestal prismático com inscrições, sobre o qual assenta coluna de fuste cilíndrico, capitel coríntio encimado por pinha cónica, com ferro terminal trespassando três esferas muito deterioradas. 

No pedestal lêem-se as seguintes inscrições: A S.: "Este pelourinho se mudou da Praça Ribeira para esta real no Anno de 1774"; a N.: "E por decreto de S.M.F. nomeado inspector das obras públicas desta villa José Bruno de Cabedo Coronel do Regimento e governador da praça Director destas João Vasco Manuel de Braun sargento-mor da mesma Engº e comandante d'artilharia"; a E.: "Por ordem do Illmo. e Exmo. Sor. Marquez de Pombal do Conc. de Estado"; a O.: "Tudo Executado por despeza da Camera desta Villa, sendo juiz de fora, Liandro de Souza da Sylva Alcoforado".

2 de dezembro de 2012  · 

Foto victor nogueira - Perafita (Matosinhos)  - Centro Comercial 

Foi o Rui que me chamou a atenção para o design deste centro comercial, imitando contentores, ali a dois passos do porto de Leixões. Para além disto, trata-se dum centro comercial que se estende  num único e extenso piso, fazendo-me vir á memória as povoações rurais do interior dos EUA, retratadas em inúmeros filmes e séries televisivas.

Mas se repararmos bem no interior de supermercados em edifícios isolados, estes não são mais que enormes contentores, onde se alinham e cruzam corredores de prateleiras, melhor ou pior disfarçados pela decoração, minimalista ou mais ou menos exuberante.



Elisabeth Duarte Portugal de Antigamente

28 de novembro de 2022  · 

1954 - Portugal

A moda das sombrinhas abertas todo o ano para proteger as senhoras de olhares indiscretos...

Foto de Peter Fink

Fundação Cx G. Depósitos

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Carlos Barradas Teixeira - Aqui talvez seja para proteger do sol e do calor, não?!!

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Victor Nogueira - Também penso o mesmo. Mas o que me interessou foi a foto a preto e branco. No longínquo ano de 1966, quando vim para um país que não era o meu para frequentar Economia, que não havia na recém criada universidade em Angola, havia muito poucos automóveis, mesmo em Lisboa, e a maioria ou andava a pé, de bicicleta ou em transportes públicos apinhados. E as carroças puxadas por uma alimária, como a da foto, eram muito comuns nas estradas e povoações neste país á beira-mar prantado, onde dizem que a terra acaba e o mar começa!

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Carlos Barradas Teixeira - Victor Barroso Nogueira agora a esta distância percebemos como este país rural era atrasado!!

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Victor Nogueira - C Manuel B Teixeira Talvez imagines o meu suplício ao descer a Calçada da Estrela rumo a Económicas no Quelhas, enregelado, mal conseguindo falar ou escrever, ainda noite cerrada, com os guarda-nocturnos e as alimárias que puxavam as carroças deitando "fumo" pela boca e pelas narinas! E as larguíssimas ruas da Baixa Pombalina eram ruelas comparadas com as avenidas e ruas de Luanda! Fora da Universidade, tudo era muito pequeno, mesquinho e cinzento.

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Carlos Barradas Teixeira  Victor  ainda me lembro em algumas noitadas no Bairro Alto de regresso a casa pelas três da manhã de ver um carro de bois carregado de vegetais em direção à Praça da Ribeira!!

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2 de dezembro de 2023  · 

Foto Victor nogueira - Mindelo e a sombra da oliveira, plantada pela Susana a long time ago (2023 12 02 IMG_3633) 

Quando o meu avô Barroso comprou este terreno e começou a construir esta casa, no final da década de 60 do passado milénio, tudo isto eram campos agrícolas e poucas casas existiam neste loteamento. Havia apenas electricidade, mas não abastecimento de água  pela inexistente rede pública ,nem saneamento básico. Cada casa tinha a sua fossa séptica, que periodicamente tinha de ser esvaziada para autotanques; a água, essa era era extraída de poços, cada vez mais inquinados com o passar do tempo. Só decorridos muitos anos a Câmara socialista criou a rede pública para fornecimento de água e só muito recentemente concluiu a rede de saneamento básico

Este sábado o tempo esteve soalheiro mas dum sol gélido, outonalmente invernal, que não aquece nem  o corpo nem a alma, esfarelando os ossos até ao tutano, com as mãos e os joelhos reclamando aquecimento. Nas leiras nas traseiras desta casa voltar amos pombos em revoadas, buscando no solo alimento, como habitualmente

Na foto vê-se o poço, coberto com uma laje de cimento armado, circular, e a casa da bomba de água, com a qual se rega a horta e o jardim, no quintalejo, embora o precioso líquido já vá rareando, deixando por vezes os poços em secura.

Hoje almocei a horas decentes, embora acabasse por não sair; bifinhos de cebolada com arroz de manteiga e cenoura ralada. Como sobremesa, maçã reineta.

Prossigo a leitura de “O assassino”, que não me está emocionando por aí além, Cada álbum tem uma história independente, embora tenha descoberto o fio que as liga, uma traição/armadilha que durante um serviço quase despachou o assassino, que ao longo dos vários  álbuns subsequentes procura desenredar o fio à meada!

A leitura é um dos meus passatempos, para lá das notícias on line. Sem propósitos   de exaustão, várias peças de teatro: “Corpo-delito na sala de espelhos” e “O render dos heróis”,  de Cardoso Pires, “As mãos sujas”, de Sartre, “A mandrágora”, de Maquiavel, “In nomine Dei”, de Saramago, “As mãos de Abraão Zacute”, de Sttau-Monteiro. Entre os romances, “Sorge, o espião do século” e “A noite dos generais”, de Hellmut Kirst, “Conselho de Guerra” e “Os carros do Inferno”, de Sven Hassel, “O ano da seca”, de Victor Álamo de la Rosa, “O espião que saiu do frio”, de Jonh Le Carré, “O homem que via passar os comboios”, “O comboio de Veneza” e “Os sinos de Bicêtre”, de Simenon. Este último romance é sobre a lenta recuperação dum homem que vai saindo do coma após um ataque cardíaco. Daí resolvi ler pela primeira vez, de Cardoso Pires, um livro deste sobre a sua lenta recuperação dum AVC: “De profundis, valsa  lenta”.

A maioria destes livros já os tenho em Setúbal, sendo o que me coube dos espólios do meu tio Josè João ou da minha amiga Rolanda Campos, falecida no passado mês de Julho.

Resta a banda desenhada. Para além de “O assasslino”, que estou a ler à medida qe semanalmente é publicado um novo álbum duplo. Da VII Série da Novela Gráfica Público/LeVoir li “Moby Dick” , de Christophe Chabouté, “Léa Não Se Lembra Como Funciona O Aspirador “, de Gwangjo e Corbeyran, “Estampas 1936”, de Felipe Hernández Cava e Miguel Navia, “Primo Levi”, de Matteo Mastragostino e Alessandro Ranghiasci, e ”Alexandra Kim”, de Keum Suk Gentry-Kim.

Normalmente as histórias em banda desenhada ou quadrinhos são estáticas, embora com várias técnicas possa ser dada ao leitor a ideia de movimento.  Em “Moby Dick”, baseado no romance de Herman Melville, a narrativa, como se cinematográfica fosse, está em constante movimento e cada vinheta, na expressividade e diversidade seu enquadramento e desenho, a preto e branco, faz jus à máxima de que “uma imagem vale mais que mil palavras”. Também expressivo é o desenho, a preto e branco, de “Estampas 1936” baseado na Guerra Civil Espanhola; cada conjunto de pranchas constitui como que uma história independente, ligadas pelo fio condutor do conflito. As restantes histórias são estáticas, sendo duas delas biográficas, a de Primo Levi e a de Alexandra Kim, esta uma revolucionária coreana que com o apoio de Lenine e da Rússia Bolchevique, desenvolveu a sua acção no seu país natal, então ocupado pelos japoneses  e por estes executada.

Mas ainda me falta ler alguns dos dez álbuns desta VII Série da Novela Gráfica Público/ LeVoir.


2 de dezembro de 2024

 Foto victor nogueira - outono desfolhado (2924 09 04 IMG_5224)



Quando, Lídia, Vier o Nosso Outono, de Ricardo Reis (heterónimo de Fernando Pessoa)

Quando, Lídia, vier o nosso Outono
Com o Inverno que há nele, reservemos
Um pensamento, não para a futura
Primavera, que é de outrem,
Nem para o Estio, de quem somos mortos,
Senão para o que fica do que passa —
O amarelo actual que as folhas vivem
E as torna diferentes.


Odes de Ricardo Reis – Fernando Pessoa.

domingo, 1 de dezembro de 2024

Letras empilhadas, ano após ano, em Dezembro, 01, (re)colhidas em 2024

 * Victor Nogueira




1 de dezembro de 2011

As troikas e baldroicas

Há uma semana realizou-se aquela que teria sido a maior Greve Geral desde sempre realizada em Portugal. Verdade seja dita que os órgãos de informação o disseram e documentaram, para logo lançarem a notícia para cantos esconsos dos insondáveis e  libertérrimos "critéros jornalísticos", indo buscar qual fumaça mistificadora a "manfiestação" nas escadarias de S. Bento mais o alemão "perigoso agitador apesar da juventude",  vítima da sanha caceteadora das forças policiais, lastimando-se um porta voz governamental que ... ninguém se referir ao polícia agredido na cabeça e forçado a receber tratameno hospitalar !

Mas ... as troikas e baldroicas prosseguem.

Este Governo, onde a % de analfabetos por m2 deve ser a mais elevada desde os últimos 30 anos, navega à bolina e junto à costa pois para mais não lhe dá a pesporrenta arrogância. Salamaleques à voz do dono, deslumbram-se com o saque ...  à vista. Sim, que a sua política não é o "defixite" mas o saque, a descoberto para a banda da usura e profundo para quem dentro em pouco nada mais terá para ser sacaneado senão a pele e osso. Olham para o imediato e depois para cobrir a asneirola lá sai outro saque mal tirado.

Ora vamos lá ver a sacanagem. SCUTS com portagens? Porreiro, pá. Vamos lá encher os bolsos. Mas .. afinal a receita escapa-se pois as pessoas passam a usar as estradas normais, o turismo entra em crise (designadamente no Algarve), as empresas abrem falência, o desemprego aumenta, as receitas do Estado diminuem ...Pois para tudo há remédio -  muda-se o alvo - corta-se no Serviço Nacional de Saúde, premeiam-se os médicos que mais prescindirem de meios auxiliares de diagnóstico, aumentam-se ou descomparticipam-se os medicamentos aos doentes crónicos, aumenta a despesa por outras vias e a mortalidade,   até que alguma "inteligência" opte pelas directas ao cemitério para gáudio dos transnacionais cangalheiros, como "A Servilusa a maior e mais moderna empresa funerária do país", passe a publicidade.

Mas as troikas e baldroicas continuam. As empresas abrem falência, o desemprego e a miséria aumentam ... ?  Ora, que interessa. E vai daí os rafeiros comentadores e analistas políticos puxam das núvens de fumaça e    ... desancam na greve. Foi inútil, é dos comunas, foi só da Adminsitração Pública, o que é preciso é trabalhar e não "grevar" porque os mercados o exigem. Contentérrimos com Cavaco, cip/cao/ccp  vá de escavacar também o sector privado porque ou há justiça ou a imoralidade é para todos, incluindo alforrecas, polvos, hienas e tubarões. E o mexilhão ? Ora, que se lixe o mexilhão. 

Aproveitando a boleia do aumento do IVA a "restauração" lança mais poeira - nas facturas deixar bem claro que o aumento de 13 % no IVA é saque do Governo pois a restauração é pura e nem vai aumentar os preços, apesar das falências previsíveis com mais despedimentos e diminuição das receitas do Estado e do aumento dos custos com a energia e matérias primas. Entretanto continua a farsa da recolha de excedentes e sobras alimentares e do Banco Alimentar. 

Ah Os bem cheirosos e melhor penteados e vestidos - os encanecidos donos da banca usurária - responsável e beneficiária da crise que nos fazem pagar - bojarda que ... uma eventual "nacionalização" da banca é inconstitucional por violar o direito à propriedade privada. Gand'as luminárias - e   qd a banca penhora as casas e leva as empresas à falência, não está a violar outros direitos constitucionalmente garantidos, para além da propriedade privada ? Pois ... os direitos à habitação, ao trabalho, a uma vida condigna são secundários e descartáveis ... face ao Lucro sem peias nem meias?

Fechar, Saca(nea)r - quanto mais rápido melhor -  é a palavra de ordem para instaurar a mais extrerma e volenta desordem. Até que o povo se decida e saque mais rápido e   coloque a malandragem, as troikas e seus mandaretes a cavarem batatas e a britar as pedras de calçada!

1 de dezembro de 2013  · 

o arado com que lavras
e cavas, não parado,
é rasteiro ou soalheiro ?
paço de arcos 2013 12 01

Ricardo Jorge Mateus Pina é rastro. e não lavra, destorroa. m. giagometti dixit. claro que percebo a metáfora. victor.
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Victor Nogueira - Ricardo Jorge Mateus Pina De rastos, sem rastros, ratejantes ou rastejantes, deslavados, nos quer enterrar em vegetatividade o grã-lumpen capital 🙂
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1 de dezembro de 2013  · 

De rastos, sem rastros, ratejantes ou rastejantes, deslavados, nos quer enterrar em vegetatividade o grã-lumpen capital

Paço de Arcos 2013 12 01

Manuela Vieira da Silva - Quer... mas ainda há muita luta. Aproveitemos os ratos e rastejos e sulquemos bem fundo.

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1 de dezembro de 2013  · 

Foto Victor Nogueira - a sombra em auto-retrato - Setúbal - esteiros do Rio Sado, junto ao moinho de maré da Mourisca

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 Maria João De Sousa  Gosto desta ideia de sugerir uma identidade às sombras... gosto mesmo! Obrigada, Victor Nogueira!

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Judite Faquinha - VICTOR está bem imaginado! E a foto está muito linda com os esteiros do Sado, com as sombras dá-lhe uma identidade nova gostei!!! bjs.

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Manela Pinto - tens umas pernas gigantes eheheh

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Viriato F. Soares - Foto bem original," fotografar-se a si mesmo" toma outra dimensão!

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Maria Célia Correia Coelho - A sombra que se agiganta!!! Giro!!

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1 de dezembro de 2014  · 

foto victor nogueira - lisboa  (belém) - monumento aos descobrimentos e ponte 25 de abril sobre o rio tejo, vistos do centro cultural de belém .

Da Exposição dos Centenários ou do Mundo Português, em 1940, de construções efémeras, subsistiram o Padrão dos Descobrimentos e o edifício onde está instalado o Museu de Arte Popular.

Esta é uma zona com uma grande oferta museológica: Museu da Marinha, Museu Berardo de Arte Contemporânea, Museu da Electricidade, Museu de Cera (encerrado em 2004), Museu de Etnologia, Museu de Arqueologia, Museu dos Coches, Museu do Combatente, Museu da Presidência da República, para além do Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém e o Planetário. Zona "ajardinada", com vários jardins e vastos relvados, nela se encontra o Jardim-Museu Agrícola Tropical.

Nas proximidades da afamada Casa dos Pastéis de Belém, sempre cheia  e a abarrotar de clientela, meio escondido, o Largo do Chão Salgado, onde se encontra um padrão evocativo da completa demolição do Palácio dos Duques de Aveiro, representante duma das poderosas casas senhoriais que, conjuntamente com a dos Marqueses de Távora, se opunham à centralização do Poder Real e à ascensão da burguesia. A execução dos implicados na conjura e tentativa de assassinato de D. José I foi realizada sob o ministério do Marquês de Pombal. As armas destas Casas Nobres foram picadas, como sucedeu por exemplo no Paácio que os Duquues de Aveiro detinham na zona de setúbal, em Vila Nogueira de Azeitão. Acusada de implicação na conjura, a  então poderosa Companhia de Jesus, vulgo Jesuítas,foi expulsa de Portugal e extinta a Universidade que detinha na cidade de Évora, conjuntamente com o encerrameno dos seus colégios em várias cidades e vilas de Portugal, como em Setúbal.

Mapa da Exposição do Mundo Português em 1940, que implicou a demolição de múltiplos edifícios e a completa renovação urbanística da zona, embora sem os efeitos especulativos que se verificaram no Parque das Nações, após a requalificação urbana da zona oriental prévia à realização da Expo 98.


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Maria João De Sousa - Desculpa-me, Victor Nogueira... a ligação tem andado péssima e eu não estou melhor do que ela... as palmeiras de Belém ainda não foram degoladas? As do meu lindo bairro já foram, quase todas... desculpa, mas ainda me não consegui conformar com a morte das minhas lindas palmeiras... abraço!
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Victor Nogueira - Maria João de Sousa Estas palmeiras na "esplanada" do CCB ainda lá estavam domingo passado, qd lá estive a visitar o Museu Berardo 🙂
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Maria João De Sousa - ... as minhas/nossas, do Passeio Vitorino Nemésio, em Oeiras, estão quase todas degoladas... 🙁 Poderá ser um investimento algo onerosos, mas o Rhynchophorus ferrugineus só é uma sentença de morte quando o tratamento não é atempada e correctamente aplicado! 🙁 Matá-las ou deixá-las morrer, leva à descaracterização de um bairro inteiro... estamos habituados? Não! Felizmente não estamos todos habituados/resignados... eu quero as minhas palmeiras de volta ao Passeio Vitorino Nemésio!!!
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1 de dezembro de 2016  · 

foto victor nogueira - Mindelo - roseira com espinhos em fundo verde fotografada com teleobjectiva

Adriano Correia de Oliveira : Capa negra, rosa negra Música: António Portugal; Adriano Correia de Oliveira Letra: Manuel Alegre

Capa negra, rosa negra
Rosa negra sem roseira
Abre-te bem nos meus ombros
Como o vento numa bandeira.
Abre-te bem nos meus ombros
Vira costas à saudade
Capa negra, rosa negra
Bandeira de liberdade.
Eu sou livre como as aves
E passo a vida a cantar
Coração que nasceu livre
Não se pode acorrentar.


Com um convite à dança - Rosas do Sul, uma valsa de Strauss - eu assisto apenas pois não sou bailarino emérito como eram os meus pais e a mãe dos meus filhos, clicando em ... música, maestrina!


Johann Strauss II [1825 - 1899] - Valsa Rosas do Sul Op. 388 | Maestro Martin André - Concerto Comemorativo do 58º Aniversário da Orquestra Clássica da Madeira 2022 01 19

Manuela Vieira da Silva - Uma roseira com espinhos promete um linda e formosa rosa bem cheirosa. Gostei da foto pelo suave contraste verde, Victor. Beijinho.
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1 de dezembro de 2016  · 

1 de dezembro de 2016  · 


foto victor nogueira - Rosa Vermelha no Mindelo e um poema de Ary dos Santos 

Rosa Vermelha

Trago uma rosa vermelha
aberta dentro do peito
e já não sei se é comigo
se é contigo que me deito.
A minha rosa vermelha
mais parece uma romã
pois quando aberta de noite
não se fecha de manhã.
Trago uma rosa vermelha
na minha boca encarnada
quem me dera ser abelha
de tua boca fechada.
Trago uma rosa vermelha
não preciso de mais nada.
Pus uma rosa vermelha
na fogueira do teu rosto
mereço ser condenada
por crime de fogo posto.
Trago uma rosa vermelha
que é minha condenação
condenada a vida Inteira
à fogueira da paixão
Tenho uma rosa vermelha
atrevida e perfumada
é uma rosa vaidosa
a minha rosa encarnada.
Trago uma rosa vermelha
não preciso de mais nada.

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Manuela Vieira da Silva - Tenho uma roseira igual. É pequena mas é linda na cor. ❤
8 a

1 de dezembro de 2019  · 

Snoopy, personagem dos "Peanuts", criação de Charles Schulz


 Mafalda, criação de Quino

1 de dezembro de 2022  · 

Foto victor nogueira - Outlet em Vila Chã (Vila do Conde) - Aqui já estiveram um supermercado de bricolage e  decoração, um supermercado El Corte Inglês e, presentemente, um supermercado Continente Bom Dia e outro da Radio Popular, como lojas-âncora.  Apesar da crise energética não faltam miríades de luzeiros natalícios decorativos, tal como nas ruas em Vila do Conde.

Ao lado há um outro edifício com maior variedade de estabelecimentos comerciais, incluindo  restauração.



1 de dezembro de 2023  · 

Foto victor nogueira  - Outono no Mindelo (2023 12 01 IMG_3624)

Ao contrário de ontem, o dia hoje começou ameno, com céu azul, embora se avistassem   informes nuvens cinzentonhas que, avançando,  em breve cobriram o espaço aéreo em torno desta casa. Após o entardecer o tempo tornou-se gelidamente gélido, o que me levou a ligar o  aquecedor para amenizar a temperatura portas adentro.

Não choveu e no quintal  coloram-se crescentemente de amarelo os limões, enormes, enquanto na tangerineira já amadurecem as tangerinas, de tamanhos variados, cobrindo-se de laranja,  alguns insolitamente minúsculos, o que não sucedeu em anos anteriores. 

Nos canteiros lá estão mais ou menos viçosos renques de salsa, coentros e orégãos. Resolvi transplantar para um vaso trevos, esperando que apareçam alguns de quatro folhas.

As couves, essas vão fenecendo, tendo aproveitado algumas das folhas ainda viçosas para fazer mais um caldo verde, que ficou saboroso.

Pensara sair deste meu retiro, para ir photoandarilhar por Vila do Conde, mas atrasei-me com o almoços - bifanas com puré e ovo estrelado, com kiwis de sobremesa; a mudança do tempo tornou a tarde sombria, gorando-me os planos.

Terminei a leitura dos dois  primeiros álbuns da BD intitulada "O assaassino", que já lera em tempos  mas de que me não recordava. Com o avançar da idade  esqueço-me frequentemente dos enredos dos filmes, das séries televisivas e dos livros, mesmo que só tenham decorrido poucos meses. Assim, é como se fossem constantes e renovadas novidades os milhares de livros da minha biblioteca setubalense.

O "assassino" é um longo monólogo dum cínico, com uma vida dupla, que vai filosofando sobre a vida, entre a execução das "encomendas", nem sempre conseguindo evitar os chamados "danos colaterais.", vitimando "inocentes". 

Não há pingo de humor para amenizar, a novela ao contrário do humor negro que perpassa nas histórias dum outro assassino, Luca Torelli, o "Torpedo", este passado nos anos 30 do século  XX, enquanto aquele de quem não se revela o verdadeiro nome se desenrola no século XX!, despachando serviço e encomendas um pouco por todo o mundo!

1 de dezembro de 2024

Vassalagem e simetrias, em Kiev, no 1º de Dezembro, o dos Miguéis de Vasconcelos e das Duquesas de Mântua

A Talhe de Foi-se, segundo o Expresso:

António Costa passa em Kiev o seu primeiro dia na presidência do Conselho Europeu

António Costa recorda Restauração da Independência em "início simbólico" em Kiev