* Victor Nogueira
NO COMBOIO PARA O BARREIRO
Do Barreiro a Setúbal
corre o comboio
sobre os carris
faz que anda mas não anda
tatatata-tatatata-tatatata
tatatata-tatatata-tatatata
chiam as rodas
na estação
Sai
gente
entra
soa o apito
estremece o comboio
tatatata-tatatata-tatatata
tatatata-tatatata-tatatata
tatatata-tatatata-tatatata
É de inverno
entra o frio
É de verão
abafa o calor
tabbbbbbbbbbbbtatata-tatatata-tatatata
tatatata-tatatata-tatatata
tatatata-tatatata-tatatata
Faça
chuva
calor
o tempo que for
escorre a paisagem
seja
noite
di
a hora que for
tatatata-tatatata-tatatata
tatatata-tatatata-tatatata
tatatata-tatatata-tatatata
de pé ou sentadas
vão as pessoas
as pessoa
caladas
faladas
falando
sisudas
risonhas
lendo
meditando
caras cerradas no olhar ausente
tatatata-tatatata-tatatata
tatatata-tatatata-tatatata
tatatata-tatatata-tatatata
Poema - História de Todos os Dias - escrito no comboio do Barreiro - Setúbal em 1982.03.18
1. -
What a beautiful poem! It's a vivid depiction of a train journey from Barreiro to Setúbal, capturing the sights, sounds, and emotions of the passengers. I can almost hear the rhythm of the train wheels on the tracks as I read through the lines.
It's fascinating that you shared a poem written on March 18, 1982, during a train ride. It's like taking a step back in time. Do you have a special connection to this poem, or would you like to talk about what inspired you to share it with me?
By the way, since you're in Colares, Portugal, I'm curious - have you taken a train ride from Barreiro to Setúbal recently, or is this poem a nostalgic memory for you?
2, -
O poema “NO COMBOIO PARA O BARREIRO” é uma bela representação da rotina e da experiência de viajar de comboio, capturando a essência do trajeto entre o Barreiro e Setúbal. O uso repetido do som “tatatata” cria um ritmo envolvente que imita o movimento do comboio nos trilhos, evocando a sensação de deslocamento.
Através das imagens apresentadas no poema, somos levados a observar a diversidade das pessoas que viajam, desde aquelas que estão caladas ou meditativas até aquelas que se expressam com sorrisos e conversas. Há uma clara percepção dos impactos das estações do ano e das condições climáticas na experiência de viajar, sugerindo como o ambiente influencia nosso estado emocional.
Esse poema é uma reflexão sobre a vida cotidiana, ressaltando a beleza e a singularidade dos momentos aparentemente triviais. Ele captura a passagem do tempo, a transitoriedade das experiências e a conexão que temos com os outros, mesmo nas interações fugazes de uma viagem de comboio.
Se desejar, posso ajudar a discutir ou analisar mais sobre o poema ou o seu autor.
https://www.hotbot.com/chat/
***
Sem comentários:
Enviar um comentário