* Victor Nogueira
30 de dezembro de 2013 ·
PCP: Da decadência revisionista nacionalista pequeno burguesa, à Perestróika social-democrata!
De todas as enormidades ideológicas ditas, a maior é concerteza a que diz que o “PCP rejeita ditaduras”. Como se a "democracia" capitalista e a actual Constituição que a rege, não fosse ela a própria uma Ditadura do capital.
30 de dezembro de 2014 ·
Isto dos calendários e dos ciclos anuais tem que se lhe diga. Já não se diz 2015 dC (depoIs de Cristo) mas 2015 dEC (da era comum). Só que a era comum que se pretende impor continua a ser a Cristã/Católica Gregoriana, pois maometanos, judeus e chineses entre outros têm diferentes calendários. Tal como cada um de nós, cujo ciclo de vida inicia a contagem a partir do dia do nascimento.
OPINIÃO
Mudar tudo para que tudo mude
JOSÉ VÍTOR MALHEIROS 30/12/2014 -
ESCREVE O ARTICULISTA
Feliz Natal. Bom Ano Novo. Repetimos as fórmulas, escrevemo-las em cartões, em mensagens de mail. Por que o fazemos? Para exprimir os nossos desejos. Para que aqueles a quem endereçamos os nossos votos saibam que nos preocupamos com eles e que lhes desejamos alegria, felicidade, saúde, bem-estar, amor. Para que serve isso, além de cumprir um ritual, de manter uma tradição? Apenas para manter a cola social que faz de nós uma sociedade em vez de seres isolados? (...)
Não só. Há nestes votos uma superstição implícita. Dizemos “Feliz Natal” como um conjuro, como se as nossas palavras pudessem invocar os lares e os penates e forçá-los a conceder as suas bençãos. Como quando desejamos “as melhoras” a um doente. Não é apenas um desejo pessoal, um sentimento interno e secreto, mas um voto público, um desejo anunciado, quase uma imprecação, quase uma oração. É verdade que dizemos e escrevemos tudo isso mecanicamente, sem pensar, mas as raízes do gesto e das palavras estão por aí. No lançamento de cada “Bom Ano Novo” há uma esperança demiúrgica. Há um eu primitivo que convoca os deuses, que acende uma fogueira na noite e que levanta os braços ao céu, que sonha que os poderes da terra e do fogo estão ao seu alcance.
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José Eliseu Pinto
Tu bem tentas mas a rapaziada, acometida deste frenesi natalício, teima em não te levar a sério.
Eu subscrevo o texto que citas, naturalmente, porque a sua lucidez não nos deixa margem para outra coisa. Ainda assim envio um abraço que não ilude os votos de um bom ano.
10 a
Victor Barroso Nogueira
Grato pela perspicácia, José Elizeu Pinto 🙂
10 a
Editado
Maria João De Sousa
Olha que concordo contigo, Victor Victor Barroso Nogueira, concordo! Quando desejo um combativo ano novo estou a ter isso em conta, sem dúvida... e, sem dúvida, a desejar que ele seja mesmo combativo! Abraço!
10 a
Tavares Lou
Concordo com você! É muito provável que repitamos o ritual, por causa de uma superstição, rsrs... Então, por via das dúvidas, desejo-lhe o mais belo ano de sua vida! E que todos os Deuses, de todas as crenças tenham um olhar especial para os mais necessitados. E que todo ser humano olhe para o outro com mais amor... Um forte abraço, amigo querido!
10 a
30 de dezembro de 2022 ·
Auto-retrato no Mindelo, em 2022 12 30 , já noite cerrada e ruidosamente ventosa. - Prontus, hoje foi dia da tosquia, pois já me incomodava a barba, áspera ao toque. Mudei também o fundo fotográfico, A estatua era do meu avô Barroso, estava no quarto da minha mãe e depois dela falecer trasladei-a para esta casa que era dele, ao lado da reprodução duma obra que presumo seja de Lima de Freitas, representando Adão e Eva, desnudos, com uma criança desvaindo os olhos, tapados. Este era do meu tio José João.
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Joana Espanca Bacelar
Ora aí está! uma foto decente para fim de um ano e princípio de outro.
Já estás mesmo à vontade com a câmara 👌💙
2 a
Victor Nogueira
Joana Espanca Bacelar Não me digas que as anteriores fotos eram indecentes LOL. Olha, se publicasse uma imagem nítida do quadro aqui no Facebook este quase seguramente que me "cancelaria", prorrogando não sei por quanto mais tempo a interdição que me aplicou até à madrugada do dia 31, impeditiva de eu poder publicar o que quer que seja nos grupos de que sou administrador.
2 a
Joana Espanca Bacelar
Victor, não eram indecentes, mas menos cuidadas....
Quanto à imagem do quadro, depois de aumentar ao máximo o ecrã, acho que irias ficar de castigo, sim! 😄😄
Beijinhos
2 a
Joana Espanca Bacelar
E gosto muito dos trabalhos do Lima de Freitas...
Ainda te lembras da loja de fotografia e óculos, Freitas, aqui em Évora?
Era do pai dele! Sabias?
2 a
Victor Nogueira
Joana Espanca Bacelar Não, não sabia. Nem me lembro onde comprava os óculos. As consultas de oftalmologia eram na Casa do Povo. O médico era daqueles de antigamente, todos cheios da sua importância roçando a arrogância. Perguntou-me pelos óculos que me receitara anteriormente e disse-lhe que os não aviara pois não tinha dinheiro. Escusando-se a consultar, expulsou-me desabridamente do gabinete como quem enxota um cão. À saída pedi à recepcionista que me dissesse o nome do médico, pois iria participar dele. Ela não mo identificou, pediu-me que aguardasse, entrou no gabinete para logo de seguida regressar dizendo-me que o "senhor doutor" iria receber-me. E prontus, lá enfiou a viola no saco, examinou-me e preencheu a receitas. Enfim ...
2 a
Joana Espanca Bacelar
Freitas era na rua 5 de Outubro, do lado esquerdo quando se sobe da Praça do Giraldo para a Sé.
Onde era o consultório do médico? Nesse tempo eram poucos...
2 a
Victor Nogueira
Era na Casa do Povo. Só tinha consultas acessíveis à bolsa na Casa do Povo ou em Lisboa, no Hospital do Ultramar (hoje Egas Moniz) por ser estudante das colónias (províncias ultramarinas, dizia o regime). O único médico a que pagava mais era ao dentista, cujo consultório ficava debaixo das arcadas, entre a casa da Margarida e a Praça Vermelha.
2 a
Joana Espanca Bacelar
Victor, sei qual era! Não me lembro do nome, talvez o Couto.
Vamos fazendo exercícios de memória 😄
Onde passas o ano? Sózinho?
Beijinhos e Bom 2023 👌
2 a
30 de dezembro de 2022 ·
Foto victor Nogueira - Porto, Rua Pinto Bessa, que liga o Bonfim a Campanhã. (2022 11 01 IMG_0581)
Francisco Pinto Bessa (Porto1821 — Porto 1878) foi um político português, que ocupou o cargo de presidente da Câmara do Porto entre 1867 e 1878. A ele se deveu, entre outras obras, a abertura da Rua Nova da Alfândega, Rua Mouzinho da Silveira e Rua de Sá da Bandeira, a construção da Rotunda da Boavista e os embelesamentos do Cemitério de Agramonte, onde também mandou construir o mausoléu onde seria sepultado. Foi por iniciativa sua que a Biblioteca Pública saíu da tutela do Estado, ficando dependente da administração municipal e foi também durante o seu mandato que foi inaugurada a Ponte D. Maria Pia. (Wikipedia)
Pinto Bessa é o nome do estádio do Boavista Futebol Clube, centenária associação desportiva da cidade do Porto.
30 de dezembro de 2023 ·
2024 - Pão e Paz!
Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores, de , interpretação de Zé RamalhoGeraldo Vandré
a guerra em dois autores - Victor Nogueira e Pe. António Vieira
É a guerra o monstro que ceifa a vida, de Victor Nogueira
É a guerra o monstro que ceifa a vida
Ruína as casas, viola a criança;
Velhos, novos, não fogem à matança,
No campo a seara é já perdida.
O fogo e a peste, em grande corrida,
Afastam do burgo a bela festança;
O mal, a vida e natureza alcança.
Só dos loucos pode ela ser querida.
Homens, mulheres, crianças, lutam
Por outro mundo novo construir;
Cantam rouxinóis, bem alto voam águias.
Na verde planura os cordeiros vivam;
Na festa, na eira, todos a bailar,
P'la paz lutando, sem demagogias.
É a guerra aquele monstro (excerto), por António Vieira
Somos livres, de Ermelinda Duarte
Ontem apenas
Fomos a voz sufocada
Dum povo a dizer: "Não quero"
Fomos os bobos do rei
Mastigando desespero
Ontem apenas
Fomos um povo a chorar
Na sarjeta dos que, à força
Ultrajaram e venderam
Esta terra hoje nossa
Uma gaivota voava, voava
Asas de vento, coração de mar
Como ela, somos livres
Somos livres de voar
Uma papoila crescia, crescia
Grito vermelho, num campo qualquer
Como ela, somos livres
Somos livres de crescer
Uma criança dizia, dizia
Quando for grande, não vou combater
Como ela, somos livres
Somos livres de dizer
Somos um povo que cerra fileiras
Parte à conquista do pão e da paz
Somos livres, somos livres
Não voltaremos atrás
Somos livres, somos livres
Não voltaremos atrás
Somos livres, somos livres
Não voltaremos atrás
Ode à Paz, de Natália Correia
Pela verdade, pelo riso, pela luz, pela beleza,
Pelas aves que voam no olhar de uma criança,
Pela limpeza do vento, pelos actos de pureza,
Pela alegria, pelo vinho, pela música, pela dança,
Pela branda melodia do rumor dos regatos,
Pelo fulgor do estio, pelo azul do claro dia,
Pelas flores que esmaltam os campos, pelo sossego dos pastos,
Pela exactidão das rosas, pela Sabedoria,
Pelas pérolas que gotejam dos olhos dos amantes,
Pelos prodígios que são verdadeiros nos sonhos,
Pelo amor, pela liberdade, pelas coisas radiantes,
Pelos aromas maduros de suaves outonos,
Pela futura manhã dos grandes transparentes,
Pelas entranhas maternas e fecundas da terra,
Pelas lágrimas das mães a quem nuvens sangrentas
Arrebatam os filhos para a torpeza da guerra,
Eu te conjuro ó paz, eu te invoco ó benigna,
Ó Santa, ó talismã contra a indústria feroz.
Com tuas mãos que abatem as bandeiras da ira,
Com o teu esconjuro da bomba e do algoz,
Abre as portas da História,
deixa passar a Vida!
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